Colégio de comissários pode aprovar hoje reprogramação do PRR

"A revisão do PRR de Portugal está a ser finalizada. Será aprovada em colégio de comissários amanhã [quarta-feira], ou nas semanas seguintes, para ir depois ao Ecofin”, diz ao ECO fonte comunitária.

A reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “está a ser finalizada” e até poderá ser aprovada em colégio de comissários esta quarta-feira, para ir à próxima reunião dos ministros das finanças da Zona Euro, apurou o ECO junto de fonte comunitária.

“Será aprovado em colégio de comissários amanhã, ou nas semanas seguintes, para ir depois ao Ecofin de outubro”, explicou a mesma fonte.

A Comissão Europeia acordou com Portugal a prorrogação do prazo para avaliação do PRR revisto, que deveria ter terminado no final de julho, para “continuar as discussões”. Bruxelas deveria ter avaliado o plano alterado, para perceber se satisfaz os critérios de avaliação, até ao final de julho, já que tinha dois meses para o fazer. Mas acordou com as autoridades portuguesas estender esta data, uma extensão que está prevista nas regras. “Em acordo mútuo com as autoridades portuguesas, o período de avaliação para o plano revisto e do capítulo do REPowerEU submetidos por Portugal foi prolongado para permitir a continuação das discussões”, disse ao ECO fonte oficial da Comissão Europeia. “O Estado-membro e a Comissão podem acordar prorrogar o prazo de avaliação por um período razoável, para permitir novos contactos”, acrescentou a mesma fonte do executivo de Ursula von der Leyen.

Depois, “se a avaliação da Comissão for positiva, esta apresentará uma proposta de alteração da decisão de execução do Conselho para refletir as alterações ao plano português”, explica a mesma fonte reiterando as declarações que já tinha feito à Lusa, no início do mês, recusando avançar mais detalhes, apesar da insistência do ECO. Os Estados-membros têm depois, no máximo, quatro semanas para aceitar a decisão comunitária.

Recorde-se que a proposta de reprogramação que Portugal submeteu a Bruxelas engorda o PRR de 16,6 mil milhões de euros para 22,2 mil milhões. Este aumento de 33,7%, decorre não só de um reforço das subvenções a que Portugal teve direito, mas também a um recurso mais substantivo à componente de empréstimos — são mais 3,2 mil milhões de euros. Portugal terá agora de cumprir 501 metas e marcos, o que compara com os anteriores 341.

A maior fatia de reforço ao investimento é de apoio às empresas, só as agendas mobilizadoras vão receber 2,8 mil milhões de euros, um valor que contrasta com os anteriores 930 milhões, mas há uma grande aposta na coesão territorial, habitação e bairros digitais.

O aumento de custos dos investimentos, devido à guerra na Ucrânia, a escassez de matérias-primas e de mão-de-obra e a inflação levaram a um agravamento de 2,5 mil milhões de euros na fatura dos investimentos previstos. Mas este aumento não pode ser inteiramente compensado com o recurso a empréstimos, porque a Comissão Europeia não aceita financiar com a bazuca mais do que 19% do aumento de cada projeto. E como investimentos mais pesados com as obras do metro de Lisboa e do Porto têm custos muito maiores, o Executivo optou por recorrer ao Orçamento do Estado.

Assim, até 2026, data em que a totalidade dos investimentos financiados pelo PRR têm de estar concluídos, os vários Orçamentos do Estado serão chamados a financiar em 1,2 mil milhões de euros, enquanto o PRR pagará 1,3 mil milhões.

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Os concelhos que mais e menos casas construíram desde 2017

A região do interior concentra a maioria dos 51 concelhos que registaram uma contração do seu parque habitacional. No canto oposto estão grandes cidades como Porto, Aveiro e Seixal.

A oferta de casas no mercado é um dilema há muito identificado por promotores e especialistas no mercado de habitação. Os números dão força a esse argumento. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, entre 2018 e 2022 venderam-se 10 casas por cada uma que se construi.

A mesma conclusão se retira dos dados da Autoridade Tributária, que apontam para um crescimento médio do parque habitacional em Portugal de apenas 0,29% por ano entre 2017 e 2022. É muito pouco, desde logo considerando que neste período a população residente em Portugal com mais de 15 anos de idade cresceu a um ritmo médio de 0,41%, segundo dados do INE.

A falta de casas é particularmente sentida nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, onde tanto os preços dos imóveis como as rendas dispararam nos últimos anos. No entanto, é nos municípios do interior que se sente mais a quebra do parque habitacional.

De acordo com cálculos do ECO com base em dados da Autoridade Tributária, são 51 os concelhos (maioritariamente localizados no interior do país) que nos últimos seis anos observaram uma contração do seu parque habitacional, por conta de um volume de construção de casas novas e de reabilitação num grau bem inferior ao número de casas demolidas.

Os municípios de Trancoso e de Aguiar da Beira, ambos no distrito da Guarda, são os casos mais evidentes desta realidade, ao apresentarem uma contração de 1,27% e 1,23% do seu parque habitacional entre 2017 e 2022. Em números absolutos, estas perdas traduziram-se no “desaparecimento” de 589 casas em Trancoso e de 349 habitações em Aguiar da Beira.

No canto oposto estão os municípios de Vizela, no distrito de Braga, e do Porto, que nos últimos seis anos tiveram um crescimento médio do seu parque habitacional de 1,21% e 1,1% por ano, respetivamente. Trata-se de um aumento de 4,2 vezes e 3,8 vezes acima da média nacional.

Conheça em detalhe a evolução do parque habitacional de todos os concelhos de Portugal continental neste mapa que o ECO preparou para si:

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Nota: Se está a aceder através das apps do ECO, carregue aqui para aceder ao mapa interativo.

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5 coisas que vão marcar o dia

Eurostat divulga os dados relativos à produção mensal na construção da Zona Euro e a Fed revela a decisão quanto às taxas de juro. João Pedro Matos Fernandes é ouvido na Comissão de Economia.

Esta quarta-feira, o Eurostat vai divulgar os dados relativos à produção mensal na construção da Zona Euro e a Fed partilhará a sua decisão quanto à taxa de juros. O dia é também marcado pela audição do ex-ministro João Pedro Matos Fernandes sobre a “compra de navios e baterias na Transtejo”.

Decisão da Taxa de Juros da Fed

Terminada a reunião do Comité do Mercado Aberto esta quarta-feira, Jerome Powell, presidente da Fed (Reserva Federal dos Estados Unidos), dá uma conferência de imprensa onde partilhará as projeções económicas, a política monetária e decisão da taxa de juros da Fed. Em agosto, o presidente da Fed avisava que a inflação continua “demasiado elevada”.

Eurostat divulga produção mensal na construção da Zona Euro e horas trabalhadas na UE

O Eurostat vai publicar esta quarta-feira os dados da produção mensal na construção da Zona Euro relativos ao mês de julho, bem como das horas trabalhadas na União Europeia em 2022.

Audição a João Pedro Matos Fernandes

Esta quarta-feira é também ouvido João Pedro Matos Fernandes, ex-ministro do Ambiente e da Ação Climática, sobre a “compra de navios e baterias na Transtejo”, um episódio polémico de uma aquisição de navios elétricos onde não estavam incluídas as baterias, que acabou mesmo por conduzir à demissão do conselho de administração da Transtejo.

Primeiro Encontro Anual das Agendas Mobilizadoras e Verdes para a Inovação Empresarial

O primeiro-ministro, António Costa, e o Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, marcam presença esta quarta-feira no Primeiro Encontro Anual das Agendas Mobilizadoras e Verdes para a Inovação Empresarial, evento em que serão dados a conhecer os desenvolvimentos dos projetos em execução no âmbito desta medida do PRR. Serão assim apresentados os seus primeiros resultados, os benefícios esperados e os produtos e serviços com os quais irão contribuir para a região e para a economia nacional.

Apresentação dos resultados do projeto de inovação Augmanity

Os resultados do Projeto Mobilizador Augmented Humanity (Augmanity), desenvolvido em parceria com um conjunto de entidades do sistema científico nacional e empresas, no âmbito do qual têm vindo a ser desenvolvidas soluções e tecnologias inovadoras que visam potenciar uma maior competitividade na indústria e produção em Portugal, são apresentados esta quarta-feira pela Bosh e pela Universidade de Aveiro.

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UAX inicia ano académico com um papel de destaque para a IA

  • Servimedia
  • 20 Setembro 2023

O tenista Rafa Nadal entrega os prémios aos alunos com melhor desempenho e anima a todos a "ser ambiciosos e a trabalhar duro para encontrar sua melhor versão".

A Universidade Alfonso X el Sabio celebrou nesta terça-feira o ato de abertura do ano academico, no qual estabeleceu as bases dos valores que guiarão a formação dos quase 17.000 estudantes que este ano cursarão seus estudos na universidade: esforço e trabalho, excelência e responsabilidade, e um modelo de ensino único projetado para impulsionar sua empregabilidade.

A reitora da Universidade Alfonso X el Sabio, Isabel Fernandez, enfatizou o compromisso com a integração da inteligência artificial generativa na formação de todos os estudantes da UAX porque “o uso da IA não substitui os profissionais, mas reduz a curva de aprendizado ao mesmo tempo em que os torna mais produtivos e eficientes”.

“Não vamos apenas aprender de forma diferente, mas, como a sociedade exige, é necessário que como instituição de ensino ajudemos vocês a entender e usar esse novo paradigma acelerador que faz parte de sua realidade”, disse aos alunos durante sua intervenção.

Fernandez também destacou o compromisso da UAX com uma formação multidisciplinar de vanguarda, impulsionando a preparação prática para responder aos desafios tecnológicos exigidos pelo mercado e às necessidades de atrair talentos de empresas e instituições globais. Uma iniciativa que a universidade fortalece por meio de projetos ‘UAXmakers’, nos quais os estudantes enfrentam desafios reais de desenvolvimento de negócios com o apoio de empresas líderes e instituições, como a Agência Espacial Europeia, Cruz Vermelha, Grupo Quirón, Elsevier, Avanade, MS e Sacyr.

O compromisso da Universidade Alfonso X el Sabio de integrar a IA na formação de seus alunos, em todas as áreas de estudo, também ficou claro com a palestra de abertura do curso, ministrada por Andrés Pedreño Muñoz. O professor universitário em Economia Aplicada, pioneiro no impulso do ensino académico de novas tecnologias, enfatizou o impacto que a Inteligência Artificial Generativa está tendo na sociedade e nas profissões, destacando o potencial dessa tecnologia que “nos ajudará a enfrentar os grandes desafios da humanidade”, como sustentabilidade ou doenças complexas que exigem análise de grandes quantidades de dados.

Ele argumentou que essa tecnologia pode explicar o crescimento económico equivalente ao orçamento total investido pela Espanha em educação. O professor Pedreño encerrou sua intervenção incentivando os estudantes a “serem corajosos e aproveitarem essa tecnologia de seu tempo; sejam líderes com uma tecnologia que revoluciona nossa criatividade e produtividade”.

O evento também contou com a participação do presidente da Universidade Alfonso X el Sabio, Jesús Núñez, que destacou os fortes vínculos da universidade com empresas líderes de mercado para preparar os estudantes para seu futuro profissional.

Na Universidade Alfonso X el Sabio, continuamos evoluindo nosso modelo educacional para atender às demandas do mundo do trabalho: profissionais capazes de impactar e solucionar os desafios de uma sociedade em constante mudança. Para isso, continuamos modernizando nossas infraestruturas, incorporando novas tecnologias e novos espaços que favoreçam a interação entre estudantes, professores e empresas”, acrescentou.

A jornada destacou o papel relevante dos professores no incentivo ao talento dentro do modelo de formação da UAX, que receberam reconhecimento por sua excelente atuação no ambiente universitário na formação de estudantes de elite.

Por sua vez, os estudantes foram protagonistas da abertura do ano académico. O tenista Rafa Nadal entregou os Prêmios Santander-UAX aos alunos com destaque académico, acompanhado por Matías Rodríguez, presidente do Santander Universidades, entidade promotora desse reconhecimento e que colabora com a UAX desde 2009 para impulsionar a educação, empregabilidade e empreendedorismo.

Rodríguez enfatizou o “mérito dos alunos que demonstraram excelência em um ambiente tão competitivo como o atual”.

Por sua vez, Rafa Nadal dirigiu-se aos alunos destacando que “todos os dias é necessário dar o melhor de si para estar preparado nos momentos decisivos. Eu os encorajo a serem ambiciosos e a trabalharem duro para encontrarem sua melhor versão. Aproveitem também as oportunidades que a Universidade Alfonso X el Sabio oferecerá. Vocês escolheram uma universidade de referência e líder na Espanha e contam com a melhor equipa académica e profissional”.

A vinculação de Rafa Nadal com a Universidade Alfonso X el Sabio se materializa na escola universitária UAX Rafa Nadal School of Sport, que tem como objetivo liderar a formação em Saúde, Desporto e Negócios, com um modelo de excelência alinhado com a realidade do mercado de trabalho e as necessidades da indústria desportiva.

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Adsmovil reforça redução da pegada de caborno

  • Servimedia
  • 20 Setembro 2023

A Adsmovil, especializada em dados e tecnologia para publicidade digital, reforçou o seu compromisso com a redução da pegada de carbono com a plantação de 100.000 árvores nos próximos 3 anos.

Com esta medida, será possível capturar potencialmente 237.000 toneladas de carbono nos próximos 10 anos.

Ao colaborar com a Scope3, principal fonte de dados da indústria publicitária sobre as emissões da cadeia de suprimentos, a Adsmovil poderá medir, compreender e quantificar o impacto gerado pelas emissões provenientes da energia consumida no uso dos servidores que exibem seus anúncios. Essas emissões variam de acordo com os dispositivos utilizados e os formatos das campanhas.

Este novo acordo se soma ao compromisso da empresa com a fundação Saving The Amazon, que há mais de 10 anos desenvolve projetos de restauração e conservação da Amazónia, através dos quais a Adsmovil já plantou mais de 10.000 árvores no intuito de mitigar o carbono gerado por ela mesma e pelas empresas de publicidade digital de seus clientes. No futuro, a Adsmovil ampliará suas ações de reflorestamento para outras partes do mundo.

Com essas ações, a Adsmovil se torna pioneira entre as empresas de publicidade digital a contribuir na luta contra as mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, no bem-estar das comunidades indígenas da Amazónia, garantindo-lhes oportunidades, melhorando suas condições de vida e evitando que tenham que abandonar seus territórios, uma vez que são os verdadeiros guardiões do ecossistema e responsáveis pelo plantio de cultivos, cuidado das árvores, proteção da biodiversidade e equilíbrio territorial.

“Essa iniciativa faz parte do nosso objetivo global de responsabilidade ambiental e contribui para a luta contra as mudanças climáticas, pois acreditamos que cada ação conta na criação de um futuro sustentável para as gerações futuras. Estamos entusiasmados com a mudança positiva que podemos alcançar juntos e esperamos que nossa iniciativa inspire outras empresas a se juntarem à nossa busca por um mundo mais verde e saudável”, afirma Alberto Pardo, CEO e fundador da Adsmovil.

Esses projetos são apoiados por um sistema de gestão e administração que permite controlar o desenvolvimento e a conservação das árvores. Além disso, a metodologia para medir a captura de carbono das espécies nativas plantadas, bem como seu estado de crescimento, é auditada pela KPMG.

A Adsmovil é pioneira e líder inovadora em soluções de publicidade digital na América Latina e no mercado hispano dos Estados Unidos. Fundada em 2009, é uma das empresas mais premiadas do mundo.

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Habitação, precariedade e ambiente ameaçam gerações futuras

Portugal está melhor no índice global da justiça intergeracional, mas em determinados setores as perspetivas são desanimadoras para os mais novos, segundo o relatório do Institute of Public Policy.

Aumento do custo de vida, nomeadamente com habitação, e empregos precários, que, por norma, são pior remunerados, ameaçam a autonomia e as pensões das gerações futuras, segundo o relatório do Institute of Public Policy, coordenado pelo professor Paulo Trigo Pereira, que é apresentado esta quarta-feira na Fundação Calouste Gulbenkian.

O estudo divulga o índice de justiça intergeracional (IJI) para Portugal que permite analisar se os mais novos e os que ainda estão para nascer vão viver melhor ou pior face aos atuais seniores em várias dimensões. Se é verdade que o indicador global aponta para uma ligeira melhoria, há setores como habitação, trabalho e ambiente em que se perspetiva uma degradação das condições de vida.

“Tem havido nos últimos anos uma certa melhoria na situação das gerações mais novas e no que se perspetiva para as gerações futuras, conforme traduzido pelo indicador IJI global que passou de 0,41 em 2015 para 0,47 em 2020”, lê-se no relatório a que o ECO teve acesso. De notar que, quanto mais próximo da unidade (1) o indicador estiver, maior é a justiça intergeracional.

Esta evolução resulta de efeitos positivos e negativos em várias dimensões. “Se analisarmos o período pré-pandémico (visto que 2020 foi ano de Covid-19), há sobretudo três dimensões que melhoram (a pobreza e condições de vida, o mercado de trabalho e as finanças públicas), há duas que pioram o (ambiente e recursos naturais e a habitação), e finalmente uma que se apresenta relativamente estável (saúde)”, de acordo com o mesmo documento.

Habitação, ambiente e precariedade são três dimensões que colocam os mais novos a viver pior em 2020 face a 2015.

“O contributo crescentemente negativo da habitação para os jovens deve-se sobretudo quer à crescente inacessibilidade a ter casa própria quer à crescente perda de autonomia traduzida pelo facto de, em 2020, mais de metade dos jovens (25 a 34 anos) viverem ainda em casa dos pais”, segundo o relatório.

Como mostra o gráfico acima, a tendência é para uma queda na capacidade financeira e económica em adquirir casa ou suportar os encargos com rendas, o que empurra o indicador da autonomia para baixo. Para além disso, verifica-se um agravamento da sobrecarga com despesas com habitação.

"A liberalização do mercado de habitação, a valorização financeira da habitação e a redução das despesas públicas nesta área, associada à redução do rendimento das famílias, agravaram o acesso à habitação, especialmente dos mais jovens, que enfrentam novos problemas.”

Um Índice de Justiça Intergeracional para Portugal, do Institute of Public Policy

O relatório indica ainda que “situações de privação de habitação, como a sobrelotação, tendem a agravar-se e a contribuir para as desigualdades intergeracionais de habitação”.

Apesar de o índice relativo ao mercado de trabalhado ter melhorado, muito à boleia do aumento do salário mínimo nacional, o Institute of Public Policy destaca fragilidades com potencial para degradar as condições laborais dos mais novos. Os contratos a termo, o desemprego e a emigração jovem são alguns aspetos críticos que podem prejudicar a justiça intergeracional.

Relativamente à precariedade laboral, “tem havido uma tendência de aumento significativo da proporção de jovens com contratos a termo passando de 3% em 2010, atingindo mais de metade dos contratos nos anos anteriores à pandemia (2016 a 2019)”, segundo o estudo que destaca que, na Europa, a média é de apenas 20% dos jovens com vínculos precários. “Esta realidade tem uma consequência muito negativa em termos de justiça intergeracional”, alerta.

"Com maior precariedade laboral e carreiras contributivas mais curtas e irregulares, a formação de pensões futuras das gerações mais novas jovens estará comprometida, a menos que haja alterações substanciais na fórmula de cálculo das pensões.

Um Índice de Justiça Intergeracional para Portugal, do Institute of Public Policy

Paralelamente, a cobertura das pensões pelas contribuições sociais degradou-se entre 2000 e 2015, o que tem um impacto claramente negativo nas gerações futuras. Ou seja, os descontos que trabalhadores e empresas fazem para a Segurança Social não chegam para pagar as reformas. Ainda assim, desde 2015 que o indicador tem melhorado, mas muito ligeiramente.

Não é objetivo deste estudo fazer recomendações aos decisores políticos. Contudo, são elencadas algumas medidas que teriam impacto positivo na justiça intergeracional em relação ao sistema de pensões.

“Um programa integrado e sustentado de incentivos à natalidade desejada como forma de combater o declínio demográfico e o envelhecimento da população deveria ser uma prioridade das políticas públicas. Isto deverá combinar incentivos de natureza orçamental (em sede de IRS e de prestações sociais) e incentivos às empresas portuguesas a adotar maior flexibilidade nas relações laborais permitindo maior conciliação entre a vida pessoal e profissional e um incentivo ao cumprimento das licenças parentais, quer pelo pai, quer pela mãe”, sugerem os especialistas.

Para além disso, o trabalho coordenado por Paulo Trigo Pereira sublinha que “é importante consciencializar os decisores políticos da vulnerabilidade dos jovens no mercado de trabalho, que na presença de choques externos, instabilidade e crises económicas e financeiras, são os mais afetados”. “Do mesmo modo, deve haver um cuidado redobrado com o desemprego adulto, através da promoção de políticas de reinserção ativa e de reconversão profissional destes trabalhadores no mercado de trabalho”, acrescenta.

Na área do ambiente e recursos naturais, Portugal também pontua mal, com um aumento da injustiça intergeracional relativamente às gerações mais novas.

“O contributo negativo da dimensão de ambiente e recursos naturais é devido à incapacidade de o país cumprir com os compromissos assumidos no âmbito da economia circular, nomeadamente ao nível da produção e reciclagem de resíduos, bem como do crescente stress hídrico, apesar dos progressos na descarbonização da economia”, conclui o estudo.

A OCDE já tinha alertado para o incumprimento de grande parte dos objetivos ambientais para 2020, “em particular pela incapacidade de desligar o crescimento económico da produção de resíduos, e pela não redução dos resíduos municipais”.

A perda de pulmões verdes e os incêndios são outros pontos que o IJI considera críticos para o bem-estar dos mais novos e das futuras gerações. Ainda que se reconheça que, ao nível da gestão florestal houve melhorias nos últimos anos pela criação de novas zonas de intervenção florestal, “ao nível do efeito sumidouro das florestas, e dos serviços de ecossistemas proporcionados pelas florestas houve uma regressão, sobretudo na sequência dos incêndios de 2017”, de Pedrógão Grande, que levaram à queda da então ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa.

O IJI – Portugal é um índice elaborado para Portugal cujo objetivo prioritário não é comparar com outros países, mas sim analisar a evolução de indicadores de justiça intergeracional ao longo do tempo no país, esclarece o estudo.

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Cascais Corrida de Natal by Liberty Seguros promove desporto adaptado

  • ECO Seguros
  • 19 Setembro 2023

As inscrições já estão abertas para a Cascais Corrida de Natal by Liberty Seguros, marcada para 1 de dezembro na Baía de Cascais. Serão atribuídas bolsas solidárias a projetos de desporto adaptado.

No dia 1 de dezembro, a Baía de Cascais voltará a ser novamente o lugar escolhido para a concentração da Cascais Corrida de Natal by Liberty Seguros. Após o êxito alcançado na edição de 2022, a Liberty Seguros reafirma o seu compromisso com a iniciativa, destacando a inclusão e o apoio ao desporto adaptado como pilares fundamentais.

Cascais Corrida de Natal by Liberty Seguros regressa para apoiar desporto adaptado.

Juan Miguel Estallo, CEO da Liberty na Europa, expressou a importância da competição: “esta corrida está totalmente alinhada com os valores em que acreditamos e sob os quais trabalhamos. Juntamo-nos mais uma vez à Câmara Municipal de Cascais e à HMS Sports para contribuir para uma sociedade mais igualitária, inclusiva e diversa.”

O evento deste ano inclui a atribuição de bolsas solidárias no valor total de 10 mil euros a projetos inovadores de desenvolvimento do desporto adaptado. Os participantes poderão escolher os três projetos vencedores, que receberão prémios de 5 mil euros, 3 mil euros e 2 mil euros. O período de votação decorrerá entre 9 de novembro e 1 de dezembro, com os vencedores anunciados no último dia do certame.

As associações interessadas têm até 31 de outubro de 2023 para apresentar as suas candidaturas, que serão avaliadas por um júri composto por representantes da Liberty Seguros, Câmara Municipal de Cascais e HMS Sports. Os finalistas serão divulgados a 8 de novembro, e as propostas devem abordar uma necessidade específica relacionada com o desporto adaptado, incluindo a aquisição de equipamento desportivo, sendo a abordagem do tema inclusão um requisito obrigatório.

As inscrições para a corrida já estão abertas, com um custo de 8 euros, até 15 de outubro. A partir de 16 de outubro e até 15 de novembro, o valor aumentará para 9 euros, subindo para 10 euros até 29 de novembro. A partir de 30 de novembro, a inscrição custará 12 euros.

As inscrições são efetuadas exclusivamente no site oficial.

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Sondagem dá maioria absoluta à coligação PSD/CDS na Madeira

  • ECO
  • 19 Setembro 2023

Segundo a sondagem, o Bloco de Esquerda vai voltar a eleger, enquanto a CDU e a Iniciativa Liberal arriscam-se a não ter representação no parlamento regional.

A menos de uma semana das eleições regionais da Madeira, a nova sondagem da Universidade Católica Portuguesa para a RTP atribui maioria absoluta à Somos Madeira – coligação que junta PSD e CDS – prevendo que a mesma reúna entre 47% e 53% dos votos, ou seja, entre 24 e 28 dos lugares.

O Partido Socialista, por sua vez, deve recolher entre 20% e 26% dos votos -– que garantem 10 a 13 lugares – enquanto o Chega e o Juntos Pelo Povo (JPP) devem variar entre os entre 5% e 9% (elegendo entre 2 e 4 deputados).

Segundo os mesmos dados, o Bloco de Esquerda deve regressar ao parlamento madeirense, podendo até mesmo eleger dois deputados, enquanto a CDU (coligação entre PCP e PEV), por outro lado, pode não reeleger um único deputado, ao amealhar apenas entre 1 a 3% dos votos.

Mesmo assim, a Iniciativa Liberal deve ficar atrás da coligação comunista, prevendo a sondagem que este partido reúna apenas entre 1 e 2% dos votos.

Entre outros dados recolhidos, 24% dos inquiridos disseram que não queriam o partido Chega no governo regional.

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Bulgária restringirá importação de sementes de girassol da Ucrânia

  • Lusa
  • 19 Setembro 2023

Centenas de produtores de cereais com 600 tratores reuniram-se esta terça à entrada de Sófia, para exigir ao Governo búlgaro a prorrogação da proibição de importação de cereais da Ucrânia.

A Bulgária anunciou esta terça-feira que vai limitar a importação de sementes de girassol da Ucrânia, numa tentativa de acalmar o descontentamento dos agricultores, após a decisão do executivo búlgaro de não estender o veto às importações agrícolas ucranianas. “Terei uma conversa telefónica com o primeiro-ministro ucraniano [Denys Shmygal] para lhe explicar que hoje discutimos com os manifestantes que haverá uma quota para a Bulgária”, disse o primeiro-ministro búlgaro, Nikolai Denkov.

“Num futuro próximo não permitiremos a importação de girassóis da Ucrânia”, disse o chefe do Governo numa conferência de imprensa em Sófia, depois de manter negociações durante várias horas com representantes dos manifestantes, juntamente com os ministros da Agricultura e das Finanças da Bulgária.

Denkov assegurou que a Bulgária pedirá à Comissão Europeia (CE) que altere o montante da compensação financeira aos agricultores afetados pela guerra na Ucrânia, enquanto o Governo aprovará na quarta-feira os auxílios estatais aos agricultores. Centenas de produtores de cereais com 600 tratores reuniram-se esta terça à entrada de Sófia, para exigir ao Governo búlgaro a prorrogação da proibição de importação de cereais da Ucrânia.

Os agricultores dizem que estão prontos para bloquear o centro de Sófia com os seus tratores, em resposta à recente decisão do Parlamento de acabar com as restrições às importações de trigo, milho, sementes de girassol ou outras matérias-primas da Ucrânia. Por outro lado, a Hungria anunciou esta terça que vai prolongar a proibição de importações de cereais da Ucrânia em conjunto com a Roménia e Eslováquia, seguindo a decisão da Polónia, mas a Bulgária vai sair do acordo e suspender a medida.

Em abril, a União Europeia (UE) autorizou cinco Estados-membros (Bulgária, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia) a proibir a comercialização de trigo, milho, colza e sementes de girassol ucranianos no seu território, desde que isso não impedisse o trânsito dos cereais para outros países. A medida destinou-se a proteger os agricultores destes países, que culpavam estas importações pela queda dos preços nos seus mercados locais.

As proibições expiram na próxima sexta-feira, segundo o calendário definido então por Bruxelas, mas Hungria e Polónia querem prolongá-las até ao final do ano. A Ucrânia tornou-se completamente dependente de rotas na UE para as suas exportações de cereais depois de a Rússia ter abandonado unilateralmente em julho o acordo de exportação que tinha permitido a Kiev enviar os seus produtos agrícolas em segurança para países de África e da Ásia através do Mar Negro.

No entanto, os Governos da Polónia, Hungria, Roménia, Bulgária e Eslováquia têm estado sob pressão dos respetivos setores agrícolas, que criticaram o facto de esta medida concedida à Ucrânia colocar as suas produções em risco.

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Supervisores Financeiros e Ordem dos Economistas formam universitários

  • ECO Seguros
  • 19 Setembro 2023

O CNSF e a OE uniram forças em parceria estratégica, ao assinarem um protocolo de cooperação que visa impulsionar a formação financeira entre os estudantes do ensino superior.

O Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (CNSF) e a Ordem dos Economistas (OE) formalizaram uma parceria estratégica ao assinarem um protocolo de cooperação para impulsionar a formação financeira entre os estudantes do ensino superior. A iniciativa enquadra-se no âmbito do Plano Nacional de Formação Financeira, que visa fortalecer o conhecimento económico e financeiro da futura geração de profissionais.

Economistas e Supervisores juntos para formar universitários: Rui Pinto, Margarida Corrêa de Aguiar, António Mendonça, Mário Centeno, Ana Brochado e Luís Laginha de Sousa.

O protocolo, assinado numa cerimónia realizada na sede do Banco de Portugal, tem como objetivo fomentar a realização de ações de formação financeira dirigidas aos estudantes universitários. Entre as medidas previstas, destaca-se a criação de uma bolsa de formadores composta por economistas e professores, que irão desempenhar um papel importante como multiplicadores deste conhecimento junto do público estudantil.

A cerimónia de assinatura contou com a presença de personalidades do setor financeiro e económico, incluindo o Presidente do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros e Governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, o Administrador do Banco de Portugal, Rui Pinto, a Presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, Margarida Corrêa de Aguiar, o Presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Luís Laginha de Sousa, o Bastonário da Ordem dos Economistas, António Mendonça, e a Presidente da Delegação Regional do Centro e Alentejo da Ordem dos Economistas, Ana Brochado.

“O acordo marca um passo significativo na promoção da literacia financeira entre os estudantes universitários, capacitando-os para tomar decisões informadas e responsáveis no que diz respeito às suas finanças pessoais e ao mundo financeiro em geral”, dizem os signatários.

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Phoenix prevê lucros pela primeira vez em 2024

  • ECO Seguros
  • 19 Setembro 2023

A seguradora britânica Phoenix está otimista sobre o futuro. Prevê fluxos positivos de fundos a partir de 2024. Pretende expandir-se no mercado de anuidades, aproveitando as taxas de juro.

A seguradora britânica Phoenix afirmou nesta segunda-feira à agência Reuters que prevê fluxos líquidos de fundos positivos a partir de 2024 pela primeira vez na sua história, depois de os fluxos líquidos de fundos de novos negócios terem aumentado no primeiro semestre de 2023.

“Não é provável subscrever casos maiores, ficaremos bastante satisfeitos em pegar em casos de tamanho médio”, afirma Andy Briggs, CEO da Phoenix.

A Phoenix, que historicamente se especializou na gestão de livros de negócios de seguros de vida que estão fechados para novos clientes, observou um aumento de 72% nos fluxos de fundos líquidos de novos negócios para 1.3 bilião de libras nos seis meses até junho.

O mercado britânico das reformas é positivo, apesar das condições difíceis noutros setores, sendo as pensões no local de trabalho um dos principais motores de crescimento da empresa, disse o CEO Andy Briggs à Reuters numa entrevista após a apresentação dos resultados. O mercado dos regimes de pensões no local de trabalho tem crescido rapidamente devido ao envelhecimento da população e à passagem dos regimes de pensões de benefício definido para os de contribuição definida, e também devido à inscrição automática. Andy Briggs disse que espera que o mercado de anuidades – que assegura benefícios definidos pela empresa, ou salário final e esquemas de pensões – cresça para um recorde de mais de 40 mil milhões de libras este ano, uma vez que as taxas de juro mais elevadas o tornam mais acessível. Nos últimos dois anos, este mercado rondou os 30 mil milhões de libras.

A Phoenix, através da sua marca Standard Life, tem procurado expandir-se para as anuidades, à medida que a procura de seguros de pensões para empresas aumenta, num contexto de subida das taxas de juro que fez subir os rendimentos. “Há uma série de esquemas de grande dimensão, superiores a 10 mil milhões de libras, que estão a dialogar com o mercado no sentido de considerar a compra de parte ou da totalidade do esquema, e isso é parte do motivo pelo qual o mercado está tão forte”, avançou o CEO. “Não é provável que estejamos a subscrever esses casos maiores, (nós) ficaremos bastante satisfeitos em pegar em casos de tamanho médio“, acrescentou.

Em julho, a Phoenix concluiu uma aquisição de pensões no valor de 1,2 mil milhões de libras com o operador de pubs britânico Mitchells & Butlers. A seguradora espera que a produção em 2023 se situe no topo do seu intervalo de previsão de 1,3 mil milhões de libras a 1,4 mil milhões de libras, depois de a liquidez longo prazo dos novos negócios ter mais do que duplicado no primeiro semestre. A produção da empresa para os seis meses encerrados em 30 de junho foi de 898 milhões de libras, acima da previsão média dos analistas de 733 milhões de libras.

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Republicanos marcam audiência de inquérito de destituição de Biden para dia 28

  • Lusa
  • 19 Setembro 2023

A audiência deverá centrar-se em "questões constitucionais e legais" que rodeiam as alegações de envolvimento de Biden nos negócios do seu filho Hunter fora dos Estados Unidos.

Os republicanos da Câmara dos Representantes norte-americana marcaram para 28 de setembro a primeira audiência do inquérito de destituição do Presidente Joe Biden, foi divulgado esta terça-feira.

A audiência deverá centrar-se em “questões constitucionais e legais” que rodeiam as alegações de envolvimento de Biden nos negócios do seu filho Hunter fora dos Estados Unidos, de acordo com um porta-voz do comité de supervisão da Câmara dos Representes (câmara baixa).

Os republicanos, liderados pelo presidente da câmara baixa, Kevin McCarthy, defenderam nas últimas semanas que as ações de Biden desde o seu tempo como vice-presidente mostram uma “cultura de corrupção” e que o seu filho utilizou a “marca Biden” para promover os seus negócios com clientes estrangeiros.

O porta-voz também adiantou que o congressista republicano James Comer, presidente do comité de supervisão que lidera o inquérito de destituição, planeia emitir intimações para os registos bancários pessoais e comerciais de Hunter Biden e do irmão do Presidente, James Biden, “já esta semana”. A Casa Branca classificou o esforço dos republicanos da Câmara dos Representantes, quando se aproximam as presidenciais de 2024, como “política extremista no seu pior”.

“A realização de uma audiência política nos últimos dias antes de poderem paralisar o governo revela as suas verdadeiras prioridades: para eles, os ataques pessoais infundados ao Presidente Biden são mais importantes do que prevenir uma paralisação do governo e a dor que isso infligiria às famílias americanas”, vincou Ian Sams, porta-voz da Casa Branca, em comunicado hoje divulgado.

McCarthy anunciou o inquérito de destituição na semana passada, depois de enfrentar pressão crescente da ala mais à direita dos republicanos, para tomar medidas contra Biden ou correr o risco de ser destituído do seu cargo de liderança. Ao mesmo tempo, o líder republicano na câmara baixa luta para aprovar a legislação necessária para evitar uma paralisação do governo federal no final do mês.

Os republicanos mais à direita ainda querem que McCarthy reduza os gastos federais abaixo dos níveis que estabeleceu com Biden como parte de um acordo orçamental no início deste ano. O congressista da Califórnia lançou o inquérito sem votação na Câmara dos Representantes e não está claro se teria apoio suficiente para aprová-lo através da pequena maioria republicana.

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