Media Capital entra na guerra pelo controlo da Cofina

O grupo liderado por Mário Ferreira quer avançar para a compra da Cofina e, em comunicado enviado à CMVM, diz-se disposto a oferecer mais de 75 milhões, o valor do MBO liderado por Luís Santana.

A Media Capital mantém o interesse na compra da Cofina CFN 0,50% . Em comunicado, o grupo “assume o compromisso de participar no processo de alienação do referido ativo que venha a ser promovido pela Cofina, organizado em modelo de leilão ou outro, e desde que pautado por regras objetivas e transparentes, mediante a apresentação de uma proposta que atribui à Cofina Media um entreprise value superior a 75 milhões de euros”, diz na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Setenta e cinco milhões de euros, recorde-se, foi a avaliação da Cofina prevista na oferta formalizada no final de junho pelo grupo de investidores liderado pelos administradores da empresa, e que tem Cristiano Ronaldo como um dos principais acionistas, como revelou o ECO/+M.

“A Cofina Media confirmou esta sexta-feira à noite ter recebido a 27 e 28 de junho uma “oferta vinculativa e uma oferta vinculativa revista, respetivamente”, para a aquisição da totalidade do capital, subscrita pelos administradores da empresa, Ana Dias e Luís Santana, e por Octávio Ribeiro, ex-diretor do Correio da Manhã, “a quem se juntará um conjunto de investidores não identificados”, dizia o grupo liderado por Paulo Fernandes também em comunicado enviado à CMVM na noite de 30 de junho.

A proposta prevê um preço calculado considerando um enterprise value de 75 milhões de euros, sujeito a condições e ajustamentos”, adiantava o comunicado.

O grupo liderado por Luís Santana tinha proposto um prazo de cinco dias para a avaliação da proposta, o que foi negado. “Na presente data, a Cofina encontra-se numa fase preliminar de avaliação da proposta e do preço oferecido, tendo já comunicado aos proponentes que o prazo de cinco dias úteis por estes proposto para decisão da Cofina revela-se insuficiente”, prosseguia o grupo, que solicitou um “prazo de 60 dias prorrogáveis unilateralmente tendo em conta critérios de razoabilidade e na medida do necessário”.

No rescaldo destas informações, as ações da Cofina estiveram a disparar 17,99% na bolsa de Lisboa esta terça-feira, para 44,6 cêntimos. As negociações já estiveram interrompidas momentaneamente devido ao mecanismo de segurança da bolsa que é acionado quando há grande volatilidade.

Ações da Cofina na bolsa de Lisboa

O management buy out no grupo dono do Correio da Manhã, Sábado, Record e Jornal de Negócios foi confirmado por Luís Santana no final de maio. “Eu e um conjunto de quadros da Cofina Media, estamos a preparar um management buy out, que planeamos apresentar oportunamente ao acionista da empresa, com o qual não temos mantido qualquer tipo de negociações”, afirmava em declaração enviada aos media no dia 30 de maio.

“A equipa tem um conhecimento profundo da Cofina Media, um projeto vencedor, credível e independente. A motivação para esta operação passa pelo desenvolvimento do seu modelo de negócio, ao mesmo tempo que se garante a sua independência, pois entendemos que um projeto jornalístico só o é se for independente”, prossegue o responsável.

O +M/ECO tinha avançado no dia anterior que o antigo diretor do Correio da Manhã, Octávio Ribeiro, e Luís Santana, administrador da Cofina, estariam a preparar uma operação de MBO para garantir o controlo acionista do grupo.

A Cofina, recorde-se, teve um resultado líquido de 10,451 milhões de euros, um EBITDA operacional de 13,6 milhões de euros e um EBITDA de 8,9 milhões de euros.

Os contactos entre a Media Capital e a Cofina para a compra do grupo foram oficializados no início de março. Sem confirmarem negociações diretas, a Cofina e a Media Capital sinalizam na altura que poderá haver, mesmo, processos de consolidação de grupos de media em curso.

A Cofina emitia na altura um comunicado dando nota da ocorrência de “abordagens preliminares por diversos assessores externos, com vista a encetar possíveis negociações, que estão a ser objeto de análise pela sociedade,” com vista à concretização do negócio avançado pelo Observador, sublinhando que a sua administração “avalia em permanência todas as oportunidades de negócio que possam valorizar os seus ativos, numa perspetiva de compra ou de venda.”

Pouco depois foi a vez da Media Capital emitir um comunicado, dando nota de que “não existe nenhuma informação privilegiada de que devesse ter sido dado conhecimento ao mercado ou cuja divulgação tenha sido objeto de diferimento nos termos legais consentidos.”

Já no final de maio do CEO da Media Capital, Pedro Morais Leitão, dizia em entrevista à Lusa que a compra da Cofina era “um tema abstrato”. “Tudo depende da Cofina”, afirmava.

Se eu me sento com a Cofina? Não, não me sentei com a Cofina nunca. Desde que entrei aqui nunca me sentei com a Cofina”, afirmou o gestor, que cumpre um ano na liderança executiva da Media Capital em julho.

Ao que o +M/ECO sabem, a Cofina terá entretanto sinalizado à Media Capital que o negócio não avançaria e que estava em curso uma operação de MBO, o que se veio a confirmar no final de junho. O processo sofre agora nova reviravolta, quatro anos após a Prisa ter firmado um acordo com a Cofina para a compra da Media Capital.

Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira (10,02%), Domingos José Vieira de Matos (12,09%), Paulo Jorge dos Santos Fernandes (13,88%), João Manuel Matos Borges de Oliveira (15,01%) e Ana Rebelo Carvalho Menéres de Mendonça (19,98%) constituem o núcleo acionista da Cofina e, em conjunto, detém 70,98% do grupo dono da Cofina Media.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h58)

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Rendibilidade das empresas voltou a bater recorde no primeiro trimestre

Primeiro trimestre foi o nono consecutivo de aumento da rendibilidade das empresas. Autonomia financeira também melhorou, apesar dos maiores custos com financiamento.

A rendibilidade das empresas continuou a aumentar no arranque do ano e atingiu os 9,4%, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP) esta terça-feira. É o nono trimestre consecutivo de aumento para as empresas, cuja autonomia financeira também aumentou, apesar dos custos de financiamento estarem a subir, e um novo máximo histórico da série, que começou em 2006.

Fonte: Banco de Portugal

A rendibilidade das empresas é medida pelo rácio entre os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) e o total do ativo. Este indicador aumentou em todos os setores de atividade face ao primeiro trimestre de 2022, exceto na construção. Nas subidas, destacam-se os transportes e armazenagem (+3,2 pontos percentuais), a eletricidade (+3,1 pp) e o comércio (+2,3 pp).

O crescimento foi maior nas nas grandes empresas, onde a rendibilidade passou de 9,3% para 12,0%, enquanto nas micro, pequenas e médias empresas (PME) evoluiu de 8% para 8,6% no primeiro trimestre.

O BdP disponibiliza também dados sobre a autonomia financeira das empresas, que aumentou para 42,6% no primeiro trimestre de 2023. Este resultado deve-se principalmente à “retenção dos resultados gerados pelas empresas”.

Enquanto isso, com a subida das taxas de juro determinada pelo Banco Central Europeu, o custo dos financiamentos obtidos aumentou pelo terceiro trimestre consecutivo (passou de 2,7% no segundo trimestre de 2022 para 3,3%). Já a “cobertura de gastos de financiamento das empresas (que quantifica o número de vezes que o EBITDA gerado pelas empresas é superior aos seus gastos de financiamento) reduziu-se pelo segundo trimestre consecutivo (passou de 10,1 no terceiro trimestre de 2022 para 9,4 no primeiro trimestre de 2023)”, indica o organismo.

Fonte: Banco de Portugal

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Juíza recusa condenar Rui Pinto com base na lei da amnistia da Jornada da Juventude

Lei da amnistia foi aprovada na generalidade, mas ainda não entrou em vigor. Rui Pinto pode vir a ser amnistiado por mais de 80 crimes de violação de correspondência e acesso indevido.

Dois anos e sete meses após o início do julgamento, o pirata informático Rui Pinto ainda não vai conhecer a decisão do coletivo. A leitura do acórdão estava marcada para esta quinta-feira mas, depois de sucessivos adiamentos, agora é a juíza responsável pelo processo que se recusa a fazer a leitura do acórdão do hacker português, devido à nova lei da amnistia, aprovada pelo Governo a propósito da vinda do Papa na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), mas que ainda não está sequer em vigor.

Segundo o despacho da juíza, a que o ECO teve acesso, no que toca, em concreto, aos crimes de violação de correspondência e o crime de acesso indevido, a juíza considera que não vale a pena decidir para depois o arguido vir a ser amnistiado, com base na referida lei. Rui Pinto está acusado de mais de 80 crimes que estão no elenco da lei aprovada pelo Governo.

Horas antes do despacho da magistrada, o presidente do tribunal judicial da Comarca de Lisboa garantia ao ECO que a sessão não iria ser adiada.

“A proposta de lei aprovada na generalidade no passado dia 7 de Julho visa fixar um regime de perdão de penas e de amnistia de infrações praticadas por jovens até às 0h00 de dia 19 de junho de 2023, por pessoas que tenham entre 16 e 30 anos de idade à data da prática dos factos, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JMJ)”; diz a magistrada Margarida Alves. Rui Pinto celebrou 30 anos só em outubro de 2018.

No que concerne ao regime da amnistia, prevê-se que venham a ser amnistiadas todas as infrações penais cuja pena aplicável não seja superior a um ano de prisão ou a 120 dias de multa. “Sendo certo que estarão excluídos de tal amnistia os crimes previstos no artigo 5.º da referida proposta de lei, entre os quais a extorsão, prevista no artigo 223.º do Código Penal, e os crimes do foro da cibercriminalidade, previstos na Lei n.º 109/2009, de 15 de setembro, na sua redação atual”.

Diz então a juíza que “constata-se, assim, que se encontra iminente a entrada em vigor de uma lei que irá colidir com a apreciação que cumpre fazer da responsabilidade criminal do arguido Rui Pinto relativamente a alguns dos crimes pelos quais se encontra pronunciado, nomeadamente o crime de violação de correspondência e o crime de acesso indevido que, nas suas formas simples, são punidos precisamente com uma pena de prisão até um ano ou com pena de multa. O arguido, atenta a sua idade à data da prática dos factos, encontra-se abrangido pelo âmbito de aplicação da referida Lei”.

Assim, é entendimento do tribunal coletivo que mostrar-se-ia “inútil e contrário à estabilidade inerente às decisões judiciais, a prolação de um acórdão que de seguida, dias depois, pudesse ter que vir a ser alterado, mediante marcação de audiência para eventual reformulação”. Acrescenta ainda que “seria inusitado e contrário a uma tramitação célere que num curto espaço de tempo no presente processo passassem a coexistir dois acórdãos, o segundo dos quais proferido antes do trânsito em julgado do primeiro, com todas as inerentes questões processuais e atrasos para a definição da situação jurídica do arguido que de tal situação adviria”.

Mas, para os arguidos “terem a sua situação jurídico-processual definida no mais curto espaço de tempo possível, designa-se, para a leitura de acórdão, o próximo dia 31 de julho de 2023, pelas 14h30, caso a referida lei da amnistia entre em vigor até ao dia 28 de Julho de 2023 ou, em alternativa e somente para o caso tal não vir a suceder, o próximo dia 11 de Setembro de 2023, pelas 14h30″.

Rui Pinto estava acusado de 90 crimes, sendo 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.

Entre os visados estão Jorge Jesus, Bruno de Carvalho, o então diretor do DCIAP Amadeu Guerra e os advogados José Miguel Júdice, João Medeiros, Rui Costa Pereira e Inês Almeida Costa.

Em 2019 Rui Pinto assumiu que era o criador do site “Football Leaks”, criado em 2015. Segundo o arguido, esta plataforma surgiu após a divulgação do escândalo de corrupção na FIFA, que levou à detenção de vários dirigentes, e tinha como objetivo divulgar a “parte oculta do futebol”. Assim, a partir de Budapeste e através desta plataforma, Rui Pinto divulgou diversos documentos polémicos sobre futebol nacional e mundial.

No âmbito de um mandato de detenção europeu, foi detido no dia 16 de janeiro de 2019 em Budapeste. Após o “rebentar” do escândalo, em março de 2019, Rui Pinto foi entregue pelas autoridades húngaras à justiça portuguesa, tendo ficado em prisão preventiva no âmbito de um inquérito do Departamento Central de Investigação e Ação Penal. Inicialmente foi apenas indiciado por seis crimes.

Rui Pinto esteve em prisão preventiva entre o dia 22 de março de 2019 e 8 de abril de 2020 e em prisão domiciliária até ao dia 7 de agosto de 2020, tendo sido libertado “devido à sua colaboração” com a PJ e ao seu “sentido crítico”, mas está, por questões de segurança, inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial.

No início de junho de 2020, o Tribunal da Relação de Lisboa negou provimento ao recurso do Ministério Público e manteve a decisão instrutória, proferida em 17 de janeiro de 2020, que pronunciou Rui Pinto por 90 crimes e não pelos 147 que constavam da acusação do MP.

Perdão de penas por visita do Papa na Jornada Mundial da Juventude

O Conselho de Ministros aprovou no dia 19 de junho, por via eletrónica, uma proposta de lei que estabelece o perdão de penas ou amnistia de crimes e infrações praticadas por condenados dos 16 aos 30 anos.

As medidas de clemência propostas, direcionadas apenas para os jovens, foram decididas, segundo admite o Governo, “no quadro” da realização em Portugal da Jornada Mundial da Juventude, que contará com a presença do Papa Francisco, “cujo testemunho de vida e de pontificado está fortemente marcado pela exortação da reinserção social das pessoas em conflito com a lei penal”, indica o comunicado do Conselho de Ministros.

O diploma determina um perdão de um ano para todas as penas até oito anos de prisão, sendo adicionalmente fixado um regime de amnistia que compreende as contraordenações cujo limite máximo de coima aplicável não exceda 1.000 euros e as infrações penais cuja pena não seja superior a um ano de prisão ou a 120 dias de pena de multa.

Neste lote de perdão não estão incluídos arguidos que tiverem praticado crimes de homicídio, de infanticídio, de violência doméstica, de maus-tratos, de ofensa à integridade de física grave, de mutilação genital feminina, de ofensa à integridade física qualificada, de casamento forçado, de sequestro, contra a liberdade e autodeterminação sexual, de extorsão, de discriminação e incitamento ao ódio e à violência, de tráfico de influência, de branqueamento ou de corrupção.

Estão abrangidas pela presente lei, as infrações praticadas até 19 de junho de 2023 por pessoas que tenham entre 16 e 30 anos de idade.

A última vez que o Executivo aprovou medidas semelhantes de perdão de penas e amnistia de infrações penais, que permitiram reduzir a população prisional, ocorreu durante a pandemia de Covid-19.

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Data Analytics, marketing digital? Santander tem 2.000 bolsas

Entre outras competências, o candidato irá adquirir capacidades para "construir um website, realizar uma campanha de marketing digital e analisar os respetivos dados."

O Santander já abriu as candidaturas para as 2.000 bolsas “Santander Digital Experience”, em parceria com a Miles in the Sky, que visam reforçar as competências na área de digital analytics ou marketing digital. O curso, aberto ao público em geral, tem inscrições a decorrer até 3 de setembro.

O curso online, em parceria com a ed tech Miles in the Sky, permite aos interessados “aproveitar as novas tecnologias, ao explorarem diversas carreiras digitais, como user experience, marketing digital e data analytics, conseguindo assim ganhar mais competências digitais e desenvolver formas de trabalho mais ágeis.” Entre outras competências, o candidato irá adquirir capacidades para “construir um website, realizar uma campanha de marketing digital e analisar os respetivos dados.” O bolseiro irá receber um diploma no final do curso.

Os interessados devem ter mais de 18 anos, residir em Portugal (temporária ou definitivamente), possuir um nível básico de inglês, ter acesso a um computador com ligação à Internet, tendo ainda de estar registados como utilizadores na plataforma de Bolsas do Santander, onde podem fazer a candidatura.

As bolsas — disponíveis para os 2.000 participantes — “cobrem integralmente os custos de inscrição e frequência do mesmo“, informa o Santander.

O Santander também tem a decorrer, até 31 de agosto, candidaturas para bolsas para aprendizagem de inglês, em parceria com o British Council.

Em maio, durante o V Encontro Internacional de Reitores Universia, em Valência (Espanha), o banco Santander anunciou que planeia destinar mais 400 milhões de euros ao ensino entre 2023 e 2026 em educação, a juntar aos 2.200 milhões de euros já investidos.

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Metrobus de Gaia arranca a 1 de setembro com viagens grátis

  • Lusa
  • 11 Julho 2023

"As viagens [do metrobus na Estrada Nacional 222, em Gaia] serão gratuitas de 1 de setembro a 31 de dezembro. Posteriormente, o serviço será integrado na bilhética Andante", avança autarquia.

A primeira fase da operação de metrobus na Estrada Nacional 222, em Vila Nova Gaia, arranca a 1 de setembro e terá viagens gratuitas até ao final do ano, revelou esta terça-feira a autarquia liderada pelo socialista Vítor Eduardo Vítor Rodrigues.

“Trata-se de um sistema de transporte público que chega, pela primeira vez, a Vila Nova de Gaia, baseado no uso de autocarros elétricos e/ou hidrogénio com faixa de rodagem exclusiva, para evitar os congestionamentos do trânsito, com estações próprias, veículos novos e sistemas inteligentes de tráfego, num percurso integrado e flexível”, explica a autarquia, em resposta à agência Lusa.

Segundo a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, as obras da componente estrutural da primeira fase do metrobus, que ligam a estação de metro D. João II e a zona de Baiza (rua Condessa Paço Vitorino), já terminaram e a abertura oficial do corredor na Avenida Vasco da Gama/EN222 será assinalada na sexta-feira.

A partir de setembro, o corredor dedicado a autocarros será usado pela Feirense/Bus On Tour, operadora vencedora do lote Sul Poente (Vila Nova de Gaia e Espinho) do concurso público de transporte rodoviário de passageiros da Área Metropolitana do Porto (AMP).

“A título experimental, as viagens serão gratuitas de 1 de setembro a 31 de dezembro. Posteriormente, o serviço será integrado na bilhética Andante”, refere a autarquia.

Após a abertura oficial do corredor, irá decorrer a assinatura do protocolo de acompanhamento da segunda fase do projeto que fará a ligação entre os Arcos do Sardão e a rotunda de Avintes.

Em agosto de 2019, a Câmara de Vila Nova de Gaia anunciou que ia lançar um concurso internacional para a construção da primeira fase do corredor metrobus.

O investimento anunciado era de cerca de 3,8 milhões de euros e, segundo foi divulgado na altura, o projeto enquadrava-se na requalificação e reordenação total da Avenida Vasco da Gama, “um eixo viário municipal estruturante que liga diversas freguesias e se afigura como uma das vias mais importantes no panorama viário concelhio”.

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Metro Mondego volta a executar apenas metade do que tinha programado

  • Lusa
  • 11 Julho 2023

Metro Mondego, responsável pelo Sistema de Mobilidade do Mondego executou 49,8% daquilo que tinha programado para 2022; valor semelhante à taxa de execução registada em 2021.

A Metro Mondego, responsável pelo Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), teve uma taxa de execução de 49,8%, “bastante inferior ao projetado“, referiu a entidade responsável pelo SMM que está previsto entrar em funcionamento em 2024, entre Serpins (Lousã) e Coimbra.

“Importa referir que, para este diferencial, muito contribuíram sobretudo — mas não exclusivamente — duas limitações verificadas em 2022”, justificou a Metro Mondego. “Em primeiro lugar, destacam-se os atrasos verificados na publicação da RCM [resolução do Conselho de Ministros] que autorizou os investimentos estruturais; o que ajuda a explicar, consequentemente, uma dilação muito expressiva na consignação da empreitada de construção do PMO [Parque de Material e Oficinas] e na adjudicação do fornecimento do material circulante”, completou.

Para além dos atrasos na publicação da resolução do Conselho de Ministros, a entidade apontou também como fatores que contribuíram para a reduzida taxa de execução “os atrasos verificados na execução da empreitada da Baixa de Coimbra“.

Estamos crentes que, com a progressiva concretização destas intervenções, os habitantes da região de Coimbra começam finalmente a acreditar neste projeto, que é de importância vital para a qualidade de vida da população, para o desenvolvimento do território e para a sustentabilidade global.

João Marrana

Presidente da Metro Mondego

Na mensagem do presidente da Metro Mondego, presente no documento, João Marrana realçou também as dificuldades associadas à “conjuntura bastante adversa” face à guerra na Ucrânia.

Apesar dos constrangimentos, o responsável sublinhou que 2022 “foi, sem qualquer margem para dúvidas, um dos períodos da história do SMM em que se registou uma atividade mais intensa“.

“Estamos crentes que, com a progressiva concretização destas intervenções, os habitantes da região de Coimbra começam finalmente a acreditar neste projeto, que é de importância vital para a qualidade de vida da população, para o desenvolvimento do território e para a sustentabilidade global”, vincou João Marrana, no Relatório e Contas publicado recentemente na página de Internet da Metro Mondego.

O presidente sublinhou ainda que 2023 ficará também marcado pelo início do processo de contratação de recursos humanos necessários à operação do sistema, o lançamento de concursos relativos à manutenção de infraestruturas, limpeza de veículos, fiscalização de passageiros e concessão de publicidade.

“Igualmente relevante é o caminho que será necessário percorrer para oferecer uma tarifa intermodal comum, condição sine qua non para maximizar o impacto do SMM na mobilidade regional“, disse.

O SMM consiste na implementação de troços de via dedicada (com algumas exceções em Coimbra), onde vão circular autocarros elétricos que irão operar no antigo ramal ferroviário da Lousã, encerrado em janeiro de 2010, e na área urbana de Coimbra, ligando esta cidade a Serpins, no concelho da Lousã, com passagem em Miranda do Corvo, numa extensão de 42 quilómetros.

A operação no troço suburbano deve arrancar em junho de 2024 e na cidade de Coimbra no final desse mesmo ano.

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Benfica e Adidas lançam camisola de Lisboa para o mundo com criatividade d’O Escritório

Produzido pelo Canal 180 e realizado por Gustavo Imigrante, o filme d'O Escritório é uma homenagem aos adeptos benfiquistas espalhados pelos cinco continentes.

Para os 11 que jogam lá dentro e os milhões que torcem lá fora” é o conceito da campanha com a qual o Benfica e a Adidas vão dar a conhecer a camisola alternativa para a época 23/24.

Na nova camisola surgem em destaque cinco riscas coloridas, que representam os cinco continentes. O equipamento pretende, então, celebrar a diversidade cultural de um clube que nasceu em Lisboa e que, atualmente, tem sócios em 107 países e milhões de fãs em todo o mundo, explica O Escritório, agência que assina o filme.

Uma parceria entre o clube e a Adidas, a campanha apresenta a camisola através da voz de Dino d’Santiago, músico português de ascendência cabo-verdiana. Angel Di Maria também surge no filme. O regressado campeão mundial aparece “em representação de todos aqueles que, não tendo nascido benfiquistas, passam a sê-lo depois de passarem pelo clube e levam-no consigo para sempre”.

Para os 11 que jogam lá dentro e os milhões que torcem lá fora visa homenagear os adeptos benfiquistas espalhados pelos cinco continentes, uma ideia que se materializa de resto nas riscas da camisola alternativa para esta época. Pela tração que tem no mundo da lusofonia, pela transversalidade da sua música, pela sua energia agregadora e pelo seu benfiquismo, o Dino d’Santiago pareceu-nos a voz certa para entregar esta mensagem”, explica ao +M Nuno Jerónimo, co-fundador e diretor criativo d’O Escritório.

O filme foi produzido pelo Canal 180 e realizado por Gustavo Imigrante.

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Treze têxteis portuguesas voam até Milão para conquistar mercado italiano

A comitiva portuguesa, composta por 13 empresas, pretende atrair clientes estrangeiros e mostrar as últimas novidades em mais uma edição da Milano Unica.

Treze empresas portuguesas voaram até Milão para marcar presença em mais uma edição da Milano Unica, que decorre de 11 a 13 de julho. A Albano Morgado, Casa da Malha, CFM, Fitecom, Lemar, Magma Têxtil, Matias Araújo, MGL e Sidónios, Paulo de Oliveira, Penteadora, Somelos e Riopele levam até à cidade italiana as últimas novidades de um dos setores mais antigos de Portugal.

“Considerada por muitos a feira de referência do setor, em parte pelo facto de decorrer em Milão, cidade da moda italiana, a Milano Unica regressa para mais uma edição de peso. Com ela, como já vai sendo habitual”, leva uma “comitiva portuguesa composta por 13 empresas”, realça a Selectiva Moda, em comunicado.

A participar na Milano Unica desde a década de 80, para a TMG Textiles este é um certame incontornável por diversas razões. “A presença na feira é acima de tudo um ponto de encontro com os nossos clientes. Um momento chave para apresentação das principais novidades e fatores diferenciadores da nossa coleção AW24”, diz Pedro Silva R&D manager da empresa portuguesa, citado em comunicado.

Considerada por muitos a feira referência do setor, em parte pelo facto de decorrer em Milão, cidade da moda italiana, a Milano Unica regressa para mais uma edição de peso. Comitiva portuguesa [é] composta por 13 empresas.

Selectiva Moda

A Lemar, que participa no evento há mais de dez anos, vai aproveitar a feira para mostrar aos potenciais clientes a inovação em tecidos sustentáveis. “Sendo o mercado italiano uma das nossas principais áreas de negócio, selecionamos para Milão as propostas com as fibras mais inovadoras do mercado e que nos colocam na vanguarda deste contexto”, explica Flávio Dias, export manager da empresa. “Nesta edição em particular vamos apresentar as novas gamas feitas com fios das marcas Biocare, By Nature, EVO, Qcycle e Ciclo”, acrescenta em comunicado.

À semelhança da Lemar, a CFM que conta com mais de 12 participações na Milano Unica e privilegia as matérias sustentáveis, espera no evento encontrar clientes italianos, franceses, americanos, canadianos e também compradores do Norte da Europa. Para Francisco Rosas, head of design and business development da empresa, a feira “é a mais importante manifestação internacional para apresentar coleções e conhecer marcas, produtores Italianos, e internacionais”.

A Matias Araújo de Barcelos está na feira em Milão pela primeira vez. A representante Carla Silva acredita que “participar na feira pode oferecer a oportunidade de estabelecer contactos comerciais valiosos, encontrar novos clientes e expandir nossa rede de negócios”. Por essa razão a empresa, que participou também na última edição da PV Paris, leva uma coleção que promete chamar à atenção dos potenciais clientes da Europa. “O tema da nossa coleção AW25 este ano é “Nature Inspire Us!””.

Também a estrear-se na Milano Unica está a Magma Têxtil que tem como principal objetivo captar potenciais clientes italianos. “O mercado italiano é conhecido pelo seu know-how e grande qualidade. Assim queremos posicionar a nossa empresa como capaz de responder às necessidades das grandes marcas italianas e outros nomes internacionais que a feira agrega”, defende Joana Guimarães, designer na Magma Textil Group, citado em comunicado.

A participação das PME portuguesas na Milano Unica é uma iniciativa da Seletiva Moda e da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), que visa promover a internacionalização das empresas portuguesas da área do setor têxtil.

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Rui Moreira diz que redesenho da rede da STCP deverá estar consensualizado em 2025

  • Lusa
  • 11 Julho 2023

Rui Moreira diz que o redesenho da rede da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) para o núcleo central da Área Metropolitana deverá estar consensualizado no início de 2025.

“No início de 2025, em princípio, temos uma nova rede consensualizada” da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) para o núcleo central da Área Metropolitana (AMP), avançou o presidente da autarquia portuense, Rui Moreira, durante a sessão da Assembleia Municipal, que decorreu esta segunda-feira a noite.

Questionado pelo eleito do BE, Rui Nóvoa, sobre o projeto e a necessidade da STCP “alargar a novas zonas de operação”, Rui Moreira esclareceu que o redesenho da rede para o núcleo central da AMP está, neste momento, a ser estudado com os municípios de Gondomar, Maia, Matosinhos, Valongo e Vila Nova de Gaia.

O autarca independente adiantou ainda que, face à intenção de tornar elétrica a frota da STCP, o objetivo será tornar a nova rede e, consequentemente, os seus percursos entre os cinco municípios e o Porto “mais retilíneos”.

Publicada no final de março, a Estratégia e Prioridades de Ação da AMP sugere, até 2030, o redesenho da rede da STCP para acomodar a rede metropolitana de autocarros, abrindo também a porta à criação de novos corredores de elétrico.

“No núcleo central da AMP há uma subutilização do transporte coletivo rodoviário, pelo que será essencial o planeamento de uma nova rede de autocarros urbanos (STCP) em articulação com os serviços de ligação das unidades de concessão à cidade central”, pode ler-se no documento, datado de setembro do ano passado.

Numa das linhas de atuação da AMP, é mesmo sugerido o “redesenho da rede da STCP para o núcleo central da AMP, considerando a necessidade de dotar a cidade compacta de um serviço fiável, rápido, com frota ajustada, de caráter regular e personalizado/flexível, e estrategicamente acordado com as concessões envolventes no que respeita à política de acessos em transporte público ao(s) centro(s) das cidades de Porto, Matosinhos e Vila Nova de Gaia”.

Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP)Hugo Amaral/ECO

 

A AMP assume que, “nas últimas duas décadas, os programas formatados com o objetivo de minimizar o impacte da mobilidade no meio ambiente, de diminuir o congestionamento automóvel nas cidades e a dependência em geral dos cidadãos relativamente ao carro próprio não têm tido os resultados pretendidos”.

“É essencial ao próximo ciclo de planeamento/investimentos reprogramar as unidades de concessão do transporte rodoviário coletivo, dotando-as de um plano de rede estruturada — mais do que o simples somatório de linhas pré-existentes — e que englobe soluções regulares e flexíveis tendo em vista o aumento da eficácia e da eficiência da oferta”, pode ler-se no texto.

Recorde-se que está previsto para este ano o arranque da nova rede metropolitana de autocarros, que operará sob a marca UNIR nos municípios da Área Metropolitana exceto no Porto, onde a STCP detém exclusividade.

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Confiança dos investidores na Alemanha cai em julho

  • Lusa
  • 11 Julho 2023

Em julho, a confiança dos investidores na Alemanha caiu, numa altura em que os investidores e os especialistas do mercado financeiro esperam que a economia se deteriore ainda mais até ao final do ano.

A confiança dos investidores caiu na Alemanha em julho, enquanto os investidores e os especialistas do mercado financeiro esperam que a economia alemã se deteriore ainda mais até ao final do ano.

O centro de investigação económica europeia (ZEW) informou esta terça-feira que o seu índice de confiança no investimento caiu 6,2 pontos para -14,7 em julho. A avaliação da situação atual piorou face ao mês anterior, em três pontos, para -59,5 em julho.

“Os especialistas do mercado financeiro esperam uma nova deterioração da situação económica no final do ano”, devido à subida das taxas de juro de curto prazo na zona euro e nos Estados Unidos, afirmou o presidente do centro ZEW, Achim Wambach.

“Além disso, importantes mercados de exportação, como a China, parecem bastante fracos”, segundo Wambach.

Consequentemente, é provável que os setores industriais suportem o peso da recessão económica e que as expectativas de lucro nestas indústrias de exportação voltem a cair substancialmente, acrescentou Wambach.

As expectativas na Zona Euro pioraram ligeiramente em julho.

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Costa justifica incumprimento da meta de despesa militar com crescimento do PIB

À chegada à cimeira da NATO, António Costa garantiu que Portugal vai cumprir ainda este ano a meta de ter 20% da despesa militar alocada ao reforço do equipamento militar.

O primeiro-ministro justificou esta terça-feira o incumprimento do objetivo do Governo de alcançar 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em investimentos no setor da Defesa com o crescimento da economia portuguesa no ano passado e este ano.

“Estamos a convergir para esse objetivo”, garantiu António Costa, em declarações transmitidas pela RTP3, a partir de Vilnius, na Lituânia, onde decorre a cimeira da NATO, justificando o atraso com o facto de o “crescimento da economia portuguesa em 2022, e agora em 2023, estar a ser superior” às expectativas. “Quando o PIB cresce mais e mais rápido do que aquilo que esperamos nem sempre podemos ajustar o ritmo da Defesa“, sublinhou.

“Tenho chamado a atenção que um indicador que é indexado ao PIB obviamente que em momentos de instabilidade económica como os que vivemos nos últimos anos é depois muito sensível a essa variação”, justificou o chefe de Governo, acrescentando que “a NATO compreende perfeitamente essa tendência”.

Não obstante, o primeiro-ministro realçou que há uma outra meta, na qual “Portugal estava muito atrasado” — ter, pelo menos, 20% da despesa despesa militar alocada ao reforço do equipamento militar –, que vai ser cumprida já este ano. “Esse objetivo vamos alcançar já este ano e isso é uma mudança muito significativa”, rematou.

À chegada à cimeira da NATO, o primeiro-ministro realçou ainda não havia “melhor maneira” de começar o encontro com três boas notícias, entre as quais a adesão da Suécia à Aliança Transatlântica, o facto de ter sido aceite “uma proposta de Portugal para dar uma atenção muito significativa a todo o flanco sul da NATO” e a “unidade de todos” no apoio à Ucrânia.

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Euribor sobe a seis meses, toca novo máximo a três meses e cai a 12 meses

  • Lusa
  • 11 Julho 2023

As taxas Euribor subiram a três e a seis meses, no prazo mais curto para um novo máximo desde novembro de 2008, e desceram a 12 meses.

As taxas Euribor subiram hoje a três e a seis meses, no prazo mais curto para um novo máximo desde novembro de 2008, e desceram a 12 meses.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou hoje para 4,184%, menos 0,006 pontos, depois de ter avançado até 4,193% em 07 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 41% do ‘stock’ de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representavam 33,7% e 22,9%, respetivamente. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,862% em maio para 4,007% em junho, mais 0,145 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 07 de julho de 2022, avançou hoje, ao ser fixada em 3,940%, mais 0,009 pontos, depois de ter subido em 07 de julho até 3,945%, também um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,682% em maio para 3,825% em junho, mais 0,143 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu hoje para 3,672%, mais 0,011 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a três meses subiu de 3,372% em maio para 3,536% em junho, ou seja, um acréscimo de 0,164 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 15 de junho, o BCE voltou a subir os juros, pela oitava reunião consecutiva, em 25 pontos base – tal como em 04 de maio -, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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