Metrobus da Boavista custa mais dez milhões. Fatura nas quatro obras do Metro do Porto já subiu 32%

“Expressivo aumento” dos custos da mão-de-obra, materiais de construção e energia sobe fatura do metrobus para 77 milhões. No total, as quatro obras em curso do Metro do Porto custam mais 250 milhões.

A linha de metrobus (BRT) que está a ser construída entre a rotunda da Boavista e a Praça do Império, no Porto, vai custar 76 milhões de euros, mais dez milhões do que a estimativa que tinha sido feita há três anos, “suportada em estudos e rácios correntes para este tipo de obra”.

A Resolução aprovada em Conselho de Ministros a 2 de novembro, poucos dias antes da demissão de António Costa, justifica a revisão com o “expressivo aumento” dos custos relativos à mão-de-obra, matérias-primas, materiais de construção, combustíveis e energia, que “impactam diretamente no valor global”.

“Além disso, o concurso público internacional para o fornecimento e manutenção de veículos BRT, infraestruturas de produção de hidrogénio verde e de energia elétrica de fonte renovável, culminou com a exclusão de todas as propostas recebidas, pelo que houve necessidade de preparar novo concurso, lançado em julho de 2023, com um preço base de 27.480.000 euros e cujas propostas válidas ficaram acima desse valor”, completa o diploma publicado em Diário da República esta sexta-feira.

Já era conhecido – e bem mais pesado – o acréscimo da despesa noutro investimento em curso da Metro do Porto: a Linha Rubi entre a Casa da Música e Santo Ovídio (Vila Nova de Gaia), que inclui a construção de uma nova ponte sobre o Douro. Em maio, o Executivo socialista tinha autorizado a subida da dotação de 299 para 435 milhões de euros. A justificação foi semelhante.

A 6 de outubro, o conselho de administração da Metro do Porto aprovou a adjudicação da empreitada relativa à construção da Linha Rubi à “melhor proposta”, que foi apresentada pelo consórcio formado pela FCC Construcción, pela Contratas y Ventas e pela Alberto Couto Alves (ACA), no valor de 379,5 milhões de euros. A obra deverá estar concluída até ao final de 2026.

Custo das linhas Amarela e Rosa já vai em 511 milhões

Além destes dois projetos, englobados no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a Metro do Porto tem outras duas obras no terreno – a expansão da linha Amarela e a construção da nova linha Rosa – e que também ficaram mais caras. Após ter “luz verde” do Governo em julho, o custo total destes dois projetos de expansão da rede passou dos 407 milhões de euros previstos em 2020 para os 511 milhões de euros.

Ou seja, no total, os quatro projetos que a empresa pública nortenha tem atualmente em andamento na região da Invicta ascendem a 1.022 milhões de euros, 32% acima dos 772 milhões de euros que tinham sido orçamentados no arranque.

A expansão da Linha Amarela do Metro do Porto compreende uma empreitada entre Santo Ovídio e Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia, incluindo as estações de Manuel Leão e Hospital Santos Silva, bem como túneis, um viaduto e um Parque de Material e Oficinas (PMO).

Já a Linha Rosa, que está mais atrasada e só será inaugurada em 2025, terá um percurso totalmente subterrâneo entre São Bento e a Casa da Música. Contará com estações intermédias no Hospital Santo António e na Praça da Galiza, bem como um ramal de ligação ao tronco comum.

Há duas semanas, o executivo da Câmara do Porto aprovou, por maioria, informar o Governo e a Metro do Porto de que não poderá haver nova empreitada na cidade se não forem resolvidos os constrangimentos nas atuais frentes de obra. Pediu também uma avaliação do estado das obras em curso e uma auditoria à fiscalização e alterações de projeto, bem como às medidas de segurança implementadas nas várias frentes de obra.

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PJ deteve em Lisboa suspeito de burlas “olá pai, olá mãe” e apreende milhares de cartões SIM

  • Lusa
  • 17 Novembro 2023

Em comunicado, a PJ adianta que "foi dado cumprimento a um mandado de busca domiciliária e detido, em flagrante delito, um cidadão estrangeiro, pela prática do crime de burla qualificada".

A Polícia Judiciária (PJ) deteve em Lisboa um homem de 41 anos suspeito do crime de burla qualificada através do WhatsApp, usando as expressões “olá pai, olá mãe”, tendo apreendido milhares de cartões de telemóvel SIM.

Em comunicado, a PJ refere que, através do seu Departamento de Investigação Criminal de Leiria, “foi dado cumprimento a um mandado de busca domiciliária e detido, em flagrante delito, um cidadão estrangeiro, pela prática do crime de burla qualificada”.

“Foram apreendidos sete modems que acoplavam 32 cartões SIM por aparelho, significando que operavam 224 cartões em simultâneo. Esta operabilidade permitia a remessa/receção de mensagens, originando que num dia pudessem ser enviados milhares de mensagens, com os argumentos conhecidos por ‘olá pai, olá mãe’“, esclarece a PJ.

Segundo a PJ, “o suspeito interagia com terceiros, em rede, podendo efetuar esquemas do género no território nacional, bem como noutros países”, adiantando que “a investigação identificou o uso massivo de cartões, concretizável no facto de terem sido apreendidos milhares de cartões, mais de sete mil cartões por utilizar e mais de mil e quinhentos já utilizados em práticas delituosas”.

No comunicado, a PJ afirma que, “no seguimento de uma denúncia, iniciou investigação, titulada pelo Ministério Público de Leiria, tendo por base o fenómeno conhecido” por expressões “olá pai, olá mãe”, burla que está “em crescendo, com vítimas por todo o território nacional e, também, muito disseminado noutros países europeus”.

“As vítimas, muitas delas pessoas de idade avançada, acreditando que estavam a falar com os filhos e que estes se encontram em dificuldades financeiras e/ou a necessitar de concretizar pagamentos urgentes, dispunham-se, de imediato, a efetuar uma transferência/pagamento cujos valores variavam, mas que, nalguns casos, ascenderam a milhares de euros”, lê-se no comunicado.

Na área do Departamento de Investigação Criminal de Leiria, “este tipo de burla supera as 200 denúncias, com valores que, no total, ultrapassam os 100 mil euros”.

Este departamento tem como área de intervenção os municípios de Alcobaça, Batalha, Bombarral, Caldas da Rainha, Leiria, Marinha Grande, Nazaré, Óbidos, Peniche e Porto de Mós (distrito de Leiria) e Abrantes, Alcanena, Chamusca, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Mação, Ourém, Rio Maior, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha (Santarém), de acordo com o sítio na Internet da PJ.

“Em termos investigatórios, foram estabelecidas coincidências entre inquéritos e notou-se um uso, bastante acentuado, de números de telemóveis, irrepetíveis, de operadoras nacionais, para a prática deste tipo de ilícito”, o que desencadeou “alertas e obrigou ao recurso a meios especiais de obtenção de prova”, acrescenta a PJ.

O comunicado assinala que “existiam, à data, muitas dúvidas sobre a forma de atuação e como conseguiam efetuar tantos pedidos de dinheiro, via plataforma WhatsApp, para depois alcançarem os seus intentos, um enriquecimento indevido e ilícito”, mas, “após várias diligências”, o suspeito foi detido.

Fonte da PJ disse à agência Lusa que “estão identificadas nos presentes autos seis burlas”, mas já tem identificado “um número muito mais elevado de burlas que podem ter sido cometidas por este suspeito”.

“A investigação iniciou em setembro, mas a atividade do suspeito começou meses antes”, declarou a mesma fonte, destacando que este dedicava-se, de forma “plena e absoluta, à atividade criminosa”. Este responsável da PJ referiu que o arguido não tem antecedentes criminais em Portugal, estando a ser averiguada se terá fora do país.

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Unicorn Factory Lisboa fecha parcerias para futuros hubs de IA, Web3 e realidade aumentada

Altice, Nos, PwC e Unbabel são alguns dos parceiros para a criação de comunidades que poderão dar origem a futuros nas áreas de IA, XR (realidade aumentada) e Web3.

A Unicorn Factory Lisboa fechou parcerias para a criação de comunidades em Inteligência Artificial (IA), Web3 e XR (realidade aumentada) que podem dar origem a futuros hubs temáticos. Altice, Nos, PwC e Unbabel são alguns dos parceiros.

“O objetivo destas parcerias é de criar verticais com dimensão relevante juntamente com as organizações-chave nestas áreas. Algumas delas poderão ganhar escala suficiente para que se possam tornar hubs de inovação, e se juntarem ao Hub Criativo do Beato numa rede colaborativa de hubs na cidade de Lisboa, enquanto outros ficarão numa lógica de comunidade de colaboração forte”, explica Gil Azevedo, diretor executivo da Unicorn Factory Lisboa.

A criação de hubs temáticos faz parte da estratégia da segunda fase de crescimento da Unicorn Factory Lisboa, projeto que arrancou há um ano no Hub Criativo do Beato. Ao todo, estão previstas nove comunidades — AI, gaming, bluetech, fintech, sustainability, foodtech e XR (realidade aumentada) — que podem dar origem a hubs e, mais tarde, distritos de inovação em várias zonas da cidade de Lisboa.

O Saldanha — onde já está o hub de gaming com a norte-americana Fortis, com abertura prevista para “breve”, mas também a Fintech House ou o welltech (com abertura prevista no primeiro semestre de 2024) no Técnico Innovation Center — é um dos possíveis novos distritos de inovação, mas também Alvalade, com o acolhimento de hubs ou comunidades de Web3.

Gil Azevedo já tinha admitido ao ECO que, na área de Web3, a UnicornFactory Lisboa estava a negociar parcerias com a Poolside e com o CVLabs. Agora sabe-se que durante a Web Summit foi fechado também com a Cuatrecasas e a RealFevr uma parceria para fortalecer a comunidade Web3 que já começa a ter o seu centro em Alvalade.

A IA é outras das comunidades que poderão dar origem a futuros hubs. Neste campo, a fábrica de unicórnios fechou parceria com a ai.pt, com a Altice e com o Center for Responsible AI, liderado pela Unbabel. Esta última, recorde-se, lidera um dos consórcios de IA do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), estando previsto um investimento de 75 milhões de euros e a criação de 210 postos de trabalho. Estima-se que o consórcio possa vir a ter um impacto de 250 milhões de euros em exportações até 2030.

Durante a cimeira tecnológica, que terminou na quinta-feira, foi ainda assinado uma parceria para a promoção da comunidade de realidade aumentada (XR) com a operadora NOS e a consultora PwC.

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Taxas Euribor descem nos três principais prazos

  • Lusa
  • 17 Novembro 2023

Esta sexta-feira, as taxas Euribor desceram nos três prazos: a três meses para 3,984%, a seis meses para 4,064% e a 12 meses para 3,991%.

As taxas Euribor desceram esta sexta-feira a três, seis e a 12 meses, face a quinta-feira.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, desceu esta sexta-feira para 3,991% (-0,042 pontos), face a quinta-feira, depois de ter aumentado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do Banco de Portugal referentes a setembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,1% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,7% e 23,4%, respetivamente.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, desceu esta sexta-feira para 4,064%, menos 0,007 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu face à sessão de quinta-feira, ao ser fixada em 3,984%, menos 0,018 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas. A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Santa Casa de Lisboa disponibiliza 100 frações para arrendamento acessível

  • Lusa
  • 17 Novembro 2023

A Santa Casa Misericórdia de Lisboa vai disponibilizar 100 frações para arrendamento acessível na capital, no quadro do Programa Arrendar para Subarrendar.

A Santa Casa Misericórdia de Lisboa vai disponibilizar 100 frações para arrendamento acessível na capital, no quadro do programa Arrendar para Subarrendar, uma das novas medidas aprovadas pelo Governo para combater a crise na habitação.

Segundo informações enviadas à Lusa pela assessoria da Santa Casa Misericórdia de Lisboa, trata-se de habitações da própria instituição que foram reabilitadas, metade das quais “já estão prontas, enquanto as restantes 50 ficarão concluídas em 2024”.

No total, esta iniciativa representa um investimento de 11,3 milhões de euros – 4,4 milhões relativos às 50 frações prontas no ano corrente e 6,9 milhões às frações que ficarão concluídas em 2024, e que têm financiamento do Instrumento Financeiro de Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU).

O protocolo entre a Santa Casa, o IHRU e a ESTAMO, a gestora de imóveis públicos, foi assinado em 19 de julho e “os contratos de arrendamento serão assinados brevemente”, adiantou a mesma fonte.

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Carneiro “dá boas garantias de política de contas certas”, defende Medina

O ministro das Finanças, Fernando Medina, considera que José Luís Carneiro é o candidato à liderança do PS que dá "mais consistência" e "continuidade" às políticas do atual Governo.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, apresentou esta sexta-feira as razões do seu apoio a José Luís Carneiro enquanto candidato à liderança do PS, defendendo que o socialista e ministro da Administração Interna “dá boas garantias de uma continuidade da política, de uma política de contas certas”.

“É o candidato com uma visão mais próxima do atual Governo, de uma política de redução da dívida”, destacou, alertando que o País enfrenta hoje um contexto de “forte instabilidade internacional, com taxas de juro muito elevadas”. “E “Portugal não pode vacilar quanto à sua consistência relativamente à sua política económica e financeira”.

Medina considera ainda que “José Luís Carneiro encarna bem os valores fundamentais da moderna social-democracia que o PS representa há algumas décadas, os valores de um partido empenhado na causa europeísta, que consegue assegurar as respostas aos mais vulneráveis, mas também de modernidade e de progresso, que procura congregar os setores mais dinâmicos da sociedade”.

José Luís Carneiro encarna bem os valores fundamentais da moderna social-democracia que o PS representa há algumas décadas.

Fernando Medina

Ministro das Finanças

Questionado se admite integrar um Governo liderado por Pedro Nuno Santos, o rival de José Luís Carneiro na sucessão de António Costa a secretário-geral do PS, Fernando Medina considera que “é muito precipitado fazer qualquer antevisão”, tendo em conta que “se um dos candidatos ganhar as eleições internas depois tem o desafio de conquistar a confiança dos portugueses”. “Sobre a minha própria vida, guardarei para outro momento” qualquer comentário, sublinhou.

Crise política é “indesejável” para a economia

Sobre o atual contexto político, provocado pela demissão do primeiro-ministro, dissolução do Parlamento e convocação de eleições antecipadas pelo Presidente da República, Medina reconheceu que “esta é uma crise que é naturalmente indesejável do ponto de vista da economia”. “Ninguém pode dizer que ajuda a economia, não ajuda”, frisou.

Ainda assim, lembrou que “a economia tem forças que são muito, muito importantes que nos estão a apoiar e que nos vão continuar a apoiar durante 2024”, defendeu o socialista. “Portugal é uma democracia madura, consolidada, tem a resposta, nos momentos de crise, está no processo democrático, é bem compreendido pelos mercados financeiros onde não há praticamente oscilações relativamente à classificação do juro da dívida”, reforçou.

Fernando Medina destacou ainda que, nos mercados internacionais, “tem havido grande reconhecimento da grande redução da trajetória da dívida, das contas certas, de que a economia portuguesa tem demonstrado uma capacidade de resiliência muito grande aos vários choques que vêm do exterior, primeiro da pandemia, depois da guerra na Ucrânia, e depois do Médio-Oriente”.

Sobre a “Operação Influencer”, que investiga suspeita de crimes de corrupção ligados aos negócios do lítio, hidrogénio verde e centro de dados de Sines, e que levou à demissão do primeiro-ministro, Medina afirmou apenas que “partilha com milhões de portugueses a expectativa de um esclarecimento muitíssimo rápido de toda a situação que abrange os envolvidos e em particular uma clarificação o mais rápido possível do que ficou escrito num parágrafo da PGR (Procuradoria-Geral da República”, o qual implica António Costa.

“Fui surpreendido como todos os portugueses e ainda mais com a forma. Acho que é um momento difícil e ambiciono que haja informação mais rapidamente possível por parte da autoridades judiciais”, rematou

(Notícia atualizada pela última vez às 12h45)

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Médicos criticam atualização à plataforma eletrónica para prescrever medicamentos

Sindicato liderado por Roque da Cunha critica a atualização à plataforma eletrónica para prescrever medicamentos, considerando que traz uma maior "burocratização" e constitui um risco para os doentes.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) critica a atualização à plataforma eletrónica para prescrever medicamentos, considerando que a nova versão “vem dificultar, atrasar e burocratizar” o trabalho dos médicos e “constitui um risco clínico para a segurança dos doentes”. Por isso, pede a reversão “imediata” da medida.

Em comunicado divulgado esta sexta-feira, o sindicato liderado por Jorge Roque da Cunha adianta que a nova versão da PEM, a aplicação de Prescrição Eletrónica Médica, “passou a obrigar a introdução de até seis campos para cada medicamento prescrito, dois dos quais com mais de 50 de opções, quando até agora a posologia era indicada de forma simples e inteligível para o utente numa única linha de texto livre”.

De acordo com a estrutura sindical, para além de uma maior “burocratização”, a alteração “constitui um risco clínico para a segurança dos doentes, uma vez que dificulta enormemente a leitura e compreensão da posologia [indicação das doses das tomas dos medicamentos] aos doentes“.

Além disso, denuncia que “a posologia de medicamentos é frequentemente incompatível com estruturação”. Por isso, o sindicato apela “à imediata reversão da medida recentemente implementada, eliminando a obrigatoriedade de posologia estruturada”.

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Combustíveis ficam mais baratos. Gasóleo desce 1,5 cêntimos e gasolina 4,5 cêntimos na próxima semana

Na próxima semana, o litro da gasolina e do gasóleo vão ficar mais baratos. Em ambos os combustíveis, esta é a quarta descida consecutiva de preço.

Vai compensar mais abastecer a partir da próxima segunda-feira. Na próxima semana, o preço dos combustíveis vai voltar a aliviar.

A partir de dia 20 de novembro, o litro do gasóleo vai ficar 1,5 cêntimos mais barato, enquanto o preço do litro da gasolina vai aliviar 4,5 cêntimos, revela fonte do setor ao ECO. Em ambos os combustíveis, e de acordo com os dados Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), esta é a quarta descida de preços consecutiva.

Feitas as contas, se for abastecer a partir da próxima segunda-feira, deverá passar a pagar 1,628 euros por litro de gasóleo simples e 1,691 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela DGEG.

Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. Em julho, o Governo aumentou os “descontos” nos combustíveis, em dois cêntimos por litro no gasóleo e um cêntimo por litro na gasolina e deste então não voltou a mexer nos apoios. Desta forma, a redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

Mas os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo Brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Esta sexta-feira, pelas 12h07, a cotação do Brent, petróleo de referência no mercado europeu, estava a subir 1,50% para 78,58 dólares por barril.

Os preços finais também resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Recorde-se que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

(Notícia atualizada às 12h08)

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Governo grego vende participação num banco pela terceira vez em dois meses

  • Joana Abrantes Gomes
  • 17 Novembro 2023

A procura pela posição no Banco Nacional da Grécia foi suficientemente forte para que o fundo responsável pela alienação aumentasse a dimensão da oferta de 20% para 22% do capital do banco.

A Grécia anunciou a venda de uma participação de 22% no Banco Nacional da Grécia por 1,06 mil milhões de euros, noticia a Bloomberg (acesso pago). É a terceira alienação de capital num banco em apenas dois meses no país, que pretende privatizar todo o seu capital no setor bancário até 2025.

Nesta operação, o Fundo Helénico de Estabilidade Financeira, que detém as participações do Governo grego nas instituições bancárias, fixou o preço de venda das ações em 5,3 euros cada. No final da operação, ficará apenas com um remanescente de 18% do capital desse banco.

No início de outubro, o Estado grego conseguiu vender a sua participação no Eurobank Ergrasias, e, na passada segunda-feira, conclui a venda da participação de 9% no Alpha Bank ao UniCredit. O Governo vai ainda tentar alienar a participação de 27% no Piraeus Bank e os 65,9% que controla no Attica Bank.

A Grécia quer avançar com plano de alienação dos bancos do país até final de 2025, o que sinaliza um regresso à normalidade após a crise da dívida que abalou o setor financeiro em 2008. Várias agências de rating, incluindo a S&P, elevaram novamente a notação de investimento do país, enquanto a economia cresce mais rapidamente do que a maioria dos restantes países europeus.

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Mercado global de luxo deve bater recorde ao atingir 1,5 biliões de euros em 2023

As gerações X (24%) e Y (45%) são as que representam a maior parte das compras de luxo atualmente. Contudo, a geração Z (20%) será responsável por entre 25 e 30% do total das compras de luxo em 2030.

Até ao final do ano, o mercado global de luxo deve atingir os 1,5 biliões de euros, num crescimento de 8 a 10% face a 2022, naquele que é um novo recorde no setor, avança o estudo da Bain & Company e da Altagamma.

Segundo o estudo “Luxury Goods Worldwide Market Study – Fall 2023”, o crescimento que se tem verificado este ano é consistente com a taxa registada em 2022, traduzindo-se num aumento de cerca de 160 mil milhões de euros gastos em diferentes categorias de luxo.

Embora as alterações geopolíticas e macroeconómicas que se têm verificado, “o mercado de luxo provou ter uma resiliência sem paralelo até agora”, refere o estudo, com os bens de luxo pessoais, enquanto fator-chave, a registar um crescimento contínuo em 2023.

Na verdade, prevê-se que o mercado de bens de luxo pessoais atinja os 362 mil milhões de euros até ao final do ano, num valor 4% acima de 2022 (349 mil milhões). Contudo, com base nos cenários atuais, o estudo prevê um abrandamento no desempenho dos bens de luxo pessoais em 2024, perspetivando que o mesmo alcance os 365 mil milhões de euros. Numa subida constante, o estudo prevê ainda que em 2030 este mercado em específico atinja um valor entre os 540 e os 580 mil milhões de euros.

Dentro do mercado de bens de luxo pessoais, todas as categorias apresentam crescimento, segundo o estudo, para o que contribui a “contínua subida dos preços”, algo que no entanto “prejudica parcialmente os volumes”.

Enquanto os mercados de joalharia e pronto-a-vestir cresceram cerca de 5 a 6%, devendo atingir, respetivamente, os 30 mil milhões e os 79 mil milhões de euros em 2023, a cosmética cresce cerca de 4 a 5%, para 72 mil milhões.

“Apesar da crescente polarização em torno de poucos vencedores da indústria” os relógios também continuam a crescer (3 a 4%, para 55 mil milhões), assim como os artigos em pele, embora este crescimento (3 a 4%, para 81 mil milhões) comece a abrandar “depois de um desempenho superior nos últimos anos”.

A categoria do calçado é mesmo a que apresenta o crescimento mais pequeno, entre 2 e 3%, prevendo-se que atinja os 28 mil milhões até ao final do ano.

Superior ao setor de bens de luxo pessoais, o setor automóvel de luxo representa cerca de 635 mil milhões de euros, enquanto a indústria hoteleira deve valer 213 mil milhões até ao final do ano. Já o setor das bebidas representa 100 mil milhões, a comida 69 mil milhões, o setor mobiliário e de artigos para a casa 53 mil milhões, a arte 42 mil milhões, os jatos e iates privados 29 mil milhões e os cruzeiros de luxo 4 mil milhões.

Ao estarem nos seus anos de pico de rendimento, as gerações X – nascidas entre 1965 e 1980 – (24%) e Y (45%) são aquelas que representam a maior parte das compras de luxo. Contudo, a geração Z – que representa atualmente 20% – será responsável por entre 25 e 30% do total das compras de luxo em 2030, contra os 50/55% dos nascidos entre 1980 e 1995 (geração Y).

A geração Z, mais jovem, está também “na vanguarda da mudança social e cultural, inspirando os sistemas de valores intergeracional, com um forte desejo de viver experiências e por um significado”, refere-se no estudo. Na verdade, os gastos em experiências recuperaram este ano para máximos históricos, impulsionados pelo “ressurgimento das interações sociais e das viagens”.

Geograficamente, em 2030, os clientes chineses representarão entre 35 a 40% do mercado de bens de luxo pessoais, antecipa o “Luxury Goods Worldwide Market StudyFall 2023″, enquanto os europeus vão contribuir com 16 e 18% e os americanos com 22 a 24%.

Este é um momento decisivo para as marcas, e os vencedores vão distinguir-se através da resiliência, relevância e renovação, os princípios básicos da nova equação do luxo centrada no valor. O mercado de luxo está a gerar um crescimento positivo para 65-70% das marcas em 2023, face aos 95% em 2022. Para permanecerem em jogo, é crucial que as marcas tomem decisões ousadas em nome dos seus clientes“, refere Claudia D’Arpizio, autora do estudo e partner da consultoora Bain & Company, citada em comunicado.

Já Cira Cuberes, partner da Bain & Company, considera que o mercado “está preparado para um crescimento a longo prazo, assente em fundamentos sólidos” e que “capturar e ampliar o potencial do mercado será fundamental, já que uma convergência clara entre os mercados de luxo permite uma maior expansão”.

Os players têm a oportunidade, mas também a responsabilidade, de reforçar o seu significado, ao mesmo tempo que aproveitam as fusões e aquisições estratégicas para redefinir os limites da indústria“, acrescenta.

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É oficial. Salário mínimo sobe para 820 euros em janeiro

Já está publicado o decreto-lei que atualiza o valor do salário mínimo nacional para 820 euros a partir de janeiro de 2024 para todo o território nacional.

Agora é oficial. O salário mínimo nacional vai subir dos atuais 760 euros para 820 euros em janeiro de 2024. Este valor — que foi acordado em Concertação Social em outubro e aprovado pelo Governo em Conselho de Ministros poucas horas antes de o Presidente da República anunciar ao país que iria dissolver a Assembleia da República — consta de um decreto-lei que foi publicado esta sexta-feira em Diário da República.

“O valor da retribuição mínima mensal garantida (RMMG) a que se refere o n.º 1 do artigo 273.º do Código do Trabalho, aprovado em anexo à Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, na sua redação atual, é de 820 euros“, lê-se no diploma que atualiza o salário mínimo com efeitos a partir de janeiro do próximo ano para todo o território nacional.

Em causa está um aumento de 7,8%, ou 60 euros, do salário mínimo nacional. É o maior reforço alguma vez ocorrido, segundo frisou, inicialmente, o primeiro-ministro (agora demissionário), e, mais recentemente, a ministra do Trabalho.

Já esta sexta-feira, Ana Mendes Godinho salienta que “este é um dos compromissos assumidos, em diálogo com os parceiros sociais, para a dignificação do trabalho e a valorização dos salários“.

“Estamos orgulhosos dos resultados alcançados e certos de que o emprego e salários são o nosso motor coletivo de desenvolvimento“, destaca a ministra, num comunicado em que se frisa que, com este aumento, o salário mínimo português é dos dez mais elevados da União Europeia. Convém ressalvar, porém, que os demais países podem avançar com aumentos até ao fim do ano.

Segundo as contas do ECO, para os empregadores essa subida do salário mínimo nacional representa um aumento de mais de mil euros dos custos por trabalhador por ano, considerando não só os encargos com os vencimentos como as contribuições sociais que têm de ser entregues todos os meses à Segurança Social.

Inicialmente, o acordo de rendimentos assinado em Concertação Social previa que o salário mínimo chegaria a 810 euros em 2024, mas os parceiros sociais decidiram reforçá-lo, apesar dos desafios que se adivinham.

Por outro lado, esse entendimento indicava que a RMMG deveria atingir, pelo menos, 900 euros em 2026, mas essa meta está em risco, já que o país irá em eleições antecipadas em março, na sequência do pedido de demissão de António Costa do cargo de primeiro-ministro, no âmbito da investigação em torno dos negócios do lítio e hidrogénio.

Notícia atualizada às 12h24 com declarações do Ministério do Trabalho

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Juro do crédito da casa atinge 4,433% em outubro. É um novo máximo desde março de 2009

Taxa de juro implícita no crédito à habitação atingiu 4,433% em outubro. O número representa uma subida de 16,3 pontos base face a setembro, segundo o INE.

A taxa de juro implícita no crédito à habitação voltou a subir em outubro, atingindo 4,433%, o valor mais elevado desde março de 2009, de acordo com dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Representa uma subida de 16,3 pontos base (p.b.) face a setembro (4,270%).

É já o 19.º mês consecutivo de subida dos juros implícitos no crédito da casa. O INE destaca, ainda assim, que “pelo quinto mês consecutivo os aumentos da taxa de juro implícita têm vindo a ser progressivamente menos intensos”.

Fonte: INE

“Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu de 4,366% em setembro para 4,38% em outubro, atingindo o valor mais elevado desde abril de 2012”, indica ainda o gabinete de estatísticas.

Já a prestação média foi de 392 euros, o máximo do início da série, em janeiro de 2009. Apesar do aumento, foi a primeira vez nos últimos 12 meses que se registou uma redução da taxa de variação homóloga deste valor, face ao observado no mês anterior. A fatia da prestação média que corresponde a juros foi de 60%, o que compara com 25% em outubro de 2022.

Fonte: INE

Olhando apenas para os contratos celebrados nos últimos três meses, a prestação média disparou para 644 euros em outubro, mais 16 euros face ao mês anterior.

Quanto ao capital médio em dívida, o valor para a totalidade dos contratos subiu 224 euros face ao mês anterior, fixando-se em 64.186 euros. “Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi 125.103 euros, mais 1.711 euros que em setembro”, indica o INE.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h38)

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