Juros dos depósitos “têm margem para subir”, mas não devemos empurrar bancos “para problemas do passado”, avisa Centeno

Governador do Banco de Portugal considera que os bancos podem subir mais a remuneração dos depósitos bancários, mas avisou que a banca não pode ser empurrada para problemas que tiveram no passado.

Os juros dos depósitos estão a aumentar, mas o governador do Banco de Portugal considera que existe margem para subirem mais. Ainda assim, Mário Centeno avisou que não se pode ter “quimeras” em relação a esta matéria e que não podemos empurrar a banca para problemas do passado.

Em relação às novas condições dos Certificados de Aforro, que começaram a ser comercializados a partir de 2 de junho, o governador revela que não teve qualquer contacto com o Ministério das Finanças.

“Espero que as taxas de juro dos depósitos continuem a aumentar. Estão hoje em máximos de 15 anos. Ainda são baixas? Sim, têm margem para subir. Mas não podemos empurrar a banca para soluções que no passado só existiram por causa dos problemas que enfrentava”, referiu Mário Centeno na apresentação do Boletim Económico de junho.

O governador do banco central lembrou as dificuldades com que se debateram os bancos na crise de 2010, quando estavam muito pressionados a aumentarem as taxas para captarem depósitos tendo em conta a elevada alavancagem que tinham na altura.

Na altura, em março de 2010, a banca apresentava um rácio médio de transformação de depósitos em crédito de 160%. No final do ano passado, de acordo com dados do Banco de Portugal, esse indicador era de 78%.

Nessa medida, Mário Centeno acrescentou que os juros dos depósitos devem continuar a aumentar, “mas não podemos ter quimeras sobre esta matéria”. “Queremos uma banca sustentável que possa estar ao serviço do país, algo que até há pouco tempo não estava”, frisou. Neste ponto, o governador do Banco de Portugal recordou o nível de malparado que chegou a atingir os 16% em 2016 e está hoje nos 3%.

Em relação à decisão das Finanças de baixar a remuneração dos Certificados de Aforro, Mário Centeno adiantou que o supervisor “não teve nenhuma comunicação”, lembrando que o custo com os certificados são suportados pelo Orçamento do Estado.

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Medina pediu demissão de Alexandra Reis “para assegurar autoridade política do Ministério”

O ministro das Finanças afirmou na comissão parlamentar à TAP que pediu a Alexandra Reis para se demitir três dias depois de conhecida a indemnização de 500 mil euros. Aceitou de imediato.

O ministro das Finanças afirmou na comissão parlamentar de inquérito que pediu à antiga secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, para se demitir do cargo no dia 27 de dezembro, três dias depois de ser conhecida a indemnização de 500 mil euros, para preservar a “autoridade política” do Ministério.

“Solicitei a demissão de Alexandra Reis para assegurar a manutenção da autoridade política do Ministério das Finanças”, disse Fernando Medina aos deputados, revelando que a conversou com a secretária de Estado do Tesouro no dia 27 de dezembro. O ministro afirmou que Alexandra Reis reconheceu que “não tinha condições políticas” e acedeu “na hora” à demissão.

“Era necessário proteger a autoridade política do Ministério das Finanças”, o que não era possível “se tivesse a secretária de Estado do Tesouro envolvida num debate e polémica permanente sobre o recebimento da indemnização”, acrescentou.

O ministro teve conhecimento da indemnização a Alexandra Reis no dia 21 de dezembro, quando a recebeu questões sobre a mesma do Correio da Manhã, que divulgou a notícia no dia 24 de dezembro. Dois dias depois, as Finanças e as Infraestruturas solicitaram à TAP que esclarecesse a base jurídica do acordo de cessação de funções com a antiga administradora.

Fernando Medina assumiu toda a responsabilidade pela escolha da antiga administradora da TAP e ex-presidente da NAV para a secretaria de Estado do Tesouro, cargo em que tomou posse a 2 de dezembro.

“A escolha da engenheira Alexandra Reis é minha”, respondeu, sem esclarecer ao certo como chegou ao nome. “No processo de escolha de alguém ouvem-se opiniões. A engenheira Alexandra Reis não ser desconhecida da administração pública portuguesa”, afirmou, citando o cargo como administradora financeira da TAP e a presidência da NAV.

O ministro defendeu também a escolha. “Defini um perfil para que pudesse ter um secretário de Estado do Tesouro que tem como função nuclear acompanhar um universo direto de 144 empresas, sem contar com fundos e empresas participadas nessas empresas. Alexandra Reis reunia todas as competências desse perfil, com experiência muito significativa no setor privado e já também no setor publico, que dava garantias“, defendeu.

Filipe Melo, do Chega, assinalou que Alexandra Reis mostrou desconhecer o Estatuto do Gestor Público, ao exigir a indemnização para sair da TAP e não a devolver parcialmente quando foi para a NAV. Quis saber se sabendo isso não a teria convidado para secretária de Estado. “Se a pergunta é se este facto em si a desqualificaria? Eu não consigo hoje reescrever o passado. Se gostaria que o país tivesse sido poupado a tudo o que aconteceu? Gostaria certamente“.

No fim da audição, questionado por Bruno Dias do PCP, o ministro das Finanças esclareceu que os dias de férias não gozadas, cujo pagamento Alexandra Reis teve direito e não foram incluídos na devolução de parte da indemnização, foram calculados não como administradora mas apenas como quadro da companhia aérea.

Fernando Medina tomou posse como ministro das Finanças em março de 2022, já depois da saída de Alexandra Reis da administração da TAP. Em novembro de 2022, convidou-a para secretária de Estado do Tesouro, cargo que ocupou durante apenas 26 dias, demitindo-se após o caso da indemnização de 500 mil euros. Medina tem agora a seu cargo a reprivatização da companhia aérea, cujo primeiro passo foi dado no final de abril, com a resolução do Conselho de Ministros que mandata a Parpública para realizar duas avaliações à transportadora.

A comissão parlamentar de inquérito para “avaliar o exercício da tutela política da gestão da TAP” foi proposta pelo Bloco de Esquerda e aprovada pelo Parlamento no início de fevereiro com as abstenções de PS e PCP e o voto a favor dos restantes partidos. Nasceu da polémica sobre a indemnização paga a Alexandra Reis para deixar a administração executiva da TAP em fevereiro de 2022, mas recuou até à privatização da companhia em 2015. Tomou posse a 22 de fevereiro, estando a votação do relatório final prevista para 13 de julho.

(notícia atualizada às 19h21)

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Gasolina desce dois cêntimos, mas gasóleo não mexe na próxima semana

Na próxima semana, quando for abastecer, deverá pagar na mesma 1,480 euros por litro no gasóleo simples e 1,682 euros por litro na gasolina simples 95.

Os combustíveis vão ter diferentes comportamentos na próxima semana. Fonte do mercado avançou ao ECO que o litro de gasolina deverá descer dois cêntimos, mas o de gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá manter-se na próxima semana.

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,682 euros por litro de gasolina simples 95 e continuar a pagar 1,480 euros por litro de gasóleo simples, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. Até ao final deste mês, “a redução da carga fiscal passará a ser de 28 cêntimos por litro de gasóleo e de 30 cêntimos por litro de gasolina em junho”. Ou seja, o desconto no ISP manteve-se face a maio, mas houve uma atualização de dois cêntimos da taxa de carbono em ambos os combustíveis.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. E é de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta evolução dos preços dos combustíveis surge depois de, no início desta semana, ter havido um aumento de 4,2 cêntimos no gasóleo e 3,8 cêntimos na gasolina. Um agravamento que já não se verificava desde 6 de março, no caso do diesel, e 2 de janeiro no caso da gasolina.

Os preços do brent caem ligeiramente (0,05%) esta sexta-feira para os 75,63 dólares por barril, e caminham para uma semanal, depois de terem registado na quinta-feira o maior salto em seis semanas, com o otimismo em torno do aumento do consumo na China.

Evolução do preço do Brent em Londres

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Empresas podem mostrar-se relutantes em baixar preços, alerta Banco de Portugal

Se em 2022 as empresas usaram a inflação para recuperar parte das perdas da pandemia, o Banco de Portugal alerta que agora, com o abrandamento da inflação, há a tentação de aumentar as margens.

Depois de os preços da generalidade dos produtos e serviços terem aumentado em 2022, o Banco de Portugal alerta que o abrandamento da inflação e até a correção de alguns bens intermediários poderá não se traduzir numa correção dos preços no bolso dos consumidores.

No boletim económico de junho, publicado esta sexta-feira, a instituição liderada por Mário Centeno chama a atenção para um fenómeno conhecido como “rigidez dos preços nominais” por parte de algumas empresas.

Essa situação ocorre quando as empresas se mostram relutantes em baixar os preços, apesar dos custos de produção estarem a cair (como já sucede com os custos energéticos), com o intuito de aproveitarem para aumentar as suas margens.

Segundo o Banco de Portugal, a probabilidade de não ocorrer uma inflexão dos preços é tanto maior quanto menor for o grau de concorrência do mercado em que cada empresa opera: “Em mercados mais concorrenciais — com vendas dispersas por muitas empresas e facilidade de entrada de novas empresas — será mais difícil o aumento da margem de lucro, mesmo em episódios de acomodação por parte da procura.”

Apesar de o Banco de Portugal notar que em 2022 “as empresas transferiram o choque sobre os custos de produção aos consumidores e recuperaram parte das perdas de margem de 2020”, considera que “este resultado não implica que tenha ocorrido uma alteração da estratégia de fixação de preços pela generalidade das empresas.”

De acordo com a análise dos especialistas do banco central, “a evidência microeconómica sugere que os markups [valor acima dos custos de aquisição] das empresas tiveram uma evolução diferenciada entre setores, com um aumento nos serviços e uma diminuição na indústria e construção.”

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“Não podemos entrar num processo de menor controlo sobre custos da TAP”, diz Medina

"É possível hoje começar a construir um caminho mais virtuoso de recuperação gradual dos salários" na TAP, disse Fernando Medina. Mas não se pode descuidar o controlo, alertou.

Fernando Medina, ministro das Finanças, afirmou na comissão parlamentar de inquérito que apesar da melhoria dos resultados da TAP, não pode haver um menor controlo sobre os custos, nomeadamente com salários, apelando à aprovação de acordos coletivos mais modernos e alinhados com o setor.

“Discordo que, por temos resultados positivos, simplesmente as dificuldades desapareceram e podemos entrar num processo de menor controlo sobre os custos operacionais. Seria um erro e poria em causa o sacrifício já feito pelos trabalhadores“, afirmou Fernando Medina naquela que é 46º e última audição da comissão parlamentar de inquérito (CPI).

“Os resultados que a TAP tem tido em 2022 e que se perspetivam para 2023 são positivos e animam-nos relativamente ao futuro da companhia. Não podemos tomar estes resultados como sendo por dez anos. Temos de ter cautela e executar o plano de reestruturação. Não podemos dar passo maior do que a perna”, alertou.

O ministro das Finanças apelou a que na negociação coletiva com os sindicatos “a TAP possa retomar a normalização dos processos de contratação coletiva tendo como referência que a redução dos cortes salariais nas várias categorias seja acompanhado de melhoria da produtividade.

É possível hoje começar a construir um caminho mais virtuoso de recuperação gradual dos salários” na TAP, mas defendeu um quadro mais moderno de contratos coletivos e alinhado com outras empresas do setor da aviação.

Fernando Medina afirmou que foi já fechado um novo acordo de empresa com a Portugália e que está em conclusão o relativo aos pilotos da TAP e continuará em relação às restantes categorias profissionais.

O ministro das Finanças adiantou ainda que os resultados da TAP SGPS em 2022 foram “significativamente negativos”, embora sem precisar o valor. A holding deixou de ter qualquer participação na companhia aérea, a TAP SA, no final de 2021.

“Neste momento é uma empresa que não tem relação com TAP SA. É uma empresa que é titular de conjunto de participações relevantes, como a Portugália, Groundforce, Cateringpor, e a empresas de serviços de saúde. Tem ainda responsabilidades com o processo de liquidação da ME Brasil”, afirmou. Estes são os ativos, mas tem também passivos para com Estado português, a Parpública e outros.

Ao longo deste ano vamos trabalhar no sentido de assegurar que podemos encerrar de forma adequada esse dossiê. Não posso avançar mais do que isto”, concluiu.

Fernando Medina tomou posse como ministro das Finanças em março de 2022, já depois da saída de Alexandra Reis da administração da TAP. Em novembro de 2022, convidou-a para secretária de Estado do Tesouro, cargo que ocupou durante apenas 26 dias, demitindo-se após o caso da indemnização de 500 mil euros. Medina tem agora a seu cargo a reprivatização da companhia aérea, cujo primeiro passo foi dado no final de abril, com a resolução do Conselho de Ministros que mandata a Parpública para realizar duas avaliações à transportadora.

A comissão parlamentar de inquérito para “avaliar o exercício da tutela política da gestão da TAP” foi proposta pelo Bloco de Esquerda e aprovada pelo Parlamento no início de fevereiro com as abstenções de PS e PCP e o voto a favor dos restantes partidos. Nasceu da polémica sobre a indemnização paga a Alexandra Reis para deixar a administração executiva da TAP em fevereiro de 2022, mas recuou até à privatização da companhia em 2015. Tomou posse a 22 de fevereiro, estando a votação do relatório final prevista para 13 de julho.

(notícia atualizada às 19h18)

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Metsola promove regulamentação da IA e luta contra o extremismo no Parlamento português

  • Lusa
  • 16 Junho 2023

Presidente do Parlamento Europeu discursou esta sexta-feira na Assembleia da República portuguesa, onde promoveu a regulamentação da inteligência artificial (IA) e a luta dos jovens contra extremismo.

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, apelou esta sexta-feira na Assembleia da República à participação dos jovens contra o extremismo, defendendo ainda os direitos dos migrantes e a legislação europeia que regula a inteligência artificial.

Estou aqui para apelar às pessoas – aos jovens em particular – para que não cedam ao conforto do cinismo fácil, para que não aceitem uma retirada tranquila para os extremos e para as franjas políticas“, disse Metsola perante os deputados portugueses, a um ano das eleições europeias.

Na declaração inicial perante os parlamentares portugueses, Roberta Metsola defendeu os valores europeus, afirmando que é possível reforçar as bases do projeto comum de uma forma “sustentável e socialmente justa” referindo-se objetivamente aos recentes desafios relacionados com a Inteligência Artificial.

“Acabo de chegar do Parlamento Europeu, onde votámos a legislação mais avançada do mundo em matéria de inteligência artificial. Elaborámos uma lei que nos permite ser líderes mundiais na inovação digital, com base nos valores da UE“, disse Roberta Metsola sublinhando a importância da regulação nesta matéria.

“No futuro, vamos precisar de limites claros e constantes para a inteligência artificial. Vamos incentivar a inovação, mas há uma coisa que não vamos comprometer: sempre que a tecnologia avança, deve ser acompanhada pelos direitos fundamentais e pelos valores democráticos“, declarou Metsola.

Neste aspeto, a Presidente do Parlamento Europeu disse que a União Europeia tem de reconsiderar a forma como “legisla e pensa”.

“Começou uma nova era e, com ela, uma ameaça de agentes malignos que utilizam a tecnologia para minar as nossas democracias. Trata-se de uma nova forma de ameaça híbrida que temos de enfrentar em conjunto“, acrescentou.

Sobre as questões ligadas aos fluxos migratórios, Metsola disse ser urgente alcançar-se um acordo sobre os “dossiês da migração e do asilo”.

“Estou convencida de que podemos encontrar um caminho que respeite as fronteiras – e que seja justo e humano com aqueles que precisam de proteção, que seja firme com aqueles que não são elegíveis e que seja forte contra os traficantes que exploram os mais vulneráveis”, disse Metsola.

A presidente do Parlamento Europeu disse ainda que os desafios para o bloco europeu “são muitos” referindo-se à “invasão ilegal da Ucrânia soberana pela Rússia” e aos efeitos da guerra provocada por Moscovo.

“Temos vivido com aumentos de preços e escassez de energia. Demasiadas pessoas continuam a ter dificuldades em fazer face às despesas. As matérias-primas estão a tornar-se mais escassas. A inflação continua a ser um obstáculo ao crescimento”, afirmou.

Num discurso em inglês, Metsola, de origem maltesa, disse ainda que a transição climática não pode ser ignorada e que a recuperação económica pós-pandemia (Covid-19) continua a ser “demasiado frágil”.

Roberta Metsola sublinhou o papel de Portugal como membro do bloco europeu, considerando que se trata do ponto onde a Europa começa.

É verdade que Portugal sabe ultrapassar melhor do que ninguém os desafios da geografia. O vosso país é a nação onde a Europa começa. Da América Latina, de África à Ásia, os laços únicos (de Portugal) permitiram que a Europa falasse ao mundo (…) o Corvo – uma ilha de 17 quilómetros quadrados nos Açores – está tão longe dos Estados Unidos como de Bruxelas. É a nossa porta de entrada para o mundo. Isto é a Europa”, disse Metsola.

É verdade que Portugal sabe ultrapassar melhor do que ninguém os desafios da geografia. O vosso país é a nação onde a Europa começa.

Roberta Metsola

Presidente do Parlamento Europeu

Anteriormente, o presidente do parlamento, Augusto Santos Silva, defendeu que não pode haver na União Europeia “supostas democracias iliberais ou simplesmente eleitorais”, considerando que a “democracia na Europa ou é de matriz liberal e forte cunho social, ou não é de todo“.

Trata-se da primeira vez que um presidente de uma instituição europeia participa num debate com os líderes parlamentares, no plenário da Assembleia da República.

Durante a tarde, Roberta Metsola participa no Conselho de Estado, a convite do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

A reunião vai abordar as perspetivas sobre a atualidade da agenda europeia, a menos de um ano das eleições para o Parlamento Europeu.

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Taxa de juro no crédito à habitação sobe para 3,39% e renova máximos de 14 anos

  • Ana Petronilho
  • 16 Junho 2023

Em maio, a prestação média do crédito à habitação fixou-se em 352 euros, mais 11 euros que em abril e mais 92 euros face ao mês homólogo.

A taxa de juro implícita dos contratos de crédito à habitação subiu para 3,398% em maio, o valor mais elevado desde junho de 2009 e 28,8 pontos base acima da de abril, divulgou esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 20,7 pontos base, de 3,675% em abril para 3,882% em maio, atingindo o valor mais elevado desde agosto de 2012, revelam os dados publicados pelo INE.

Para financiar a aquisição de habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 3,383% (+28,5 pontos base face a abril). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 21 pontos base face ao mês anterior, fixando-se em 3,871%.

Considerando a totalidade dos contratos, em maio, a prestação média do crédito à habitação fixou-se em 352 euros, mais 11 euros que em abril e mais 92 euros face ao mês homólogo, traduzindo um aumento de 35,4% quando comparado com o valor de maio de 2022.

De acordo com os dados, dos 352 euros da prestação mensal, 179 euros (51%) são pagamento de juros e os restantes 173 euros (49%) a capital amortizado. Em maio de 2022, a componente de juros representava apenas 16% do valor médio da prestação (260 euros).

Entre os contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu um euro face ao mês anterior, para 591 euros em maio (aumento de 51,2% face ao mesmo mês do ano anterior).

O capital médio em dívida aumentou 197 euros, para 63.169 euros.

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Rui Nabeiro distinguido como “filho adotivo” de Badajoz

O fundador da Delta já tinha sido reconhecido com a Comenda da Ordem de Isabel a Católica pelo rei de Espanha, Juan Carlos, em 2009.

Rui Nabeiro, o fundador da Delta, foi distinguido a título póstumo como “filho adotivo” de Badajoz pelo Ayuntamiento de Badajoz, num reconhecimento pelo “forte compromisso com a cidade vizinha”.

“O meu pai tinha a cidade de Badajoz no seu coração e eu sou um testemunho vivo de que tudo fez, dentro das suas possibilidades, para unir, com fortes laços, Badajoz e Campo Maior. O comendador Rui Nabeiro sempre teve a ambição que os laços perdurassem no tempo. Que assim seja. O comendador Rui Nabeiro, apesar de ser um filho orgulhoso de Campo Maior, sentia que uma parte dele também estava em Badajoz e com os seus habitantes, a quem estava sempre pronto para esticar a mão com o seu coração”, sublinhou o presidente do Conselho de Administração do Grupo Nabeiro – Delta Cafés, João Manuel Nabeiro, citado em comunicado.

Rui Nabeiro já tinha sido distinguido em 2011 com a Medalha da Estremadura, a mais importante distinção atribuída desta região espanhola, tendo ainda sido Cônsul honorário de Espanha em Elvas e, reconhecido com a Comenda da Ordem de Isabel a Católica pelo Rei de Espanha Juan Carlos, em 2009.

A cerimónia de entrega desta nova distinção pelas autoridades espanholas decorreu no salão nobre do Município de Badajoz, com o presidente deste Município espanhol, Ignacio Gragera, com o presidente do Conselho de Administração do Grupo Nabeiro – Delta Cafés, João Manuel Nabeiro, e a família Nabeiro, entre outras entidades espanholas e portuguesas.

O fundador do Grupo Nabeiro, dono da Delta, morreu em março. Tinha 91 anos.

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Conflito na Ucrânia vai continuar em 2024 apesar da contraofensiva, diz João Gomes Cravinho

  • Lusa
  • 16 Junho 2023

O ministro dos Negócios Estrangeiros salientou que é fundamental continuar a apoiar a Ucrânia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, defendeu esta sexta-feira que os portugueses devem preparar-se para o prolongamento da guerra na Ucrânia até pelo menos 2024, apesar do avanço da contraofensiva contra a invasão da Rússia.

O chefe da diplomacia portuguesa revelou estar a acompanhar diariamente os desenvolvimentos da contraofensiva das tropas ucranianas, mas declarou-se consciente de que esta levará vários meses.

“Eu penso que, infelizmente, temos de nos ir habituando à possibilidade de termos um conflito que entra em 2024 e que ainda esteja connosco durante alguns meses”, afirmou aos jornalistas durante uma visita em Reino Unido, onde vai encontrar-se hoje com o homólogo britânico, James Cleverly, em Londres.

Cravinho reiterou que é fundamental continuar a apoiar a Ucrânia. “Há uma grande unanimidade e vontade de assegurar que, no final, a Rússia tenha uma derrota estratégica. Tudo o que não seja uma derrota estratégica para a Rússia será, infelizmente, uma derrota estratégica para nós e isso não podemos aceitar”, vincou.

Cravinho argumentou ainda ser “muito razoável a Rússia aceitar um prolongamento que não seja apenas por dois meses, como tem sido o caso ultimamente” do acordo sobre exportação de cereais.

“A Rússia tem algumas exigências a esse respeito. O atual acordo dos cereais vai até julho, meados de julho, e neste processo estamos a trabalhar com o Secretário-Geral das Nações Unidas e outras instâncias das Nações Unidas e com a Turquia também para criar condições para um prolongamento que seja por um período muito mais alargado”, explicou.

O Governo português considera um acordo “fundamental para evitar problemas de segurança alimentar em outras partes do mundo, nomeadamente em África”.

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Aumento dos custos do trabalho em Portugal supera o da Zona Euro

Custos do trabalho sobem 5% na Zona Euro. Em Portugal, construção teve o maior aumento com os custos do trabalho no primeiro trimestre: 7,2%, contra os 6,3% no período homólogo.

Os custos do trabalho subiram 5% no primeiro trimestre na Zona Euro e 5,3% na Europa face aos primeiros três meses do ano passado, revelam os dados do Eurostat conhecidos esta sexta-feira. Na zona Euro os custos hora com salários aumentaram 4,6%, enquanto as componentes não salariais subiram 6,2% no mesmo período, enquanto na Europa a subida foi de 5% e 6,1%, respetivamente. Em Portugal, no trimestre registou-se uma subida de 6,2% nos custos totais do trabalho, superior à da Zona Euro.

A subida registada em Portugal no trimestre está acima dos 1,2% registados no primeiro trimestre homólogo do ano passado, bem como 1,4% do último trimestre do ano passado.

Mas há países com subidas percentuais mais acentuadas. Bulgária (15,1%), Roménia (14,3%) e Lituânia (13,7%) são os países da União com aumentos dos custos totais do trabalho mais acentuados. Outros três países registaram subidas acima dos 10% nos custos totais com o trabalho, é o caso da Estónia (11,7%), Croácia (11,4%), Polónia (10,8%).

Custos por área

Em termos de atividade económica, os custos de trabalho na zona euro subiram 4,9% na indústria, com a construção a registar uma subida de 4,1% e a maior subida a registar-se nos serviços, com 5,5%. Já na UE, a maior subida foi igualmente nos serviços, com 5,8%, seguida da indústria (5,5%) e da construção (4,4%).

Já em Portugal, foi a construção a assinalar o maior aumento, 7,2%, valor que compara com os 6,3% dos primeiros três meses de 2022, seguida da indústria — aumento de 6,5% face aos 2,3% em igual período do ano passado –, com os serviços a registar uma subida de 4,8% no primeiro trimestre do ano. Há um ano tinha sido 2,3%.

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Euribor continuam escalada. Taxa a 12 meses quebra fasquia dos 4%

Subida das taxas usadas no cálculo da prestação da casa continua a dar fortes dores de cabeça às famílias. Euribor a 12 meses quebrou barreira dos 4% pela primeira vez em 14 anos.

Para mal das famílias com crédito da casa, as Euribor continuam sem dar tréguas. As taxas usadas no cálculo da prestação da casa não param de subir, mesmo depois das tréguas nos mercados em março devido à instabilidade na banca internacional. No prazo a 12 meses, o indexante mais usado nos novos contratos, a taxa quebrou agora a barreira dos 4%, o que não acontecia desde novembro de 2008.

Isto acontece depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter decidido esta quinta-feira um novo aumento de 25 pontos base nas taxas diretoras, com a presidente Lagarde a preanunciar uma nova subida em julho. A taxa de depósitos subiu para 3,5%, um máximo desde 2001. Os mercados esperam que a taxa terminal se situe nos 4%.

Em pouco mais de ano, a Euribor a 12 meses passou de valores negativos para chegar esta sexta-feira aos 4,002%, um aumento de 450 pontos base num curto espaço de tempo, o que traduz bem a dimensão da guinada da política monetária do banco central nos últimos meses para controlar a inflação.

Seguindo a mesma tendência de subida, as Euribor nos outros prazos também avançaram para máximos de 14 anos: a taxa a seis meses – que continua a predominar no mercado do crédito à habitação – atingiu os 3,822% e a taxa a três meses avançou para 3,572%.

O aumento das Euribor significa que a prestação da casa vai continuar a agravar para os contratos com taxa variável, que representam 90% do mercado português. Para estas famílias, isto significa menos dinheiro no bolso. Em junho, a prestação da casa registou um salto de 290 euros para empréstimos de 150 mil euros e cujas condições foram revistas neste mês.

Por detrás do agravamento destas taxas está o aperto monetário do BCE para fazer baixar a inflação para a sua meta de 2% a médio prazo. Desde julho do ano passado, o banco central já aumentou as taxas de referência em quatro pontos percentuais e deverá atingir o pico depois verão.

Há três meses, na sequência da queda dos bancos Silicon Valley Bank e CreditSuisse, as Euribor interromperam a trajetória de subida, com os investidores a mudarem as suas expectativas em relação ao comportamento dos bancos centrais. Entretanto, já retomaram o caminho e continuarão a subir até ao final do ano, devendo atingir o ponto mais alto no final do ano, de acordo com as perspetivas incorporadas no mercado de futuros.

Além do aumento dos encargos com a casa, as famílias estão também a enfrentar um aumento considerável dos custos dos bens e serviços que consomem no dia-a-dia, como as compras do supermercado ou o combustível do automóvel. A inflação dá sinais de quebra, ainda assim, e o ministro das Finanças acredita que se manterá abaixo dos 3% nos próximos meses.

Para aliviar o impacto da subida dos juros na prestação da casa, o Governo flexibilizou as regras do regime da prevenção do incumprimento no final do ano passado, obrigando os bancos a renegociar os contratos sempre que a taxa de esforço ultrapasse os 36%. Já quase 40 mil créditos da casa foram renegociados entre bancos e famílias em maior stress.

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O que é ser um bom líder? Para os líderes é ser inspirador, já os colaboradores valorizam clareza na comunicação

Líderes e trabalhadores têm visões distintas sobre liderança. Mais de 20% dos líderes considera liderar pelo exemplo, apenas 1,6% dos colaboradores pensa o mesmo, aponta estudo da QSP.

Mais de metade dos líderes acredita que a boa liderança é aquela que inspira a organização, mas para mais de um terço dos trabalhadores (38,9%) comunicar de uma forma clara e eficaz é a marca que distingue uma boa liderança. Mais de 20% dos líderes diz liderar pelo exemplo, apenas 1,6% dos liderados pensa o mesmo, aponta o estudo “Shaping the Future Leadership”, realizado pelo QSP – Marketing Management & Research, conhecido esta sexta-feira.

Ser um líder inspirador é para 52,1% dos líderes a sua principal função numa empresa, seguida de comunicar de forma clara e eficaz (27,1%), delegar (12,1%) e tomar decisões difíceis (8,6%). Mas do lado dos colaboradores, um líder que tenha uma comunicação clara é mais valorizado (38,9%), surgindo só depois ser motivo de inspiração (37,5%) e, por fim, tomar decisões difíceis (12,5%) e delegar (11,1%).

“Em especial, nas empresas com menos de 10 colaboradores, a competência de delegar ganha especial destaque”, aponta o estudo da QSP, com base em 212 respondentes, num inquérito realizado entre 20 de abril e 29 de maio.

A forma distinta como líderes e trabalhadores olham para o tema da liderança também é visível na hora de classificar os estilos de liderança das organizações.

Os líderes definem-se, sobretudo, como participativos/democráticos, com mais de um terço (31,4%) a afirmar que optam por uma gestão que estimula a partilha de opinião de todos, a colaboração e o trabalho em equipa, enquanto 21,4% assume uma liderança pelo exemplo.

A visão não é totalmente coincidente com a dos liderados. Do seu ponto de vista, as lideranças democráticas dividem-se com as autocráticas (28,6%). “A liderança autoritária ou autocrática é salientada pelos liderados, sobretudo, nas empresas com 20 ou mais anos, sendo que nas empresas com menos de 10 anos os líderes são mais vistos como participativos ou democráticos”, refere a QSP.

Mais, apenas 1,6% dos liderados considera que o seu gestor tem um estilo de liderança pelo exemplo.

Nasce-se líder ou aprende-se?

Para a maioria ser um bom líder é algo mais inato do que aprendido, mas para 34,9% a capacidade de liderança é algo que já nasce com a pessoa, mas é “exponenciada pela aprendizagem ao longo da vida“, enquanto 24,5% defende que é algo mais aprendido do que inato.

“Uma liderança ágil e adaptável, que se possa ajustar rapidamente às mudanças, é vista como a mais importante por quase 30% das empresas, sendo relevante para 88,2% dos inquiridos”, aponta ainda o inquérito da QSP.

Não surpreende por isso que flexibilidade e adaptabilidade sejam apontadas como as competências de liderança mais importantes num mundo em mudança, “com a competência para tomar decisões estratégicas num ambiente complexo e em rápida transformação no mesmo patamar”, refere o inquérito. Já “liderar equipas virtuais e remotas é, de longe, a competência menos referida.”

A liderança é vista como tendo um papel fundamental para definir o futuro das organizações. Como? Ajudando a criar um ambiente de trabalho saudável e inclusivo para a equipa (83,5%), estimulando a inovação e a criatividade dentro da organização (81,6%), e definindo e comunicando uma visão clara para a organização (80,2%).

Identificar e desenvolver talentos e habilidades na equipa (76,9%) assume extrema importância num bom líder. Uma larga maioria dos inquiridos considera que se deve “fomentar uma cultura de aprendizagem contínua e feedback (86,3%), num ambiente de trabalho seguro e inclusivo, que valoriza a diversidade de opiniões e ideias (79,7%).”

Investir em formação e desenvolvimento de competências específicas é referido por 71,2%, mas apenas 19,3% o indica direta e exclusivamente.

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