Portugal contraria UE e regista segunda maior subida das emissões de CO2 na produção de energia fóssil

As emissões de CO2 provenientes da produção de energia com base em combustíveis fósseis diminuíram 2,8% em 2022, em toda a UE. Em Portugal, as emissões foram as segundas mais altas do bloco.

As emissões de dióxido de carbono (CO2) provenientes da combustão de combustíveis fósseis para fins energéticos desaceleram em toda a União Europeia, em 2022. Portugal, em sentido contrário, viu estas emissões subirem, tendo sido classificado como o segundo país com maior aumento destas emissões na UE, naquele período.

De acordo com as estimativas divulgadas esta sexta-feira, pelo Eurostat, as emissões de CO2 provenientes da produção de energia com base em petróleo, produtos petrolíferos, gás natural, carvão e turfa, abrandaram 2,8% face a 2021, para um total de 2,4 gigatoneladas (Gt).

Olhando para o desempenho dos Estados-membros, o gabinete de estatística europeu indica que, em 2022, estas emissões diminuíram em 17 países do bloco europeu. A maior diminuição foi registada nos Países Baixos (-12,8%), seguida do Luxemburgo (-12%), da Bélgica (-9,7%) e da Hungria (-8,6%).

Por outro lado, a Bulgária registou o maior aumento das emissões de CO2, cerca de 12%, seguida de Portugal que viu as emissões subirem 9,9%. Em Malta, as emissões subiram mais de 4%.

Os dados mostram que a Alemanha, por si só, é responsável por um quarto das emissões totais de CO2 da UE resultantes da combustão de fósseis para fins energéticos. Já a Itália e a Polónia (cada uma com 12,4%), e a França (10,7%) vêm a seguir na lista dos maiores emissores de CO2 da UE em 2022.

As emissões de CO2 provenientes da utilização de energia são um dos principais fatores que contribuem para o aquecimento global e representam cerca de 75% de todas as emissões de gases com efeito de estufa produzidas pela humanidade na União Europeia.

As emissões de CO2 são emitidas aquando da combustão de combustíveis fósseis. Por exemplo, a utilização de gás natural importado para a produção de eletricidade conduz a um aumento das emissões no país que importou o gás. Em contrapartida, as importações de eletricidade não afetam as emissões do país, uma vez que estas são registadas no país onde a eletricidade foi produzida.

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Subir prémios a gestores não afasta benefício em IRC

  • ECO
  • 9 Junho 2023

Empresas que subirem o leque salarial estão excluídas do benefício em IRC, mas as remunerações variáveis não fazem parte dos critérios estabelecidos pelo Governo.

O cálculo do leque salarial de uma empresa, para efeitos de acesso ao benefício fiscal do incentivo à valorização salarial, em IRC, deve ter em conta a remuneração de todos os trabalhadores, incluindo de administradores e gestores. Porém, só contará para este cálculo a remuneração fixa, o que significa que, caso estes últimos tenham, por exemplo, aumentos através da atribuição de prémios, a empresa não fica excluída do benefício fiscal em IRC, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago).

Tecnicamente, o incentivo fiscal à valorização salarial já está em vigor, mas persistem dúvidas relativamente à sua aplicação. Por isso, o Governo entregou esta proposta esta semana aos parceiros sociais, ainda na sequência do acordo de rendimentos celebrado em outubro passado e da inclusão no Orçamento do Estado para 2023 deste benefício fiscal, que prevê uma majoração em IRC de 50% dos encargos salariais relativos a aumentos superiores a 5,1% (e acima do salário mínimo nacional).

No entanto, a orientação agora proposta poderá levar a um aumento das desigualdades salariais dentro das empresas, pelo facto de a forma de apurar o leque salarial ser flexibilizada por diversas vias. Ou seja, aumentos variáveis como atribuição de bónus, participações nos resultados das empresas, prémios de desempenho, gratificações de balanço, entre outros, mesmo que excedam os tais 5,1%, não serão contabilizados para efeitos de leque salarial.

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O envolvimento da comunidade em debate no Porto

  • BRANDS' ECO
  • 9 Junho 2023

O próximo Ciclo de Conversas acontece já no dia 15 de junho, às 18 horas, no Porto Innovation Hub. Esta é a quinta de 10 conferências, organizadas pela Câmara do Porto, sobre neutralidade carbónica.

A quinta conferência do “Ciclo de Conversas – Rumo à Neutralidade Carbónica 2030” irá decorrer na próxima quinta-feira, dia 15 de junho, pelas 18 horas, no Porto Innovation Hub.

Esta iniciativa decorre no âmbito do Pacto do Porto para o Clima e pretende incentivar a implementação de projetos com vista a que o Porto consiga alcançar a neutralidade carbónica já em 2030.

“O envolvimento da comunidade” é o tema da próxima sessão, moderada por Daniel Freitas, Diretor para a Neutralidade Carbónica do Porto, na qual será abordado o papel dos cidadãos na promoção da sustentabilidade, de forma a que estes deixem de ser meros observadores para se tornarem agentes ativos, empenhados e decisivos.

Principalmente as gerações mais novas, um pouco por todo o mundo, têm vindo a envolver-se cada vez mais nas questões do foro ambiental e climático. E os governos nacionais e locais reconhecem, através do discurso e de diferentes iniciativas, a importância do envolvimento da comunidade nesta matéria e têm procurado criar espaços de discussão, capacitação e inclusão.

Mas este não é um papel somente reservado ao poder político: o setor privado tem dado sinais de que a crescente preocupação dos indivíduos e o seu interesse pela sustentabilidade dos territórios e do planeta faz diferença na hora de promover modelos de negócio mais sustentáveis, produtos mais amigos do ambiente e serviços que reduzam significativamente o impacto negativo nos ecossistemas.

Ao nível local, o município do Porto tem procurado dinamizar algumas comunidades e tem desempenhado um papel de agente facilitador e mobilizador em diferentes contextos. Mas, tão importante como o envolvimento direto dos cidadãos é o trabalho em rede com múltiplos parceiros existentes na cidade, que são veículos determinantes na participação ativa, nos processos de capacitação e na sensibilização para a necessária mudança de comportamentos.

O envolvimento da comunidade é visível em vários setores da cidade, tais como o Pacto da Queima das Fitas para o Clima, promovido pela Federação Académica do Porto, que demonstra a forma como os mais jovens podem contribuir em prol da sustentabilidade, mas também o VIVALab, que adota uma abordagem diferenciada para envolver os cidadãos de várias idades de forma criativa e inovadora e, ainda, a Vintage for a Cause, que alia a inclusão e a economia circular.

Para debater estes e outros temas, a quinta conferência do Ciclo de Conversas contará com a presença de Ana Gabriela Cabilhas, Presidente da Federação Académica do Porto; Helena Silva, Diretora Executiva da Vintage for a Cause, e João Leão, Co-fundador do VIVALab.

As inscrições são gratuitas, mas limitadas aos lugares disponíveis. Os interessados podem efetuar reserva aqui.

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Urgências e privados vão poder passar baixas

  • Lusa
  • 9 Junho 2023

Urgências hospitalares e setor privado vão poder passar baixas. Algumas licenças por cancro poderão ser alargadas para três meses, anunciou o diretor-executivo do SNS.

“Numa segunda linha, vai ser possível adquirir baixas nos serviços de urgência, algo que estava vedado por lei. Neste momento, está já em circuito legislativo um diploma que visa permitir que os hospitais possam emitir baixas médicas, de forma a impedir que um doente parta uma perna, vá para casa, e depois tenha de ir ao médico de família para alguém lhe passar a baixa”, avançou esta sexta-feira o diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Em entrevista ao jornal Expresso, seis meses depois de ter entrado em funções, Fernando Araújo destacou que também será possível obter baixas médicas no setor privado, que estava igualmente vedado, adiantando que o que se pretende é que estas medidas sejam “uma realidade este ano“. O responsável avançou ainda que outra medida é que algumas baixas para doenças como cancros sejam alargadas para três meses. O objetivo é desburocratizar os cuidados de saúde primários.

O objetivo é que os doentes não tenham de ir todos os meses ao médico de família renovar a baixa. Estamos neste momento a trabalhar também em relação aos certificados médicos para obtenção de cartas de condução. No mês de julho iniciar-se-ão dois projetos-piloto em duas Unidades Locais de Saúde (ULS), a de Matosinhos e a do Alto Minho.

Fernando Araújo

Diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS)

“O objetivo é que os doentes não tenham de ir todos os meses ao médico de família renovar a baixa. Estamos neste momento a trabalhar também em relação aos certificados médicos para obtenção de cartas de condução. No mês de julho iniciar-se-ão dois projetos-piloto em duas Unidades Locais de Saúde (ULS), a de Matosinhos e a do Alto Minho”, contou. Fernando Araújo explicou que, em vez de o doente ir ao médico de família, nas Unidades Locais de Saúde haverá um espaço para esse fim.

Na entrevista, o responsável avançou igualmente com duas medidas relacionadas com as farmácias. “Nós em Portugal temos a mania de infernizar com papéis. Quero retirar isso tudo. A rede de farmácias tem uma enorme capilaridade no país”, afirmou. Portanto, completou o responsável, “a primeira medida tem a ver com medicação crónica e espero que seja lançada em agosto ou setembro: Se o médico de família assinalar uma determinada medicação como crónica, para uma doença como a diabetes ou a hipertensão, por exemplo, o doente vai deixar de precisar de ir todos os meses ou a cada três meses ao médico buscar receitas. A farmácia pode dar-lhe o número de caixas adequadas para aquele mês, perto de casa, e por vezes na mesma rua”.

O diretor-executivo do SNS disse ainda que no próximo inverno se pretende que as farmácias possam vacinar as pessoas com mais de 65 anos para a gripe e para a Covid-19 em conjunto com os centros de saúde. “Queremos que se tornem pontos de vacinação. O utente, pela idade, não precisará de receita médica nem de ir ao médico de família. Apenas apresentará o cartão de cidadão”, sublinhou.

Na entrevista Fernando Araújo garantiu também que os blocos de partos não vão fechar durante o verão, destacando que se for necessário os hospitais privados serão ativados numa lógica de complementaridade. “Desde janeiro que começámos a pensar no verão, sendo que, neste caso, houve duas grandes maternidades que tivemos de fechar para obras — a maternidade do Centro Hospitalar do Oeste e a de Lisboa Norte (Santa Maria), esta última bastante diferenciada e que nunca tinha tido obras desde há 60 anos. O mais importante é que as equipas mostraram-se disponíveis para trabalhar noutros locais, do Oeste para Leiria, por exemplo, em que não havia regime legal que as obrigasse a isso”, disse.

Questionado sobre se consegue dar garantias de que não vão encerrar blocos de parto, Fernando Araújo diz: “Sim. É algo que conseguimos descartar”. Mais, prosseguiu o responsável: “No entanto, era importante acrescentarmos um nível de segurança para o caso de ser necessário. Então, discutimos com os privados a questão de poderem aderir ao processo, sempre numa lógica de complementaridade“. Ou seja, explicou, “eles irão ser ativados apenas quando e se o sistema estiver saturado de alguma forma. O INEM irá avaliar as situações, do ponto de vista médico e, caso os blocos de parto não possam receber mais ninguém, acionam um dos privados”.

Fernando Araújo adiantou que os hospitais da Luz, a CUF e o Lusíadas aderiram de forma voluntária ao processo, tendo as adendas sido assinadas na semana passada.

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Preço do gás natural sobe quase 5% e negoceia acima dos 28 euros por MWh

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9 Junho 2023

Os preços do contrato de gás de referência na Europa fecham a semana com um novo aumento significativo, ainda na sequência do recente anúncio de Riade de que vai cortar a produção de petróleo.

Depois da forte valorização no início da semana, os preços do gás natural europeu estão novamente a negociar em alta esta sexta-feira, embora ainda longe dos níveis registados no ano passado, quando o contrato de referência tocou máximos históricos.

Pelas 9h12, o contrato de gás TTF para entrega em julho, negociado em Amesterdão e que serve de referência para o mercado europeu, está a valorizar 4,47% para 28,15 euros por megawatt-hora (MWh), de acordo com a base de dados Barchart. Nos últimos cinco dias, acumula ganhos de 18,20%.

Evolução do preço do gás nos últimos três meses

Fonte: Barchart

Apesar da subida, os preços ainda estão abaixo dos 30 euros por MWh, mas, segundo o Goldman Sachs, o recente desempenho do contrato de referência na Europa “sublinha o forte posicionamento curto no mercado”, uma vez que houve “pouca ou nenhuma mudança nos fundamentos europeus ou globais do gás”.

Por esta razão, o banco de investimento nota que “o sistema continua vulnerável a acontecimentos imprevistos que podem apertar os equilíbrios globais do gás”.

O Goldman Sachs relaciona a subida dos preços do gás com o anúncio da Arábia Saudita de que vai cortar a produção de petróleo em um milhão de barris por dia, contrariando os outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+).

Nesse sentido, “mesmo que o petróleo tivesse subido, a ligação fundamental entre o petróleo e os preços do gás na Europa enfraqueceu substancialmente ao longo dos anos”, explica o banco.

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Há seis tribunais que não fizeram julgamentos em 2022

  • ECO
  • 9 Junho 2023

Seis tribunais de proximidade não fizeram julgamentos em 2022. Ministério Público aponta falta de obras nos respetivos edifícios em dois destes tribunais. Os restantes ficam por explicar.

Há seis tribunais de proximidade que deixaram de fazer julgamentos, embora a lei os imponha como obrigatórios. Em dois destes casos, a justificação aponta para a falta de obras nos respetivos edifícios, mas nos restantes quatro não é apresentado um motivo plausível para as populações terem sido afastadas do acesso à Justiça, noticia esta sexta-feira o Público (acesso condicionado).

O Ministério da Justiça garante haver normalidade nesta espécie de balcões de atendimento ao público sem juiz residente, onde é obrigatória a realização de julgamentos de delitos com pena até cinco anos de cadeia. “A não realização de julgamentos decorre da ausência de marcação de julgamentos cuja realização deva ser assegurada nesses juízos. Os constrangimentos pontuais registados não são impeditivos dessa atividade, com exceção de Penamacor, onde não se realizam julgamentos desde 2021, em virtude de as instalações carecerem de intervenção, já sinalizada pelos serviços, e que se está a procurar resolver”, avançou fonte oficial do Ministério da Justiça.

O presidente da Associação Sindical de Juízes Portugueses, Manuel Ramos Soares, frisa que a eficiência e a produtividade não podem servir de justificação para o que está a ocorrer no país. De acordo com o Ministério da Justiça, os 41 tribunais de proximidade existentes no país realizaram 1.396 julgamentos cíveis e criminais.

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Incentivos a cirurgias permitem recordes em 2023, mas 30% ainda são tratados fora de tempo

  • ECO
  • 9 Junho 2023

Contabilizam-se 250 mil cirurgias no SNS até maio deste ano graças aos incentivos que permitem recordes em 2023, mas 30% ainda são tratados fora de tempo.

Até maio deste ano contabilizaram-se cerca de 250 mil cirurgias nas unidades do Serviço Nacional da Saúde (SNS), mais 20 mil do que no mesmo período de 2022. O presidente da Associação dos Administradores Hospitalares, Xavier Barreto, relaciona este número com os incentivos à produção adicional, fora do horário de trabalho, com vista à recuperação das listas de espera. Mas estes incentivos podem terminar a 30 de junho, avança o Diário de Notícias (acesso pago).

Com o objetivo de se recuperar as listas de espera nas cirurgias, proteladas por causa da pandemia da Covid-19, o Governo aprovou uma portaria para abranger a produção adicional, fora do horário de trabalho. O regime — que foi revisto em janeiro de 2023 e será mantido até 30 de junho — possibilitou atingir, em 202, “o maior número de sempre de intervenções no SNS”, ou seja, 758.000. Também possibilitou que, nos primeiros quatro meses de 2023, se tivesse alcançado um recorde de 246.541, quando comparado com o igual período dos últimos quatro anos.

Este é “um número histórico de doentes operados, o maior de sempre quando comparamos os registos dos períodos homólogos dos anos anteriores”, refere a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) que desconhece o número real de doentes em lista de espera. Já segundo o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), a percentagem de doentes operados fora do tempo adequado (180 dias) ascende a 30% e 20% para os doentes que aguardam uma primeira consulta. O Diário de Notícias adianta que 69,1% dos 218.000 doentes inscritos para cirurgias em 2022 foram atendidos em tempo adequado. Já dos 241.000 inscritos em 2023, foram atendidos neste tempo 72%.

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Fundos Horizon e RiverRock compram Euroscut Açores

O fundo liderado por Sérgio Monteiro e Nuno Alves comprou a Euroscut Açores em parceria com o fundo RiverRock à Cintra, Ferrovial. Investimento é da ordem dos 40 milhões de euros.

O Fundo de infraestruturas Horizon, de Sérgio Monteiro e Nuno Alves, avançou para a compra de 89.2% da Euroscut Açores em parceria com o fundo RiverRock, num investimento de 42,6 milhões de euros, apurou o ECO junto de fonte conhecedora da operação. A Euroscut Açores é uma concessão que opera um troço de 94 km na Ilha de S. Miguel e liga Ponta Delgada e Vila Franca do Campo ao Nordeste, até 2036, e era controlada pela Cintra, Ferrovial.

A finalização do negócio da Euroscut Açores — uma Concessão adjudicado em 2006 e é a única autoestrada concessionada na Região Autónoma dos Açores — estará agora sujeita a um conjunto de autorizações, nomeadamente da Autoridade da Concorrência, dos bancos Financiadores e do próprio Concedente, isto é, a Região Autónoma dos Açores.

A aquisição é feita pelo Fundo Horizon e pelo Fundo RiverRock, que em Portugal detém já 12% do Capital da Subconcessionária do Pinhal Interior. O Fundo Horizon, por seu turno, já detém, nos Açores, 40% da Concessionária que detém o Hospital do Santo Espírito da Ilha Terceira, para além de 50% do capital da Concessionária do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, para além de outros ativos na área da energia.

A Cintra, Ferrovial vai continuar a assegurar serviços de assistência técnica nos próximos dois anos, que podem ser prolongados por acordo entre as partes, e consegue desta forma retirar do balanço 284 milhões de euros de dívida bruta, que está associada à Euroscut.

(Notícia atualizada às 17h00 com mais informação sobre o negócio)

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Álvaro Sobrinho com fortuna de 885 milhões de euros

  • ECO
  • 9 Junho 2023

Fortuna de Sobrinho avaliada em 885 milhões de euros, de acordo com relatório do Deutsche Bank que consta do processo BESA. Terão sido transferidos 353 milhões de euros do BESA para outras contas.

O ex-presidente do antigo Banco Espírito Santo Angola (BESA), Álvaro Sobrinho, terá uma fortuna no valor de 885 milhões de euros, de acordo com um relatório de revisão de investimento do Deutsche Bank no Reino Unido. Álvaro Sobrinho terá a sua riqueza repartida entre dinheiro, depósitos bancários, imóveis e outros ativos dispersos por vários países, avança esta sexta-feira o Correio da Manhã (acesso pago).

Terão sido transferidos 353 milhões de euros do BESA para contas bancárias presumivelmente ligadas a Álvaro Sobrinho e familiares, entre 2007 e final de 2012, período em que esteve à frente do BESA. Estas transferências terão sido feitas para as contas de 26 sociedades das quais 16 eram offshores no Panamá, ilhas Virgens Britânicas e Seychelles.

O relatório de revisão de investimento do Deutsche Bank faz parte dos autos do processo n.º 244/11, no qual Álvaro Sobrinho foi um dos ex-administradores do BESA acusados pelo Ministério Público (MP) no verão de 2021. Nessa altura, segundo o documento, o banqueiro não tinha dívidas. De acordo com os autos do processo, Sobrinho terá tido na Suíça, em contas de sociedades offshore, mais de 260 milhões de euros. Investiu no Sporting 15 milhões de euros e comprou imóveis num valor total superior a 12 milhões de euros.

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Altice negoceia venda do centro de dados a Covilhã por mais de 100 milhões de euros

  • ECO
  • 9 Junho 2023

O fundo Horizon Equity Partners é o mais bem posicionado para comprar o centro de dados da operadora de telecomunicações na Covilhã. O acordo de venda deverá ser assinado até ao início de julho.

A Altice pôs à venda o seu centro de processamento de dados, localizado na Covilhã. Segundo o Jornal Económico (acesso pago), o fundo Horizon Equity Partners está na frente para comprar o ativo, num negócio que supera os 100 milhões de euros e que deverá ser assinado até ao fim deste mês ou início de julho.

O closing da venda do centro de dados da Altice, um dos maiores do país e no qual a operadora de telecomunicações investiu cerca de quatro milhões de euros para realizar a migração de toda a infraestrutura de suporte ao portal Sapo, só está previsto para o fim do terceiro trimestre ou início do quarto trimestre deste ano, devido às necessárias autorizações regulatórias.

No fim do ano passado, a Bloomberg chegou a noticiar que a Altice Portugal estava a ponderar a venda do centro de dados, apontando que “o desinvestimento da operação na Covilhã” daria à empresa cerca de 200 milhões de euros. A venda surge, ainda assim, na sequência do objetivo da Altice internacional de reduzir a dívida global do grupo que superava os 30 mil milhões de euros no fim de 2022.

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Montenegro escreve a António Costa a ameaçar retirar confiança à direção das “secretas”

  • Lusa
  • 9 Junho 2023

Líder do PSD insiste na "necessidade de substituir a secretária-geral do SIRP", embaixadora Graça Mira Gomes. PSD vai propor mudança do regime de fiscalização parlamentar dos serviços de informação.

O presidente do PSD escreveu uma carta ao primeiro-ministro em que insiste na demissão da secretária-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa e avisa que, se isso não acontecer, a direção das “secretas” perderá a confiança dos sociais-democratas.

“Caso não ocorra qualquer demissão, quero que V. Ex.ª saiba que passará a ocorrer um facto inédito em toda a democracia portuguesa: a direção do SIRP deixará de ter a confiança do maior partido da oposição. Espero que o SIRP continue a servir o Estado, mas fá-lo-á apenas com o aval e a confiança do Governo”, escreve Luís Montenegro na carta, a que a agência Lusa teve acesso.

Na missiva, datada de quinta-feira, e cujo conteúdo foi dado a conhecer ao Presidente da República, Montenegro antecipa que os sociais-democratas vão “propor oportunamente a mudança do regime de fiscalização parlamentar” dos serviços de informações, de modo “a torná-lo mais transparente e eficaz”.

O líder social-democrata insiste na “necessidade de substituir a secretária-geral do SIRP”, embaixadora Graça Mira Gomes, considerando que, “apesar do abuso do Governo ao solicitar, na prática, a intervenção do SIRP” na recuperação do computador levado do Ministério das Infraestruturas na noite de 26 de abril, “este serviço nunca devia ter acedido a tal solicitação“.

“A intervenção do SIRP/SIS não tem cabimento, não tem sentido, nem tem base legal” e por essa razão, “os serviços deviam ter-se abstido de intervir”, argumenta.

Só que, “tendo feito o contrário, não podem deixar de ser tiradas as devidas consequências”, e por isso o presidente do PSD insiste na demissão “da maior responsável pelos serviços de informações: a secretária-geral do SIRP”.

Dirigindo-se a António Costa, Montenegro escreve: “Pode teimar em manter tudo na mesma. É até o mais provável face à promiscuidade que, neste caso, existiu entre o Governo e os serviços de informações. Mas nessa circunstância quebra-se a regra política segundo a qual os dirigentes destes serviços beneficiam simultaneamente da confiança do Governo e do principal partido da oposição“.

Para o presidente do PSD, “houve abuso de poder na relação que o Governo teve com os serviços de informações, solicitando, na prática, que estes tivessem uma intervenção na questão do computador utilizado pelo ex-assessor do ministro das Infraestruturas”.

“O Governo não apresentou base legal para fazer essa solicitação. Um roubo — foi e é essa a expressão utilizada por vossa excelência — é matéria que requer intervenção policial, não intervenção de uma entidade que não dispõe dessa competência. Vossa excelência sabe bem que é assim. Sabe-o como primeiro-ministro e sabe-o como jurista”, sustenta Montenegro.

Na opinião dos sociais-democratas, “não colhe o argumento genérico de que o equipamento tinha informação sensível e classificada, porquanto se assim era então a situação já era anormal antes do dia 26 de abril porque o computador estava atribuído e na posse de alguém não credenciado para esse efeito”.

O PSD assegura que vai tomar “todas as diligências possíveis para uma mais exigente fiscalização da ação dos Serviços de Informações”, para que “este comportamento abusivo e irregular não se torne padrão na vida governativa, admitindo que já não o era antes”.

O líder dos sociais-democratas considerou ainda que a audição parlamentar esta semana do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, António Mendonça Mendes, “tornou claro” que o ministro das Infraestruturas, João Galamba, “faltou à verdade” na comissão parlamentar de inquérito à TAP.

“Sem prejuízo da investigação que tal possa implicar em sede judicial, há uma questão política e ética que vossa excelência deveria levar em particular atenção: a necessidade de substituir o seu ministro, por ele ter tido um comportamento que não é admissível por parte de um governante num Estado de Direito Democrático. Não se trata de uma contradição banal. Trata-se, antes, de uma mentira deliberada, agravada ainda pela circunstância de ter sido assumida numa instância de inquérito parlamentar“, acusa.

Montenegro lembra ainda que António Costa “se corresponsabilizou de forma reforçada por todas as ações deste ministro aquando da decisão de não aceitação da sua demissão e da correspondente confrontação institucional com o senhor Presidente da República”.

A polémica que envolve os serviços de informações está relacionada com a exoneração de um ex-adjunto do ministro das Infraestruturas, na noite de 26 de abril, e envolve denúncias contra Frederico Pinheiro por violência física naquele ministério e alegado furto de um computador portátil, caso que está a ser investigado pelo Ministério Público.

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Hoje nas notícias: Altice, benefício em IRC e tribunais

  • ECO
  • 9 Junho 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A Altice está a vender o seu centro de dados da Covilhã e, entre os vários interessados na compra, o fundo Horizon Equity Partners é o mais bem posicionado. As remunerações variáveis, como a atribuição de prémios, estão excluídas dos critérios para as empresas terem direito a benefício em IRC. Apesar da obrigatoriedade de haver julgamentos nos tribunais de proximidade, seis deixaram de os fazer. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Altice negoceia venda do Data Center por mais de 100 milhões

A Altice pôs à venda o seu centro de processamento de dados, localizado na Covilhã, no qual investiu cerca de quatro milhões de euros. Segundo o Jornal Económico, a Horizon Equity Partners está na frente para comprar o centro de dados, num negócio que supera os 100 milhões de euros e deverá ser assinado até ao fim deste mês ou início de julho. O closing da venda só está previsto para o fim do terceiro trimestre ou início do quarto trimestre deste ano, devido às necessárias autorizações regulatórias.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Subir prémios a gestores não afasta benefício em IRC

O cálculo do leque salarial de uma empresa, para efeitos de acesso ao benefício fiscal do incentivo à valorização salarial, em IRC, deve ter em conta a remuneração de todos os trabalhadores, incluindo de administradores e gestores. Porém, só contará para este cálculo o montante de remuneração fixa, o que significa que, caso estes últimos tenham, por exemplo, aumentos através da atribuição de prémios, a empresa não fica excluída do benefício fiscal em IRC.

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Há seis tribunais que não fizeram julgamentos em 2022

Há seis tribunais de proximidade que deixaram de fazer julgamentos, embora a lei os imponha como obrigatórios. Em dois destes casos, a justificação aponta para a falta de obras nos respetivos edifícios, mas nos restantes quatro não é apresentado um motivo plausível para as populações terem sido afastadas do acesso à justiça.

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Álvaro Sobrinho com fortuna de 885 milhões de euros

O ex-presidente do antigo Banco Espírito Santo Angola (BESA) terá uma fortuna no valor de 885 milhões de euros, de acordo com um relatório de revisão de investimento do Deutsche Bank no Reino Unido. Álvaro Sobrinho terá a sua riqueza repartida entre dinheiro, depósitos bancários, imóveis e outros ativos dispersos por vários países. Terão sido transferidos 353 milhões de euros do BESA para contas bancárias presumivelmente ligadas ao banqueiro luso-angolano e familiares, entre 2007 e final de 2012, período em que liderou o BESA.

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Incentivos a cirurgias permitem recordes em 2023, mas 30% ainda são tratados fora de tempo

Até maio deste ano contabilizaram-se cerca de 250 mil cirurgias nas unidades do Serviço Nacional da Saúde (SNS), mais 20 mil do que no mesmo período de 2022. O presidente da Associação dos Administradores Hospitalares relaciona este número com os incentivos à produção adicional, fora do horário de trabalho, com vista à recuperação das listas de espera. Mas estes incentivos podem terminar a 30 de junho.

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