Reditus volta a adiar publicação de resultados do primeiro semestre de 2022

  • Joana Abrantes Gomes
  • 12 Dezembro 2023

Empresa prevê publicar resultados do primeiro semestre deste ano “dentro dos 60 dias subsequentes à aprovação dos relatórios e contas, individuais e consolidadas, do exercício de 2022”.

Pela terceira vez, a Reditus adiou o seu calendário de publicação de resultados, prevendo agora divulgar as contas do primeiro semestre de 2022 no dia 12 de janeiro do próximo ano, indicou a empresa, em comunicado enviado esta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Os resultados do ano de 2022, por sua vez, deverão ser publicados “no prazo de até 30 dias após a divulgação dos resultados relativos ao primeiro semestre”.

No que diz respeito aos resultados da primeira metade deste ano, a empresa “prevê proceder à publicação” dentro “dos 60 dias subsequentes à aprovação dos relatórios e contas, individuais e consolidadas, do exercício de 2022”.

Em novembro, a Reditus estimava publicar as contas do primeiro semestre do ano passado até esta segunda-feira, 11 de dezembro. Antes, o prazo para a publicação das contas já tinha sido atrasado de 6 de outubro para 10 de novembro.

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Ordem dos Médicos considera veto a alterações ao Estatuto decisão “muito ajustada”

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2023

Bastonário considerou que a aprovação do decreto foi "um processo muito confuso, muito precipitado" e, por isso, considera "razoável" o veto presidencial às alterações ao estatuto dos médicos.

O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) considerou esta terça-feira o veto do Presidente da República às alterações ao estatuto da Ordem “uma decisão muita ajustada” ao processo que foi desenvolvido de “forma muito caótica” e “muito impreparada”. Numa nota sobre o decreto que altera o Estatuto da Ordem dos Médicos, Marcelo Rebelo de Sousa informa que decidiu vetá-lo depois de ouvido o bastonário, Carlos Cortes.

Comentando a decisão, Carlos Cortes disse à agência Lusa que foi “uma decisão muito razoável, muito ajustada àquilo que tem sido o processo que foi desenvolvido de forma muito impreparada da parte do Governo e da parte da Assembleia da República em que, em primeiro lugar, não foram respeitados os compromissos assumidos pelo Governo com a Ordem dos Médicos”.

Segundo o bastonário, houve um entendimento sobre o estatuto que não foi respeitado depois na Assembleia da República, que, “apesar de não ser o Governo, há uma maioria absoluta do partido do Governo”.

Carlos Cortes considerou que a aprovação do decreto foi “um processo muito confuso, muito precipitado, em que no próprio dia da votação (…) os deputados reconheciam que o estatuto merecia correções, merecia melhorias mas que a celeridade que se tinha de dar ao processo não permitiu que isso acontecesse. Com esta decisão, o Presidente da República deu a oportunidade ao parlamento de corrigir o que o próprio reconheceu que não estava bem”.

“E acrescentou três aspetos que eu próprio comuniquei na altura ao Presidente da República, entre outros, mas que são importantes, um deles a questão da ingerência na autorregulação da profissão médica”, adiantou. “A Ordem dos Médicos tem a incumbência de defender a qualidade dos cuidados de saúde e há aqui uma ingerência do Governo, nomeadamente do Ministério da Saúde, que tem depois que validar todas as recomendações técnicas da Ordem dos Médicos e isso não faz sentido absolutamente nenhum”, criticou.

Outro aspeto prende-se com “a transferência das competências em matéria de formação médica para o Ministério da Saúde”, o que segundo o bastonário seria “algo absolutamente catastrófico para a formação médica em Portugal”. Por fim, apontou a questão do ato médico: “Não houve clarificação, como a Ordem dos Médicos pediu, do ato médico e o Presidente da República também encontrou aqui insuficiências. Daí ter vetado, e muito bem, este diploma”.

Carlos Cortes defendeu ainda que a questão do Estatuto e a independência da OM é importante, por exemplo, no processo das gémeas do Hospital de Santa Maria, em que podem estar envolvidos médicos que têm intervenção na política.

“A independência da Ordem dos Médicos é absolutamente crucial para precisamente poder ter a sua intervenção, a sua ação, em termos de autorregulação em termos de disciplinares, e neste caso, sem que haja interferência externa, sem que haja interferência, como infelizmente a proposta do Governo e da Assembleia da República demonstra, que é a tentativa do Governo de pôr a mão sobre as ordens profissionais e, neste caso em concreto, sobre a ordem dos médicos”, criticou.

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Santander Totta cumpre “plenamente” requisitos mínimos prudenciais do BCE

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2023

O banco indica que cumpre "plenamente" os requisitos da autoridade de Frankfurt, considerando os rácios de capital registados em 30 de setembro de 2023.

O Santander Totta anunciou esta terça-feira que, tendo em conta o observado a 30 de setembro deste ano, cumpre “plenamente” os requisitos mínimos prudenciais exigidos pelo Banco Central Europeu em matéria de CET1, T1 e rácio total, segundo um comunicado ao mercado.

Na nota, divulgada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco informou da “decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre os requisitos mínimos prudenciais de capital, a serem observados em 2024 em base consolidada ao nível da Santander Totta SGPS, S.A., baseada nos resultados do processo de análise e avaliação pelo supervisor”.

Além disso, indicou, “o Banco de Portugal comunicou a reserva adicional que é exigida à Santander Totta SGPS, S.A. na qualidade de ‘outra instituição de importância sistémica’”.

Segundo o banco, “da conjugação destas duas decisões” resultam os “requisitos mínimos de fundos próprios que deverão ser observados, a partir da referida data, em rácio determinado em função dos ativos ponderados pelo risco (RWA)”.

Segundo o banco, “a Santander Totta, SGPS, S.A., cumpria plenamente, considerando os rácios de capital (‘fully loaded’) registados em 30 de setembro de 2023, os requisitos definidos, em termos de CET1 (Common Equity Tier 1), de Tier 1 e rácio total, indicou.

Assim, os rácios a cumprir são de 8,428% para o CET1, de 10,238% em T1 e de 12,650% em rácio total. Em setembro, o CET1, T1 e total eram, respetivamente, de 16,27%, 18,89% e 20,68%.

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Sacyr ganha concurso de 46 milhões para manutenção de ferrovia em Portugal

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2023

O contrato, "localizado no centro e sul do país, ascende a 46 milhões de euros durante um período de três anos, prorrogáveis por outros dois", revelou o grupo espanhol.

O grupo espanhol Sacyr ganhou nos últimos meses vários contratos de manutenção de vias ferroviárias em Espanha e Portugal num valor global de 158,5 milhões de euros, anunciou esta terça-feira a empresa.

No caso de Portugal, segundo um comunicado da empresa, a Infraestruturas de Portugal (IP) adjudicou à Sacyr Neopul (uma filial do grupo Sacyr) e à EIP a manutenção de 932 quilómetros de linha ferroviária, “nas especialidades de via e catenária”.

“Este contrato, localizado no centro e sul do país, ascende a 46 milhões de euros durante um período de três anos, prorrogáveis por outros dois”, revelou a Sacyr.

Em Espanha, a Sacyr ganhou vários contratos da Adif, a empresa responsável pelas infraestruturas ferroviárias do país, com um valor de 112,5 milhões de euros.

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Stellantis Mangualde conseguiu melhor ano de produção de sempre até novembro

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2023

Até novembro, "a produção aumentou 10% em relação ao ano passado e supera os 77.607 veículos fabricados em 2019, que era, até à data, o melhor ano de produção da fábrica”, indica a empresa.

A Stellantis Mangualde anunciou esta terça-feira que produziu 78.541 viaturas entre janeiro e novembro deste ano, o que representa o seu maior volume de produção de sempre. “Nos primeiros onze meses do ano, a produção aumentou 10% em relação ao ano passado e supera os 77.607 veículos fabricados em 2019, que era, até à data, o melhor ano de produção da fábrica”, referiu a Stellantis, em comunicado.

Atualmente, a fábrica de Mangualde, no distrito de Viseu, assegura a produção dos veículos comerciais ligeiros e versões de passageiros Peugeot Partner/Rifter, Citroën Berlingo Van/Berlingo, Opel Combo Cargo/Combo e Fiat Professional Doblò/Doblò.

De acordo com a Associação Automóvel de Portugal (ACAP), a fábrica representa, até agora, 26,3% dos veículos produzidos no país, destinando-se 95% desse volume ao mercado de exportação. “Este resultado é fruto do empenho e dedicação da nossa equipa de profissionais, mas também do processo contínuo de modernização das instalações e otimização do processo produtivo”, considerou o diretor do Centro de Produção de Mangualde da Stellantis, Christian Teixeira.

A partir do próximo ano, a Stellantis Mangualde começará a produzir, em grande série, carros totalmente elétricos das marcas Citroën, Fiat, Opel e Peugeot (modelos Citroën ë-Berlingo Van /ë-Berlingo, Fiat Professional e-Doblò/e-Doblò, Peugeot E-Partner/E-Rifter, Opel Combo Cargo Electric e Combo Electric), nas versões de comerciais ligeiros e de passageiros.

“Tal será possível graças à transformação e modernização em curso na fábrica, com novas instalações e otimização da área industrial, num investimento de 30 milhões de euros”, explicou a empresa. No âmbito do plano estratégico “Dare Forward 2030” está também prevista uma “redução drástica em metade das emissões de CO2 (dióxido de carbono) até 2030, face às métricas de 2021”, com o objetivo de atingir a neutralidade carbónica até 2038.

“O Centro de Produção de Mangualde está a contribuir para a redução das emissões de CO2, não só em termos de produção de veículos elétricos, mas também através dos seus diferentes processos produtivos e ao longo de toda a cadeia de valor”, frisou Christian Teixeira. O responsável apontou como exemplos “a utilização de energias sustentáveis e a implementação de um parque fotovoltaico para autoconsumo, permitindo evitar 2.500 toneladas de emissões anuais” de dióxido de carbono.

“Além disso, temos o objetivo de desenvolver novos projetos na área das energias verdes, e para isso estão a ser estudadas mais soluções baseadas na energia eólica ou no domínio do hidrogénio”, avançou. O Centro de Produção de Mangualde foi a primeira fábrica de montagem de automóveis estabelecida em Portugal, em 1962. Já produziu mais de 1,5 milhões de veículos, de 24 modelos diferentes.

Com cerca de 900 colaboradores divididos por três turnos, este centro produz uma média de 363 viaturas por dia.

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Paulo Raimundo rejeita que PS seja o principal inimigo do PCP

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2023

"Deixemo-nos de hipocrisia e cinismo. Está tudo em campanha. Ainda ontem, o primeiro-ministro deu o pontapé de saída de grande fulgor em campanha eleitoral", disse o secretário-geral do PCP.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, recusou esta terça-feira ver o Partido Socialista como principal inimigo, mas disse não poder minimizar as políticas socialistas “tomadas por opção”.

O PCP não vê nenhum inimigo no PS, muito menos o inimigo principal. Agora, não peçam ao PCP para minimizar as opções políticas do PS, que as tomou por sua opção”, afirmou Paulo Raimundo, quando questionado sobre o conselho dado pelo primeiro-ministro naquela que foi a sua despedida do parlamento na segunda-feira.

À margem da sessão “Pelo direito à habitação”, no Porto, o secretário-geral do PCP considerou que o primeiro-ministro demissionário “decidiu ontem [segunda-feira] entrar em campanha eleitoral e entrou a pés juntos”. “Entrou à tarde a dizer que o PCP escolhe o PS como seu inimigo e depois entrou à noite a tentar procurar recuperar um conjunto de medidas importantes que, no fundamental, correspondem a medidas do PCP”, referiu.

Questionado sobre o facto de alguns ministros em funções estarem em campanha eleitoral, Paulo Raimundo assegurou estar “tudo em campanha”. “Deixemo-nos de hipocrisia e cinismo. Está tudo em campanha. Ainda ontem, o primeiro-ministro deu o pontapé de saída de grande fulgor em campanha eleitoral. Está tudo em campanha, uns com capa de ministro, outros sem capa de ministro”, acrescentou.

Quanto à possibilidade de o PCP estabelecer um acordo pós-eleitoral com o PS, como sugerido pelo candidato a secretário-geral Pedro Nuno Santos, Paulo Raimundo assegurou que se for para “fazer a política dos últimos dois anos” não contarão com o seu partido.

“Para fazer esta política dos últimos dois anos do PS? É para pôr a assinatura por baixo do PCP para continuar a despejar pessoas na rua? Para aumentar as rendas? Não fazer nada sobre o aumento das prestações? Para isso não, para isso não contam com o PCP, isso é clarinho. Não andamos cá com meias tintas”, afirmou.

Durante a sessão, que decorreu na Associação de Moradores da Zona do Campo Alegre, o secretário-geral do PCP ouviu os testemunhos de algumas pessoas que, face ao aumento do custo de vida, perderam as suas casas ou tiveram dificuldades em encontrar respostas habitacionais que pudessem suportar.

Questionado se a instabilidade na vida das pessoas iria aumentar nos próximos três meses, Paulo Raimundo lembrou que a mesma não começou a 7 de novembro, dia em que o primeiro-ministro apresentou a sua demissão, mas “há anos”. “Se não houver uma alteração de políticas, que estamos confiantes que terá de haver com o reforço do PCP e CDU, então vai-se prolongar não só nos próximos três meses, como nos próximos seis meses”, acrescentou.

Paulo Raimundo disse ainda não querer “alimentar falsas polémicas” relativamente à decisão do Presidente da República ao aceitar a demissão de António Costa, considerando que a culpa da atual situação política é do Governo.

O primeiro-ministro demitiu-se, o Presidente da República aceitou a demissão, vai dissolver a Assembleia da República e estão marcadas eleições legislativas para 10 de março. Em última instância, quem decide é o Presidente da República, mas não decide sozinho. Teve duas conversas com o primeiro-ministro, portanto, as responsabilidades têm de ser repartidas”, referiu.

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UE condena realização de presidenciais russas nos territórios ucranianos ocupados

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2023

"A Rússia não tem qualquer base legítima para levar a cabo tal ação no território internacionalmente reconhecido da Ucrânia", acrescentou Borrell.

A União Europeia (UE) condenou esta terça-feira veementemente a “nova tentativa” russa para legitimar a anexação “temporária e ilegal” dos territórios ucranianos, após Moscovo marcar eleições presidenciais para março de 2024, envolvendo as regiões tomadas à Ucrânia.

A UE condena veementemente esta nova tentativa da Rússia de legitimar a anexação temporária e ilegal dos territórios da Ucrânia. As chamadas ‘eleições’ violam grosseiramente a Carta das Nações Unidas e a independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia”, sublinhou, em comunicado, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

“A Rússia não tem qualquer base legítima para levar a cabo tal ação no território internacionalmente reconhecido da Ucrânia”, acrescentou Borrell, lembrando que, segunda-feira, a Comissão Eleitoral Central da Rússia decidiu organizar as presidenciais de 15 a 17 de março de 2024 também nos “territórios da Ucrânia que a Rússia ocupou temporariamente em flagrante violação do direito internacional”.

Para o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, a UE “nunca reconhecerá a realização das chamadas ‘eleições’ russas” ou os seus resultados nos territórios da Ucrânia. “Os dirigentes políticos russos e as pessoas envolvidas na sua organização enfrentarão as consequências destas ações ilegais. A UE reafirma o apoio inabalável à independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia e ao seu direito inerente de autodefesa”, acrescentou.

A Crimeia, Kherson, Zaporijia, Donetsk e Lugansk, frisou Borrell, “são parte integrante da Ucrânia”, razão pela qual a Rússia “deve retirar imediata, completa e incondicionalmente” todas as suas tropas e equipamento militar de “todo o território da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”. “A União Europeia continuará a prestar um forte apoio financeiro, económico, humanitário, militar e diplomático à Ucrânia para combater a agressão russa”, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, concluiu Borrell.

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Hungria mantém veto à abertura de negociações com Ucrânia para adesão à UE

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2023

O executivo de Budapeste mantém a sua posição, apesar da "pressão da maioria dos Estados-membros".

A Hungria confirmou esta terça-feira o bloqueio à integração europeia da Ucrânia e levará a questão para a mesa dos líderes que se reúnem quinta e sexta-feira em Bruxelas, numa cimeira convocada para abrir as negociações para a adesão ucraniana. “Conseguimos evitar a decisão de abrir negociações de adesão com a Ucrânia”, escreveu o secretário de Estado húngaro para a Comunicação Internacional, Zoltan Kovacs, nas redes sociais, após uma reunião dos ministros dos Assuntos Europeus, em Bruxelas, para discutir a questão.

Desta forma, Budapeste mantém o seu veto, em contraste com a opinião do resto dos Estados-membros do bloco, que pedem que a recomendação da Comissão Europeia seja seguida e que as negociações comecem na primavera de 2024. O conselheiro do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, garantiu que o executivo de Budapeste mantém a sua posição, apesar da “pressão da maioria dos Estados-membros”, congratulando-se com o facto de a decisão final ser tomada pelos líderes europeus na cimeira.

Segundo Kovacs, existe uma “falta de preparação” por parte da Comissão Europeia sobre o impacto da adesão da Ucrânia à União Europeia (UE) e o estatuto das minorias nacionais nos países candidatos, insistindo que as negociações com os Balcãs, Bósnia, Geórgia e Moldova devem avançar. Há várias semanas que Orbán ameaça vetar qualquer decisão sobre a adesão da Ucrânia, bem como o apoio militar e financeiro na cimeira de líderes, alegando que a política da UE em relação a Kiev não está a funcionar e que precisa de ser ajustada.

Orbán critica também a alegada discriminação contra a minoria húngara na Ucrânia ocidental. Antes da reunião, a maioria dos responsáveis pela pasta dos Assuntos Europeus alertou para o facto de a credibilidade do bloco estar em risco se não mantiver a palavra em relação à Ucrânia, com alguns membros a denunciarem o papel da Hungria.

O ministro dos Negócios Estrangeiros luxemburguês, Xavier Bettel, criticou a atitude de Orbán, afirmando que a UE “não é um souk [bazar]”. “Não se dá uma coisa por outra e negoceia-se por um preço. Há regras e se há um veto tem de ser justificado. Ainda estou à espera de razões reais para vetar”, defendeu Bettel, referindo-se à posição de Budapeste.

Entretanto, a Ucrânia referiu-se à possível abertura de negociações com a UE como “a mãe de todas as decisões” e disse que haveria “consequências devastadoras” se o Conselho Europeu não der luz verde a Kiev no seu caminho para a UE. A ameaça de veto húngaro ao apoio financeiro e às negociações formais para adesão da Ucrânia motivará um Conselho Europeu difícil em Bruxelas, apesar de os líderes quererem fechar esses dossiês ainda este ano.

A reunião, que será decisiva para os chefes de Estado e de Governo da UE, decorrerá após vários meses de contestação de Budapeste à suspensão de fundos europeus pela violação do Estado de direito, que deram origem a dois bloqueios em recentes cimeiras europeias em conclusões relativas às migrações.

Mas, nas últimas semanas, os avisos da Hungria subiram de tom em cartas enviadas por Orbán ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, exigindo uma “discussão franca e aberta sobre a viabilidade dos objetivos estratégicos da UE na Ucrânia”, pedido que tem por base o ceticismo sobre as minorias húngaras em território ucraniano e a corrupção existente no país, mas sobretudo uma questão não relacionada com Kiev, que se prende precisamente com as verbas comunitárias que foram suspensas a Budapeste.

Esta poderá ser, por isso, “uma cimeira europeia difícil”, salientaram fontes comunitárias na antevisão do encontro, salientando que, além da questão da adesão, estará em cima da mesa a criação de uma reserva financeira de 50 mil milhões de euros para apoiar a modernização e reconstrução da Ucrânia, país alvo de uma ofensiva militar russa desde fevereiro de 2022.

Na cimeira europeia será discutido o início das negociações formais para a adesão da Ucrânia à UE, depois de a Comissão Europeia ter recomendado, em meados de novembro, que o Conselho avance face aos esforços feitos por Kiev para cumprir requisitos sobre democracia, Estado de direito, direitos humanos e respeito e a proteção das minorias, embora impondo condições como o combate à corrupção.

Bruxelas vincou que a Ucrânia, que obteve estatuto de país candidato em meados de 2022, tem de fazer progressos que serão avaliados num relatório a publicar em março de 2024.

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António Costa muda de discurso e já admite regresso à vida política

No espaço de pouco mais de um mês, desde o pedido de demissão, o primeiro-ministro endureceu as críticas a Marcelo e à PGR e voltou a ser amigo de Lacerda Machado, arguido na Operação Influencer.

Há dois Antónios Costa: o do humilde pedido de demissão e o do demitido já de cabeça erguida, a disparar contra Marcelo e disposto a voltar à cena política, provavelmente já num palco europeu, quando este ciclo terminar. No espaço de pouco mais de um mês, entre o anúncio da exoneração e a entrevista desta segunda-feira à CNN Portugal, o discurso do primeiro-ministro mudou: tornou-se mais duro e acutilante, mas também “frustrado” e “magoado”.

Do “obviamente” demite-se, a 7 de novembro, com a convicção de que é “evidente que esta é uma etapa da vida que se encerrou”, o primeiro-ministro demissionário, António Costa, desamigou e voltou a amigar Lacerda Machado, arguido na Operação Influencer, criticou a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Presidente da República, responsabilizando-o por uma eventual “barafunda” de direita, como a dos Açores, que resulte das eleições antecipadas, e já admite regressar à vida política, quando o processo judicial terminar, confiante de que sairá inocente.

Ainda assim, o primeiro-ministro continua conformado e reconhece que teria apresentado a demissão mesmo sem o parágrafo da PGR que o envolveu na investigação sobre suspeitas de corrupção ligadas aos negócios do lítio, hidrogénio verde e do centro de dados de Sines. O caso dos 75 mil euros em numerário escondidos no escritório do seu então chefe de gabinete, Vítor Escária, arguido na Operação Influencer, seria motivo suficiente para António Costa pedir a demissão, revelou, em entrevista à estação televisiva.

Sem este facto, António Costa ainda estaria em plenas funções e o País não iria para umas eleições antecipadas: “Provavelmente teria aguardado pela avaliação do juiz de instrução do conjunto de indícios que existia. Como sabe, em menos de uma semana o juiz de instrução concluiu que várias das suspeitas que existiam não foram indiciadas”.

Um mês antes, a 7 de novembro, o primeiro-ministro não questionava sequer a PGR: “Obviamente apresentei a minha demissão ao Presidente da República. Fui surpreendido com a informação oficialmente confirmada pelo gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral República que já foi ou irá ser instaurado um processo-crime contra mim. Estou totalmente disponível para colaborar com a justiça em todo o que é necessário para apurar toda a verdade”.

A partir da residência oficial do primeiro-ministro, revelou que iria sair da cena política: “Esta é uma etapa da vida que se encerra e que encerro com a cabeça erguida, de consciência tranquila e com a mesma determinação de servir Portugal e os portugueses. Não, não me vou recandidatar ao cargo de primeiro-ministro”.

Logo no sábado seguinte, a 11 de novembro, António Costa convocou a comunicação social para justificar a importância da ação política na agilização de investimentos importantes no País, tentando assim desvalorizar as suspeitas de corrupção do Ministério Público.

Nas declarações aos jornalistas, confessou que, afinal, Lacerda Machado não era seu amigo, porque “um primeiro-ministro não tem amigos”, reforçando a ideia de que, “com a duração previsível deste processo judicial, não exercerei, com grande probabilidade, mais qualquer cargo público”.

Ora estas declarações já mudaram, tendo António Costa dado o dito pelo não dito. Ainda antes da entrevista à CNN Portugal, na passada quinta-feira, dia em que Marcelo assinou o decreto da demissão, o primeiro-ministro já admitia regressar à vida política: “Aguardemos simplesmente que a justiça cumpra a sua missão. Quando a cumprir, logo veremos se ainda há tempo para a política. Logo veremos, nessa altura, se ainda há tempo para a política”.

Ambição europeia?

A ambição de chegar a um alto cargo na Europa, como presidente do Conselho Europeu, ainda existe. Mas as eleições são já em junho do próximo ano. Se, até lá, António Costa for completamente ilibado das suspeitas de corrupção, poderá, eventualmente, aspirar a tal promoção. Mas, tendo em conta a lentidão da justiça, essa expectativa ficará frustrada, muito provavelmente.

Em relação à amizade com Lacerda Machado, parece que os dois já reataram. Depois de ter dito que “um primeiro-ministro não tem amigos”, afirmou, em entrevista à estação de Queluz de Baixo, que voltou a ser amigo de Lacerda Machado: “Sim, é meu amigo”.

Já demitido e apenas em modo de gestão, António Costa deixou para trás a humildade e endureceu o discurso, disparando contra Marcelo Rebelo de Sousa e a procuradora-geral da República, Lucília Gago.

Atirou contra o Chefe do Estado por ter decidido dissolver o Parlamento em vez de permitir a formação de um novo Governo do PS, eventualmente liderado pelo atual Governador do Banco de Portugal, Mário Centeno: “Devia ter-se feito tudo menos uma crise política. O Presidente fez uma avaliação errada e só espero que das eleições de março resulte uma situação mais estável do que a que temos hoje”.

Costa considera, agora, que Marcelo está refém dos resultados que saírem de 10 de março, responsabilizando-o por uma eventual “barafunda”, termo que usou para designar o acordo de incidência parlamentar de direita nos Açores que empurrou a região autónoma para umas eleições antecipadas, na sequência do chumbo do orçamento regional para 2024.

“Obviamente, todos nós, com cada decisão que tomamos, somos depois julgados necessariamente pelos resultados das nossas decisões. Eu acho, sinceramente, que o Presidente da República tinha todas as condições para encontrar uma solução alternativa que poupasse o País a esta crise, tenho a certeza absoluta de que quem nos está a ouvir em casa não deseja ir a eleições”, afirmou.

Para António Costa, o Presidente “errou”: “Não conheço nenhum manual de Direito Constitucional que legitime a ideia de que quando o primeiro-ministro sai, por muito que tenha contribuído ele próprio para o resultado eleitoral, isso determina a dissolução da Assembleia”. E acrescentou: “Foi uma teorização que o próprio Presidente da República fez logo na tomada de posse do Governo – eu na altura disse-lhe que não concordava com essa interpretação”.

Também não poupou críticas à forma como o processo judicial foi conduzido desde o início: “Estou magoado, mas estou conformado. Aguardo o que a justiça vai fazer: se vai mesmo avançar com o inquérito, se vou ser constituído arguido (…) Eu sei o que fiz e o que não fiz. Não tenho a menor dúvida que isto acabará com uma não-acusação, com um arquivamento ou absolvição se chegarmos à fase de julgamento. Tenho a minha consciência absolutamente tranquila”.

Sobre o parágrafo incriminatório da da PGR, Costa diz que foi “claramente acrescentado àquele comunicado para dar notícia pública de que há uma suspeita sobre o primeiro-ministro que está a ser investigada”. “Ainda hoje não sei qual é a suspeita”, lamentou.

E acrescentou, mais uma vez, atirando contra Marcelo e a PGR: “Hoje faria exatamente o mesmo que fiz no dia 7. É uma decisão da qual não há retorno. O que pode é perguntar a quem fez o comunicado [da PGR] e a quem tomou a decisão de dissolver a Assembleia da República se fariam o mesmo perante o que sabem hoje”.

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Viena é a cidade com melhor qualidade de vida para expatriados. Lisboa está no 39.º lugar

  • Joana Abrantes Gomes
  • 12 Dezembro 2023

Há sete cidades europeias no 'top 10' de melhores cidades para expatriados. Crise na habitação penaliza classificação de Lisboa e Porto, que surgem no 39.º e 55.º lugares do ranking da Mercer.

Desde os cuidados de saúde, a habitação e a educação aos serviços sociais e à oferta cultural, são vários os fatores que pesam na decisão de ir viver e trabalhar para outro país. A melhor escolha, de acordo com a consultora Mercer, é a cidade de Viena, por proporcionar a mais alta qualidade de vida a expatriados.

Lisboa e Porto são as únicas cidades portuguesas com lugar no ranking da Mercer e surgem na 39.ª e 55.ª posição, respetivamente. Se se tiver em conta apenas o continente europeu, Lisboa é a 24.ª cidade europeia com melhor qualidade de vida, enquanto o Porto ocupa a 33.ª posição. E, segundo apenas o critério ambiental, a classificação das duas cidades portuguesas é pior: Lisboa está na 45.ª posição e Porto na 67.ª posição.

De acordo com o estudo da consultora, o posicionamento global de Lisboa e Porto é influenciado, sobretudo, pelo facto de Portugal enfrentar uma crise habitacional, agravada pela escalada da inflação, que leva a uma oferta limitada de imóveis para arrendamento, tendo-se tornado difícil encontrar alojamento a preços acessíveis.

Comparando com o relatório anterior, há quatro anos, Lisboa estava dois lugares acima, no 37.º, e o Porto não estava listado. Num comentário enviado ao ECO, Tiago Borges indica que não se pode fazer uma leitura direta pela inclusão de novas cidades nesta edição e de novos fatores na análise, mas ressalva que, no caso de Lisboa, se pode concluir que houve “uma estabilização da posição relativa da qualidade de vida” no ranking da consultora.

Relativamente à capital portuguesa, o responsável da Mercer Portugal destaca a “oferta de opções de educação” para os filhos de trabalhadores expatriados, a rede “fiável e segura” de serviços públicos (internet, água, eletricidade, transportes), “o clima e o ambiente político e social (interno e na relação com o exterior)” como fatores que mais beneficiaram a posição global de Lisboa no ranking. Entre os aspetos que se destacaram de forma negativa, são referidos o “congestionamento de tráfego automóvel”, a “infraestrutura aeroportuária” e a “oferta pública de serviços de saúde”.

No caso do Porto, os aspetos com maior peso são “a variedade de restaurantes, a oferta de bens de consumo, a oferta de atividades recreativas e desportivas e o aspeto transversal da estabilidade política e social interna e nas relações com o exterior”. Como pontos menos positivos, surgem “a rede de transportes, o congestionamento de tráfego e a menor conectividade internacional do seu aeroporto”.

Viena é a cidade com melhor qualidade de vida para expatriados

A capital austríaca mantém a primeira posição do ranking “Qualidade de Vida” em 2023, repetindo o feito de 2019, ano em que foi publicado o último relatório da consultora, que avalia as condições de vida em mais de 450 cidades a nível mundial.

Na segunda posição surge Zurique, na Suíça, devido à sua estabilidade política, limpeza e infraestruturas de excelente qualidade. O ‘top 3’ fica completo com uma cidade no outro lado do mundo: Auckland, na Nova Zelândia, graças ao elevado nível de cuidados de saúde e ao seu dinamismo cultural. Copenhaga (Dinamarca) e Genebra (Suíça) ocupam a quarta e a quinta posições da tabela, respetivamente, o que realça ainda mais a reputação da Suíça de oferecer uma elevada qualidade de vida.

Na América do Norte, a cidade com melhor classificação é Vancouver (Canadá). São Francisco, que ocupa a 37.ª posição, é a primeira cidade dos Estados Unidos a surgir no ranking global deste ano, devido às suas infraestruturas bem desenvolvidas, ao clima agradável e à excelente qualidade do ar. Da América Latina, a cidade melhor classificada é a capital do Uruguai, Montevideu (89.ª posição).

Dubai (79.ª posição) e Abu Dhabi (84.ª posição), ambas cidades dos Emirados Árabes Unidos, lideram a classificação na região do Médio Oriente, para a qual contribuíram as suas infraestruturas modernas e comunidades de expatriados diversificadas. Já Port Louis (88.º lugar), capital das Ilhas Maurício, tem a melhor qualidade de vida no continente africano, enquanto Singapura está na primeira posição entre as cidades asiáticas e na 29.ª no ranking geral.

Das maiores áreas metropolitanas do mundo, com uma população superior a 10 milhões de habitantes, destacam-se as cidades de Paris (32.º lugar), Nova Iorque (40.º lugar) e Londres (45.º lugar). Embora sejam locais muito cobiçados por emigrantes, enfrentam vários desafios na oferta de uma boa qualidade de vida.

“O cenário global atual é afetado por tensões geopolíticas, desastres naturais e outros desafios económicos, todos eles com implicações significativas para as cidades e para a sua capacidade de atrair e reter talento. Muitos colaboradores estão a reconsiderar as suas prioridades e a avaliar a qualidade de vida que lhes é proporcionada, a eles e às suas famílias, nos lugares onde vivem e trabalham”, refere Tiago Borges, Career Leader da Mercer Portugal, citado num comunicado sobre o ranking.

Veja as 10 cidades com melhor qualidade de vida para expatriados, segundo a Mercer:

  1. Viena (Áustria)
  2. Zurique (Suíça)
  3. Auckland (Nova Zelândia)
  4. Copenhaga (Dinamarca)
  5. Genebra (Suíça)
  6. Frankfurt (Alemanha)
  7. Munique (Alemanha)
  8. Vancouver (Canadá)
  9. Sydney (Austrália)
  10. Düsseldorf (Alemanha)

 

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Acidentes rodoviários e mortos aumentaram este ano

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2023

Até 11 de dezembro os acidentes diminuíram 2,6% (menos 3.361), o número de mortos desceu 3% (menos 14) e os feridos ligeiros baixaram 5,8% (menos 2.408).

Mais de 123.000 acidentes rodoviários ocorreram nas estradas portuguesas este ano, provocando 442 mortos e 2.279 feridos graves, num aumento de todos os indicadores de sinistralidade em relação ao mesmo período de 2022, segundo dados hoje divulgados.

Os dados provisórios, a que agência Lusa teve acesso, indicam que a PSP e a GNR registaram, entre 01 de janeiro e 11 de dezembro deste ano, 123.391 acidentes rodoviários, 442 vítimas mortais, 2.279 feridos graves e 38.548 feridos ligeiros. Em comparação com o mesmo período de 2022, registaram mais 7.556 acidentes (6,5%), mais cinco mortos (1,1%), mais 147 feridos graves (6,8%) e mais 2.039 (5,5%).

No entanto e quando comparado com 2019, ano de referência para monitorização das metas fixadas pela Comissão Europeia e por Portugal de redução do número de mortos e de feridos graves até 2030, todos os indicadores de sinistralidade rodoviária diminuíram este ano, à exceção dos feridos graves que aumentaram.

Segundo os dados provisórios, até 11 de dezembro os acidentes diminuíram 2,6% (menos 3.361), o número de mortos desceu 3% (menos 14) e os feridos ligeiros baixaram 5,8% (menos 2.408) em relação ao mesmo período do ano passado enquanto os feridos graves aumentaram 4,4% (mais 97).

O maior número de acidentes este ano ocorreu nos distritos de Lisboa, num total de 22.170, seguido do Porto (21.647), Braga (10.554), Aveiro (10.178), Setúbal (10.040) e Faro (9.306). Por sua vez, o distrito com menos acidentes foi Bragança, com 1.254. Os dados mostram também que o Porto foi o distrito onde se registaram mais vítimas mortais, com 49, ocorrendo ainda 48 mortos em Setúbal, 43 em Lisboa, 34 em Braga e 32 em Faro. Também foi em Bragança que os acidentes provocaram o menor número de mortos (três).

Os dados provisórios indicam ainda que a média do número de mortos entre 2014 e 2023 é de 434, enquanto o de feridos graves situa-se nos 2.055. Os dados referem-se aos acidentes registados pela PSP e GNR no Continente e que tenham resultado em vítimas ou danos materiais, às vitimas mortais cujo óbito ocorre no local do acidente ou durante o transporte para o hospital e aos feridos graves que ficaram pelo menos 24 horas hospitalizados.

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FMI defende mercados de carbono para acelerar combate às alterações climáticas

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2023

O FMI aumentou recentemente a previsão de preço das licença para emitir carbono, passando de 75 para 85 dólares por tonelada.

A diretora executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu esta terça-feira os mercados de carbono como essenciais para combater as alterações climáticas e disse que, sem este mecanismo, a descarbonização não será suficientemente rápida.

Sem um mercado de carbono justo e a funcionar corretamente, a descarbonização não vai acontecer suficientemente depressa, por isso temos de incentivar este modelo, já que a própria Mãe Natureza está a ajudar-nos, porque os países ricos e os pobres já estão a sentir na pele a devastadora força das alterações climáticas”, disse Kristalina Georgieva numa entrevista à CNBC, à margem da conferência das Nações Unidas sobre o ambiente, a COP28, que termina hoje no Dubai.

O mercado de carbono é um mecanismo internacional que permite que os países ou empresas mais poluentes possam exceder as metas acordadas no Acordo de Quioto, mediante a compra de uma licença emitida por países que poluem menos do que o limite a que se comprometeram no âmbito desse acordo, ou que lançam projetos que compensam as emissões de outro país ou empresa.

O FMI aumentou recentemente a previsão de preço desta licença para emitir, passando de 75 para 85 dólares por tonelada, mas até agora o preço tem sido apenas de 20 dólares por tonelada, o que mostra que este mercado está ainda a dar os primeiros passos.

Para a líder do Fundo, a COP28 foi uma boa oportunidade para os países avaliarem as políticas que incentivam o uso de combustíveis fósseis, nomeadamente os subsídios para carvão, petróleo e gás, que chegaram aos 1,3 biliões de dólares, cerca de 1,2 biliões de euros, no ano passado.

“Temos de acabar com isto, de forma gradual, e substituir por outros incentivos, como colocar um preço na descarbonização; quero dizer a toda a gente que esteja disposta a ouvir-me que a fixação de preços do carbono funciona”, disse Georgieva, exemplificando com a União Europeia, que através do Sistema de Comércio de Emissões registou “não só uma rápida redução das emissões, mas também um aumento das receitas, para 175 mil milhões de euros”.

Para além da redução das emissões e do aumento das receitas, o aprofundamento do mercado de carbono “também é justo, porque quem mais polui, mais paga, e quanto menos alguém polui, menos paga, e muitos países podem ganhar algum dinheiro e reinvestir nas pessoas mais vulneráveis”, argumentou Georgieva na entrevista ao jornalista Dan Murphy, da CNBC.

Moçambique foi um dos países que já entrou neste mercado, tendo levado 45 milhões de créditos de carbono para a COP28, segundo anunciou o Presidente, Filipe Nyusi, num discurso no Dubai onde lembrou que logo em 2018 este país lusófono viu 1,9 milhões de créditos certificados para comercialização.

Questionada sobre o papel das empresas de petróleo e gás e sobre como convencer estas companhias a adotarem o mecanismo de fixação de preços do carbono, Georgieva respondeu: “Uma das boas notícias da COP foi o compromisso de triplicar a energia renovável nos próximos anos, e penso que a indústria do petróleo e gás já percebeu o que aí vem; vemos muitos países produtores de petróleo a diversificarem-se muito rapidamente e vemos também um investimento proveniente do dinheiro gerado com a migração do petróleo para as renováveis em grande escala”.

 

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