ERC propõe criação do estatuto de rádio comunitária e pede à Anacom micro-frequências

  • Lusa
  • 19 Julho 2023

Este estatuto permitiria a "reclassificação de rádios académicas", assim como "enquadrar rádios que, editorialmente, são guiadas não por comunidades de território, mas por comunidades de interesse".

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), recomendou a eventual criação do estatuto de rádio comunitária, pedindo ainda à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) que considere a disponibilização de micro-frequências nesse sentido.

O regulador, que publicou esta quarta-feira o estudo “A Rádio Local na Sociedade Portuguesa”, realizou entrevistas a investigadores, inquéritos às organizações da sociedade civil e autarquias e aos ouvintes e não ouvintes de rádio local, deixando várias recomendações, da esfera legislativa, executiva e tecnológica.

Entre essas recomendações conta-se, para os legisladores, “estudar a eventual criação do estatuto de rádio comunitária“, segundo um comunicado.

No estudo, a ERC detalha que esta figura poderia “facilitar a viabilidade de projetos de rádio local já existentes que preservem a função de proximidade às comunidades, permitindo o reenquadramento daquelas rádios num modelo organizacional mais orientado para fins sociais”.

Além disso, destacou, permitiria a “reclassificação de rádios académicas”, assim como “enquadrar rádios que, editorialmente, são guiadas não por comunidades de território, mas por comunidades de interesse“.

Nesse sentido, a ERC recomendou à Anacom “a avaliação da possibilidade de requalificação e reordenamento do espetro hertziano terrestre destinado à radiodifusão sonora, não só atualizando as perspetivas de evolução para a difusão digital hertziana como estudando os cenários de uma eventual disponibilização de micro-frequências para a criação de rádios comunitárias”.

Ainda na esfera legislativa, a ERC recomendou que seja mitigada “em futuros processos de alteração legislativa, a desafetação das rádios locais às áreas geográficas para que foram licenciadas”, que se regule “o financiamento autárquico das rádios” e estude a “pertinência de uma reclassificação da tipologia”.

Por outro lado, na esfera executiva, o regulador recomendou que se desenvolva “uma estratégia de valorização dos recursos humanos, nas vertentes de desenvolvimento de competências e de melhoria de condições de empregabilidade” e que se adotem “medidas com vista ao reforço da presença das rádios locais no ambiente digital”.

A ERC defende ainda que é preciso “criar incentivos a parcerias entre as rádios locais e organizações sem fins lucrativos de âmbito local, em particular escolas de todos os graus de ensino“.

Estas recomendações vêm na sequência do resultado das entrevistas e inquéritos da ERC, segundo as quais verificou que “persiste o entendimento de que a rádio local continua a ser relevante e que, quando efetivamente ofereça conteúdos de proximidade, desempenha um papel de interesse público nas localidades onde está presente”. No entanto, “esta conclusão convive com a perceção predominante de que a rádio local perdeu importância relativa perante outros meios de comunicação”, disse a ERC.

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Governo admite “robustecer” programa Arrendar para Subarrendar. “Maior parte” das 320 casas prontas a habitar

  • Lusa
  • 19 Julho 2023

Das 320 casas colocadas na bolsa do novo programa, que é um "primeiro passo", 220 são públicas e do terceiro setor, sobrando uma centena nas mãos de privados. “A maior parte” está pronta a habitar.

A ministra da Habitação, Marina Gonçalves, assinalou que o Programa Arrendar para Subarrendar (PAS), apresentado oficialmente esta quarta-feira, é um “primeiro passo”, pretendendo-se que seja “mais alargado” no futuro.

Em declarações aos jornalistas, no final da apresentação do PAS, em Lisboa, Marina Gonçalves recordou que o programa – através do qual o Estado subarrendará a famílias com maior vulnerabilidade habitacional casas de privados e outros agentes – “acabou de começar” e garantiu que haverá “um trabalho em contínuo” para o fortalecer.

“Há uma grande vontade de todo o setor em ser parte deste programa. Não tenho dúvidas de que o programa irá ser robustecido ao longo do tempo”, afirmou, dizendo-se “muito satisfeita” com as parcerias.

Das 320 casas colocadas na bolsa do PAS, 220 são públicas (Instituto Financeiro da Segurança Social) e do terceiro setor (Santa Casa da Misericórdia de Lisboa), sobrando uma centena nas mãos de operadores privados. “A maior parte” das 320 casas estão prontas a habitar, mas há um conjunto, “cerca de cem”, que ainda precisa de “pequena reabilitação”, referiu a ministra.

O PAS dará preferência a jovens com menos de 35 anos, famílias monoparentais e agregados com uma quebra de rendimentos superior a 20%, prevendo-se que o sorteio do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) abra no terceiro trimestre. “Setembro, no mais tardar, outubro”, adiantou.

Esta medida tem um custo de 28,8 milhões de euros até 2030. “Não temos um valor máximo [em termos orçamentais], temos um objetivo máximo, que é chegar a todas as famílias que precisam de habitação”, vincou Marina Gonçalves, lembrando que existem “vários instrumentos e este é mais um deles”.

A ministra destacou que o PAS é “um bom exemplo de convergência” com os privados, sublinhando, por outro lado, que “o Estado tem de dar o exemplo e ser a parte estruturante desta solução”.

Não temos um valor máximo [em termos orçamentais], temos um objetivo máximo, que é chegar a todas as famílias que precisam de habitação.

Marina Gonçalves

Ministra da Habitação

No âmbito do PAS, o Estado vai arrendar casas em 16 municípios: Amadora, Cascais, Ílhavo, Lisboa, Marinha Grande, Oeiras, Portimão, Porto, Silves, Sintra, Tavira, Torres Novas, Vila do Bispo, Vila Franca de Xira, Vila Nova de Famalicão e Vila Nova de Gaia.

Assumindo “três focos prioritários de intervenção” – áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e municípios do Algarve –, a ministra garante que não vai “fechar” a outras regiões. “Estas são as três zonas onde temos focado mais a procura de imóveis. (…) É evidente que o problema de acesso à habitação e a necessidade de respostas é comum a todo o país. Não quer dizer, por isso, que vamos fechar (…). Vamos alargar em função das necessidades e da real dimensão do problema”, referiu.

O Programa Arrendar para Subarrendar faz parte do pacote de medidas do Governo para combater a crise na habitação e pretende aumentar a oferta no mercado de arrendamento. A renda paga ao senhorio terá benefícios fiscais desde que o contrato tenha uma duração não inferior a três anos e o valor da renda seja conforme aos preços e tipologias previstos no Programa de Apoio ao Arrendamento Acessível (PAA).

Às críticas ao pacote Mais Habitação, que será aprovado esta tarde em votação final global na Assembleia da República, Marina Gonçalves contrapõe que “a proposta que sairá do parlamento não é exatamente aquela que saiu do 16 de fevereiro”, data do Conselho de Ministros em que o Governo anunciou as medidas, e deu como exemplo a adequação às “preocupações da Associação Nacional de Municípios”.

“É um programa que me deixa satisfeita no seu objetivo, que não tenho dúvidas de que terá parceiros em todos os setores, dos operadores privados aos municípios”, frisou, admitindo que “a satisfação com as medidas vai depender da sua eficácia”.

Sobre a contestação às medidas do Governo, a ministra frisou que “é importante que se faça” o debate, sublinhando que o Governo foi “muito aberto e construtivo” e procurou “o equilíbrio” entre “interesses contraditórios”.

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Projeto da Bosch tem dez milhões de euros para dotar as fábricas de inteligência artificial

Bosch, U.Porto e INL lançam projeto de dez milhões de euros para levar inteligência artificial às fábricas. Parceria entre indústria e academia envolve 70 engenheiros e investigadores.

Desenvolver soluções e tecnologias de inteligência artificial (IA) para aplicar no fabrico industrial, com o objetivo de melhorar a eficiência, a qualidade e o custo de produção, é o grande propósito do projeto conjunto da germânica Bosch, da Universidade do Porto e do bracarense International Iberian Nanotechnology Laboratory (INL).

Suportado por fundos do Compete e do Portugal 2020, o investimento de cerca de dez milhões de euros neste projeto “Sensitive Industry” terá de ser executado até 2025. Contempla uma equipa de 70 engenheiros e investigadores da Bosch, da Universidade do Porto e do INL.

O “Sensitive Industry” será apresentado publicamente esta quinta-feira, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto, durante a cerimónia de assinatura do contrato de investimento ao projeto pela AICEP-Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal. Conta com as presenças do presidente da AICEP, Filipe Santos Costa, do administrador da Bosch, António Pereira, do reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira, e do diretor-geral adjunto do INL, Paulo Freitas.

A Bosch faturou dois mil milhões em 2022 e vai investir 200 milhões durante este ano. O grupo emprega 6.500 pessoas e é um dos maiores exportadores do país, com fábricas em Aveiro, Braga e Ovar.

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Melhores práticas da digitalização nos mediadores de seguros

  • ECO Seguros
  • 19 Julho 2023

As estratégias digitais para mediadores de seguros deram debate através de intervenções da Luiza Fragoso Teodoro e Joaquim Leitão da MetLife e Luis Tavares da DS Seguros.

As Estratégias digitais para mediadores de seguros também foi tema que resultou de um esclarecido debate sobre os seus efeitos práticos.

fórum nacional de seguros 2023
Com a moderação de Pedro Celeste, o debate contou com Luis Tavares, Luiza Fragoso Teodoro e Joaquim Leitão.

Luiza Fragoso Teodoro, diretora de Distribuição Independente da MetLife para Portugal e Espanha, Luís Tavares, diretor Coordenador Nacional da DS Seguros e Joaquim Leitão, Senior Agency Manager da MetLife explicaram os avanços atuais e os futuros benefícios que e conexão da tecnologia entre os membros da cadeia de valor seguradora podem trazer.

O debate foi moderado por Pedro Celeste, Diretor Geral da PC&A – Consultores de Marketing Estratégico e pode ser visto aqui.

 

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Altice. Hernâni Vaz e Armando Pereira suspeitos de mais de 35 crimes na Operação Picoas

O Ministério Público suspeita que Hernâni Vaz tenha cometido mais de 23 crimes e o cofundador da Altice mais de 11. ‘Armando Pereira será ouvido esta quarta-feira, às 14.00.

Seis crimes de corrupção ativa agravada no setor privado, com referência a colaboradores da Altice (como Luís Alvarinho, Alexandre Fonseca), um crime de corrupção passiva no setor privado com referência a decisões da Altice, quatro crimes de branqueamento de capitais e ainda crimes de falsificação de documentos, ainda não contabilizados na totalidade. O ECO/Advocatus sabe que estes são os crimes imputados a Armando Pereira, confundador da Altice. Já Hernâni Vaz Antunes, braço direito de Pereira, terá contra si sete crimes de corrupção ativa agravada no setor privado (com referência a Armando Pereira e Alexandre Fonseca), oito crimes de fraude fiscal, seis crimes de branqueamento de capitais e ainda falsificação de documentos e falsas declarações, ainda não totalmente contabilizados.

No total são mais de 35 crimes que o MP suspeita na chamada ‘Operação Picoas’, que revelou na passada semana um alegado esquema financeiro em torno da Altice, detentora da antiga PT, que terá lesado o Estado e o grupo empresarial em centenas de milhões de euros.

O principal visado neste processo, o cofundador da Altice, Armando Pereira, ainda não foi ouvido pelo juiz de instrução Carlos Alexandre, mas o interrogatório está marcado para esta quarta-feira, às 14.00.

Em declarações aos jornalistas, o advogado Manuel Magalhães e Silva confirmou que Armando Pereira é suspeito de corrupção ativa e passiva no setor privado, branqueamento de capitais e falsificação de documentos, sublinhando que o seu cliente não é visado pelo Ministério Público (MP) pelo crime de fraude também sob investigação neste caso.

“Aquilo que se tem dito continuadamente que é uma monumental fraude fiscal não está imputada ao senhor Armando Pereira”, afirmou, acrescentando: “De A a Z tudo vai ser explicado. Ele leu e refletiu com toda a atenção sobre a indiciação que lhe foi apresentada pelo MP e está em condições de esclarecer o MP sobre todos os itens da indiciação”.

As suspeitas do Ministério Público

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em colaboração com a Autoridade Tributária (AT), deu início, no dia 13 de julho uma operação com cerca de 90 buscas domiciliárias e não domiciliárias, que abrangeram instalações de empresas e escritórios de advogados em vários pontos do país, resultando em três detidos e na apreensão de documentos e viaturas de luxo avaliadas em cerca de 20 milhões de euros.

O MP entende que terá ocorrido uma “viciação do processo decisório do Grupo Altice, em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência”, que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva. O Estado terá também sido prejudicado com uma fraude fiscal “superior a 100 milhões de euros”.

Em causa estão ainda indícios de “aproveitamento abusivo da taxação reduzida aplicada em sede de IRC na Zona Franca da Madeira” através da domiciliação fiscal fictícia de pessoas e empresas, a que se soma a suspeita da utilização de sociedades offshore, indiciando os crimes de branqueamento e falsificação.

Suspeitas do Hernâni Vaz Antunes

O Ministério Público e a Autoridade Tributária suspeitam que o empresário Hernâni Vaz Antunes, braço direito do cofundador da Altice Armando Pereira e um dos principais arguidos da “Operação Picoas”, tenha faturado 660 milhões de euros entre 2017 e 2022.

O ECO sabe que o suspeito passou a conduzir a sua vida empresarial, a partir de 2012, de forma a tornar-se um
fornecedor de referência do Grupo Altice, não só em Portugal, como em vários países da Europa e nos EUA ainda na República Dominicana, em colaboração com Armando Pereira e outros dirigentes da Altice, como Alexandre Fonseca.

Conferência de imprensa de apresentação da nova CEO da Altice Portugal, Ana Figueiredo - 18MAR221

As sociedades de Hernâni Vaz Antunes são a Edge Technology, a Shar SA, a Tirion Portugal, a Electr4IT e a 3 Lines. A primeira faturou 268 milhões de euros, a segunda, 157 milhões de euros, a terceira 65 milhões de euros, a quarta 31 milhões de euros e a quinta 16 milhões de euros.

A autoridade suspeita ainda que Jéssica Antunes, filha de Vaz Antunes, terá colaborado com o pai, para receberem comissões relacionadas com a venda de direitos de transmissão televisiva de jogos de futebol por parte de clubes portugueses a uma entidade da Altice, negócio este para o qual contaram com a ajuda de Armando Pereira.

Suspeitas em relação a Armando Pereira

O cofundador da Altice Armando Pereira, que ficou detido no dia 13 na sequência das buscas, será alegadamente o líder de um esquema que, segundo o MP, terá lesado o Estado e o grupo empresarial em centenas de milhões de euros através do envolvimento de dezenas de sociedades controladas de forma indireta pelo seu homem de confiança, Hernâni Vaz Antunes.

O empresário terá utilizado a sua influência no grupo para controlar as decisões de contratação de fornecedores, que, alegadamente, passariam também a ter de contratar serviços a empresas controladas por Hernâni Vaz Antunes para conseguirem os contratos com a Altice.

A influência de Armando Pereira terá também sido concretizada na alienação de imóveis da Altice em Lisboa, cuja venda a empresas na órbita de Hernâni Vaz Antunes terá ficado por valores bastante abaixo da posterior revenda, com mais-valias de vários milhões de euros.

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Brasileira FCamara escolhe Portugal para instalar hub operacional

O objetivo é que os projetos nos mercados da Europa, Médio Oriente e África sejam liderados a partir de Portugal, tendo como suporte toda a infraestrutura em São Paulo, no Brasil.

A FCamara, multinacional brasileira especializada em projetos e consultoria para transformação digital, escolheu Portugal para implementar o centro de operações que vai apoiar a sua expansão para a Europa, Médio Oriente e África. O objetivo é que os projetos nestes mercados sejam liderados a partir de Portugal, tendo como suporte toda a infraestrutura em São Paulo, no Brasil. A empresa está presente em território nacional desde 2022, com escritório em Leiria e Oeiras.

“Com a abertura deste hub em Portugal, o objetivo é ter uma estrutura operacional com uma equipa de gestão, negócio, marketing e financeira, que nos permita gerir todos os projetos localmente, com suporte das equipas no Brasil. Portanto, para acelerar as entregas, vamos contar com equipas a partir de Portugal, Brasil e outros países onde estamos presentes, de acordo com a necessidade e requisitos específicos de cada cliente”, diz Angelo Tonin, diz general manager da FCamara Europa, em declarações ao Trabalho by ECO.

Questionado sobre se o reforço da aposta em Portugal vai implicar a contratação de novos profissionais, o responsável europeu diz que “a contratação de mais colaboradores vai ser gerida de acordo com o flow (número de projetos) que tivermos”.

“Neste momento, já temos projetos em Portugal, na Holanda, Reino Unido e Estados Unidos. Em Portugal, já temos vários projetos a decorrer, entre eles com um dos principais unicórnios portugueses e na área da banca. A nossa previsão é contratar colaboradores de forma a dar resposta aos novos clientes“, refere apenas, sem avançar números.

Em relação aos perfis e competências mais procuradas, o foco está na área de desenvolvimento de aplicações mobile e web, cloud, e-commerce, gestão de projeto e também áreas de negócios mais transversais, detalha Angelo Tonin.

A FCamara adotou o modelo anywhere office e, em apenas um ano e meio de operação europeia, já conta com cerca de 50 pessoas envolvidas com projetos em clientes em Portugal, Reino Unido, Países Baixos e Estados Unidos. Ao todo, em todo o mundo, são 1.300 colaboradores.

Base operacional em Leiria e escritório em Oeiras

“Decidimos que Portugal seria a nossa ‘porta de entrada’ para consolidar a operação na Europa. Portugal conta com excelentes profissionais, um ecossistema de startups fervilhante, uma boa imagem do país, tanto ao nível turístico como de estabilidade económica e segurança e uma excelente localização no continente europeu”, justifica Fábio Camara, CEO e fundador da FCamara.

A FCamara distribuiu as operações em Portugal por duas localizações geográficas: Leiria e Oeiras. A base operacional fica situada na Startup Leiria, enquanto o escritório de desenvolvimento de negócios será em Oeiras, no edifício World Trade Center. O escritório de desenvolvimento de negócios será inaugurado ainda durante este verão.

Escritório da FCamara em São Paulo, no Brasil.

Outra das áreas em que a FCamara tenciona investir em Portugal é na formação. “Através da comunidade Orange Juice pretendemos dar formação e capacitar as equipas locais, com re-skilling de profissionais, por exemplo”, avança o general manager da FCamara Europa. “Além disso, nos próximos 12 meses, através do nosso ecossistema acreditamos trazer para Portugal novos negócios, potenciados por startups na área de e-commerce.”

A Orange Juice é um ecossistema tech criado com o intuito de guiar, ajudar e incentivar os iniciantes ou já amantes da tecnologia nas suas carreiras. Destina-se a qualquer pessoa interessada em tecnologia, mesmo aquelas que possam já ser experientes no mercado, mas que entendem a importância de trocar experiências e partilhar conhecimentos. A Orange Juice conta, assim, com podcasts, lives e um blog com diversos conteúdos, que possibilita a interação dos seguidores com especialistas do Grupo FCamara.

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Equipas da Porto Ambiente realizam mais de 12 mil ações de sensibilização ambiental

  • BRANDS'Local Online
  • 19 Julho 2023

Desde a sua criação, há quatro anos, a Porto Ambiente já realizou mais de 12 mil campanhas de sensibilização ambiental.

Criado em 2019, o serviço pioneiro de sensibilização ambiental da Porto Ambiente, cujas equipas identificam infrações relacionadas com o incumprimento das regras de deposição e de acondicionamento dos resíduos, o abandono de resíduos na via pública, entre outras, realizou já, desde a sua criação e até aos dias de hoje, mais de 12600 ações, incluindo seis mil visitas a estabelecimentos comerciais da cidade.

O objetivo destas ações centra-se na sensibilização, alertando os munícipes para as boas práticas a adotar e, quando detetadas situações de incumprimento, é dada a opção de frequência de sessões de formação ambiental, ao invés da instauração automática do respetivo processo de contraordenação. Estas sessões têm como principal objetivo evitar a prática de novas infrações, informando os cidadãos sobre a existência de regras, em matéria de gestão de resíduos urbanos e de limpeza do espaço público, através da divulgação do Regulamento de Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos e Limpeza do Espaço Público no Município do Porto.

Os números são bastante expressivos e, só no primeiro semestre de 2023, foram registadas mais de 1600 ações de sensibilização, 156 horas de formação, contando com a participação de cerca de 172 formandos, de 35 estabelecimentos da cidade. Só em 2022 foram mais de 1700 ações de formação, 289 horas de formação ministradas a 387 formandos de 100 estabelecimentos. No total, desde 2021, foram ministradas mais de 820 horas a 700 formandos.

Esta evolução de um modelo primordialmente sancionatório para um modelo mais pedagógico e preventivo, tem tido resultados muito positivos na alteração de comportamentos e, consequentemente, no cumprimento do acima referido regulamento.

Fruto desta aposta, o número de processos de contraordenação registou uma queda de 82% desde 2019, o que demonstra que os estabelecimentos estão mais conscientes da importância destes temas e optam pela abordagem que privilegia a formação dos seus recursos.

Após a conclusão destas sessões, o trabalho continua através do contacto e monitorização próxima, de forma a verificar as mudanças operadas nos estabelecimentos abordados, que, normalmente, resultam em melhorias significativas nos procedimentos de gestão de resíduos urbanos destes estabelecimentos.

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Energia provoca queda de 3,4% nos preços da produção industrial no segundo trimestre

  • Lusa
  • 19 Julho 2023

Se não fosse considerado o agrupamento energia, os preços na produção industrial teriam subido 2,5% no segundo trimestre deste ano, mostram os dados publicados pelo INE.

Os preços na produção industrial passaram de uma subida de 6,3% no primeiro trimestre deste ano para uma descida de 3,4% no segundo trimestre, influenciados pela queda dos preços da energia, anunciou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

No caso de não se considerar o agrupamento energia, os preços na produção industrial teriam subido 2,5% no segundo trimestre deste ano, contra o aumento de 10,3% no trimestre anterior, explicou o INE no mesmo destaque.

Em junho, os preços na produção industrial registaram uma queda homóloga de 5,8%, quando no mês anterior tinham caído 3,5%, adianta ainda.

A energia continuou a ser o agrupamento que mais contribuiu para a queda homóloga do índice de preços na produção industrial (IPPI), sem o qual os preços teriam subido 0,8% no mês de junho (+2,2% em maio deste ano), esclarece ainda o INE.

O instituto de estatística refere também que a queda homóloga do IPPI foi de “5,8% em junho, taxa inferior em 2,3 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior”. A energia, por sua vez, contribuiu com menos 6,4 pontos percentuais para a queda do índice total de junho, em resultado uma descida de 24,7%.

o agrupamento dos bens de consumo, com uma subida homóloga de 6,4% (8,1% em maio), registou o único contributo positivo (1,8 pontos percentuais em junho, contra 2,3 pontos percentuais no mês anterior).

Em termos mensais, os preços na produção industrial desceram 0,1% em junho deste ano, quando subiram 2,4% em igual mês do ano passado.

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Antarte é pioneira em realidade aumentada entre as marcas portuguesas de mobiliário

  • BRANDS' ECO
  • 19 Julho 2023

A marca fundada e liderada por Mário Rocha, oferece aos clientes uma experiência única para verem em tempo real, o enquadramento dos móveis em qualquer espaço da casa.

A Antarte volta a liderar a inovação no setor do mobiliário ao disponibilizar realidade aumentada (RA) a todos os clientes. O processo é simples e rápido: é apenas necessário aceder ao site da marca com o telemóvel, selecionar a peça de mobiliário pretendida, clicar na opção “veja no seu espaço”, direcionar o telemóvel para o espaço onde se pretende colocar a peça de mobiliário, e obter uma simulação de como a mesma ficará enquadrada. Um processo que permite em tempo real ficar com uma noção do resultado final.

As decisões de compra de peças de mobiliário raramente são uma compra de impulso. O processo de aquisição pode ser algo moroso e suscita indecisões em qualquer cliente. A realidade aumentada disponibilizada pela Antarte vem de encontro a essa necessidade de disponibilizar aos clientes uma ideia em tempo real, de como ficará nas suas casas o decor que estão a escolher. Desta forma, pode encurtar-se o processo de decisão, optar pelo decor ideal e evitar escolhas que podem não ser do total agrado dos clientes e implicam um montante de compra por vezes avultado.

De momento, a Antarte já disponibiliza realidade aumentada em todas as peças de coleções Oslo, Cannes, Monaco e Londres e em algumas peças icónicas da marca. Em breve, esta opção estará disponível em todos os produtos.

"É nos momentos de conjuntura adversa que as marcas revelam o seu dinamismo, arrojo e visão estratégica. A completar 25 anos de existência, a Antarte tem maturidade de mercado para inovar e posicionar-se na vanguarda entre os players do setor.”

Mário Rocha, CEO da Antarte

Sobre a Antarte

A Antarte nasceu em 1998, em Rebordosa, como uma empresa dedicada a peças de mobiliário antigas e arte. Foram estas duas áreas de negócio que determinaram a criação e designação da própria marca, cujo nome resultou da fusão de “antiguidade” com “arte” – Antarte. A partir dessa altura, a marca dedicou-se ao mobiliário de design elegante e intemporal, com um padrão de qualidade de excelência.

A Antarte é uma marca 100 por cento nacional e de referência em mobiliário e decoração em Portugal, com uma rede de 14 lojas em território nacional. Para além disso, exporta os seus produtos para vários mercados da Europa – França, Espanha, Suíça e Bélgica – e tem lojas próprias no Dubai, África do Sul, Angola, Gana, São Tomé e Príncipe e Costa do Marfim.

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Pedro Janela passa a chairman do WYgroup e André Gil assume liderança executiva

Pedro Janela, cofundador e até agora CEO do Wygroup, passa a chairman. André Gil, até agora managing partner da Bliss Applications, é o novo CEO do grupo, atualmente com cerca de 500 colaboradores.

Pedro Janela, CEO da WygroupHenrique Casinhas/ECO

Pedro Janela, cofundador e até agora CEO do Wygroup, passou a chairman do grupo. André Gil, até agora managing partner da Bliss Applications, é o novo CEO do grupo, atualmente com cerca de 500 colaboradores. A decisão foi formalizada esta terça-feira, em reunião do conselho de administração.

Apesar de deixar a liderança executiva, Pedro Janela – que fundou o grupo há 22 anos com Rita Baltazar e Gonçalo Castelo Branco – mantém-se como sócio maioritário, com 55%, conta ao +M. “Vou fazer coisas novas dentro do grupo. Começar novas unidades, lançar projetos, que é o que gosto de fazer“, prossegue.

Com o setor em fase de transformação, o também professor no ISEG e na Lisbon Digital School pretende dedicar tempo a “reaprender tudo”. Mesmo sem as funções executivas, Pedro Janela diz que continuará presente no dia-a-dia, a “lançar projetos novos, captar talento e clientes“.

“Com a transição para chairman, o meu foco é no que vem e no desenvolvimento de inovação suportada por tecnologia aplicada à experiência do cliente. Irei estar um pouco como ‘procurador’ do que vem a seguir, criando inovação radical neste setor a partir de Portugal, procurando ir buscar o melhor talento para o fazer”, frisa Pedro Janela, acreditando que estamos a começar a assistir à “transformação mais profunda que se vive desde 1993, quando a WWW surgiu”.

Ou seja, acrescenta Pedro Janela, “vou na prática fazer aquilo que gosto mesmo de fazer, ajudar o talento que escolhe o WYgroup, os nossos clientes e o nosso mercado a terem soluções e propostas inovadoras, diferentes da concorrência, relevantes para o cliente e sustentáveis, que defendam o negócio e que criem efeitos de rede pela simples facto de serem inovação”.

Pedro Janela fundou em 2002 este grupo que conta hoje com sete marcas. A evolução do WYgroup é traduzida no gráfico que publicou no LinkedIn.

Atualmente com cerca de 500 colaboradores, para este ano Pedro Janela antecipa uma faturação de 30 milhões de euros, gerando um valor acrescentado bruto de 23 milhões, o que fará de 2023 o melhor ano do grupo.

Continuarei através da minha holding familiar a ser sócio maioritário do WYgroup, empenhado no dia-a-dia, em continuar a fazer dele o melhor e maior grupo de CX, design e tecnologia, conteúdo e publicidade, data e media, e educação neste setor, a operar a partir de Portugal. Sonhando em triplicar o que fazemos cada vez mais para clientes de âmbito internacional”, resume ao +M.

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Juros pesam mais de metade da prestação da casa pelo segundo mês consecutivo

Por conta da subida das taxas Euribor, os juros já pesam 53% da prestação da casa. Segundo o INE, a taxa do crédito à habitação subiu em junho para o valor mais elevado em 14 anos.

As contas são do Instituto Nacional de Estatística (INE): a prestação média mensal da casa fixou-se nos 361 euros em junho, sendo que 192 euros correspondem a juros e 169 euros a capital amortizado. Ou seja, pelo segundo mês seguido, as famílias estão a pagar mais em juros do que a amortizar o empréstimo ao banco, uma consequência da subida das taxas de juro no último ano e meio.

Contas feitas, por cada 100 euros amortizados no empréstimo da casa as famílias pagaram quase 114 euros em juros no mês passado. Significa que, em média, 53% da prestação dos créditos à habitação corresponde ao pagamento dos juros e apenas 47% à amortização do capital.

Fonte: INE

Segundo o INE, a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação subiu 25 pontos base para 3,649%, o valor mais elevado desde abril de 2009. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu de 3,882% para 4,132% no mês passado.

Nos contratos de financiamento de aquisição de habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita registou uma subida de 24,8 pontos base face a maio, fixando-se nos 3,631% no mês passado. No que se refere aos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro para este destino de financiamento fixou-se em 4,123%, 25,2 pontos base acima da taxa registada no mês anterior.

Em junho, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 127 euros em relação ao mês anterior, fixando-se nos 63.296 euros. Os contratos de empréstimo da casa fechados nos últimos três meses tinham um capital médio em dívida de 122.570 euros, menos 1.495 euros do que em maio.

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Procura de eletricidade cai para níveis de há 20 anos na União Europeia

AIE estima que a procura por eletricidade na UE caia 3%, depois de uma queda em 2022, e que em 2024 a produção de eletricidade "verde" ultrapasse pela primeira vez a gerada com combustíveis fósseis.

A procura por eletricidade na União Europeia deverá diminuir em cerca de 3% em 2023, acompanhando o abrandamento verificado em 2022. Segundo as estimativas da Agência Internacional de Energia (AIE), estas duas quedas consecutivas representam, no seu conjunto, a maior quebra de sempre na procura de eletricidade do bloco europeu, que atinge mínimos de 2002.

No relatório divulgado esta quarta-feira, a propósito da procura de eletricidade este ano, a AIE prevê que, de forma geral, a procura de eletricidade irá abrandar em 2023 como consequência das ondas de choque provocadas pela crise energética e o abrandamento da economia mundial verificadas no ano passado.

A atualização de julho do relatório, revela que a procura de eletricidade nos Estados Unidos deverá diminuir quase 2% este ano, enquanto a procura no Japão deverá diminuir 3%. Por sua vez, a procura de eletricidade na União Europeia deverá diminuir 3%, semelhante à diminuição registada em 2022. “Na sequência destas duas descidas consecutivas, que, no seu conjunto, representam a maior quebra de sempre na procura da UE, o consumo de eletricidade na UE deverá cair para níveis que não se verificavam desde 2002“, lê-se no comunicado divulgado esta manhã.

Feitas as contas, a procura mundial de eletricidade deverá ficar abaixo dos 2% este ano, abaixo dos 2,3% contabilizados em 2022. A AIE estima, no entanto, que esse ciclo possa inverter e que, em 2024, a procura possa voltar a aumentar caso aquele ano represente uma melhoria da economia mundial. Neste cenário, a entidade liderada por Fatih Birol prevê que a subida seja de 3,3%.

A entidade estima ainda que a produção de eletricidade a partir de fontes renováveis irá continuar a crescer e, dependendo das condições meteorológicas, 2024 poderá ser palco do primeiro ano em que será produzida mais eletricidade a partir de fontes renováveis, a nível mundial, do que a partir do carvão.

Ao mesmo tempo, prevê-se que a eletricidade produzida a partir de combustíveis fósseis diminua nos próximos dois anos. As estimativas da AIE indicam que a eletricidade produzida a partir do petróleo vai diminuir significativamente, enquanto a produção a carvão diminuirá ligeiramente em 2023 e 2024, depois de ter aumentado 1,7% em 2022.

“Isto indica que o mundo está a caminhar rapidamente para um ponto de viragem em que a produção global de eletricidade a partir de combustíveis fósseis será cada vez mais substituída por eletricidade produzida a partir de fontes de energia limpas”, lê-se no relatório.

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