Trabalhadores da RTP voltam a marcar greve de sete dias a partir de sábado

  • Lusa
  • 10 Novembro 2023

O Sinttav prometeu continuar a marcar paralisações até o Conselho de Administração da RTP "se sentar à mesa", tendo já realizado diversas paralisações.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais (Sinttav) voltou a enviar um pré-aviso de greve à RTP, de mais sete dias, a partir de sábado, adiantou, num comunicado divulgado esta sexta-feira.

Na nota, o sindicato disse que “enviou à RTP um pré-aviso de greve de 07 dias, abrangendo todos os trabalhadores” do canal público “com início às 00:00 horas do dia 11 de novembro de 2023 até às 23:59 do dia 17 de novembro de 2023”.

O comunicado indica que “tal como aprovado em plenário de trabalhadores no dia 06 de novembro de 2023 a direção do Sinttav transmitiu formalmente nota do conflito ao Ministério do Trabalho, aguardando marcação de reunião entre as partes, no âmbito das atribuições legais da DGERT [Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho]”.

Por fim, o sindicato lembra que se mantém “em vigor, por tempo indeterminado, a greve a todo e qualquer tipo de trabalho prestado em dia feriado bem como a todo o trabalho suplementar”.

O Sinttav prometeu continuar a marcar paralisações até o Conselho de Administração da RTP “se sentar à mesa”, tendo já realizado diversas paralisações.

No dia 03 de novembro, a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, acusou, em Gaia (Porto), a administração da RTP de cometer ilegalidades ao não efetivar trabalhadores precários e defendeu o fim da precariedade naquela empresa pública.

Além disso, a secretária-geral da CGTP disse que o “direito à greve tem de ser respeitado, e naturalmente que uma empresa pública tem toda a obrigação de respeitar e de não exercer pressões ou coações, que são proibidas por Lei, quando os trabalhadores o estão a exercer”.

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Francisco Assis falta a encontro da ala direita do PS no domingo

  • Lusa
  • 10 Novembro 2023

Os promotores do encontro, entre os quais Álvaro Beleza e Seguro Sanches, querem "evitar precipitações" e encontrar uma posição comum nesta ala socialista.

O antigo líder parlamentar do PS Francisco Assis afirmou esta sexta-feira à agência Lusa que não estará presente no encontro de dirigentes socialistas conotados com a ala direita deste partido, no domingo, em Cantanhede, distrito de Coimbra.

“Não posso ir”, declarou o atual presidente do Conselho Económico e Social (CES) sobre este encontro em que dirigentes socialistas desta sensibilidade política vão procurar acertar uma posição comum em relação aos processos de eleição do novo secretário-geral e congresso do PS.

As eleições diretas para a sucessão de António Costa no cargo de secretário-geral do PS estão marcadas para 15 e 16 de dezembro – em simultâneo com a eleição de delegados – e o congresso está previsto para 6 e 7 de janeiro.

O ex-secretário-geral adjunto do PS atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, já anunciou que se vai candidatar a secretário-geral e a candidatura do ex-ministro e atual deputado socialista Pedro Nuno Santos deverá ser formalizada nos próximos dias.

Neste encontro em Cantanhede, segundo fonte socialista, estão previstas as presenças de cerca de três dezenas de “destacados militantes”, entre os quais o presidente da Sedes, Álvaro Beleza, e o ex-secretário de Estado Jorge Seguro Sanches.

De acordo com um dos promotores do encontro, visa-se sobretudo “evitar precipitações”, encontrar uma posição comum entre os elementos desta ala e, ainda, se possível, que haja um candidato de unidade a secretário-geral, tendo em vista os próximos processos eleitorais internos no PS.

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UGT elogia decisão de Marcelo de permitir aprovação do Orçamento do Estado

Central sindical liderada por Mário Mourão elogia estabilidade e previsibilidade possibilitadas pela decisão de Marcelo de adiar despacho de exoneração de Costa para permitir aprovação do OE.

O Presidente da República decidiu adiar o despacho que exonera António Costa do cargo de primeiro-ministro para permitir que o Orçamento do Estado seja aprovado, decisão que a UGT saudou esta sexta-feira, uma vez que tal garantirá “um quadro de relevante estabilidade e previsibilidade para o país”.

“Saudamos o estabelecimento de um calendário que permite a aprovação de um Orçamento do Estado para 2024. Tal garante também a efetivação de compromissos fundamentais para os portugueses em geral, e para os trabalhadores em particular, resultantes do Reforço do Acordo de Médio Prazo de Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade, assinado a 7 de outubro passado”, sublinhou a central sindical, numa nota enviada às redações.

Entre as medidas que constam desse reforço do acordo de rendimentos e da proposta de Orçamento do Estado está, por exemplo, o alargamento do IRS Jovem, a descida do IRS e “um conjunto de outras medidas que permitirão manter o dinamismo da negociação coletiva em 2024“, frisa a UGT.

O acordo de rendimentos prevê também a subida do salário mínimo para 820 euros, mas essa matéria não depende do Orçamento do Estado. E, entretanto, mereceu esta tarde o “sim” do Chefe de Estado.

Quanto aos próximos meses, a central sindical liderada por Mário Mourão apela ainda a que “o período conducente às próximas eleições seja pautado pela elevação dos intervenientes e pela tentativa de gerar tomadas de decisão informadas e conscientes por parte de todos os portugueses.”

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Juíza manda apagar “crime” nas denúncias de consumidores sobre preços do Pingo Doce

Providência cautelar só condena Citizens’ Voice a retirar da Internet publicações em que imputa ao Pingo Doce “crimes pelos quais não tenha sido condenado”. Retalhista avisa que “outras se seguirão".

A Citizens’ Voice e o presidente desta associação de defesa dos consumidores, Octávio Viana, foram proibidos pelo Juízo Central Cível de Vila Nova de Gaia de manter as publicações na página oficial na Internet e nas redes sociais nas quais imputam ao Pingo Doce a “prática de quaisquer crimes, designadamente de especulação de preços e de publicidade enganosa, pelos quais não tenha sido condenada”.

No entanto, a decisão relativa à providência cautelar que tinha sido interposta pela retalhista, a que o ECO teve acesso, não os impede – como pedia a empresa da Jerónimo Martins – de divulgar publicamente as ações populares com que tem avançado e que se encontrem pendentes de decisão, assim como aquelas que estejam em preparação. Nem os condena a retirar as referências que têm feito à disparidade entre os preços anunciados nas prateleiras e os efetivamente cobrados nas caixas em perto de uma centena de produtos, sobretudo alimentares.

Octávio Viana e esta associação, criada em 2021, que funciona como “satélite” de uma associação de defesa dos investidores (ATM), foram condenados a pagar mil euros “por cada dia de atraso no cumprimento” desta determinação, “a título de sanção pecuniária compulsória”. Cinco vezes abaixo do valor que tinha sido requerido pelo Pingo Doce. Entretanto, a Citizens’ Voice já retirou da lista de ações publicitadas no site e nas redes sociais todas as menções à palavra “crime”.

Através de fonte oficial, o Pingo Doce mostra “satisfação” pelo facto de a associação e do seu presidente terem sido “intimados judicialmente para cessarem de imediato a imputação nos seus sites e nas redes sociais da prática por Pingo Doce dos crimes de especulação e de publicidade enganosa”. Mas garante ao ECO que não fica por aqui: “Trata-se de uma primeira medida contra a Citizens’ Voice [e] outras se seguirão, tendo em vista impedir a instrumentalização da justiça, através da ação popular, para satisfação de interesses económicos egoísticos e absolutamente obscuros”.

Trata-se de uma primeira medida contra a Citizens’ Voice [e] outras se seguirão, tendo em vista impedir a instrumentalização da justiça, através da ação popular, para satisfação de interesses económicos egoísticos e absolutamente obscuros.

Fonte oficial do Pingo Doce

Já a associação sediada em Vila Nova de Gaia, congratula-se pelo facto de, “na prática”, a juíza apenas ter imposto que dessas publicações fosse retirada a palavra “crime”. “A Citizens’ Voice, quando se referiu a ‘crimes de especulação’ foi sempre no contexto de informação das ações populares, indicando quem eram os titulares dos interesses em causa e qual a causa de pedir e pedido nessas ações, resumindo o máximo possível”, argumenta num comunicado em que felicita o tribunal por ter rejeitado a imposição de uma “Lei da Rolha”.

Ainda assim, a associação que já entregou 61 ações coletivas e diz ter outras 22 em preparação contra o Pingo Doce – com base no diferencial que alega ter encontrado em dezenas de lojas, o pedido global de indemnização supera os 200 milhões de euros – decidiu recorrer por sustentar que a sua referência a crimes de especulação “não constituía uma acusação de prática criminosa ao Pingo Doce, nem visou ofender a honra ou o bom nome desta cadeia de supermercados”. E igualmente para reclamar da ausência de condenação da empresa retalhista como litigante de má-fé.

Octávio Viana, presidente da Citizens’ Voice

“Tendo a requerente deduzido pretensões que não tiveram total acolhimento, não resulta dos autos que tenha agido com propósito evidente de obter decisão cujos fundamentos bem sabia não existir, nem ficou demonstrada alteração dolosa da verdade de factos relevantes para a decisão da causa, nem pode concluir-se que o seu comportamento é censurável.

De facto, limita-se a pedir proteção de direito que lhe é constitucionalmente consagrado. Pelo exposto, não se considera que tivesse tido, para com o tribunal ou a parte contrária, uma conduta suscetível de integrar o conceito de litigância de má-fé”, sentencia a juíza Ana Cristina Guedes da Costa, no documento consultado pelo ECO.

Liberdade de expressão e “exercício de interesse legítimo”

Quando deu entrada a providência cautelar, Octávio Viana queixou-se ao ECO de uma “tentativa de silenciamento” e referiu mesmo que “se algum dia uma providência deste género fosse concedida, seria o fim da democracia e da liberdade de expressão – cujo recurso teria de ser o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos”. Conhecida a decisão, a associação destaca que o tribunal “reconheceu a importância fundamental da liberdade de expressão e informação como pilar de uma sociedade democrática e condição essencial para o seu progresso e desenvolvimento”.

Na decisão agora conhecida, assinada a 7 de novembro, a juíza escreve que “não basta que os factos publicitados sejam suscetíveis de afetar o prestígio ou bom nome para que se verifique comportamento ilícito e violador do direito à honra”. E salienta que “grande parte das publicações efetuadas pelos requeridos enquadram o exercício da liberdade de expressão dentro dos limites que se devem ter por admissíveis numa sociedade democrática aberta e plural, apenas se excedendo na parte em que imputam a prática de crimes de especulação de preços e de alegado crime de publicidade enganosa”.

“No exercício do seu direito de liberdade de expressão, podem informar os consumidores (que têm interesse na informação) sobre as divergências de preços encontradas (…) e sobre a existência de ações populares e os seus fundamentos, bem como da existência de participações criminais que faça (deixando claro que é uma participação e não já uma condenação pela prática de qualquer crime).

De facto, tal configura, além de liberdade de expressão, o exercício de interesse legítimo de uma associação de defesa de consumidores informar os consumidores em geral de factos relevantes para os mesmos, como a errada marcação de preços, mesmo que ocorra por lapso ou erro humano de funcionários” do Pingo Doce, conclui a juíza.

“Condenou” a Vodafone e levou gasolineiras à justiça

A ação popular mais emblemática da Citizens’ Voice envolveu a Vodafone Portugal, com um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, com data de 2 de fevereiro de 2022, a obrigar a operadora de telecomunicações a restituir aos clientes os pagamentos que lhes tenham sido cobrados na sequência da ativação automática de serviços adicionais não solicitados. A revista Sábado noticiou que uma cliente de Coimbra foi a primeira – e a única, até ao final de julho – a executar a empresa no âmbito deste processo e a ser restituída dos valores exigidos em tribunal: recebeu 3.328,94 euros.

Já este ano, e depois de a ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica ter decidido instaurar processos-crime contra gasolineiras por cobrarem impostos a mais, sete comercializadores de várias zonas do país foram levados a tribunal por alegados crimes de especulação.

Os processos – a decorrer em tribunais cíveis – incluem bombas com insígnias da Prio, Intermarché, Galp, Alves Bandeira e BP, e envolvem situações em que os contadores não começaram no zero, em que o valor do ISP foi adulterado e ainda publicidade enganosa.

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#57 Um país em gestão à espera de eleições

  • ECO
  • 10 Novembro 2023

Numa semana, o mundo mudou em Portugal. Marcelo Rebelo de Sousa marcou eleições antecipadas para 10 de março. São uma oportunidade? Ou um risco?

Numa semana, o mundo mudou em Portugal. Marcelo Rebelo de Sousa marcou eleições antecipadas para 10 de março. São uma oportunidade? Ou um risco? Os jornalistas Pedro Santos Guerreiro e António Costa antecipam o que podem ser os próximos meses em Portugal do ponto de vista económico e político.

 

O Mistério das Finanças é um podcast semanal do ECO, apresentado pelos jornalistas António Costa e Pedro Santos Guerreiro, disponível em áudio e vídeo nas principais plataformas.

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Pedro Nuno Santos apresenta candidatura ao PS na segunda-feira

  • ECO
  • 10 Novembro 2023

Candidatura do antigo ministro das Infraestruturas e da Habitação a secretário-geral do PS deverá ser formalizada na segunda-feira.

Pedro Nuno Santos vai formalizar a candidatura à liderança do PS na segunda-feira, segundo avança a SIC Notícias. O antigo ministro terá a oposição, pelo menos, de José Luís Carneiro, que já anunciou que também vai avançar com uma candidatura a secretário-geral do partido.

A candidatura já era certa, como o ECO tinha noticiado, mas faltava saber os timings. Será assim já na próxima segunda-feira à tarde, ao que se segue uma entrevista no canal onde tem sido, há um mês, comentador.

O socialista demitiu-se de ministro das Infraestruturas e Habitação no final de dezembro de 2022, na sequência do caso da indemnização de 500 mil euros brutos paga a Alexandra Reis, antiga administradora executiva da TAP. O antigo governante retomou o lugar de deputado no início de julho, garantindo o apoio ao Governo, que caiu na sequência da demissão de António Costa, mas vai ficar em funções até dezembro, para permitir a aprovação do Orçamento.

Na corrida para a liderança socialista, vai enfrentar, para já, José Luís Carneiro, atual ministro da Administração Interna, que anunciou a candidatura na reunião da Comissão Política Nacional do PS, nesta quinta-feira.

O PS deverá realizar as eleições diretas para o cargo de secretário-geral em 15 e 16 de dezembro, enquanto o Congresso do partido terá lugar nos dias 6 e 7 de janeiro em Lisboa.

Com a opção pela marcação de eleições diretas para o cargo de secretário-geral dos socialistas fica afastada a ideia do ex-ministro Pedro Nuno Santos de realização de eleições primárias abertas também a simpatizantes para a escolha do sucessor de António Costa.

Na sequência da demissão do primeiro-ministro, o Presidente da República decidiu convocar eleições antecipadas, mas dando tempo para a aprovação do Orçamento do Estado para 2024, bem como para a eleição de um novo líder do PS. As eleições legislativas vão assim realizar-se a 10 de março do próximo ano.

(Notícia atualizada às 18h00)

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Centeno é “competente e sério” e tentar afastar o governador “não ajuda à estabilidade”, diz líder da Caixa

Paulo Macedo não vê "incompatibilidade" em propor o governador do Banco de Portugal para primeiro-ministro. "Centeno é competente e sério", diz presidente da Caixa.

Paulo Macedo considera que Mário Centeno é “competente e sério” e não é o facto de ter sido proposto para primeiro-ministro que “representa uma incompatibilidade” com o cargo de governador do Banco de Portugal, até porque já foi ministro.

“Não me parece que seja uma questão do eventual conflito de interesses se coloque. (…) Há outra questão muito clara: não é afastar o governador que ajudará à estabilidade”, referiu o líder da Caixa Geral de Depósitos (CGD) na apresentação dos resultados.

Para Paulo Macedo, que foi ministro da Saúde do governo de Passos Coelho, “os conflitos de interesses devem ser evitados antes e as pessoas serem escrutinadas”, mas “aumentar a instabilidade à instabilidade é tudo aquilo que menos precisamos”.

O PSD foi um dos partidos que criticou o facto de António Costa ter proposto ao Presidente da República o nome de Mário Centeno para liderar um novo governo com o suporte parlamentar do PS, em vez de convocar eleições antecipadas. Para o porta-voz da bancada social-democrata Joaquim Miranda Sarmento foi “mais uma demonstração – esta mais grave – da falta de independência do governador do Banco de Portugal”.

Costa apresentou a demissão na terça-feira depois das investigações sobre suspeitas de corrupção que envolvem o seu ex-chefe de gabinete, Vítor Escária, entre outros suspeitos.

“Dívida e superavit com mais importância agora”

Paulo Macedo considerou que os acontecimentos desta semana foram “negativos” e deixa o país debaixo dos holofotes internacionais. “Em termos económicos, Portugal fica mais debaixo de foco. Aspetos como a redução da dívida pública ou do ligeiro superavit passam a ter muito mais importância agora“, disse o gestor.

Apesar do cenário de instabilidade, o líder da Caixa acredita que a aprovação do Orçamento do Estado para 2024 vai trazer maior certeza, mas alertou para o facto de o governo estar limitado nas suas funções até às eleições e não quer que isso “sirva de desculpa” para que projetos como o PRR fiquem paralisados nos próximos quatro a cinco meses.

A Caixa anunciou esta sexta-feira lucros recorde de quase mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano e anunciou que vai pagar dividendos de 461 milhões de euros em 2024.

(Notícia atualizada às 17h51)

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Porque é que João Tiago Silveira e Rui de Oliveira Neves, sócios da Morais Leitão, são arguidos?

Na lista de arguidos da chamada 'Operação Influencer' dois nomes são de sócios da Morais Leitão: João Tiago Silveira, arguido, e Rui de Oliveira Neves, detido e arguido. Veja as suspeitas.

Na lista de arguidos da chamada ‘Operação Influencer‘ dois nomes são de sócios da Morais Leitão: João Tiago Silveira, arguido, e Rui de Oliveira Neves, detido e arguido. Silveira, que também foi ex-secretário de Estado e porta-voz do PS no tempo de José Sócrates, estaria a preparar um decreto-lei para simplificar o licenciamento no âmbito do urbanismo, ordenamento do território e indústria, para o próprio Governo, de acordo com os interesses da empresa Start Campus.

Esse diploma acabaria por ser aprovado em Conselho de Ministros do dia 19 de Outubro.

João Tiago Silveira é sócio da Morais Leitão desde 2017, para onde regressou em 2011. Coordena o departamento de direito público, urbanismo e ambiente. Foi nomeado porta-voz do PS por José Sócrates, em 2009, e trazido por Sérgio Sousa Pinto para o PS em 1994. Foi adjunto de António Vitorino e António Costa nos governos de Guterres e secretário de Estado de Alberto Costa, ministro da Justiça de Costa.

Diz o Ministério Público, no despacho de indiciação que o ECO consultou no capítulo que chama de “Simplex” industrial”, que “antes de ser submetido a Conselho de Ministros, tal diploma foi preparado, do ponto de vista jurídico, pelo arguido João Tiago Silveira”.

Mas os procuradores do DCIAP acreditam que a iniciativa nasceu da cabeça de João Galamba – arguido no processo e atual ministro das Infraestruturas –, que terá “tomado conhecimento do regime legal que estava em vias de ser aprovado e com o propósito de beneficiar indevidamente os interesses da Start Campus”.

32º Digital Business Congress APDC - 10MAI23

Assim, para conseguir esse objetivo, no dia 12 de Outubro de 2023, Galamba contactou Diogo Lacerda Machado, consultor na empresa, e pediu-lhe que a Start Campus lhe enviasse informação com as normas do data center em questão, “para assim inserir tais normas no diploma”.

E aqui entra em cena Rui de Oliveira Neves que pede ao colega de escritório, João Tiago Silveira, que fizesse as tais alterações, “o que este aceitou fazer”, diz o despacho do DCIAP.

E esta foi a conversa que está nas escutas juntas ao processo:

Rui Oliveira Neves (RON)- “O Galamba ontem ligou à noite porque queria pôr os data center nesse regime (…) Pede ajuda para trabalhares com a equipa da Start para ainda hoje ter o que é necessário pôr lá para os Data Centers estarem incluídos”.

João Tiago Silveira (JTS) – “Sim, mas para hoje é difícil”.

RON: “O Galamba está a pedir para hoje”.

JTS: “O Galamba em Conselho de Ministros falou em aplicar o regime das dispensas de loteamentos/dispensa de procedimento administrativo mediante parecer não vinculativo da câmara que, na prática, dispensa tudo (…) À partida é uma coisa muito fácil de meter lá, já não é fácil aceitar, mas o espírito neste momento é aceitar”.

João Tiago Silveira diz estar a tratar disto há meses e que esteve “com o Costa quatro horas a ver isto na quarta-feira e o gajo está completamente entusiasmado com isto (…) Espírito é acabar com a maluqueira que as câmaras inventam, o espírito é positivo. É uma dispensa normalmente para coisas de entidade públicas, têm que arranjar aqui uma maneira qualquer de ligar isto aos projetos (…) A melhor forma de passar é a relação dos projetos com a Global Parques”.

RON: “Depois de estar do lado do Galamba o governo que decida,”;

JTS: Diz que quem vai decidir isto é ele próprio que “aquilo é uma dispensa normalmente para coisas de
entidade públicas, têm de arranjar aqui uma maneira qualquer de ligar isto aos projetos” e que “a melhor forma de passar é a relação dos projetos com Global Parques”;

RON: “Quem faz o licenciamento é a Global Parques, dizer que é para as entidades públicas e naturalmente se essas entidades tiverem entidades privadas a usar os terrenos/infra-estruturas”.

Diogo Lacerda Machado, amigo de Costa; Vítor Escária, chefe de gabinete do primeiro-ministro; Rui Oliveira Neves, administrador da Start Campus e também sócio da Morais Leitão; Afonso Salema, CEO da mesma empresa; e Nuno Mascarenhas, autarca de Sines, são os arguidos que estão detidos.

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, a empresa Start Campus, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, e João Silveira são os restantes arguidos, mas não foram detidos.

E em que medida Rui de Oliveira Neves pode estar implicado nesta teia de alegado tráfico de influência, prevaricação e corrupção (ativa e passiva)?

Alegadamente, os suspeitos Afonso Salema, Rui Oliveira Neves e Diogo Lacerda de Machado “mantiveram contactos com grande frequência” com João Galamba, secretário de Estado da Energia até janeiro de 2022 e atual ministro das Infraestruturas, com Nuno Lacasta, presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, e ainda Duarte Cordeiro, atual ministro do Ambiente, “tendo logrado obter o favor destes em matérias relacionadas com a Start Campus, das quais se destaca a dispensa de aprovação da APA, quanto à primeira fase do projeto (NEST) e a emissão da declaração de Impacte Ambiental favorável com condições na segunda fase do projeto (REST)”.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) denuncia ainda encontros marcados no escritório da Start Campus, em Lisboa, ou ainda almoços e jantares privados com um valor elevado. Ou com um “valor não despiciendo”, como refere o MP no mandado. Refeições essas pagas pelos gestores da Start Campus – Afonso Salema e Rui Oliveira Neves – ao ministro das Infraestruturas, João Galamba, e ao presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta.

Rui de Oliveira Neves regressou à Morais Leitão como sócio em 2021, com “responsabilidade pela transformação do negócio para disponibilizar, de forma transversal, uma oferta renovada de serviços jurídicos com uma abordagem estratégica e de gestão de risco focada na assessoria de transações, projetos e matérias regulatórias”, segundo o site do escritório.

Entre 2013 e 2021, foi diretor de assuntos jurídicos e governance, secretário-geral e desempenhou funções de gestão na Galp. Anteriormente, tinha desenvolvido a sua carreira na Morais Leitão durante 14 anos.

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BPI é o primeiro banco em Portugal a lançar mercado de colecionáveis digitais

A coleção conta com 20 NFTs, já estão disponíveis para compra em leilão no D-Verse, em exclusivo para clientes BPI.

O BPI tornou-se o primeiro banco português a lançar um mercado de colecionáveis digitais (NFT – non-fungible token, na sigla em inglês), adianta a instituição. O D-Verse, lançado esta sexta-feira, assenta em tecnologia de blockchain e é exclusivo para clientes.

“Esta é mais uma clara aposta do BPI na inovação. A marca D-verse foi pensada com o intuito do ‘D’ absorver várias dimensões que refletem a natureza da marca como o digital, democratização e diversidade. Pretende representar a atitude de dinâmica, liderança e inovação do banco, apoiando os seus clientes nesta jornada de transição digital em territórios estratégicos como a arte, o desporto ou outros domínios que iremos explorar”, diz Francisco Barbeira, administrador do BPI, citado em comunicado.

A estreia da plataforma é feita a par do lançamento de uma primeira coleção de arte digital da autoria de Julien Raffin e com curadoria de Ephemeral Ethernal, projeto de Web3 fundado pelo artista português Alexandre Farto (Vhils). A coleção conta com 20 NFTs que já estão disponíveis para compra em leilão no D-Verse.

De nome “Shifting Horizons”, a coleção é composta por colagens criadas primeiro fisicamente e que depois foram digitalizadas e animadas, trazendo “micronarrativas e macronarrativas sobre as transformações da paisagem na região da Costa Atlântica”.

Eduardo Quinteiro Lopes, head da Ephemeral Ethernal, considera que a iniciativa “contribui significativamente para a democratização do acesso à arte digital e representa um passo importante para a Ephemeral Ethernal na sua missão de explorar novos horizontes na era digital”.

Nesta nova plataforma, os clientes do BPI têm assim acesso a um mercado primário onde os colecionáveis são leiloados diretamente pelos artistas, mas também a um mercado secundário, onde podem comprar e vender colecionáveis a outros utilizadores da plataforma.

“O D-verse distingue-se pela sua simplicidade de adesão e uso, e pela familiaridade com a experiência de transação digital”, refere-se em nota de imprensa.

Afonso Eça, diretor executivo responsável pela área de inovação, explica que “enquanto intermediário financeiro que quer manter-se relevante para os clientes na economia digital”, o BPI “tem vindo a estar presente nestas plataformas para entender como nos vamos posicionar no futuro no que diz respeito ao aparecimento de fenómenos como o Metaverso/Web 3.0 e ativos digitais“.

“O primeiro passo foi o lançamento do primeiro balcão virtual, o BPI VR, e agora o D-verse, um marketplace de colecionáveis digitais assente em tecnologia de blockchain, que nos permite explorar novas ferramentas que podem vir a ter inúmeras utilidades para o Banco do Futuro. As transações dos colecionáveis digitais serão registadas na blockchain, o que vai garantir a veracidade da informação e a rastreabilidade dos dados” acrescenta.

O D-verse foi desenvolvido em parceria com a Celfocus.

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Chega realiza congresso nos dias 12, 13 e 14 de janeiro

  • Lusa
  • 10 Novembro 2023

Congresso vai decorrer um ano depois da última convenção, que decorreu em Santarém, e na sequência de o Tribunal Constitucional ter invalidado a convocatória dessa reunião magna.

O Chega vai realizar o seu sexto congresso entre os dias 12 e 14 de janeiro, em Lisboa, anunciou esta sexta-feira o presidente do partido, André Ventura, indicando que será recandidato à liderança. “Pedi à Mesa, em nome da Direção Nacional ontem reunida, que avance para a realização de um congresso eletivo nos dias 12, 13 e 14 de janeiro”, afirmou, em declarações aos jornalistas na sede do Chega.

André Ventura indicou que a sexta reunião magna do Chega vai realizar-se em Lisboa e terá na ordem de trabalhos a eleição do presidente do partido, à qual já tinha anunciado que se ia recandidatar, e dos órgãos nacionais. Este congresso vai decorrer um ano depois da última convenção, que decorreu em Santarém, e na sequência de o Tribunal Constitucional ter invalidado a convocatória dessa reunião magna.

O presidente do Chega indicou que a Direção Nacional vai convocar um Conselho Nacional que, por sua vez, decidirá marcar formalmente o congresso e disse acreditar que, desta vez, não será obstaculizado pelo Tribunal Constitucional. “O Conselho Nacional tinha 70 membros e agora tem 30, está tudo como o Tribunal Constitucional apontou”, defendeu.

Nesta reunião do órgão máximo do partido será aprovado o programa com que o Chega se apresentará às eleições legislativas antecipadas de 10 de março e André Ventura admitiu hoje que poderá anunciar “alguns nomes” que irão constar das listas de candidatos a deputados, que serão aprovadas pela Direção Nacional.

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Symington e Berry Bros & Rudd compram produtor de espumante inglês Hambledon

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Novembro 2023

Dono de marcas de vinho do Porto e de vários projetos no Douro, o grupo Symington comprou um dos principais produtores de espumante de Inglaterra a meias com a Berry Bros & Rudd.

A Berry Bros & Rudd, empresa especializada em vinhos finos, e a Symington Family Estates, grupo que detém várias quintas no Douro e as casas de vinho do Porto Graham’s, Cockburn’s, Dow’s e Warre’s, confirmaram esta sexta-feira a aquisição conjunta, em partes iguais, da produtora de espumante britânica Hambledon Vineyard.

Num comunicado em que não revela o valor da aquisição, o grupo Symington informa que “a oferta pública de aquisição reuniu a aceitação por parte de 90% dos acionistas do produtor inglês”, pelo que ambos os parceiros “podem agora avançar com a aquisição de 100% da Hambledon”.

A Hambledon Vineyard, que foi a primeira vinha comercial plantada em Inglaterra, em 1952, é não só a primeira aquisição, por parte de um produtor português, de uma empresa de vinho espumante inglês, como também representa o primeiro projeto de produção de vinho da família Symington no estrangeiro.

Com 80 hectares de vinha, a propriedade da produtora britânica de espumante agora adquirida pelas duas empresas do setor do vinho localiza-se no condado de Hampshire, no extremo sul de Inglaterra. “É um dos poucos produtores de vinho espumante do Reino Unido com capacidade para produzir acima de 500.000 garrafas por ano de espumantes a partir de produção própria na propriedade – em solos 100% calcários”, lê-se no comunicado.

The Mill Down House, propriedade da Hambledon Vineyard. Foto cedida pela Symington

“A qualidade dos vinhos é absolutamente notável e espelha o fantástico terroir da Hambledon, com as castas clássicas de Champagne (Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay) cultivadas exclusivamente em solos calcários. (…) Acreditamos que temos aqui vinhos espumantes de classe mundial que desempenharão um papel proeminente na afirmação global do espumante inglês como um vinho mundialmente reconhecido“, afirma Johnny Symington, presidente da Symington Family Estates, citado no comunicado.

De ascendência escocesa, inglesa e portuguesa, desde 1882 que a família Symington produz vinho do Porto e DOC Douro. É a maior proprietária de quintas da região, num total de 26, entre as quais a Quinta do Vesúvio, Quinta do Ataíde, Altano, Prats & Symington – Chryseia. Além disso, detém as marcas de Porto Graham’s, Cockburn’s, Dow’s e Warre’s.

Já a presidente da Berry Bros & Rudd, Lizzy Rudd, diz partilhar “os mesmos valores e a mesma filosofia” do grupo Symington, considerando que a parceria “irá trazer estabilidade e crescimento a este negócio num enquadramento muito positivo para os vinhos espumantes ingleses”.

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Lucro da REN sobe 18% para os 96,2 milhões até setembro

Os resultados foram negativamente impactados por menores resultados financeiros (uma quebra de 9,7 milhões de euros) e impostos mais elevados (que pesaram 7,9 milhões).

A Redes Energéticas Nacionais (REN) lucrou 96,2 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, um aumento de 18,2% face ao mesmo período do ano anterior.

“A REN – Redes Energéticas Nacionais registou uma sólida performance operacional nos primeiros nove meses de 2023”, indica a empresa, no comunicado enviado às redações. Desta forma, “o desempenho operacional contribuiu para a melhoria do resultado líquido“.

O EBITDA atingiu os 395,5 milhões de euros, 9,6% acima do período homólogo, suportado pela atividade em Portugal, que entregou mais 27,7 milhões de euros, mas a atividade internacional também teve um contributo positivo, com o EBITDA a subir 6,9 milhões de euros.

No entanto, nem tudo foram melhorias. Os resultados foram negativamente impactados por menores resultados financeiros (uma quebra de 9,7 milhões de euros) e impostos mais elevados (que pesaram 7,9 milhões de euros nas contas).

No que diz respeito a investimentos, a REN destaca a interligação à Rede Elétrica Nacional de novos projetos de energias renováveis, tendo as despesas de capital (CAPEX) subido 51,1 milhões de euros para os 177,1 milhões de euros.

Foram submetidos os projetos do corredor de hidrogénio verde H2MED a Projeto de Interesse Comum (PIC) da EU [União Europeia], aguardando a sua análise técnica até ao final do ano“, indica a empresa. Este poderá tornar-se o primeiro corredor de hidrogénio da Europa.

A dívida líquida subiu 420,3 milhões de euros, atingindo 2,5 mil milhões. “Sem o efeito dos desvios tarifários, a divida teria diminuído 252,7 milhões, para 2.290,4 milhões”, indica a empresa, acrescentando que o custo médio mantém-se nos 2,4%.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h22)

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