O dia em direto nos mercados e na economia – 16 de outubro

  • ECO
  • 16 Outubro 2023

Ao longo desta segunda-feira, 16 de outubro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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ISDIN colabora na luta contra o cancro de mama juntamente com a Fundação FERO

  • Servimedia
  • 16 Outubro 2023

A campanha 'JUNTAS' contribuirá para o estudo da biópsia líquida liderado pela doutora Ana Vivancos do Instituto de Oncologia Vall d'Hebron.

O laboratório ISDIN compromete-se, pelo quinto ano consecutivo, com a luta contra o cancro de mama através da campanha ‘JUNTAS’, uma iniciativa que visa consciencializar sobre a importância da pesquisa e deteção precoce dessa doença.

Em comemoração do Dia Mundial do Cancro de Mama, em 19 de outubro, a ISDIN deseja arrecadar fundos para auxiliar na pesquisa oncológica em parceria com a Fundação FERO, uma instituição privada dedicada à pesquisa do cancro com a qual colabora há cinco anos. A campanha ‘JUNTAS’ tem como objetivo inspirar mulheres por meio de três pilares fundamentais: prevenção, apoio e pesquisa do cancro.

Em relação à prevenção, a ISDIN enfatiza que a autoexploração mamária e a visita anual ao ginecologista são vitais para detetar o cancro de mama precocemente. Por isso, a ISDIN Woman (linha de produtos para cuidados femininos da ISDIN) uniu-se a Ona Carbonell e outras embaixadoras da marca para ensinar, por meio de um vídeo, como fazer a auto exploração mamária e transmitir uma mensagem para que as mulheres se unam na prevenção dessa doença. A cada interação que o vídeo receber nas redes sociais, a ISDIN doará 1 euro para a Fundação FERO. Essa campanha estará ativa até 31 de outubro.

Quanto ao apoio às mulheres com cancro de mama, a ISDIN e Steffi Mallebrein, autora de ‘Mi vida con el bicho: superar el cancro de mama’ e sobrevivente de dois cancros desse tipo, escreveram ‘A tu lado en todas las etapas de la vida’ (Ao teu lado em todas as etapas da vida). Trata-se de um guia para abordar as preocupações que as mulheres podem ter durante um processo tão delicado, bem como ressaltar a importância de cuidar-se de forma holística.

O guia explica o impacto dos tratamentos do cancro na pele das mulheres e oferece uma série de recomendações para manter a melhor qualidade de vida possível, abordando também temas além dos cuidados com a pele, como atividade física, alimentação, importância do apoio emocional e alguns conselhos sobre beleza. ‘A tu lado en todas las etapas de la vida’ pode ser encontrado no perfil do Instagram e no site da ISDIN.

O terceiro pilar da campanha é a pesquisa. Por isso, o laboratório colaborou mais um ano com a Fundação FERO e o Instituto de Oncologia Vall d’Hebron (VHIO) e doará o dinheiro arrecadado durante a campanha para a pesquisa da Biópsia Líquida, um projeto liderado pela doutora Ana Vivancos, chefe do laboratório de Genômica do VHIO, que desenvolve uma técnica de deteção do cancro através de uma gota de sangue, evitando biópsias invasivas e cirurgias.

De acordo com a Associação Espanhola Contra o Cancro, em 2022 foram detetados 34.740 novos casos de cancro de mama na Espanha. A pesquisa é essencial para alcançar a deteção precoce desse tipo de câncer. Por isso, a ISDIN une-se à luta do laço rosa fazendo sua parte na erradicação do cancro de mama e na prevenção dele.

Nesse sentido, a ISDIN destaca a importância da prevenção, já que se trata de um cancro com uma alta taxa de sobrevivência se for detetado a tempo: segundo a AECC, na Espanha, a taxa de sobrevivência em 5 anos é de quase 83% em geral e ultrapassa os 99% em pacientes cujo diagnóstico se limita apenas à mama.

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Operadoras acusam Dense Air de não cumprir obrigações do 5G

Secretário-geral da Apritel garante que a Dense Air está em vias de violar as obrigações de desenvolvimento de rede que lhe foram impostas depois do leilão do 5G.

O secretário-geral da Apritel acusa a Dense Air de não cumprir um conjunto de obrigações que lhe foram impostas pela Anacom depois do leilão do 5G. Pedro Mota Soares diz que “não é conhecida qualquer atividade” dessa operadora grossista no mercado português.

A licença 5G atribuída à Dense Air em 2021 contempla “obrigações de desenvolvimento de rede” que devem ser cumpridas até 4 de novembro de 2023, nomeadamente a instalação de um conjunto de antenas próprias. Não foi possível apurar quantas já terão sido instaladas pela empresa.

A menos de um mês para o fim do prazo, o porta-voz das três maiores operadoras do país não tem dúvidas: “Não é conhecida qualquer atividade da Dense Air, confirmando-se que esta não investiu, nem criou qualquer valor para o país, incumprindo de forma flagrante as obrigações que lhe foram impostas de, até novembro de 2023, instalar 280 estações de base macro próprias (ou 2.800 estações de base outdoor small cells próprias)”, acusa o responsável.

O ECO tentou contactar a DenseAir por vários canais, dando à empresa a oportunidade de comentar a acusação do secretário-geral da Apritel, mas até à publicação deste artigo não obteve resposta.

O comentário de Pedro Mota Soares surge depois de o ECO ter noticiado que a Dense Air pediu à Anacom para devolver uma licença 5G mais antiga, que herdou de uma outra empresa que a tinha adquirido para outro fim. A Dense Air queixa-se de estar a pagar cinco vezes mais taxas de utilização de espetro do que as cobradas às operadoras que compraram licenças no leilão de 2021.

A Anacom está inclinada para aceitar a devolução desse espetro, mas recusa outra pretensão da Dense Air: a de que a devolução tivesse efeito retroativo a 2020. “Este projeto de decisão é demonstrativo de mais um dano resultante de uma má decisão do regulador nacional com impacto significativo no país”, reage Pedro Mota Soares.

“Face ao incumprimento reiterado e confessado da licença de espetro que a Dense Air possuía desde 2010, porque a empresa nunca teve atividade ou colaboradores e, portanto, o espetro nunca foi utilizado, a obrigação legal do regulador era reaver o espetro, algo que não foi feito e mancha indelevelmente o mandato de Cadete de Matos”, critica o secretário-geral da Apritel.

Pedro Mota Soares diz que a decisão da Anacom de não retirar esse espetro à Dense Air, “além de ilegal, teve consequências graves no decorrer do leilão do 5G”, atrasando o processo, defende.

Além da licença mais antiga, que caduca em 2025, a Dense Air detém direitos para usar 40 MHz de espetro 5G desde 2021, pelos quais pagou 5,8 milhões de euros, e que são válidos por 20 anos.

O sentido provável de decisão da Anacom está em consulta pública até meados de novembro e decorre, atualmente, uma fase de audiência prévia. Isto acontece porque o regulador, liderado por João Cadete de Matos, entende que a mesma tem “impacto significativo” no mercado.

A Apritel tem entre as associadas a Meo, a Nos e a Vodafone. A Dense Air não integra esta associação setorial.

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Portugueses estão mais dispostos a mudar de emprego do que a média mundial

Mais de três em cada dez trabalhadores portugueses estão abertos a mudar de emprego. Formação, salário e oportunidades de progressões explicam. Em contraste, escassez de talento já prejudica negócios.

Mais de um terço dos trabalhadores portugueses estão abertos a mudar de emprego e de empresa nos próximos 12 meses, fatia que fica bem acima da média mundial. A explicar essa tendência está, nomeadamente, a falta de oportunidades de progressão na carreira, a falta de formação e os salários praticados, segundo o relatório “Global Re:work” da empresa de recursos humanos Kelly, a que o ECO teve acesso em primeira mão.

“Os colaboradores portugueses apontaram este ponto [a abertura para mudarem de emprego] de maneira mais acentuada do que a maior parte dos trabalhadores e do que o nível médio dos outros países também inquiridos”, salienta Vanda Brito, diretora de recursos humanos da Kelly em Portugal, em conversa com o ECO.

Em maior detalhe, de acordo com o referido estudo, 34% dos trabalhadores portugueses ponderam abandonar a sua empresa nos próximos 12 meses, em comparação com 28% a nível mundial. “E as razões não são propriamente surpreendentes para quem acompanha o mercado de trabalho português”, observa a diretora de recursos humanos.

A falta de oportunidade de progressões na carreira é um dos grandes motivos dessa disponibilidade para mudar de carreira. Aliás, entre os vários países analisados, só os trabalhadores em Itália superam a abertura dos trabalhadores portugueses nesse sentido, destaca Vanda Brito.

Outro é a falta de ferramentas e de tecnologias. “E aqui tivemos a pontuação mais alta dos países localizados na Europa”, avisa a mesma responsável.

A pesar na vontade de os portugueses mudarem de emprego está também a falta de formação e de desenvolvimento de competências, bem como os salários e benefícios, “que são pouco competitivos face às expectativas dos colaboradores”.

No que diz respeito à formação, importa explicar que a lei do trabalho dita que, todos os anos, os empregadores têm de proporcionar 40 horas de ações nesse sentido aos seus trabalhadores, mas a maioria das empresas não cumpre integralmente essa norma, de acordo com os dados oficiais.

Ao ECO, Vanda Brito sublinha que a importância da formação está já sinalizada tanto entre os trabalhadores, como entre os líderes, mas alerta que pode haver uma diferença entre as partes no que diz respeito à velocidade com que esse investimento está a ser feito. “As necessidades podem ser maiores do que a velocidade que as organizações estão a entregar”, observa a responsável.

Já no que diz respeito aos salários, a diretora de recursos humanos salienta que os empregadores precisam de trabalhar neste ponto, ainda que reconheça que existe uma grande pressão de carga fiscal sobre as empresas nacionais. “Portugal regista níveis consideravelmente mais baixos de investimento em aumentos salariais e em benefícios do que os restantes países”, lê-se no estudo.

Escassez de talento já prejudica negócios

Desde que a economia começou a recuperar do impacto da Covid-19 e as restrições à atividade associadas à pandemia foram levantadas, a discussão em torno da escassez de talento está acesa. Tanto que neste estudo da Kelly 26% dos inquiridos afirmam que, nos últimos 12 meses, foram perdidas oportunidades de negócio devido à falta de pessoas e 21% indicam que por causa desse cenário a qualidade do trabalho diminuiu.

“Na perspetiva dos executivos de empresas portuguesas, a contratação temporária parece ser uma das soluções com maior destaque entre os vários países (51% da amostra global), mas, em Portugal, é o reforço das estratégias de formação e de desenvolvimento dos colaboradores que requer um maior investimento para contribuir para a resiliência das equipas (60% dos portugueses)”, lê-se no estudo.

Por outro lado, no que diz respeito ao bem-estar dos trabalhadores, Portugal destaca-se ao estar entre os países com valores mais baixos (36%), no que toca ao facto de os empregadores respeitarem a conciliação entre a vida profissional e pessoal.

“Além disto, em Portugal, apenas 37% dos inquiridos considera que existe uma comunicação eficaz com os colaboradores e apenas 39% afirma que a empresa tem o cuidado de criar um ambiente de segurança psicológica. Este dado ganha maior importância considerando que apenas 3% dos portugueses se sentem confortáveis em falar sobre os desafios que enfrentam na sua saúde mental como justificação de uma pausa no trabalho”, explica a Kelly.

Este estudo teve por base uma amostra de 4.200 trabalhadores em 11 países (Austrália, França, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Itália, Índia, Malásia, Portugal, Singapura, Suíça) e 1.500 líderes a nível global.

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Galp chama investidores para arranque da época de resultados

  • ECO
  • 16 Outubro 2023

A petrolífera nacional divulga esta segunda-feira informação preliminar da sua operação referente ao terceiro trimestre e, com isso, abre as hostilidades no PSI.

As empresas do principal índice acionista da Euronext Lisboa preparam-se para apresentar aos investidores as suas contas referentes aos terceiro trimestre de 2023. As primeiras a fazer as honras serão a Jerónimo Martins e a Navigator a 28 de outubro. Porém, o pontapé de partida será dado pela Galp Energia, que esta segunda-feira divulgará informação operacional preliminar referente ao terceiro trimestre deste ano.

Depois de um primeiro trimestre bastante positivo para as contas das empresas do PSI, os lucros das cotadas travaram a fundo entre abril e junho, como resultado do abrandamento da economia e em linha com a tendência global.

Se a dinâmica se manteve no terceiro trimestre, é provável que as contas das empresas do PSI apontem para uma nova contração entre julho e setembro, dado que o Banco de Portugal estima uma variação negativa em cadeia do PIB para o terceiro trimestre. No entanto, é de notar que, no primeiro trimestre, o PSI valorizou 5,6%, no segundo trimestre caiu 2,1% e no terceiro trimestre acumulou ganhos de 2,9%.

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5 coisas que vão marcar o dia

Os combustíveis voltam a baixar, a Galp apresenta trading update e os ministros das Finanças da zona euro reúnem-se em Bruxelas.

No dia em que os preços dos combustíveis voltam a baixar, a petroleira Galp apresenta o trading update referente ao terceiro trimestre de 2023. Já os ministros das Finanças da UE abordam o futuro dos mercados financeiros e de capitais europeus no Eurogrupo.

Combustíveis voltam a descer

Os preços dos combustíveis voltam a descer esta segunda-feira: o litro de gasóleo simples será cobrado a 1,724 euros por litro e a gasolina simples 95 a 1,773 euros por litro. O gasóleo baixa dois cêntimos e a gasolina 2,5, segundo o setor. Estes preços já contemplam os descontos praticados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis.

Galp divulga dados operacionais do terceiro trimestre

Esta segunda-feira, a Galp apresenta o trading update referente ao terceiro trimestre de 2023. Em causa estão dados operacionais como as margens de refinação e comercialização de combustíveis. A petrolífera registou, no segundo trimestre, uma quebra nas margens de refinação de petróleo fruto do recuo dos preços dos produtos petrolíferos ao longo do último ano.

Grupo Parlamentar do PSD em jornadas

Começam esta segunda-feira, e durante dois dias, as Jornadas Parlamentares do Grupo Parlamentar do PSD, na sala do Senado da Assembleia da República, com o lema “Um Programa de Emergência Social para a Classe Média”. A sessão de abertura conta com intervenções do líder parlamentar Joaquim Miranda Sarmento, e do secretário-geral do PSD, Hugo Soares. Luís Montenegro fará o encerramento na terça-feira.

Reunião do Eurogrupo

O ministro das Finanças, Fernando Medina, participa na reunião do Eurogrupo, no Centro de Convenções Europeu em Luxemburgo, com os seus homólogos dos Estados-membros da zona Euro. Com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, estes governantes analisam as perspetivas globais e as políticas económicas e financeiras assim como o futuro dos mercados financeiros e de capitais europeus, com destaque para soluções para desbloquear o financiamento.

Augusto Santos Silva em deslocação oficial a Berlim

O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, desloca-se oficialmente a Berlim, a convite da sua homóloga, a presidente do Bundestag, Bärbel Bas. A delegação parlamentar é composta pelos deputados Pedro Delgado Alves, do grupo parlamentar do PS, e Isabel Meireles, do grupo parlamentar do PSD.

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Banco Montepio conclui reestruturação de pessoal com 650 saídas em três anos

Banco liderado por Pedro Leitão colocou um ponto final ao programa de ajustamento de quadros que iniciou há três anos e no âmbito do qual saíram 650 trabalhadores. Mais de 90 balcões foram encerrados.

Há três anos, o ECO noticiou em primeira mão que o Banco Montepio estava a preparar um plano de ajustamento de pessoal de larga escala, prevendo a saída de centenas de trabalhadores. Três anos depois, este processo terminou e as contas (ainda provisórias, mas praticamente fechadas) são estas: saíram 645 trabalhadores no âmbito do plano, dos quais 332 através de rescisões por mútuo acordo, 311 através de reformas antecipadas e dois por suspensão de prestação de trabalho.

Sobre estes números, que foram transmitidos pela administração e pelo departamento de recursos humanos numa reunião com a comissão de trabalhadores que teve lugar no final do mês passado, o banco não quis se pronunciar quando foi contactado esta semana pelo ECO.

Ainda assim, o número de saídas superou a meta mínima que estava prevista – o programa apontava para 600 e 900 saídas –, o que permitiu uma redução da massa salarial dentro das expectativas da comissão executiva liderada por Pedro Leitão, segundo a informação que a administradora Helena Soares de Moura transmitiu à comissão de trabalhadores durante esse encontro.

As contas do banco confirmam uma redução expressiva nos custos com o pessoal da banca comercial de retalho, que foi a área mais afetada pela redução dos quadros, neste período. Até junho deste ano, os encargos com os trabalhadores da área comercial de retalho ascenderam a cerca de 29 milhões de euros, de acordo com o relatório e contas do primeiro semestre, praticamente metade do que o banco gastou com a mesma rubrica nos primeiros seis meses de 2020 (56,7 milhões).

O Banco Montepio chegou ao final de junho com 3.119 trabalhadores, menos 843 trabalhadores do que em junho de 2020, o que representa uma redução de mais de 20% dos quadros no espaço de três anos. Isto significa que houve mais pessoal a sair fora do âmbito do programa de rescisões por mútuo acordo e reformas antecipadas.

Segundo adiantou a comissão de trabalhadores liderada por João Figueiredo ao ECO, a comissão executiva não prevê que um plano tão abrangente se repita no futuro, mas “deixou claro que analisará situações pontuais para trabalhadores que pretendam sair por rescisões por mútuo acordo e reformas antecipadas”.

No mesmo período, a rede comercial foi reduzida em 92 agências, com o banco a explorar atualmente uma rede de 243 balcões.

Uma das queixas que a comissão de trabalhadores apresentou à administradora na reunião de setembro teve a ver com o facto de um número significativo de balcões estar atualmente a funcionar com um quadro de trabalhadores reduzido, devido ao programa de saídas que terminou agora. Da administradora obteve a garantia de que estaria para breve a regularização do quadro dos balcões com problemas.

Montepio vende Banco Empresas Montepio à Fintech Rauva - 08SET23
Pedro Leitão, CEO do Banco Montepio.Hugo Amaral/ECO

Apesar de o ajustamento do quadro de pessoal do banco ter terminado, a reestruturação da instituição financeira da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) continua sob a batuta do CEO Pedro Leitão. O banco continua à procura da rota dos lucros sustentáveis. Até junho registou prejuízos de cerca de 50 milhões de euros, quando o resto do setor está a apresentar lucros expressivos à boleia da alta das taxas de juro. A venda do Finibanco Angola pressionou os resultados – sem essa operação, o lucro do Banco Montepio teria sido de 60 milhões.

A alienação da instituição angolana faz parte da estratégia de simplificação da estrutura do banco que também acabou de fechar a venda da licença bancária do BEM à fintech Rauva por 35 milhões de euros, enquanto prossegue a limpeza do balanço com a venda de carteiras de malparado, como deu conta o ECO há duas semanas.

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Cinco agendas mobilizadoras já perderam empresas

Os consórcios liderados pela Altri, Granvinhos, Impetus, Defined.ai e Palbit já apresentaram pedidos de ajuste por alteração de copromotores. IAPMEI desdramatiza saída de empresas.

São já cinco as agendas mobilizadoras, financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que perderam empresas. Os consórcios liderados pela Altri, Gran Cruz, Impetus, Defined.ai (ex-DefinedCrowd) e Palbit já apresentaram pedidos de ajuste por alteração de copromotores, avançou ao ECO fonte oficial do IAPMEI.

“Neste enquadramento, e até ao momento, só temos registo de cinco agendas com pedidos de ajuste por alteração de copromotores”, explicou fonte oficial do IAPMEI.

O alerta foi dado pelo presidente da AEP. Em entrevista ao ECO, Luís Miguel Ribeiro, avançou que “há várias empresas que saíram dos consórcios” das agendas mobilizadoras, “porque já não têm interesse”. “Algumas até por outras razões que entenderam que aquela candidatura em que estavam envolvidas já não era importante para elas, porque, entretanto, decidiram apostar noutro setor, noutra área ou ter outros parceiros”, justificou.

O responsável, que vê com “preocupação” os atrasos nos pagamentos dos apoios às empresas, sublinha que “as empresas fazem investimentos, os planos de negócios, e depois falha o timing”. “Um projeto que é importante agora, daqui a três, quatro, cinco ou seis meses, a importância é relativa, ou pode até já não ter”, acrescenta.

O IAPMEI desdramatiza a situação e explica que, “em processos com a dimensão das agendas mobilizadoras para a inovação empresarial, é natural que se possam registar alguns ajustes na composição dos consórcios”.

“Estes ajustes ocorrem por alteração de opções estratégicas de investimento de algumas empresas, em resultado de processos de fusão ou entrada no Programa Especial de Revitalização (PER)”, explica a mesma fonte oficial.

O ECO questionou se estas alterações têm impacto em termos de libertação de verbas, mas a resposta é negativa porque “há sempre acomodação dos investimentos previstos em projeto por parte de outra entidade, já existente ou que entra no consórcio, de forma a garantir o cumprimento dos objetivos da agenda”.

A Accelerat.AI, liderada pela Defined.ai, perdeu a Talkdesk, que está atualmente a braços com um processo de despedimentos, por mútuo acordo, que deverá afetar cerca de 200 pessoas em Portugal, de um total de 800.

“Em período prévio à assinatura da agenda mobilizadora Accelerate.ai, liderada pela Defined.ai, existiu a saída da empresa Talkdesk, outrora Vox.ai”, avançou ao ECO fonte oficial da empresa liderada por Daniela Braga.

O ECO tentou contactar o unicórnio nacional Talkdesk para saber as razões desta saída, mas até à publicação deste artigo não obteve respostas.

A Defined.ai lidera uma agenda que pretende criar, de forma pioneira, uma plataforma de serviços cognitivos em português europeu (nos diversos sotaques e faixas etárias) com efeito completamente transformador na experiência do utilizador na interação com produtos ou serviços. O investimento global é de 47 milhões de euros, dos quais 25,42 milhões são financiados pelo PRR, dos quais já foram pagos 5,85 milhões aos beneficiários finais, de acordo com o Portal da Transparência. Esta agenda verde tem dez copromotores.

Antes da assinatura formal da agenda Vine and Wine PortugalDriving Sustainable Growth Through Smart Innovation, liderada pela Gran Cruz, que quer investir 91,6 milhões de euros para aumentar a competitividade e a resiliência do setor vinícola, também a José Maria da Fonseca desistiu do consórcio, avançou ao ECO o diretor-geral da Gran Cruz. Recorde-se que decorreram largos meses desde o anúncio da escolha de 51 consórcios neste programa, em junho de 2022, e as primeiras contratualizações.

Jorge Dias acrescentou ainda que as alterações de composição desta agenda — que reunia 52 copromotores que atuam em 3 áreas de competitividade chave – Sustentabilidade; Automação, Inovação e eficiência produtiva e novos processos e produtos — resulta também do facto do seu grupo ter apresentados “projetos em duas empresas que foram em janeiro deste ano objeto de uma fusão por incorporação”. O PRR financia em 40,98 milhões de euros esta agenda de inovação e já pagou 9,43 milhões de euros.

a Altri explicou ao ECO que o pedido de ajuste surgiu na sequência das “mudanças das dinâmicas dos grupos que ocorrem depois do momento em que é feita a candidatura”, explicou ao ECO Carlos van Zeller. “Não vamos mudar a nossa estratégia”, garantiu o administrador executivo e vice-CEO da Altri, que esta sexta-feira teve uma reunião no IAPMEI para analisar esta questão.

A Transform – Transformação Digital do Setor Florestal para uma Economia Resiliente e Hipocarbónica, liderada pela Altri Florestal é composta por 59 entidades, entre empresas do setor florestal e produtoras de equipamentos e tecnologias, associações empresariais, instituições do ensino superior e do sistema de investigação e científico. Tem implícito um investimento total de 150 milhões de euros, dos quais mais de 63 milhões de incentivo público. Destes, já foram pagos mais de 14 milhões de euros. A agenda materializa-se em 28 projetos “colaborativos, mobilizadores e complementares entre si, dos quais irão resultar novos produtos, processos e serviços, suportados em tecnologias digitais, com elevado grau de inovação, que irão contribuir para uma gestão florestal mais sustentável e melhoria da eficiência das empresas, garantindo uma maior ligação aos mercados e consumidores”.

Já a Hi-rEV – Recuperação do Setor de Componentes Automóveis, a agenda liderada pela Palbit, perdeu a Schmidt Light Metal. Uma saída “essencialmente motivada por uma reorientação estratégica de setores internos da empresa, que não estão relacionados com o consórcio”, explicou ao ECO Hugo Bastos Oliveira. O diretor de marketing da Palbit acrescentou que esta agenda de inovação, que tem previsto um investimento global de 49,6 milhões de euros, contou com “a inclusão recente no consórcio da Adamastor e a Eurocast”, que trarão “competências diferenciadas que permitirão consolidar a proposta de valor do projeto ao nível das motivações inicias, alargando o âmbito tecnológico na área dos componentes automóveis”.

As 23 empresas e organizações que participam em vários projetos, para reposicionar as suas capacidades de fabrico em resposta às exigências da indústria/consumidor, contam com um financiamento não reembolsável do PRR de 20,42 milhões de euros, dos quais já foram pagos 4,7 milhões.

Finalmente, a TEXP@CT – Pacto de Inovação para a Digitalização do Têxtil e Vestuário, liderada pela Impetus, conta com 40 copromotores que, em conjunto se propõe investir 58,32 milhões de euros para aumentar o nível de digitalização das empresas do setor usando empresas de referência como âncora; potenciar o aumento de soluções e de tecnologias disponíveis e contribuir para o volume de exportações. O PRR financia com 29,16 milhões de euros estes objetivos que também visam torna o setor mais atrativo para os atuais e futuros recursos humanos, mais resiliente, mais sustentável e mais sofisticado. O ECO também contactou a Impetus para identificar quais as empresas que saíram, mas não obteve respostas.

Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, o ministro da Economia também desdramatizou a saída de empresas dos consórcios por causa dos atrasos. António Costa Silva disse tratar-se de “uma gota de água”, e que em causa estão apenas de três empresas de pequena dimensão.

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A inflação e o aumento das taxas marcarão uma desaceleração da economia mundial, segundo especialistas do Real Instituto Elcano

  • Servimedia
  • 16 Outubro 2023

A economia mundial sofrerá uma leve desaceleração nos próximos meses, que será marcada pela continuidade do aumento dos preços, bem como a manutenção das taxas de juros atuais.

Conforme apontado por vários especialistas do Real Instituto Elcano, que também apontam para diversos fatores que diminuirão o ritmo de crescimento da economia global, como a desaceleração da economia chinesa ou alguns riscos geopolíticos, como as possíveis tensões entre os EUA e a China decorrentes das próximas eleições em Taiwan no início de 2024.

Na Europa, haverá um “crescimento muito baixo” pelo resto do ano, destaca Enrique Feás, pesquisador principal do Real Instituto Elcano, que afirma que o arrefecimento da economia do velho continente será determinado, entre outros fatores, pela evolução da guerra na Ucrânia, que poderá resultar numa crise alimentar.

Por sua vez, Federico Steinberg, também pesquisador principal da mesma instituição, adverte que a Europa agora “enfrenta uma maior dependência de energia externa e a desconexão com a Rússia”, por isso é necessário “manter o bom ritmo de economia de energia e substituição por fontes alternativas”.

Nesse cenário, Steinberg aponta que taxas de juros de 4% ou 5% representam uma desaceleração para a economia, resultando em aumento do custo das hipotecas e contração do consumo. No entanto, ele destaca que a economia está resistindo e que a banca europeia é mais “sólida” e está bastante mais “saneada” do que a dos EUA, descartando riscos de elementos financeiros, como a crise de 2008. “Durante a pandemia, a banca tem sido uma fonte de crédito e estabilidade”, afirma.

Nesse sentido, a cobertura de liquidez nos balanços dos bancos tem desempenhado um papel muito relevante em garantir sua solidez. Entre os grandes bancos europeus, o CaixaBank liderou no primeiro trimestre os níveis de liquidez (LCR), com um índice de 192% (agora aumentando para 207), superando no mesmo período entidades como Société Générale (171), UniCredit (163), Crédit Agricole (162), Deutsche Bank (143), BNP Paribas (139) ou ING (132).

Ambos os economistas do Real Instituto Elcano concordam que a banca europeia e espanhola saíram fortalecidas para enfrentar possíveis turbulências em um contexto em que ocorreram tensões no sistema, como o desaparecimento do Crédit Suisse ou a quebra de vários bancos regionais nos EUA. Eles afirmam que parte desse fortalecimento se deve à melhoria da supervisão e à consolidação bancária no continente.

“Agora a banca está mais capitalizada em toda a Europa, muito mais sólida, com maior capacidade de resistência e com o apoio à política monetária do BCE, o que permitiu aumentar a estabilidade”, afirma Feás, enquanto Steinberg destaca que a banca soube aproveitar os anos de crescimento económico pós Covid para “limpar um pouco os balanços bancários quando havia problemas”.

DESACELERAÇÃO

Em relação à economia espanhola, ambos os especialistas concordam que ela teve um bom desempenho até agora este ano, impulsionada, em parte, pelo impulso das exportações e do consumo, bem como pelo aumento da arrecadação de impostos e pelo fluxo dos fundos europeus que estão impulsionando os investimentos. Além disso, a recuperação do turismo e a menor dependência energética da Rússia, juntamente com o isolamento dos preços da energia com exceção da Península Ibérica, impulsionaram o PIB.

No entanto, os dois economistas preveem que a economia espanhola se desacelerará nos próximos meses, devido aos prolongados aumentos das taxas que ocorreram e que indicam que os níveis elevados se manterão. Esse contexto resultará em uma moderação na concessão de crédito, portanto, a assinatura de hipotecas continuará em queda, já que o Euribor pode continuar a subir, concluem.

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80 mil milhões de investimento publicitário perdidos em fraudes

Trinta por cento do investimento perdido em 2023 será para fraudes em mobile, número que desce para 20% quando se trata de publicidade display ou pesquisa online.

Vinte e dois por cento da totalidade do investimento publicitário a nível global vai ser perdida em publicidade fraudulenta este ano, o que representa uma perda de 84,2 mil milhões de dólares (cerca de 79,5 mil milhões de euros). As conclusões são de um estudo do Juniper Research.

O mesmo estudo prevê ainda uma subida de 105% até 2028, altura até à qual vão ser desviados 172,3 mil milhões de dólares (cerca de 164 mil milhões de euros) de investimento publicitário para fraudes publicitárias.

“Os dados fornecidos por plataformas de anúncios como o Facebook ou a Google dão uma visão otimista da eficiência das campanhas, não conseguindo distinguir entre quantos cliques ou visualizações são originados por verdadeiros utilizadores daqueles que são gerados por bots fraudulentos”, refere Elisah Sudlow-Poole, analista sénior da Juniper Research.

Estes bots são aplicações de software programados para imitar utilizadores reais e as suas atividades com o objetivo de, neste caso, clicar repetitivamente em links de anúncios.

Segundo o estudo, e analisando por regiões, a América do Norte deve ser a região que mais vai perder investimento publicitário para fraudes ao longo dos próximos cinco anos (42%). Segue-se a região do Extremo Oriente e China (20%) e a Europa Ocidental (17%).

Já em termos de canais, em 2023, cerca de 30% do investimento publicitário será assim perdido para fraudes em mobile, número que desce para 20% quando se trata de display ou pesquisa online. Os canais que menos “sofrem” com fraudes são as apps (17%) e o vídeo online (15%).

Proporção do investimento publicitário perdido em 2023 por canal

Entre os três tipos de fraude online (display, pesquisa e vídeo), o de pesquisa é mesmo aquele que vai gerar “maior atividade fraudulenta nos próximos cinco anos”, refere também o estudo, que adianta que a fraude online é mais provável que ocorra em browsers que contam com menos utilizadores – como o Opera ou o Firefox – ou em browsers específicos de alguns aparelhos, como o Samsung Internet.

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Supervisor britânico multa Equifax em 13 milhões de euros

  • ECO Seguros
  • 15 Outubro 2023

Processo baseia-se na exposição dos dados de 13 milhões de consumidores do Reino Unido a riscos de crimes financeiros. Existiram falhas na supervisão e gestão, de acordo com a entidade reguladora.

A FCA, Autoridade de Conduta Financeira britânica aplicou uma coima de 11,164,400 libras (cerca de 13 milhões de euros) à agência de crédito Equifax, por “grave falha” na administração e supervisão dos dados de consumidores do Reino Unido, que foram terceirizados para “a empresa controladora com a sede nos EUA”, avançou na passada sexta-feira o Insurance Business.

O processo diz respeito a factos sucedidos em 2017, quando se deu “uma das maiores violações de segurança cibernética da história”, onde hackers acederam a informações pessoais de cerca de 143 milhões de indivíduos, dos quais 13,4 milhões eram consumidores do Reino Unido, que a Equifax tinha responsabilidade em proteger, de acordo com a decisão final do regulador, escreve o jornal.

O órgão de supervisão menciona que os clientes do Reino Unido ficaram expostos a “riscos de crimes financeiros”, uma vez que, os hackers, infiltrados nos servidores da Equifax Inc, a empresa americana que controla a Equifax Ltd, tiveram acesso a “nomes, datas de nascimento, números de telefone, detalhes de login de membros da Equifax, informações de cartão de crédito parcialmente expostas e endereços residenciais”, lê-se no artigo.

O órgão refere ainda na sua sentença que a Equifax negligenciou a supervisão e gestão de proteção de dados praticada na Equifax Inc., ainda que fossem conhecidas as vulnerabilidades dos sistemas de segurança de dados da empresa americana. Dessa maneira, “não foram tomadas as medidas apropriadas para proteger os dados dos clientes do Reino unido”, escreve o jornal.

Respostas inadequada aos clientes

A gestão da crise após o ataque também foi inadequada. Invés de informarem imediatamente o público, de forma clara, acerca de quantidade de indivíduos afetados e qual era a magnitude do problema, o público não teve conhecimento acerca “do número de consumidores afetados” e a entidade sujeita à coima “tratou mal as reclamações ao não manter verificações de garantia de qualidade para reclamações relacionadas ao incidente”, referiu o regulador, escreve o jornal.

Contactado pela Insurance Business, Patricio Remon, Presidente para a Europa da Equifax, afirmou que “a Equifax cooperou totalmente com a Autoridade de Conduta Financeira ao longo desta longa investigação e foi reconhecida pelo órgão por essa cooperação” e “desde o ataque cibernético contra a nossa empresa, há seis anos, investimos mais de 1,5 mil milhões de dólares (mais de 1,4 milhões de euros) numa transformação de segurança e tecnologia”, acrescentou.

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Líder da oposição polaca, Donald Tusk, declara vitória

  • Lusa
  • 15 Outubro 2023

O líder da oposição polacadeclarou vitória nas legislativas, quando as primeiras projeções dão a vitória ao partido no poder, Lei e Justiça, mas sem maioria parlamentar.

O líder da oposição polaca, Donald Tusk, declarou vitória nas legislativas, logo após o encerramento das urnas, quando as primeiras projeções dão a vitória ao partido no poder, Lei e Justiça (PiS), mas sem maioria parlamentar. Às 21h00 locais (20:00 em Lisboa) em ponto, o líder da Plataforma Cívica (PO) surgiu nas televisões nacionais a reclamar a alternativa no poder, ao fim de oito anos dos conservadores populistas do PiS. “A Polónia venceu. A democracia venceu. Nós expulsámo-los do poder“, afirmou Donald Tusk aos seus apoiantes.

Sei que os nossos sonhos eram ainda mais ambiciosos. Estou na política há muito tempo. Nunca fui tão feliz em toda a minha vida“, afirmou o antigo primeiro-ministro polaco e ex-presidente do Conselho Europeu, acrescentando: “Há um ano ninguém acreditava. Há três meses não tínhamos certezas”.

A sondagem à boca das urnas, divulgada pela tvn24 e preparada pela Ipsos, dá ao PiS 36,8% e 200 dos 460 assentos no parlamento polaco, seguido pelos liberais da PO (31,6% e 163 lugares). Atrás estão a Terceira Via (conservadores), com 13% e 55 lugares, e o Lewica (Esquerda), com 8,6% e 30 mandatos.

Os ultranacionalistas radicais da Confederação (extrema-direita), que poderiam viabilizar um executivo do PiS, não foram além dos 6,2% e de 12 lugares.

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