Trump formalmente acusado no caso dos documentos retirados da Casa Branca

  • Lusa
  • 9 Junho 2023

"A Administração corrupta de Biden informou os meus advogados de que fui acusado, presumivelmente no falso caso das caixas", escreveu Trump na sua rede social Truth Social.

O ex-Presidente norte-americano Donald Trump foi formalmente acusado de manipular indevidamente documentos confidenciais numa propriedade na Florida, desencadeando um processo federal que é a mais perigosa das múltiplas ameaças legais que enfrenta.

“A Administração corrupta de Biden informou os meus advogados de que fui acusado, presumivelmente no falso caso das caixas”, escreveu Trump na sua rede social Truth Social na quinta-feira.

Nunca pensei que algo assim pudesse acontecer com um ex-Presidente dos Estados Unidos que recebeu mais votos do que qualquer outro Presidente na história do nosso país”, escreveu o empresário.

“Este é realmente um dia sombrio para os Estados Unidos da América”, disse Trump. “Somos um país em sério e rápido declínio, mas juntos tornaremos a América grande novamente!”, acrescentou.

O antigo Presidente acusou ainda o atual Chefe de Estado, Joe Biden, de ter 1.850 caixas com documentos confidenciais no arquivo doado à Universidade de Delaware, além de “documentos espalhados pelo chão da sua garagem onde estaciona o seu Corvette”.

Um outro procurador especial está a investigar os documentos classificados como confidenciais, encontrados, no início do ano, num antigo gabinete e em casa de Biden pelos advogados do atual Presidente dos EUA. Os advogados entregaram os documentos à Justiça.

Trump especificou que tinha sido convocado para comparecer perante um tribunal federal de Miami, a 13 de junho, para a sua segunda acusação, depois da de março, relativa à compra do silêncio de uma atriz de filmes pornográficos em 2016.

O Departamento de Justiça ainda não confirmou a acusação. Mas duas fontes citadas pela agência de notícias Associated Press confirmaram que a equipa de defesa de Trump foi informada de que ele tinha sido indiciado por sete crimes.

Esta acusação, que surge numa altura em que Trump procura recuperar a Casa Branca, ocorre no âmbito do caso dos arquivos da Casa Branca, no qual é acusado de ter levado caixas inteiras de documentos, alguns deles confidenciais, quando deixou a Presidência norte-americana, após ter perdido as eleições para Joe Biden.

Menos de 20 minutos depois do anúncio da acusação, Trump começou a usar o assunto como motivo para pedir aos seus apoiantes mais fundos para a campanha às eleições presidenciais de 2024.

Ao sair da Casa Branca, depois de derrotado por Joe Biden, nas eleições presidenciais de 2020, para se instalar na sua residência Mar-a-Lago, na Florida, Trump levou consigo caixas cheias de documentos.

A 8 de agosto, agentes do FBI realizaram uma busca, com base num mandado que mencionava “retenção de documentos classificados” e “entrave a inquérito federal” e apreenderam cerca de 30 caixas.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 9 de junho

  • ECO
  • 9 Junho 2023

Ao longo desta sexta-feira, 9 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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A Inteligência Artificial vai substituir-me no trabalho? Um novo tipo de ansiedade cresce nos profissionais

Concentrar-se no que pode controlar; promover as suas habilidades, capacidades e qualidades; e olhar para a IA como uma ferramenta são algumas das dicas da psicóloga ouvida pelo ECO Trabalho.

“Sempre que as pessoas falavam no ChatGPT, sentia-me insegura e ansiosa, com receio que me substituísse no meu trabalho”, conta Olivia Lipkin, copywriter em São Francisco (EUA). “Agora, tenho provas de que essas ansiedades eram justificadas e de que estava a ficar sem emprego por causa da IA [Inteligência Artificial].”

Olivia Lipkin tem 25 anos e até há pouco tempo trabalhava como copywriter numa empresa em São Francisco, na Califórnia. Quando o ChatGPT apareceu e começou a ser utilizado por qualquer pessoa e qualquer empresa, no passado mês de novembro, a profissional admite que não pensou muito sobre o assunto. Mais tarde, começaram a aparecer artigos sobre como usar esta tecnologia no trabalho nos grupos internos do Slack na startup tecnológica onde trabalhava. E, a partir daí, as tarefas de Olivia Lipkin, que era a única copywriter na empresa, foram reduzindo.

Entretanto, no Slack, os managers começaram a referir-se à profissional como “Olivia/ChatGPT”, recorda, citada pelo The Washington Post (acesso condicionado, conteúdo em inglês). O sinal de alerta estava dado. E materializou-se na decisão que chegou em abril: a redatora foi despedida, sem qualquer explicação. Contudo, quando, mais tarde, Olivia Lipkin encontrou gestores a escreverem sobre como utilizar o ChatGPT era mais barato do que pagar a um copywriter, encontrou aquela que considera ser a explicação que não obteve no momento do despedimento.

 

O nível de qualidade das tecnologias que usam inteligência artificial aumentou significativamente durante o último ano, dando origem a chatbots capazes de manter conversas fluidas com humanos, escrever canções ou artigos e produzir código informático. Ainda assim, os especialistas dizem que mesmo os sistema de IA mais avançados não se comparam às capacidades de escrita de um ser humano: falta-lhe voz e estilo pessoais e, muitas vezes, produzem respostas erradas, sem sentido ou tendenciosas. Mas, para muitas companhia, a redução de custos que pode compensar a queda na qualidade.

De acordo com os dados do mais recente inquérito “Future of Jobs” elaborado pelo World Economic Forum (WEF), até 2027 estima-se que sejam criados 69 milhões de postos de trabalho e eliminados 83 milhões, o que resultará numa diminuição líquida de 2% do emprego atual. Feitas as contas, significa isto que 14 milhões de postos de trabalho desaparecerão nos próximos cerca de cinco anos.

As macrotendências, incluindo a transição verde, os padrões ESG e a localização das cadeias de abastecimento, são os principais impulsionadores do crescimento do emprego, sendo que os desafios económicos, incluindo a subida da inflação, representam a maior ameaça. A tecnologia e a digitalização, por sua vez, são, simultaneamente, o motor da criação e da destruição do emprego.

Outro estudo recente do Goldman Sachs, citado pelo Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês), conclui que podem estar em risco cerca de 300 milhões de postos de trabalho nos países mais desenvolvidos. Segundo o estudo, advogados e funcionários administrativos estão entre os que correm maior risco de se tornarem redundantes.

Contudo, há uma outra interpretação possível. Só nos Estados Unidos e na Europa, cerca de dois terços dos trabalhadores estão expostos a algum grau de inteligência artificial. Muitos destes trabalhadores veriam menos de metade da sua carga de trabalho automatizada e, provavelmente, continuariam nos seus empregos, com parte do seu tempo dedicado a atividades mais produtivas. O estudo estima que isso aconteça com 63% da força de trabalho norte-americana, mas que 7% deverá tornar-se completamente vulnerável à substituição. O impacto deverá ser semelhante na Europa.

Além disso, o banco norte-americano indica que sistemas de inteligência artificial de criação de conteúdo, como o ChatGPT, podem desencadear um aumento de produtividade que acabará por aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) global anual em 7% em dez anos.

‘AI Anxiety’ (trabalhadores que receiam perder os seus empregos para a Inteligência Artificial)

A ansiedade de ser substituído no trabalho pela IA é mais real do que nunca, e já tem nome: ‘AI Anxiety’. À medida que as manchetes sobre robôs que roubam os empregos aos humanos aparecem e ferramentas de IA generativa, como o ChatGPT, se tornam rapidamente mais acessíveis, alguns trabalhadores começam a sentir-se ansiosos quanto ao seu futuro profissional e apreensivo sobre a relevância das competências que possuem.

Embora admita que ainda exista pouca informação relativamente à ansiedade associada à Inteligência Artificial, a psicóloga Rita Ferreira confirma que é algo “que se tem observado cada vez mais”.

“Acredito que a ausência ou escassa informação sobre esta temática gera ainda mais ansiedade. É importante que nos foquemos nos factos e não nas hipóteses, que não sabemos se irão ser realidade. É por este motivo que a educação face à IA é importante, ou seja, procurar informações que estejam atualizadas e sejam de confiança, ao invés de acreditar em todas as opiniões que se vão ouvindo nas redes sociais, meios de comunicação ou até por parte de pessoas próximas”, afirma a especialista, em declarações ao ECO Trabalho.

Acredito que a ausência ou escassa informação sobre esta temática gera ainda mais ansiedade. É importante que nos foquemos nos factos e não nas hipóteses, que não sabemos se irão ser realidade. É por este motivo que a educação face à IA é importante, ou seja, procurar informações que estejam atualizadas e sejam de confiança, ao invés de acreditar em todas as opiniões que se vão ouvindo nas redes sociais, meios de comunicação ou até por parte de pessoas próximas.

Rita Ferreira

Psicóloga

Claire trabalha em relações pública numa grande empresa de consultoria sediada em Londres há seis anos. Confortável com o salário que recebe e contente com a sua função, a profissional, de 34 anos, confessa que começou a sentir-se apreensiva quanto ao futuro da sua carreira. O motivo? A Inteligência Artificial.

“Acho que a qualidade do trabalho que produzo ainda não pode ser igualada por uma máquina”, começa por dizer Claire, cujo apelido não é revelado para proteger a sua identidade. “Mas, ao mesmo tempo, estou espantada com a rapidez com que o ChatGPT se tornou tão sofisticado. Mais alguns anos e consigo imaginar um mundo em que um robot faz o meu trabalho tão bem quanto eu. Detesto pensar no que isso poderá significar para a minha empregabilidade”, refere, em declarações à BBC (acesso livre, conteúdo em inglês).

Sara Roberts, professora associada na Universidade da Califórnia, especialista em trabalho digital, considera que estamos num “ponto de crise”. “A IA está a chegar aos empregos que deveriam de ser à prova de automação”, refere. Os especialistas falam numa fase de disrupção. E com diferenças substanciais comparativamente às revoluções anteriores.

“Em todas as ameaças de automação anteriores, a automação tinha a ver com a automatização dos trabalhos difíceis, desagradáveis e repetitivos”, explica Ethan Mollick, professor associado na Wharton School of Business, da Universidade da Pensilvânia. “Desta vez, a ameaça da automação visa diretamente os empregos mais criativos e com maiores salários, que (…) exigem uma maior formação académica“, continua.

O relatório da Goldman Sachs estima que 18% do trabalho a nível mundial possa ser automatizado pela IA, com os chamados trabalhadores de ‘colarinho branco’, como os advogados, em maior risco do que os que trabalham na construção ou na manutenção. “As profissões em que uma parte significativa do tempo dos trabalhadores é passada ao ar livre ou a realizar trabalho físico não podem ser automatizadas pela IA”, pode ler-se no relatório.

“Viva para quem é e para o que tem, não para o que poderá vir a acontecer”

A psicóloga ouvida pelo ECO Trabalho deixa um conselho: “Continue a viver para quem é e para o que tem, não para o que poderá vir a acontecer.” Mas o que isto significa exatamente?

Continuar a promover as suas habilidades, capacidades e qualidades, sendo que muitas das características humanas, não são, para já, possíveis de reproduzir pela IA, como, por exemplo, a empatia, a compaixão ou a criatividade. Olhar para a IA como uma ferramenta poderá também ajudar a desmistificar o seu peso e a ter maior contacto com as suas reais capacidades”, defende Rita Ferreira.

Continue a viver para quem é e para o que tem, não para o que poderá vir a acontecer. Desta forma, continuar a promover as suas habilidades, capacidades e qualidades, sendo que muitas das características humanas, não são, para já, possíveis de reproduzir pela IA, como, por exemplo, a empatia, a compaixão ou a criatividade. Olhar para a IA como uma ferramenta poderá também ajudar a desmistificar o seu peso e a ter maior contacto com as suas reais capacidades.

Rita Ferreira

Psicóloga

Portanto, concentre-se naquilo que pode controlar. Em vez de entrar em pânico com a possibilidade de perder o seu emprego para as máquinas, invista na aprendizagem de como trabalhar ao lado da tecnologia. Se passar a encará-la como um recurso e não como uma ameaça, tornar-se-á mais valioso para os potenciais empregadores, e sentir-se-á menos ansioso.

Se, mesmo assim, ainda considera que o surgimento da IA está a afetar de forma significativa o seu bem-estar emocional, a psicóloga recomenda que procure ajuda especializada. Através da sua página de Instagram, Rita Ferreira também partilha algumas técnicas e estratégias de autoconhecimento que podem ajudar a controlar a ansiedade, regular as emoções e gerir expectativas.

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Crescimento previsto de 3,3% no mercado publicitário deve-se maioritariamente à inflação, revela a Dentsu

O crescimento previsto de 3,3% deve-se à inflação dos preços da media, sendo que se o investimento fosse feito a preços constantes, a previsão era de que fosse registada uma ligeira redução de -0,6%.

As previsões apontam para que o mercado publicitário registe um crescimento de 3,3% este ano, embora este se deva maioritariamente à inflação e não a um efetivo crescimento no investimento no setor. Estas são algumas das conclusões do último relatório “Global Ad Spend Forecast 2023“, da Dentsu.

Segundo o relatório, o investimento em publicidade a nível mundial deve crescer 3,3% em 2023, atingindo a marca de 727,9 mil milhões de dólares (cerca de 677 mil milhões de euros), o que representa um crescimento mais lento do que o originalmente previsto pelo grupo, que apontava para os 3,5%, em dezembro de 2022.

Mesmo assim este crescimento geral deve-se à inflação dos preços de media, sendo que se o investimento fosse feito a preços constantes, a previsão era de que fosse registada uma ligeira redução de -0,6%.

No entanto, para 2024, espera-se um crescimento mais positivo e acelerado, de 4,7%, o que poderá permitir chegar à marca de 762,5 mil milhões de dólares (cerca de 709 mil milhões de dólares), num aumento de investimento que se prevê ser impulsionado por grandes eventos como o Campeonato Europeu de Futebol ou as eleições presidenciais dos EUA.

Na previsão de 2023, registam-se grandes reduções de crescimento de investimento, comparativamente a 2022, em setores como o automóvel (crescimento de 5,3% em 2023, enquanto em 2022 foi de 16,5%), farmacêutico (4% vs 16,2%) e de viagens/transportes (5%vs 46%).

As únicas duas categorias em que se prevê um crescimento de investimento são as de cosméticos/cuidados pessoais e de telecomunicações, onde se estima um crescimento inferior a 5%.

Já a região que apresenta maior crescimento é a região asiática do Pacífico (4,6%), seguida pelo continente americano (2,9%) e pela Europa, África e Médio Oriente (1,9%).

Em 2023, o investimento no setor em digital irá continuar a crescer, mas o crescimento é de apenas um dígito (para 7,8%), algo que só aconteceu duas vezes nos últimos 20 anos: em 2009, com a crise financeira, e em 2020, com a pandemia, refere o relatório da Dentsu. A agência adianta ainda que é esperado que o crescimento de um dígito no digital se torne a norma.

O investimento publicitário no digital deverá atingir a marca de 424,3 mil milhões de dólares (cerca de 394,7 mil milhões de euros) em 2023, representando 58,3% de todo o investimento publicitário. Esta percentagem tenderá a aumentar nos próximos anos, prevê a Dentsu, apontando para 59,1% (2024) e 60,3% (2025).

“Ainda existem alguns mercados, como a Índia, por exemplo, onde o potencial digital está na sua adolescência, que continuam a ver um rápido crescimento no investimento em digital – contribuindo para o crescimento global. Mas é também através de inovações em tecnologia, plataformas atualizadas, novos canais e mudanças nas ações de planeamento que manteremos esse crescimento consistente”, afirma ainda Peter Huijboom, CEO media international markets da Dentsu.

Investimento publicitário global, por setor, entre 2021 e 2025

Entre os restantes canais, as previsões da Dentsu apontam para uma queda no investimento publicitários em televisão este ano, esperando-se uma descida de -3,1%, num total de 170,2 mil milhões de dólares (158,3 mil milhões de euros), prevendo-se que retome o crescimento no próximo ano.

Entre os outros meios, estima-se crescimento, nomeadamente em out-of-home (3,8%), cinema (2,1%) e áudio (0,8%). Em imprensa o investimento em publicidade continua em rota descendente, prevendo-se que este ano registe um decréscimo de -4,8%.

Este padrão de investimento publicitário, no entendimento da Dentsu, pode levar a que o investimento em out-of-home supere o investimento em imprensa, podendo tornar-se no terceiro formato mais popular em 2026, refere Huijboom.

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Têxtil de Moreira de Cónegos fatura 18 milhões com roupa de cama

A Mi Casa Es Tu Casa, com três sócios ligados à indústria têxtil, exporta 98% da produção e emprega 45 pessoas em Moreira de Cónegos, prevendo chegar em cinco anos a vendas de 25 milhões de euros.

Fundada em 2013 por Joaquim Ferreira de Almeida (fundador e CEO da JF Almeida), Paulo Pacheco (diretor comercial da JF Almeida) e pelo empresário francês Frédéric Guiet — os três sócios estão ligados à indústria têxtil e detêm cada um 33,3% do capital, a Mi Casa Es Tu Casa faturou 18 milhões de euros em 2022. A empresa de Moreira de Cónegos (Guimarães), que comercializa roupa de cama, emprega 45 pessoas e exporta 98% da produção, quer chegar a vendas de 25 milhões num prazo de cinco anos.

“Na altura, Joaquim Ferreira de Almeida decidiu criar uma empresa para contemplar a gama de produtos da JF Almeida, com foco na roupa de cama. A Mi Casa Es Tu Casa apresenta-se como uma sister company da JF Almeida e, por si só, ganha alguma posição no mercado. No entanto, são empresas independentes e a JF Almeida não entra no capital”, esclarece ao ECO/Local Online a responsável financeira, Juliana Almeida.

A porta-voz adianta que a meta para os próximos cinco anos passa por atingir um volume de faturação de 25 milhões de euros, com esse aumento da faturação a “obrigar a um crescimento em termos de estrutura e equipa”. “Estamos a falar de contratar mais dez pessoas e possivelmente vai obrigar ao arrendamento ou aquisição de um novo pavilhão. Vamos crescendo devagarinho e percebendo as necessidades”, completa.

Joaquim Ferreira de Almeida decidiu criar uma empresa para contemplar a gama de produtos da JF Almeida, com foco na roupa de cama. A Mi Casa Es Tu Casa apresenta-se como uma sister company da JF Almeida e, por si só, ganha alguma posição no mercado.

Juliana Almeira

Diretora financeira da JF Almeida e da Mi Casa Es Tu Casa

A empresa minhota exporta praticamente a totalidade da produção para nove países, sendo os principais mercados França (representa 50% do volume de faturação), Espanha e Alemanha. La Redoute, Linvosges, Printemps e Emma são alguns dos principais clientes desta têxtil que ganhou o estatuto de PME Líder em 2022 e no ano anterior o galardão de PME Excelência.

O percurso da Mi Casa Es Tu Casa começou num pequeno escritório nas instalações da JF Almeida. A têxtil começou a crescer e alugaram um pavilhão com escritórios para a área comercial e armazém. Em 2019 precisou de comprar um pavilhão perto do estádio de futebol do Moreirense, num investimento aproximado de um milhão de euros, e dois anos depois, para fazer face à procura, adquiriu outro pavilhão, somando cerca de um milhão de euros ao investimento. A têxtil conta atualmente com uma área total de seis mil metros quadrados.

Juliana Almeida, diretora financeira da Mi Casa Es Tu Casa

A empresa está agora apostada em tornar-se mais sustentável e tem vindo a concretizar nos últimos anos algumas apostas nessa área, projetando já outros investimentos. Por exemplo, colocou painéis fotovoltaicos nas instalações, que permitem 35% dos consumos a partir de energia verde. Por outro lado, dentro de três anos quer renovar a frota para veículos 100% elétricos.

Juliana Almeida, filha do fundador da têxtil JF Almedida, é licenciada em Economia pela Universidade Católica, no Porto. Está há sete anos na indústria têxtil, tendo exercido sempre funções ao nível da administração, tanto na JF Almeida como na Mi Casa Es Tu Casa.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Ana Petronilho
  • 9 Junho 2023

Arrancam as comemorações oficiais do Dia de Portugal em Peso da Régua, sendo esta a cidade escolhida pelo Presidente da República – que está em África do Sul – como palco das cerimónias.

No mesmo dia em que arrancam as comemorações oficiais do Dia de Portugal em Peso da Régua, o Banco de Portugal divulga dados à emissão de títulos referentes a abril e Mário Centeno é o orador convidado numa palestra na Universidade dos Açores para debater os “Desafios da Economia Europeia”.

BdP divulga dados sobre emissão de títulos

O Banco de Portugal (BdP) divulga os dados relativos à emissão de títulos, referentes a abril deste ano. No mês anterior, as amortizações de títulos foram superiores às emissões em 1,6 mil milhões de euros e as amortizações de títulos de dívida superaram as emissões em 2,8 mil milhões de euros, de acordo com o último balanço da instituição liderada por Mário Centeno.

Trabalhadores dos portos em greve

Os trabalhadores dos portos voltam a estar em greve esta sexta-feira para reclamar aumentos salariais. A paralisação de 24 horas foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias e abrange os trabalhadores das administrações portuárias de todos os portos do país – Douro, Leixões, Viana do Castelo, Aveiro, Figueira da Foz, Lisboa, Setúbal, Sines, Algarve e Companhia Logística de Terminais Marítimos (terminal de Sines).

Arrancam comemorações do Dia de Portugal

Arrancam esta sexta-feira as comemorações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em território nacional. A cidade de Peso da Régua foi escolhida pelo Presidente da República – que vai estar em África do Sul – como palco das celebrações. A organização das comemorações é constituída por uma comissão presidida por João Nicolau de Almeida, um dos grandes enólogos do Douro, e que integra ainda o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, a Secretária-Geral da Presidência da República e o Chefe do Protocolo do Estado. O dia começa com o hastear da bandeira nacional, seguindo-se uma animação cultural representativa da Comunidade Intermunicipal do Douro, que agrega 19 municípios durienses, e um concerto, a bordo de um barco atracado ao cais da Régua, pela Orquestra Ligeira do Exército.

Em Espanha termina prazo para partidos apresentarem coligações

Termina o prazo para os partidos políticos espanhóis formarem coligações e têm até 19 de junho para apresentar as listas de candidatos para as eleições, antecipadas para 23 de julho após da derrota dos socialistas nas regionais e municipais. As legislativas estavam previstas para dezembro. O mapa regional e autárquico de Espanha deixou de ser dominado pelos socialistas com as eleições regionais e locais, que o PP ganhou.

Mário Centeno em palestra na Universidade dos Açores

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, é o convidado da Faculdade de Economia e Gestão, da Universidade dos Açores, para uma palestra que tem o mote dos “Desafios da Economia Europeia”. O evento conta ainda com a presença do vice-reitor para a Ciência, Inovação e Transferência de Conhecimento, Artur Gil, em representação da reitora, e do presidente da Faculdade de Economia e Gestão, João Teixeira. A sessão vai incluir um espaço para debate, que contará com a participação de empresários, economistas, gestores, estudantes e comunidade em geral.

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Candidaturas ao Sifide aumentaram 25% em 2022. Foram mais de 4.300

Foram submetidas mais de 4.300 candidaturas para ter incentivos fiscais ao investimento na Investigação e Desenvolvimento, referentes ao ano fiscal de 2022, segundo o Ministério da Economia e do Mar.

Há cada vez mais empresas a procurar apoios para a investigação e desenvolvimento (I&D). As candidaturas ao Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e ao Desenvolvimento Empresarial (Sifide), no âmbito das atividades em I&D, aumentaram mais de 25% face ao ano de 2021, avança o Ministério da Economia e Mar ao ECO.

“Em 2022, foram submetidas 4.391 candidaturas no âmbito do Sifide, o que representa um aumento acima de 25% em relação ao ano anterior”, indica fonte oficial do gabinete de António Costa Silva.

Em causa estão as candidaturas referentes ao ano fiscal de 2022, que abriram em março e se prolongaram até 31 de maio de 2023. Este incentivo é gerido pela Agência Nacional de Inovação (ANI) e permite às empresas com atividades de I&D recuperar parte do investimento através de crédito fiscal.

O Sifide tem uma taxa base para dedução fiscal ao lucro tributável de 32,5% das despesas de I&D, sendo que, além disso, aplica-se uma taxa incremental de 50% do aumento desta despesa em relação à média dos dois anos anteriores, até ao limite de 1,5 milhões de euros. Desta forma, este apoio pode significar a recuperação até 82,5% do investimento em I&D, nota a ANI no seu site.

Importa recordar que têm sido identificados abusos através da utilização de uma dupla dedução do benefício concedido, sobretudo no âmbito de investimentos indiretos (através de fundos), pelo que o Executivo avançou com propostas de alteração para tornar mais apertadas as regras de utilização deste incentivo. Na auditoria da Inspeção Geral de Finanças, foram identificados 3,19 milhões de euros de crédito fiscal indevido.

Na proposta do Executivo, aprovada pelo PS, as empresas passam a ser obrigadas a deter as unidades de participação no fundo durante dez anos e não cinco como até aqui. É aumentada a exigência da percentagem mínima do investimento do fundo em empresas dedicadas a I&D de 80% para 90%, mas reduz os prazos de investimento pelo fundo nestas empresas de cinco para três anos.

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Advogados vão fazer greve a atos urgentes nos tribunais contra nova Lei das Ordens Profissionais

Advogados vão intentar ação no Tribunal Europeu, vão pedir a fiscalização da constitucionalidade ao TC e ainda ações de protesto à porta dos tribnais pelo país todo.

Os advogados já decidiram quais serão as medidas que a classe vai implementar para evitar que a nova Lei das Ordens Profissionais se concretize nos moldes que o Governo pretende. Uma dessas medidas passa por avisar a ministra da Justiça de que os advogados podem parar a Justiça, “não comparecendo em nenhum ato urgente no âmbito do processo penal, nomeadamente em primeiro interrogatório de arguido detido, pelo tempo que se revelar necessário”.

As propostas constam das conclusões da Assembleia Geral Extraordinária, realizada a 6 de junho, em que votaram cerca de 2200 advogados, menos de 10% dos advogados a exercer em Portugal. “As medidas serão aplicadas em tempo oportuno, de acordo com as necessidades, e devidamente comunicadas aos colegas por parte do Conselho Geral”, diz o mesmo comunicado.

Apesar disso, segundo o comunicado assinado por Fernanda de Almeida Pinheiro e o Conselho Geral da OA a que preside, esta reunião “foi uma das mais participadas de sempre, tendo representado uma clara demonstração de força e união da Advocacia contra o ataque resultante das alterações à Lei das Associações Públicas Profissionais e das recomendações expressas pela Autoridade da Concorrência a respeito do futuro da profissão. Estiveram presentes ou fizeram-se representar mais de 2 mil advogados/as, que manifestaram a sua indignação contra o desrespeito e ingerências de que a profissão tem sido alvo, e que apresentaram diversas medidas de protesto e reação”.

Assembleia Geral Extraordinária decorreu no dia 6 de Junho, no Salão Nobre da Ordem dos Advogados.

E que medidas vão ser tomadas pela advocacia?

  • Realização de uma carta aberta para ser subscrita por todos os advogados, dirigida ao Conselho de Ministros, ao Presidente da República e à Comissão Europeia, para reforçar a essencialidade do Advogado na defesa do Estado do Direito e dos Direitos, Liberdades e Garantias dos cidadãos, bem como para defender os atos próprios e independência da advocacia.
  • Campanha de sensibilização junto da opinião pública, nomeadamente através dos meios de comunicação social, com a mesma finalidade do ponto anterior.
  • Ação de protesto (vigília) à porta dos Tribunais, nos tribunais da cidade de cada Conselho Regional e, se possível, nos tribunais das capitais de Distrito, às segundas-feiras, às 14h, durante uma hora, com a presença da bastonária e de todos os advogados que queiram aderir ao protesto, atrasando o início das diligências processuais nesse tribunal.
  • Presença da bastonária no ato de distribuição de processos, nos tribunais da cidade de cada Conselho Regional, lavrando protesto em ata.
  • Reunir com o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, a presidente do Supremo Tribunal Administrativo e a Procuradora Geral da República, para expor as medidas de protesto adotadas pela advocacia.
  • Apresentação por cada advogado, pelo menos em cinco processos em que tenha intervenção, de declaração de protesto (em requerimento escrito ou verbal), em nome próprio e em cumprimento da deliberação da Assembleia Geral dos Advogado, requerendo ao dominus do processo (Juiz ou Magistrado/a do Ministério Público) que se oficie ao Primeiro Ministro, à Ministra da Justiça e ao Presidente da República.
  • Recomendar a todos os advogados que sejam chamados em escalas de prevenção que apenas compareçam no tribunal no final do prazo de uma hora.
  • Solicitar à Provedoria da Justiça e ao Presidente da República que seja requerida a fiscalização preventiva da constitucionalidade da Lei de alteração dos Estatutos da Ordem dos Advogados.
  • Intentar ação judicial junto do TJUE, por força da violação da Diretiva (UE) 2018/958 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 28 de Junho de 2018, e sensibilização para o protesto junto das instituições congéneres da Ordem dos Advogados, a nível europeu.
  • Advertir a Ministra da Justiça que os advogados podem parar a Justiça, não comparecendo em nenhum ato urgente no âmbito do processo penal, nomeadamente em primeiro interrogatório de arguido detido, pelo tempo que se revelar necessário.
  • A AG deliberou ainda mandatar o Conselho Geral e a Bastonária para adotar e executar quaisquer diligências e medidas de afirmação do Estado de Direito, e de exercício do Direito de Resistência ao desvirtuamento dos atos próprios da advocacia, do mandato forense e da proteção jurídica ancorados na Constituição da República Portuguesa.

Se for preciso fazer parar a justiça, fá-lo-emos”, disse a bastonária, à saída da reunião, mandatada pela classe que representa para exercer o direito constitucional de resistência.

Diz este direito à resistência, previsto no artigo 21º da Constituição da República Portuguesa, que “todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública”.

“É literalmente com isto que nos querem deixar: uma toga para enfeitar”, diz a bastonária e o seu Conselho Geral, em comunicado divulgado à classe, dias antes da reunião. “Permitir que os atos próprios sejam praticados por não advogados; substituir cada vez mais a consulta jurídica por ferramentas de inteligência artificial; desjudicializar a justiça ao máximo e criar formas processuais que dispensem a intervenção de advogado. Todos estes assuntos estão neste momento em cima da mesa e a ganhar cada vez mais força. É hora de agirmos! Não podemos, como sucedeu no passado recente, esperar para ver o que acontece e depois tentar reverter factos consumados”, diz o mesmo comunicado.

A bastonária defende que, está neste momento a ser elaborada, “não por nós, mas por tecnocratas sem conhecimento efetivo da profissão, uma alteração profunda ao nosso Estatuto Profissional. Sabemos o que pretende a Autoridade para a Concorrência (cuja opinião está vertida no relatório em anexo) e sabemos o que consta na nova Lei das Associações Públicas Profissionais. Não podemos esperar para ver! Temos de agir já! Que o dia 6 de junho seja também o nosso Dia D”, concluiu.

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IBM quer abrir centro de computação quântica em Portugal este ano

"Quero abrir este ano um Quantum Innovation Center em Portugal", revelou o presidente da IBM Portugal. Projeto só avança depois de a empresa inaugurar outro centro de inovação, o sexto no país.

A IBM Portugal prepara-se para instalar no país, ainda este ano, um centro de inovação na área da computação quântica, além do sexto centro de inovação que a empresa vai abrir em breve na região Centro do país. Segundo o presidente da IBM Portugal, o Quantum Innovation Center terá “uma ligação nevrálgica” ao centro de computação quântica do grupo em Poughkeepsie (EUA). Ricardo Martinho espera que o projeto ajude Portugal a dar passos nesta tecnologia emergente, tornando-se mais competitivo.

“Quero abrir este ano um Quantum Innovation Center em Portugal”, revelou o gestor português durante uma entrevista ao ECO. O plano é “criar, não só para as instituições de ensino, mas também para o ecossistema empresarial, as condições chave para começarem a ter contacto com a computação quântica e a experimentar os use cases que podem fazer a diferença”, detalhou.

De acordo com Ricardo Martinho, a IBM ainda está “à procura da melhor forma” para levar este projeto a bom porto. “Vou iniciar as minhas conversações com a parte governamental, que aqui é fundamental. A empresarial foi feita. Há interesse e investimento. Estamos a iniciar também a conversa com as instituições de ensino relevantes que possam fazer a diferença”, sublinhou o presidente da IBM Portugal.

O líder da unidade portuguesa da IBM explica que um centro com estas características “só funciona se for uma rede completa”, envolvendo Governo, administrações locais e universidades, com uma visão comum para colocar Portugal no mapa da computação quântica. “Isto tem de estar ligado a um conjunto de instituições de ensino, que são elas que, tipicamente, fazem depois a gestão do centro”, acrescentou.

“Agora, tem de haver uma vontade e tem de se dar o primeiro passo. O primeiro passo vai ser dado em 2023: vamos abrir este Quantum Innovation Center em 2023, sim ou sim? Esperaria era que isto tivesse uma grande aceitação e que fosse uma causa comum. Não tem nada a ver com a IBM. Isto é mais do que ser a IBM”, frisou Ricardo Martinho.

O gestor não revelou quanto é que a IBM Portugal tem para investir neste centro, nem qual será a localização. Quanto a recursos humanos, disse apenas que será necessário “contratar muitas pessoas”, embora a IBM conte também com a ligação às universidades e às empresas para que “dediquem recursos a esta iniciativa”.

Ao nível do calendário, a abertura do Quantum Innovation Center em Portugal acontecerá sempre após a IBM inaugurar o sexto centro de inovação tecnológica em Portugal, depois das unidades que tem vindo a instalar ao longo dos últimos anos em Tomar, Viseu, Fundão, Portalegre e Vila Real. O responsável confirmou que esse sexto polo descentralizado da IBM em Portugal será na zona Centro do país, mas não quis adiantar ainda qual o município selecionado.

“Espero que possamos anunciar muito em breve essa abertura. Vai ser em 2023, como tínhamos estabelecido. Temos tudo pronto do nosso lado. Temos as coisas já estabelecidas internamente e agora estamos a ultimar com as outras entidades”, declarou Ricardo Martinho na mesma entrevista, quando questionado acerca dos planos para abrir um sexto centro, noticiados pelo Jornal de Negócios em novembro de 2022. O objetivo é contratar entre 150 a 200 pessoas, apesar de o gestor reconhecer que há uma escassez de talento disponível no mercado.

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PSD quer debate de urgência sobre privatização da Efacec

  • Lusa
  • 8 Junho 2023

O PSD vai pedir o agendamento para quarta-feira de um debate parlamentar de urgência sobre a privatização da Efacec, por considerar que o Governo deixou várias perguntas por responder.

O PSD vai pedir o agendamento para quarta-feira de um debate parlamentar de urgência sobre a privatização da Efacec, por considerar que o Governo agiu com opacidade e que o ministro da Economia deixou várias perguntas por responder. Em declarações à agência Lusa, o deputado do PSD Paulo Rios de Oliveira afirmou que, no caso da Efacec, “tudo foi dito e garantido aos portugueses de que era uma operação de curto prazo, em que o Estado nacionalizava para salvar a empresa e imediatamente entregar a um privado, era uma operação curta – isto foi em julho de 2020“.

O social-democrata referiu que o Governo “já anunciou a venda [da Efacec] em 2022 e depois não se concretizou“, manifestando-se “verdadeiramente preocupado” com a conferência de imprensa do ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, desta quarta-feira, na qual anunciou que o executivo tinha aprovado a proposta da alemã Mutares. Na ótica do deputado, as declarações do ministro deixaram “perguntas, preocupações e perplexidades“.

Primeiro, não anunciaram a venda, anunciaram o projeto de venda. Quanto é que vai pagar? Não sabemos. Qual é o projeto? Não sabemos. Qual é a necessidade de envolvimento de mais credores para o projeto ser aceite? Não sabemos. Qual é o modelo criativo que vai permitir ao Estado recuperar aquilo que lá pôs? Não sabemos. Até que ponto? Não sabemos“, enumerou Paulo Rios de Oliveira.

“Uma conferência de imprensa cheia de opacidade. O PSD não aceita esta forma de governar, nunca aceita, e por maioria de razão não aceita num caso destes e especialmente numa empresa que está a custar aos portugueses mais de 10 milhões de euros por mês. Isto não é aceitável e o local próprio para debater este assunto é o parlamento”, acrescentou.

De acordo com o Regimento da Assembleia da República, é obrigatória a presença do Governo em debates de urgência, “através de um dos seus membros“, e os sociais-democratas esperam que seja o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, a comparecer no parlamento.

O Regimento prevê que “em cada quinzena pode realizar-se um debate de urgência a requerimento potestativo de um grupo parlamentar”.

As regras parlamentares definem ainda que o debate é requerido ao presidente da Assembleia da República, com indicação do tema, “a partir da sexta-feira da semana anterior e até às 11 horas do próprio dia em relação aos debates que se pretende agendar para a sessão plenária de quarta-feira e quinta-feira”.

Na quarta-feira, em conferência de imprensa, em Lisboa, o ministro da Economia e do Mar assegurou que a proposta da alemã Mutares foi “meticulosamente analisada“, garantindo que dá ao executivo “conforto” quanto ao futuro e manutenção da Efacec enquanto “um grande projeto industrial e tecnológico”. Mas não divulgou quaisquer dados sobre as condições do negócio.

No dia 11 de abril, a Parpública anunciou ter recebido propostas vinculativas melhoradas de quatro candidatos à compra de 71,73% da Efacec, no âmbito do processo de reprivatização da empresa. As propostas vinculativas melhoradas foram apresentadas pela Mutares, Oaktree, Oxy Capital e Agrupamento Visabeira-Sodecia.

O Governo aprovou em novembro do ano passado um novo processo de reprivatização da participação social do Estado de 71,73%, com um novo caderno de encargos, depois de ter anunciado em 28 de outubro que a venda da Efacec ao grupo DST não foi concluída por não se terem verificado “todas as condições necessárias” à concretização do acordo de alienação.

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Bolsa de Lisboa fecha feriado em alta. Mota-Engil dispara 9%

A Mota-Engil foi a estrela da sessão, ao disparar 8,88%, para 2,145 euros, um dia depois de ter assinado novos contratos de 890 milhões de euros no Brasil, México e Peru.

O feriado nacional foi dia de ganhos para a Bolsa de Lisboa. Com os alicerces da Mota-Engil, o principal índice nacional cresceu 0,62%, para 5.953,65 pontos. Entre as 16 cotadas, 11 ganharam valor, a Ren estabilizou nos 2,54 euros e verificaram-se ainda quatro descidas.

A Mota-Engil foi a estrela da sessão, ao disparar 8,88%, para 2,145 euros. Uma nota da área de investimento do CaixaBank/BPI estima que as ações da construtora possam atingir os 4,78 euros, revisão 23% em alta face à previsão anterior, de 3,89 euros. A mesma equipa antecipa que o EBITDA da Mota-Engil atinja “níveis históricos” no final deste ano.

A nota foi divulgada um dia depois da assinatura de novos contratos, de 890 milhões de euros, no Brasil, México e Peru serviram como um convite para os investidores apostarem na empresa de construção.

Também em destaque estiveram a Altri (+2,11%, 4,064 euros), a Ibersol (+1,4%, 7,22 euros) e a Jerónimo Martins (+1,33%, 24,34 euros). Nos pesos pesados, o BCP somou 0,62% (21,11 cêntimos), a EDP cresceu 0,54% (4,636 euros) e a Galp aumentou 0,42% (10,66 euros).

A Greenvolt foi a empresa que mais desceu, tendo perdido 1,03% (6,23 euros). Os papéis da Nos cederam 0,63% (3,458 euros).

A Bolsa de Lisboa teve uma subida mais robusta do que algumas das principais congéneres europeias: o alemão DAX somou 0,22%, o francês CAC-40 cresceu 0,27% e o italiano MIB aumentou 0,92%. O britânico FTSE-100 e o espanhol IBEX-35 foram as exceções, tendo cedido 0,31% e 0,17%, respetivamente.

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Tesla em negociações para fábrica de carros em Valência

  • ECO
  • 8 Junho 2023

Marca estará em conversações com governo regional de Valência para criar uma fábrica de automóveis, num investimento que poderá atingir os 4,5 mil milhões de euros.

A Tesla está a negociar a construção de uma fábrica de automóveis na região espanhola de Valência. Em causa poderá estar um investimento de 4,5 mil milhões de euros, que contará com a ajuda do plano de incentivos do Governo de Espanha.

Um porta-voz do governo regional admitiu à Reuters que têm decorrido negociações para um “grande investimento automóvel”, embora sem dar detalhes. Citando fontes próximas do processo, o jornal Cinco Días (acesso livre) refere que é a Tesla que pretende instalar-se numa região onde o grupo Volkswagen irá investir 10 mil milhões de euros numa fábrica de baterias de 40 GWh, que entrará em produção a partir de 2026.

Até agora, a Tesla conta apenas com uma fábrica na Europa, em Brandeburgo, na região de Berlim, com capacidade para produzir 4.000 automóveis elétricos por semana.

Além de Espanha, Elon Musk, líder da marca, também estará interessado no mercado francês, tendo mesmo tido uma reunião na semana passada com o Presidente, Emmanuel Macron.

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