Lidl estreia-se em festivais de música no histórico Vilar de Mouros

O evento escolhido é o CA Vilar de Mouros, que decorre entre os dias 22 e 26 de agosto, no qual a cadeia de distribuição entra como premium sponsor. 

O Lidl vai patrocinar, pela primeira vez, um festival de música. O evento escolhido é o histórico Vilar de Mouros, que decorre entre os dias 22 e 26 de agosto, no qual a cadeia de distribuição entra como premium sponsor.

“Vamos dar Festival” é o conceito da marca para o festival, materializado também na linguagem gráfica e em todos os momentos de comunicação.

No festival, a marca vai ter o Palco Lidl, um stand de dois pisos no recinto dos concertos e ainda duas lojas pop up com cerca de 250 produtos, descreve em comunicado. Padaria, bebidas, mercearia, refeições prontas, salgados, snacks, congelados, iogurtes, sobremesas, limpeza e higiene e também boias, colchões, chinelos, velas ou sacos-cama são alguns dos produtos disponíveis na loja do parque de campismo e dentro do recinto do festival.

O Palco Lidl dá, assim, nome ao antigo Palco Histórico, “com uma programação própria, acessível gratuitamente, mesmo para quem não tem bilhete”, prossegue a marca que se estreia neste tipo de eventos.

Entre as diferentes ações de ativação, a insígnia vai colocar em marcha iniciativa Re-Saco, que passa pela entrega de um saco de papel Lidl, reutilizável nas compras em loja, e pela entrega de um kit de produtos Lidl, deixado na manhã do dia 24 e 25 à porta das tendas do parque de campismo.

O Crédito Agrícola é agora o naming sponsor do festival, posição assumida pela EDP até ao último ano. Super Bock, Esc Online, Delta, Licor Beirão, Cabriz e Fever-Tree são os patrocinadores oficiais.

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Zero critica medidas do plano hídrico do Alentejo por beneficiarem grandes regadios

  • Lusa
  • 2 Agosto 2023

A Zero critica a expansão dos grandes regadios e a atribuição de subsídios públicos previstos no Plano Regional de Eficiência Hídrica (PREH) do Alentejo.

A associação ambientalista Zero critica as medidas previstas no Plano Regional de Eficiência Hídrica (PREH) do Alentejo por considerar que incluem a expansão dos grandes regadios e a atribuição de subsídios públicos a este setor.

Em comunicado, a Zero indicou ter submetido o seu parecer ao PREH do Alentejo, que foi negativo, durante o período da consulta pública do documento, que terminou na segunda-feira.

“A subsidiação pública do grande regadio e o apoio à agricultura industrial dominam as medidas propostas e o orçamento previsto, com mais de 60% do investimento direcionado diretamente para a intensificação agrícola”, salientou.

Segundo a associação ambientalista, o documento inclui “a expansão dos grandes regadios em mais de 25 mil hectares” e subsídios públicos no valor 650 milhões de euros que “vão beneficiar diretamente as grandes monoculturas”.

“O mais aviltante é que a proposta de PREH procura fazer passar o aumento do regadio por gestão responsável dos recursos hídricos, sem uma análise e avaliação capazes de fundamentar as medidas propostas”, sublinhou.

A Zero disse compreender que “79% do orçamento do PREH Alentejo seja alocado a medidas para o setor agrícola”, admitindo que “este uso representa a maior fatia do consumo e a mais importante pressão sobre os recursos hídricos”.

“Já menos justificável é o facto de que 40% do referido montante sirva para alavancar a expansão do regadio e que os outros 40% correspondam a investimento público na melhoria de grandes regadios”, advertiu.

Para a associação ambientalista, trata-se de “um indecoroso favorecimento a um modelo de intensificação agrícola assente em monoculturas industriais em grande escala, tendencialmente culturas permanentes”.

Esta agricultura, previu, induzirá “um aumento dos consumos totais de água, ao mesmo tempo que ignora os vários consumos associados ao regadio privado e da pecuária, que, pese embora não seja caracterizado, constitui cerca de 50% dos usos”.

“Não causa, pois, espanto que a totalidade das medidas de médio e longo prazo sejam destinadas ao grande regadio, incluindo o estudo da Cascata do Guadiana”, referiu a associação Zero.

O estudo “propõe artificializar mais linhas de água para garantir mais recursos hídricos disponíveis para o agronegócio estabelecido no empreendimento de Alqueva, ao mesmo tempo que pretende sacrificar áreas classificadas ao abrigo do Regime Jurídico da Conservação da Natureza e da Biodiversidade”, notou.

Reconhecendo que existem no PREH “medidas muito importantes” para assegurar uma gestão responsável da água, a Zero assinalou, porém, que “não se preveem medidas decisivas para resolver os problemas das monoculturas permanentes em grande escala”.

Em contraponto, a associação propõe a introdução das “nunca aplicadas taxas de beneficiação” aos grandes regadios, a vigilância do ordenamento do território e das práticas agrícolas e a valorização dos sistemas multifuncionais, entre outras medidas.

O Plano Regional de Eficiência Hídrica do Alentejo, com “cerca de 70 medidas” para reforçar a resiliência do território, num investimento total de “quase 1.000 milhões de euros”, foi aprovado no Conselho de Ministro realizado, em junho, em Évora.

Com o plano, o Governo estima reduzir os consumos de água no setor urbano e turístico em cerca de 10%, correspondente a cerca de 17 hectómetros cúbicos, e, nos aproveitamentos hidroagrícolas coletivos, na casa dos 12%, cerca de 29 hectómetros cúbicos.

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Papa alerta em Lisboa para preços da habitação. O que disse Francisco no primeiro discurso na JMJ?

  • ECO e Lusa
  • 2 Agosto 2023

No primeiro discurso em Lisboa, no âmbito da JMJ, o Papa Francisco pediu à Europa para usar "o seu engenho para apagar focos de guerra" e aos políticos para "corrigir os desequilíbrios económicos".

No primeiro discurso em Lisboa, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o Papa disse esta quarta-feira que o mundo, a navegar um momento tempestuoso em que faltam “rotas corajosas de paz”, precisa de uma Europa construtora de pontes e que “use o seu engenho para apagar focos de guerra”.

“Na verdade, o mundo tem necessidade da Europa, da Europa verdadeira. Precisa do seu papel de construtora de pontes e de pacificadora no Leste europeu, no Mediterrâneo, na África e no Médio Oriente”, afirmou Francisco, num discurso em italiano, durante um encontro com autoridades, sociedade civil e corpo diplomático no Centro Cultural de Belém.

No seu primeiro discurso em Portugal, aplaudido várias vezes, antecedido pelo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o chefe de Estado do Vaticano considerou que a Europa poderá “trazer, para o cenário internacional, a sua originalidade específica”.

E recuou ao século passado quando, “do crisol dos conflitos mundiais, fez saltar a centelha da reconciliação, tornando verdadeiro o sonho de se construir o amanhã, juntamente com o inimigo de ontem, o sonho de abrir percursos de diálogo e inclusão, desenvolvendo uma diplomacia da paz que extinga os conflitos e acalme as tensões, capaz de captar o mais débil sinal de distensão e de o ler por entre as linhas mais tortas da realidade”.

Na intervenção, em que a palavra oceano, que banha a capital portuguesa, esteve sempre presente, o Papa salientou que “no oceano da História” se está a navegar num “momento tempestuoso e sente-se a falta de rotas corajosas de paz”. “Olhando com grande afeto para a Europa, no espírito de diálogo que a caracteriza, apetece perguntar-lhe: para onde navegas se não ofereces percursos de paz, vias inovadoras para acabar com a guerra na Ucrânia e com tantos conflitos que ensanguentam o mundo?”, questionou.

Depois, alargou o campo, para todo o Ocidente, perguntando que rota segue e manifestou preocupação com o facto de, “em muitos lugares”, se investir “continuamente os recursos em armas e não no futuro dos filhos”. “Sonho uma Europa, coração do Ocidente, que use o seu engenho para apagar focos de guerra e acender luzes de esperança, uma Europa que saiba reencontrar o seu ânimo jovem, sonhando a grandeza do conjunto e indo além das necessidades imediatas. Uma Europa que inclua povos e pessoas, sem correr atrás de teorias e colonizações ideológicas”, adiantou.

Antes, citou o Tratado de Lisboa, de reforma da União Europeia, assinado em 2007, no qual se lê que “a União tem por objetivo promover a paz, os seus valores e o bem-estar dos seus povos”, para salientar o papel deste bloco “nas suas relações com o resto do mundo”, contribuindo “para a paz, a segurança, o desenvolvimento sustentável do planeta, a solidariedade e o respeito mútuo entre os povos, o comércio livre e equitativo, a erradicação da pobreza e a proteção dos direitos humanos”.

Jovens com “dificuldade em encontrar casa”

O Papa Francisco afirmou, por outro lado, que o problema ambiental global continua “extremamente grave”, alertou para o aquecimento dos oceanos e para a destruição de reservas de vida, e considerou que o ambiente, o futuro e a fraternidade são “três estaleiros da construção da esperança”. “Portugal partilha com a Europa muitos esforços exemplares na defesa da criação. Mas o problema global continua extremamente grave”, afirmou.

Referindo que “os oceanos aquecem e, das suas profundezas, sobe à superfície a torpeza com que se polui a casa comum”, o líder da Igreja Católica salientou ainda: “Estamos a transformar as grandes reservas de vida em lixeiras de plástico. O oceano lembra-nos que a existência humana é chamada a viver de harmonia com um ambiente maior do que nós; este deve ser guardado com cuidado, tendo em conta as gerações mais novas. Como podemos dizer que acreditamos nos jovens, se não lhes dermos um espaço sadio para construir o seu futuro”, questionou.

No discurso, depois de falar do primeiro estaleiro de obras, referiu que o futuro é o segundo e o “futuro são os jovens”, embora reconhecendo que são muitos os fatores que “os desanimam, como a falta de trabalho, os ritmos frenéticos em que se veem imersos, o aumento do custo de vida, a dificuldade de encontrar uma casa e, ainda mais preocupante, o medo de constituir família e trazer filhos ao mundo”.

“Na Europa e em geral no Ocidente, assiste-se a uma triste fase descendente na curva demográfica: o progresso parece ser uma questão que diz respeito ao desenvolvimento técnico e ao conforto dos indivíduos, enquanto o futuro pede para se contrariar a queda da natalidade e o declínio da vontade de viver”, salientou.

A boa política é chamada, hoje mais do que nunca, a corrigir os desequilíbrios económicos dum mercado que produz riquezas, mas não as distribui, empobrecendo de recursos e de certezas os ânimos.

Papa Francisco

Para o chefe de Estado do Vaticano, “a boa política pode fazer muito neste sentido” e “pode gerar esperança”. Defendeu também que aquela “não é chamada a conservar o poder, mas a dar às pessoas a possibilidade de esperar”. “É chamada, hoje mais do que nunca, a corrigir os desequilíbrios económicos dum mercado que produz riquezas, mas não as distribui, empobrecendo de recursos e de certezas os ânimos”, prosseguiu.

Para o líder da Igreja Católica, a política “é chamada a voltar a descobrir-se como geradora de vida e de cuidado da criação, a investir com clarividência no futuro, nas famílias e nos filhos, a promover alianças intergeracionais, onde não se apague o passado, mas se favoreçam os laços entre jovens e idosos”.

“A isto mesmo faz apelo o sentimento da saudade portuguesa, que exprime nostalgia, desejo dum bem ausente, que só renasce em contacto com as próprias raízes”, disse, defendendo que, “neste sentido, é importante a educação, que não pode limitar-se a fornecer noções técnicas para se progredir economicamente, mas destina-se a introduzir numa história, transmitir uma tradição, valorizar a necessidade religiosa do homem e favorecer a amizade social”.

Quanto ao último estaleiro de esperança, a fraternidade, Francisco assinalou que, “em muitas partes de Portugal, está ainda muito vivo o sentido de vizinhança e solidariedade”. “Contudo, no contexto geral duma globalização que nos aproxima mas não nos dá uma proximidade fraterna, somos todos chamados a cultivar o sentido da comunidade, começando por ir ter com quem vive ao nosso lado”, afirmou, salientando a importância de “trabalhar pelo bem comum, deixando para trás contrastes e diferenças de visão”.

Neste campo, apontou o exemplo dos jovens que, “com o seu grito de paz e ânsia de vida”, levam “a derrubar as rígidas divisórias de pertença erguidas em nome de opiniões e crenças diversas”.

“Soube de muitos jovens que cultivam, aqui, o desejo de se fazerem próximo dos outros. Penso na iniciativa ‘Missão País’, que leva milhares de jovens a viver no espírito do Evangelho experiências de solidariedade missionária em zonas periféricas, sobretudo nas aldeias do Interior, indo ao encontro de muitos idosos sozinhos”, referiu, agradecendo e encorajando “a tantos que na sociedade portuguesa se preocupam com os outros, nomeadamente a Igreja, e que fazem tanto bem mesmo longe dos holofotes”.

Finalmente, o Papa Francisco criticou ainda as “leis sofisticadas da eutanásia”, referindo-se também ao aborto, com o chefe de Estado do Vaticano a considerar que a vida humana está colocada “em risco por derivas utilitaristas que a usam e descartam”.

“No mundo evoluído de hoje, paradoxalmente, tornou-se prioritário defender a vida humana, posta em risco por derivas utilitaristas que a usam e descartam”, afirmou Francisco. Em Portugal, o decreto que despenaliza a morte medicamente assistida foi promulgado a 16 de maio pelo Presidente da República.

Marcelo: Portugal acolhe Papa de “braços abertos”

Minutos antes do discurso do Papa, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmara que Portugal o recebe de “braços abertos”, acolhendo o seu testemunho de “dignidade das pessoas” e de que “nunca é tarde para olhar para o outro”.

“Santo Padre, hoje, em Lisboa, Portugal acolhe-vos de braços abertos por cinco dias inesquecíveis”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, numa cerimónia com o Papa Francisco e entidades oficiais, civis, membros do corpo diplomático e líderes de partidos políticos.

Sentado num cadeirão branco e tendo a seu lado o líder da Igreja Católica, o Presidente da República referiu que Portugal acolhe o testemunho do Papa de “dignidade das pessoas, entre elas e na relação com a natureza, de esperança, de paz, de fraternidade, de procura das periferias, de luta contra fomes, misérias, opressões, abusos, xenofobias, intolerâncias, exclusões dos deserdados destes tempos”.

“E, convosco, acolhe também de braços abertos os jovens católicos e também crentes de várias crenças, e não crentes, vindo ao apelo das vossas palavras. Porque convosco a Vossa voz tornou-se maior do que o vosso povo”, frisou.

Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa até domingo para a JMJ, considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, e que contará com a presença do Papa Francisco. O Papa, o primeiro peregrino a inscrever-se na JMJ, chegou a Lisboa hoje de manhã, tendo prevista uma visita de duas horas ao Santuário de Fátima no sábado para rezar pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia.

 

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Ford escolhe startup do Porto para melhorar eficiência na fábrica

Incubada no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), a Azitek desenvolveu um sistema de rastreamento de ativos que está a ser implementado na fábrica da Ford em Valência.

A Ford Motor Company escolheu a Azitek, startup incubada no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), para implementar um sistema de rastreamento de ativos na maior fábrica europeia da construtora automóvel americana.

A startup portuguesa venceu o desafio lançado pela Ford no BoostUp! Bridge 2022 Grand Final, iniciativa do European Institute of Innovation and Technology (EIT) Manufacturing. A Azitek recebeu 30 mil euros para desenvolver uma solução de Internet das Coisas (IoT) que está, agora, a ser implementada na fábrica da Ford em Valência.

A solução da Azitek está, neste momento, a rastrear cerca de seis dos 20 mil contentores de plástico KLT – transportador de carga pequena – responsáveis pelo transporte de materiais e bens entre os diversos locais da fábrica sediada em território espanhol.

A tecnologia de radiofrequência permite fazer, em tempo real, a deteção automática das caixas, obter a sua localização, fazer inventário instantâneo, receber avisos relativamente à escassez desses materiais, produzir indicadores de desempenho – como a velocidade a que está a ser feita a rotação de caixas com componentes entre os diversos locais –ou fazer o processo de lavagem dos contentores. Estes dados são recolhidos através de leitores colocado na zona da linha de montagem, do armazém e da lavagem dos contentores.

José Francisco Valente, CEO da Azitek, vencedor do desafio lançado pela Ford no BoostUp! Bridge 2022 Grand Final, iniciativa do European Institute of Innovation and Technology (EIT) Manufacturing

A Azitek explica, em comunicado enviado às redações, que “este procedimento permite resolver o problema da execução de inventário manual, processo que é propenso a erros, e que leva a uma perda anual de 7% das caixas utilizadas, que se refletem em perdas financeiras para as empresas que as compram e que necessitam das mesmas para poder funcionar de forma eficiente”.

No futuro, a nossa ambição é resolver este problema nas várias fábricas da Ford pelo mundo.

José Francisco Valente

CEO da Azitek

O CEO da Azitek, José Francisco Valente, realça que a solução “tem sido um sucesso e a implementação tem corrido muito bem”. O jovem empreendedor detalha que o “próximo passo é expandir o sistema para todos os KLTs e para mais tipos de contentores retornáveis, além de expandir a cobertura para outros parceiros logísticos da Ford”. “No futuro, a nossa ambição é resolver este problema nas várias fábricas da Ford pelo mundo“, completa.

Além da Ford Motor Company, a Azitek aplica esta solução nos caixotes do lixo da cidade do Porto, através da Porto Ambiente, e nas fábricas da Lingote. Também oferecem soluções para a indústria na área da automatização de processos, tendo clientes como a Bosch, a BorgWarner ou a Gestamp.

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Administradores de condomínio denunciam “obstáculos” criados pelos bancos

Associação critica "postura da maioria dos bancos, que adotam procedimentos inconsistentes, inclusive dentro da mesma instituição financeira, criando dificuldades de gestão diária dos condomínios”.

A Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e Administração de Condomínios (APEGAC) acusou esta quarta-feira a banca de criar obstáculos e exigências desnecessárias e reivindicou uma melhor relação entre as partes.

“Quase todos os administradores de condomínio, sejam eles condóminos ou profissionais do setor, têm enfrentado problemas com a postura da maioria dos bancos que adotam procedimentos inconsistentes, inclusive dentro da mesma instituição financeira, criando dificuldades de gestão diária dos condomínios”, acusou a associação, em comunicado, onde reivindica também a “melhoria da relação entre condomínios e a banca”.

Segundo o presidente da APEGAC, Vítor Amaral, entre as principais queixas recebidas pela associação estão “obstáculos na alteração dos titulares da conta, quando há mudança de administrador, assim como na abertura de contas, com exigência de documentação variável de banco para banco e até mesmo de balcão para balcão dentro da mesma instituição bancária, com exigências que vão muito além do legalmente previsto ou imposto”.

Aponta também “exigências adicionais relacionadas com o teor das atas de eleição do administrador do condomínio, que ultrapassam as disposições legais, tendo em conta que o administrador eleito representa o condomínio, de acordo com o disposto no regime jurídico da propriedade horizontal”.

Vítor Amaral, presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Gestão e Administração de Condomínios (APEGAC)D.R.

Os administradores de condomínios têm-se ainda queixado da “exigência de reconhecimento de assinaturas dos documentos do condomínio, especialmente das atas”, sendo que “ninguém pode obrigar um condómino a assinar a ata se não o quiser fazer, e isso não retira valor jurídico ao documento, mas o certo é que inviabiliza a alteração de titulares da conta do condomínio”.

Adicionalmente, tem sido exigido o “agendamento para iniciar processo de abertura de contas ou de alteração de titulares, com espera, em alguns casos, superiores a dois meses”.

Segundo a associação, “depois do processo de abertura de conta concluído, ou de iniciado o processo de alteração de titulares, necessidade de aguardar pelo parecer do departamento jurídico do banco quanto à ata da assembleia de condóminos e demais documentos, em alguns casos superior a três meses”.

A APEGAC denunciou também a restrição imposta ao número máximo de dez depósitos diários, a “cobrança de despesas excessivas e despropositadas (que variam de dois a dez euros), inclusive em contas poupança condomínio, incluindo nos períodos sem movimentação”, e o “impacto na gestão diária dos condomínios, que ficam impedidos, enquanto não se conclui o processo de abertura de conta ou alteração dos titulares, de pagar a fornecedores, mas muito especialmente de pagar aos funcionários dos condomínios, como empregadas de limpeza, ou segurança”.

A APEGAC propõe que a banca expanda os “serviços mínimos bancários” aos condomínios, por forma a assegurar uma operacionalização mais eficiente e acessível. “A associação solicita a uniformização de procedimentos e um tratamento mais acelerado e atencioso para a alteração e encerramento das contas bancárias dos condomínios, reforçando a importância dessas entidades na economia e na vida dos cidadãos”, concluiu.

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Meta inicia bloqueio de notícias no Canadá

As pessoas no Canadá vão assim deixar de conseguir ver ou partilhar notícias no Facebook ou Instagram. A medida entrou em vigor na terça-feira e vai ser aplicada progressivamente ao longo da semana.

O aviso tornou-se realidade: a Meta começou oficialmente, esta terça-feira, a bloquear notícias nas suas plataformas (Facebook e Instagram) no Canadá. A medida surge como resposta à lei Online News Act, que pretende “obrigar” as plataformas tecnológicas – como a Meta ou a Google – a repartir receitas com os meios de comunicação canadianos pelos seus conteúdos.

Neste sentido, os utilizadores canadianos das plataformas da Meta vão deixar de conseguir ver e clicar em links de artigos de notícias colocados no Facebook e Instagram, incluindo conteúdos audiovisuais publicados pelos meios de comunicação.

A alteração teve início esta terça-feira e vai ser colocada em prática progressivamente ao longo das próximas semanas, revelou Andy Stone, diretor de comunicação da Meta.

No caso dos meios de comunicação internacionais, a Meta refere que estes vão poder continuar a publicar conteúdos noticiosos nas redes sociais, mas que não serão visíveis pelas pessoas no Canadá.

Depois de a Meta já ter avisado que, caso a legislação fosse aprovada, iria bloquear as notícias nas suas plataformas no Canadá, o governo canadiano anunciou no início de julho que ia suspender todo a sua publicidade no Facebook e Instagram, numa decisão que colocou em causa um investimento publicitário anual de 7,5 milhões de dólares (cerca de 6,9 milhões de euros).

O projeto de lei Online News Act, aprovado em junho, visa estabelecer regras de forma a fazer com que as plataformas tecnológicas – como a Meta ou a Google – negoceiem acordos comerciais e repartam dividendos com os media canadianos pelos seus conteúdos.

De acordo com o projeto de lei, a Google e a Meta arrecadam atualmente 80% de toda a receita de publicidade digital no Canadá. Desde 2008, fecharam mais de 450 meios de comunicação nos Canadá, 64 dos quais nos últimos dois anos, segundo a Reuters.

Na Austrália também já aconteceu uma situação similar, com a aprovação da The News Media Bargaining Code, por parte do governo australiano, lei desenhada para que as grandes plataformas tecnológicas presentes no país fossem obrigadas a pagar aos meios de comunicação locais pelos seus conteúdos. Esta ação levou a que a Meta banisse por completo das suas plataformas os meios de comunicação australianos, de forma a não ter de pagar pelos conteúdos. O boicote durou uma semana.

A Meta forçou assim uma renegociação dos termos da lei. Mais tarde, já com as negociações fechadas, o governo australiano considerou a lei um sucesso, apontando os cerca de 30 acordos comercias estabelecidos entre a Google e a Meta e os media australianos. Hoje são distribuídos anualmente cerca de 200 milhões de dólares (perto de 125 milhões de euros) pelos meios de comunicação locais.

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Músicos aceitam condições da Câmara do Porto para regressar ao Stop. Reabre com bombeiros à porta

  • Lusa
  • 2 Agosto 2023

Mais de uma centena de lojas do centro comercial Stop, no Porto, foram seladas em 18 de julho pela Polícia Municipal por "falta de licenças de utilização para funcionamento".

As duas associações de músicos do Stop aceitaram esta quarta-feira a proposta da Câmara do Porto para regressarem ao espaço encerrado desde 18 de julho.

“Ambas as associações em funcionamento no CC [Centro Comercial] Stop vêm por este meio manifestar o seu acordo, aceitando as condições aprovadas pelo administrador do condomínio”, refere uma missiva enviada pelas associações à Câmara Municipal do Porto, a que a Lusa teve acesso.

Contactado pela Lusa, o presidente da Alma Stop, Bruno Costa, confirmou que as duas associações se reuniram na noite de terça-feira e que esta manhã enviaram a nota de acordo à câmara.

Em declarações escritas à Lusa, Bruno Costa referiu que decidiram aceitar as condições da câmara, de forma a regressar imediatamente às salas e lojas. “Temos urgência em voltar e não desistimos do nosso lar e trabalho”, disse.

No documento, assinado pelo presidente da Alma e pelo secretário da assembleia-geral da Associação cultural de músicos do Stop, solicitam a reabertura do CC Stop o mais brevemente possível, dada a urgência da situação.

Mais de uma centena de lojas do centro comercial Stop foram seladas em 18 de julho pela Polícia Municipal por “falta de licenças de utilização para funcionamento”.

Três dias depois, o presidente da câmara, Rui Moreira, admitiu que o espaço poderia reabrir desde que cumpridas medidas de segurança, nomeadamente ter em permanência um carro de bombeiros, com cinco operacionais, mas não mais do que 12 horas.

A 24 de julho, o administrador do condomínio do Stop, Ferreira da Silva, assinou o acordo com a autarquia que compromete a administração a “adotar e fazer adotar comportamentos de segurança e de medidas de autoproteção e mitigação do risco de incêndio”.

Como alternativa ao centro comercial, a Câmara apresentou como soluções a escola Pires de Lima ou os últimos pisos do Silo Auto.

O centro comercial Stop funciona há mais de 20 anos como espaço cultural e diversas frações dos seus pisos são usadas como salas de ensaio ou estúdios por vários artistas.

Stop reabre com bombeiros à porta

O Centro Comercial Stop, cuja maioria das lojas utilizadas por músicos tinha sido selada em 18 de julho, vai reabrir na sexta-feira com a presença permanente dos bombeiros, anunciou, entretanto, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.

“Neste momento, temos reunidas todas as condições necessárias para, já na sexta-feira, reabrir nas condições que conhecem”, disse hoje Rui Moreira numa conferência de imprensa nos Paços do Concelho, referindo-se às medidas tornadas públicas em 21 de julho, nomeadamente a presença dos bombeiros sapadores em permanência.

O autarca independente deu o assunto como “para já, resolvido”, mas frisou que se trata de uma solução “temporária” que permitirá com que o centro funcione durante 12 horas.

“Nós já dissemos que pode abrir às 10:00, às 10:30 ou às 11:00, e pode fechar ou às 22:00, ou às 22:30 ou às 23:00, porque são 12 horas de funcionamento. Em princípio, aquilo que ficou assente são 10:30, foi a isto que apontamos, porque é preciso balizar interesses de várias entidades”, explicou o autarca, referindo-se tanto aos músicos como às lojas.

O autarca disse ainda que a maioria dos utilizadores do espaço receberão uma formação de quatro horas dada pelos bombeiros para poderem frequentar o centro em segurança.

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Esta agência dá luto aos colaboradores para se despedirem dos patudos

Agência de comunicação já permitia ao colaborador ficar em casa em caso de ser necessário dar assistência a animal de companhia em situação de doença.

A UPPartner vai dar dias de luto aos colaboradores tutores de animais de estimação, para se poderem despedir dos patudos. A agência de comunicação já tinha como prática permitir ao colaborador ficar em casa em caso de ser necessário dar assistência a animal de companhia por doença.

“No mínimo, é dado um dia (de luto ao colaborador), mas podem ser dados mais dias, vai sempre depender do estado emocional do colaborador e da sua ligação ao animal de estimação”, diz Hélio Soares, CEO da UPPartner, ao Trabalho by ECO.

“Compreendemos a importância que os animais de estimação têm para cada um de nós e sei, por experiência própria, que perder um companheiro de quatro patas é devastador. É por isso que oferecemos dias de luto para que os nossos colaboradores possam recuperar emocionalmente e se despeçam dos seus melhores amigos com o cuidado que eles merecem”, diz ainda, citado em comunicado.

A agência de comunicação portuguesa tem uma área exclusivamente dedicada à saúde animal, contando na equipa com um veterinário residente, e já tinha uma política pet friendly.

“Já era prática na UPPartner, sempre que é necessário dar assistência ao animal de estimação, em caso de doença ou levar ao médico, o colaborador pode ficar a trabalhar em casa e tem justificação, é como se fosse um familiar humano”, adianta o CEO ao Trabalho by ECO.

 

Hélio Soares, CEO da UPPartner

Hoje com 45 colaboradores, a agência adotou um modelo híbrido de trabalho — “vamos um dia por semana ao escritório, cada uma das equipas escolheu o dia da semana de que gosta mais” — sendo o local de trabalho um cowork.

A agência realiza ainda outras iniciativas promovendo a ligação com os patudos. No Dia do Animal fazem recolha interna de ração animal que é doada a instituições e, recentemente, fizeram uma parceria com os Veterinários sem Fronteiras “no sentido de os ajudar a amplificar o seu trabalho em regime de pro bono”.

“Já organizámos por duas vezes sessões com cães de terapia com as utentes do Convento dos Cardães, acompanhadas por equipas da UPPartner, em que, mais uma vez, tentámos aliar a saúde humana à saúde animal num conceito de One Health – a saúde mental é também uma preocupação na UPPartner e temos outros projetos nesta área”, refere Hélio Soares ao Trabalho by ECO.

Dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), conhecidos em novembro do ano passado, indicam que havia nesse ano 3,1 milhões de animais de estimação registados no Sistema de Informação de Animais de Companhia (SIAC), 800 mil desde o início de 2021.

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Guerra e transição verde levam ajudas de Estado da UE para níveis quase recorde

  • ECO
  • 2 Agosto 2023

A Comissão Europeia já aprovou 733 mil milhões de euros em ajudas de Estado para as empresas afetadas pela guerra na Ucrânia e pela transição verde desde março de 2022.

Desde março de 2022, a Comissão Europeia já aprovou 733 mil milhões de euros em ajudas de Estado para as empresas afetadas pela guerra na Ucrânia e pela transição verde, avança o Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês). Segundo os números da Comissão Europeia, a Alemanha é a responsável por quase metade do financiamento total destes auxílios aos Estados da União Europeia (UE).

Este é o segundo montante de auxílios de Estado aprovados mais elevado, sendo apenas ultrapassado pelos subsídios dados durante a pandemia Covid-19, que atingiriam quase 900 mil milhões de euros.

Ainda assim, os diplomatas da UE nos países mais pequenos têm vindo a criticar esta flexibilização destas ajudas em situações de emergência, uma vez que acreditam favorecer as economias de maiores dimensões e com maior capacidade orçamental para poder oferecer este tipo de ajuda às suas empresas. Alguns diplomatas também criticam o recurso com tanta facilidade a este tipo de ajudas de emergência. A Comissão Europeia está a levar a cabo uma revisão das regras do mercado único, conduzida pelo antigo primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, que devera ficar concluía em março do próximo ano.

Nos últimos anos, as despesas com ajudas de Estado têm vindo a aumentar, passando de 98,2 mil milhões de euros em 2015 para 334,54 mil milhões em 2021.

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EDP vai compensar abate de sobreiros em Sines com plantação de 42.000 árvores e arbustos. PAN pondera apresentar queixa

  • Lusa
  • 2 Agosto 2023

A EDP Renováveis informou que o plano de compensação pelo abate de sobreiros do parque eólico de Morgavel, prevê a plantação de cerca de 42.000 árvores e arbustos, das quais 30.000 sobreiros.

A EDP Renováveis informou hoje que o plano de compensação pelo abate de sobreiros do parque eólico de Morgavel, em Sines, prevê a plantação de cerca de 42.000 árvores e arbustos, das quais 30.000 sobreiros.

“O plano de compensação de abate de sobreiros do parque eólico de Morgavel prevê a plantação de cerca de 42.000 árvores e arbustos, das quais 30.000 serão sobreiros, numa área aprovada pelo ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), equivalente a 50 hectares e largamente superior à que será intervencionada para a construção do parque eólico“, informou fonte oficial da EDP Renováveis, em comunicado.

A EDP garantiu ainda que vai assegurar a manutenção daquela área florestal ao longo da duração do projeto “e, já numa fase imediata, a beneficiação de estradas e acessos em mais de sete quilómetros, com impacto direto no apoio ao combate a incêndios”.

“Dos sobreiros identificados para eliminação, 75% estão em fase jovem, existindo ainda uma quantidade significativa de sobreiros que se encontram em mau estado de conservação“, apontou a elétrica. O sobreiro é uma espécie de árvore protegida e emblemática das paisagens do país.

O ministro do Ambiente declarou a “imprescindível utilidade pública” do Parque Eólico de Morgavel, que a EDP Renováveis quer construir em Sines, autorizando o abate de 1.821 sobreiros, segundo um despacho publicado em Diário da República na terça-feira.

O despacho por Duarte Cordeiro declara “a imprescindível utilidade pública do Parque Eólico de Morgavel (PEM) e da linha elétrica a 400 kV de interligação à subestação de Sines“, considerando que estão reunidas as condições necessárias, como a conformidade ambiental do projeto, as autorizações de abate/corte de sobreiros pelos proprietários e que a Parque Eólico de Moncorvo, da EDP Renováveis, apresentou um projeto de medidas compensatórias por arborização de povoamento misto de sobreiros e medronheiros numa área de 50,07 hectares.

A empresa tinha pedido autorização para proceder ao abate de 1.821 sobreiros numa área de 32,22 hectares de povoamento, localizados nas freguesias de Sines e Porto Covo, União de Freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra, nos concelhos de Sines e Santiago do Cacém.

Com o despacho publicado, o Ministério do Ambiente autoriza assim o abate daquelas árvores, condicionando-o “à aprovação e implementação do projeto de compensação e respetivo plano de gestão”, bem como ao “cumprimento das eventuais condicionantes apresentadas pela entidade licenciadora desta obra e todas as demais exigências aplicáveis”.

Para a decisão do Governo pesou também o “relevante interesse público, económico e social do empreendimento, cumulativamente às obrigações inerentes ao contrato assinado entre a requerente e o Governo Português, a qual se encontra contratualmente obrigada a promover a execução de um Parque Eólico que concorra para o cumprimento pelo Estado Português dos objetivos de Quioto e do Plano Nacional de Energia”.

Foram ainda consideradas a Avaliação de Impacte Ambiental, que decidiu em conformidade com a localização do empreendimento, após equacionadas as alternativas, bem como a declaração da Câmara Municipal de Sines que expressa o interesse do município na instalação daquela central eólica.

Em fevereiro, a Autoridade da Concorrência (AdC) autorizou a EDP Renováveis a comprar a Parque Eólico de Moncorvo, que atualmente se dedica a conceber e implementar o parque eólico de Morgavel, no concelho de Sines.

A Morgavel é titular de um direito de interconexão à rede para capacidade de produção eólica de remuneração garantida a instalar de 50 megawatts (MW), bem como de um direito a instalar 10 MW adicionais de sobreequipamento, nos termos de contrato celebrado com a Direção-Geral de Energia e Geologia, em maio de 2009.

O processo de aquisição do parque eólico de Morgavel por parte da EDP Renováveis encontra-se atualmente em fase de conclusão, segundo a empresa.

PAN repudia abate de sobreiros para parque eólico em Sines e pondera apresentar queixa

O PAN repudiou esta quarta-feira a autorização para o abate de 1.821 sobreiros para a instalação de uma central eólica no Parque Natural do Sudoeste Alentejano, ponderando apresentar uma queixa junto da União Europeia.

“O Pessoas-Animais-Natureza (PAN) repudia o despacho emitido pelo ministro do Ambiente, na terça-feira (Despacho n.º 7879/2023), em vésperas da visita do Papa a Portugal”, sublinhou o partido, em comunicado.

Para o PAN, a aprovação do abate de quase dois mil sobreiros faz “tábua rasa do Plano de Ordenamento do Parque Natural”, não podendo aceitar que a transição energética em Portugal continue a ser efetuada “à custa da destruição do património natural existente”.

Na nota de imprensa, o partido assumiu estar ao lado das populações e organizações não-governamentais que contestam esta “decisão inaceitável” do Ministro do Ambiente.

Além de condenar esta decisão, o PAN pondera apresentar uma queixa junto da União Europeia perante “o sistemático abate de sobreiros e outras árvores nativas para a instalação de parques eólicos e fotovoltaicos em Portugal”.

Segundo o PAN, o abate de sobreiros para a instalação de parques eólicos e centrais fotovoltaicas começa a ser “uma prática comum em Portugal sem que o Governo determine, de uma vez por todas, a salvaguarda do património natural e a definição de áreas adequadas para a instalação deste tipo de equipamentos”.

“Quando o país mais precisa de floresta nativa, o Governo assume claramente que a sua importância é secundária, mesmo tratando-se de árvores classificadas e numa área protegida como é o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina”, vincou.

(Notícia atualizada às 14h08)

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Taxa de juro dos novos créditos à habitação sobe para 4,25%. Está em máximos de quase 11 anos

Preço dos novos empréstimos à habitação subiu 0,09 pontos percentuais em junho, face a maio. Foi o menor aumento desde março, mas a taxa de juro está em máximos de fevereiro de 2012.

A permanente subida das taxas Euribor continua a encarecer a compra de casa. De acordo com dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, “a taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação subiu de 4,16% em maio para 4,25% em junho”, alcançado o valor mais alto desde fevereiro de 2012 e foi superior em 0,21 pontos percentuais à taxa de juro média dos novos contratos a taxa fixa.

Há nove meses consecutivos que a taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação está a aumentar. Só no espaço de um ano, entre junho de 2023 e junho de 2022, a taxa de juro dos novos empréstimos à habitação quase que triplicou, passando de 1,47% há um ano para os atuais 4,25%.

O Banco de Portugal revela também que os reembolsos antecipados de crédito à habitação própria permanente voltaram a aumentar em junho, passando de 0,81% para 0,86% do stock de empréstimos. “Esta evolução verificou-se nos reembolsos antecipados totais (0,66% para 0,70% do stock), ao passo que o peso dos reembolsos antecipados parciais não se alterou (0,15% do stock)”, refere o regulador.

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O regulador revela ainda que, em junho, 67,8% dos novos contratos de crédito à habitação foram feitos através de taxa variável, 22,7% com taxa mista e 9,5% com taxa fixa. Considerando o stock global de crédito à habitação, 87% dos contratos é feito com taxa variável e a taxa fixa recolhe apenas 3,3% dos contratos.

O Banco de Portugal salienta ainda que nesse mês “existiu maior dispersão nas taxas de juro aplicadas aos novos empréstimos contratualizados a taxa variável”, com 80% destes contratos a ser aplicada uma taxa de juro entre 3,88% e 4,93%, enquanto 80% dos empréstimos a taxa fixa foram contratualizados a taxas entre 3,86% e 4,54%.

Em termos de valores absolutos, os números divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal revelam ainda que a prestação média mensal do stock de empréstimos para habitação própria permanente aumentou 2,6% em junho, passando de 382 euros em maior para 392 euros em junho, e que “75% dos créditos à habitação própria permanente têm uma prestação mensal inferior ou igual a 482 euros”.

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Miranda Alliance Assessora MCA em Projecto Estruturante de Eletrificação Rural em Angola

A Miranda e a Fátima Freitas, membros da Miranda Alliance, assessoraram o grupo português M. Couto Alves num projeto pioneiro de eletrificação rural em Angola. Avaliado em €1290 milhões.

A Miranda e a Fátima Freitas, membros da Miranda Alliance, assessoraram o grupo português M. Couto Alves num projeto pioneiro de eletrificação rural em Angola. Avaliado em €1290 milhões, o projeto prevê a construção de 48 mini redes solares em comunidades rurais e o armazenamento da eletricidade em baterias. Estima-se que a estratégia de implementação de unidades de produção de energia de pequena escala venha a beneficiar cerca de um milhão de angolanos, constituindo um marco decisivo no caminho do desenvolvimento da infraestrutura e da transição energética no país.

A equipa da Miranda em Lisboa foi composta por Nuno Cabeçadas (Sócio, Área de Projectos), Renato Guerra de Almeida (Sócio, Área de Direito Público), Lília Tomé de Azevedo (Sócia, Área de Fiscal), Susana Tenentinho (Associada Sénior, Área de Societário e Comercial) e Inês Frutuoso de Melo (Associada Principal, Área de Fiscal). Em Luanda, a equipa da Fátima Freitas foi liderada por Ana Sofia Roque.

Referindo-se ao projeto, Nuno Cabeçadas disse: “é um enorme orgulho para a Miranda Alliance participar neste projeto histórico, o qual reflete não só o nosso compromisso de várias décadas para com Angola, mas representa igualmente um passo determinante na transição energética do país. Este projeto é ilustrativo do papel que a Miranda Alliance vem desempenhando enquanto parceiro estratégico nos sectores da energia e das infraestruturas em Angola. Honra-nos contribuir para estes importantes desenvolvimentos no panorama energético do país e esperamos continuar a colocar as nossas valências ao serviço de novas oportunidades no futuro”.

Renato Guerra de Almeida acrescentou: “este projeto demonstra de forma bastante expressiva a experiência multidisciplinar e a dedicação da equipa Miranda e da Fátima Freitas no apoio a iniciativas no sector das energias renováveis e no desenvolvimento de infraestruturas sustentáveis em Angola”.

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