Miguel Costa Santos é o novo country manager da Corum

Em Portugal a Corum conta com uma carteira de 14 imóveis, que representaram um investimento superior a 100 milhões de euros. Novo country manager transita da GamaLife.

Miguel Costa Santos é o novo country manager da Corum Investments Portugal. Tem como missão acelerar a estratégia de crescimento da gestora de ativos imobiliários e poupança no mercado nacional.” Profissional transita da GamaLife, onde ocupava funções de direção na área comercial e marketing.

“Estou muito entusiasmado por me juntar a esta grande equipa. O meu objetivo é contribuir para que a Corum Investments Portugal acelere o seu crescimento, de forma sustentável, contribuindo para torná-la numa das referências no setor, procurando apresentar os melhores resultados para os nossos aforradores”, diz Miguel Costa Santos, o novo country manager, citado em comunicado.

À frente da operação da Corum Investments no mercado português, o profissional tem como objetivos a “aceleração da atividade da empresa em Portugal, apostando no aumento da diversidade de produtos e canais de subscrição disponíveis, consolidando a equipa comercial e, desta forma, tornar os produtos de poupança da Corum mais acessíveis à generalidade dos aforradores portugueses”.

Miguel Costa Santos é o novo country manager da Corum

Ao longo de quase três décadas, Miguel Costa Santos, que transita da GamaLife, onde desempenhava funções de direção na área comercial e marketing, ocupou vários cargos de direção, com estreita ligação aos departamentos de marketing e de vendas, tendo passado por instituições financeiras como o BCP e o Novo Banco.

Presente em Portugal desde 2014, tendo aberto uma sucursal em Lisboa em 2019, a Corum conta com uma carteira de 14 imóveis, que representaram um investimento superior a 100 milhões de euros.

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Hotelaria no Algarve teve em maio a maior taxa de ocupação desse mês dos últimos 22 anos

  • Lusa
  • 9 Junho 2023

Em maio, a taxa ocupação média no Algarve foi de 72,7%, a maior taxa nesse mês dos últimos 22 anos. Irlandeses e americanos foram os que mais contribuíram para a subida.

A hotelaria no Algarve registou uma taxa global de ocupação média de 72,7% em maio, a maior taxa nesse mês dos últimos 22 anos, anunciou hoje a maior associação hoteleira da região sul do país.

De acordo com os dados provisórios avançados esta sexta-feira pela Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), o Algarve superou, em maio, os valores registados neste mês para a taxa de ocupação por quarto desde 2001, ano em que tinha alcançado os 70,7%.

A taxa de ocupação por quarto no quinto mês do ano foi 2,8 pp (pontos percentuais) acima da verificada no mesmo mês de 2019 (Último ano antes da pandemia de covid-19) e 5,1 pp acima da de 2022.

Segundo o resumo mensal da evolução da hotelaria elaborado pela AHETA, face ao mesmo mês de 2019, os mercados que mais contribuíram para a subida registada foram o irlandês com +2,6 pp e o norte-americano com +0,7 pp.

O mercado alemão, com -1,3 pp, e o nacional, com -1,0 pp, foram os que mais contrariaram a subida verificada, ainda em comparação com maio de 2019.

Por zonas geográficas, as maiores subidas face a 2019 ocorreram nas zonas de Tavira (+8,7 pp) e Lagos/Sagres (+2,4 pp).

Albufeira, a principal zona turística do Algarve, registou uma descida de -2,4 pp (-3,1%).

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Marcelo confirma que recebeu carta de Montenegro e diz que regista “tudo o que se passa”

  • Lusa
  • 9 Junho 2023

Presidente da República recebeu a carta dirigida pelo líder do PSD ao primeiro-ministro e salienta que regista “tudo o que se passa na vida económica, social e política portuguesa".

O Presidente da República confirmou hoje que recebeu a carta dirigida pelo líder do PSD ao primeiro-ministro, afirmando que regista “tudo o que se passa na vida económica, social e política portuguesa”.

“Já agradeci, recebi e, pronto, registei”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações à RTP e à CNN Portugal à chegada ao Peso da Régua, cidade onde irão terminar, no sábado, as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas depois de terem passado pela África do Sul.

O Presidente da República salientou que a carta de Luís Montenegro “é dirigida a outra entidade de outro órgão de soberania, com o conhecimento do Presidente da República”.

“E eu vou registando tudo o que se passa na vida económica, social e política portuguesa ao longo destes dias, semanas e meses e não vou estar, como imagina, a dizer o que penso, dia a dia, semana a semana, mês a mês”, frisou.

Nestas declarações aos jornalistas, feitas enquanto analisava os preparativos da cerimónia militar do 10 de Junho, que irá decorrer no sábado, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que os discursos que costuma fazer nessa ocasião são “sempre sobre o país, nunca sobre os acontecimentos do dia-a-dia”.

“Portanto, não esperem que eu fale daquilo que se fala todos os dias nos jornais. Eu falo do país, falo do Douro e da importância do país”, antecipou.

O chefe de Estado indicou ainda que o 10 de junho “é um dia especial para o país” e frisou que este ano irá ser assinalado num município que “não é uma grande cidade” nem capital de distrito, referindo-se ao Peso da Régua.

“Já houve um caso [em que se comemorou o 10 de Junho numa cidade] que não era capital de distrito, mas que era capital de bispado, de diocese: Lamego. Aqui, não é uma coisa nem outra, mas representa 19 terras do interior. Portanto, é ir mesmo para o interior profundo comemorar o Dia de Portugal”, disse.

O presidente do PSD escreveu uma carta ao primeiro-ministro em que insiste na demissão da secretária-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa e avisa que, se isso não acontecer, a direção das “secretas” perderá a confiança dos sociais-democratas.

“Caso não ocorra qualquer demissão, quero que V. Ex.ª saiba que passará a ocorrer um facto inédito em toda a democracia portuguesa: a direção do SIRP deixará de ter a confiança do maior partido da oposição. Espero que o SIRP continue a servir o Estado, mas fá-lo-á apenas com o aval e a confiança do Governo”, escreve Luís Montenegro na carta, a que a agência Lusa teve acesso.

Na missiva, datada de quinta-feira, e cujo conteúdo foi dado a conhecer ao Presidente da República, Montenegro antecipa que os sociais-democratas vão “propor oportunamente a mudança do regime de fiscalização parlamentar” dos serviços de informações, de modo “a torná-lo mais transparente e eficaz”.

O líder social-democrata insiste na “necessidade de substituir a secretária-geral do SIRP”, embaixadora Graça Mira Gomes, considerando que, “apesar do abuso do Governo ao solicitar, na prática, a intervenção do SIRP” na recuperação do computador levado do Ministério das Infraestruturas na noite de 26 de abril, “este serviço nunca devia ter acedido a tal solicitação”.

“A intervenção do SIRP/SIS não tem cabimento, não tem sentido, nem tem base legal” e por essa razão, “os serviços deviam ter-se abstido de intervir”, argumenta.

Só que, “tendo feito o contrário, não podem deixar de ser tiradas as devidas consequências”, e por isso o presidente do PSD insiste na demissão “da maior responsável pelos serviços de informações: a secretária-geral do SIRP”.

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Balanços ucraniano e russo das inundações da barragem de Kakhovka totalizam 13 mortos

  • Lusa
  • 9 Junho 2023

Desde o rebentamento da barragem de Kakhovka, na terça-feira, as autoridades ucranianas retiraram 2.400 pessoas das áreas afetadas pelas inundações. Rússia e Ucrânia trocam acusações.

As inundações no sul da Ucrânia causadas pelo rebentamento da barragem de Kakhovka terão provocado já 13 mortos, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira pelas autoridades ucranianas e russas.

O ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko, anunciou a morte de cinco pessoas na parte da região de Kherson controlada pela Ucrânia, enquanto o chefe da zona ocupada pela Rússia, Vladimir Saldo, reportou oito mortos.

Tanto Klymenko como Saldo anunciaram os balanços provisórios das inundações nas respetivas contas na rede social Telegram, segundo a agência francesa AFP.

O ministro ucraniano disse também que 13 pessoas foram dadas como desaparecidas e que 48 localidades estão inundadas, incluindo 14 em áreas sob ocupação russa.

Desde o rebentamento da barragem, na terça-feira, as autoridades ucranianas retiraram 2.400 pessoas das áreas afetadas pelas inundações, segundo Klymenko.

O responsável pela parte da região de Kherson sob ocupação russa disse que mais de 22.700 casas em 17 localidades estavam inundadas.

“De acordo com as previsões, a subida das águas pode durar mais 10 dias”, afirmou.

Saldo disse que 5.800 pessoas foram retiradas desde terça-feira, das áreas inundadas sob ocupação russa, e quatro mil pessoas estão ameaçadas pela falta de água potável.

Acusou ainda o exército ucraniano de bombardear a região, “o que está a dificultar o trabalho das equipas de salvamento”.

A Rússia bombardeou a cidade de Kherson e a parte da região sob controlo ucraniano, segundo jornalistas da AFP presentes no local.

A Ucrânia e a Rússia acusam-se mutuamente da destruição da barragem de Kakhovka, construída no rio Dniepre na década de 1950.

A barragem foi capturada pelas forças russas pouco depois de terem invadido a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

Posteriormente, a Ucrânia recuperou a cidade de Kherson, na margem direita do Dniepre, mas a sul, na margem esquerda do rio, o controlo continua nas mãos das tropas russas.

A Ucrânia acusou as forças russas de terem destruído a barragem para travar uma contraofensiva e a Rússia atribuiu o incidente a bombardeamentos ucranianos.

Nenhuma fonte independente conseguiu ainda dizer o que causou o rebentamento da barragem, que se encontra na zona ocupada pela Rússia.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que visitou a região de Kherson na quinta-feira, afirmou hoje que centenas de milhares de pessoas estão a ter dificuldade em aceder a água potável.

“Para centenas de milhares de pessoas em muitas cidades e aldeias, o acesso à água potável está seriamente dificultado”, lamentou Zelensky, também no Telegram, citado pela AFP.

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Proteção ambiental e igualdade de género com pior evolução nos objetivos de desenvolvimento sustentável

Menos de 50% dos indicadores ligados à proteção terrestre e marítima e à igualdade de género tiveram uma evolução positiva, entre 2015 e 2022, revela o INE.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ligados à igualdade de género, proteção da vida marinha e terrestre foram os que apresentaram mais indicadores com uma evolução negativa, entre 2015 e 2022.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), embora a maioria (101) dos indicadores analisados tenha registado uma evolução positiva, dos quais 20 atingiram a meta, 28 indicadores apresentaram uma evolução desfavorável.

“Verifica-se que a maioria dos indicadores evoluiu favoravelmente ou atingiu a meta. Apenas três ODS (5, 14 e 15) apresentaram menos de 50% de indicadores com evolução positiva. Note-se, porém, que estes ODS são também dos que apresentam a menor disponibilidade de indicadores”, lê-se no relatório.

No que toca à igualdade de género, o INE aponta para uma diminuição no número de deputadas na legislatura parlamentar (2022-2025), tendo caído de 89 mulheres entre 2019 e 2022, para 85 mulheres entre 2022 e 2025. Além disso, contabilizaram-se menos mulheres nas eleições autárquicas em 2021. Segundo INE, o número caiu de 32, em 2017, para 29, em 2021.

O relatório dá conta ainda da existência de uma “proporção residual de mulheres em cargos de chefia” no ano passado, ainda que tenha havido uma “evolução favorável face a 2015”, ano em que 2,3% dos cargos eram ocupados por mulheres. Em 2022, a percentagem era de 3,1%.

“O ODS 5 apresenta desenvolvimentos maioritariamente favoráveis nas áreas monitorizadas. Apesar destas melhorias, a situação do género permanece longe da paridade nestas áreas“, indica o relatório.

Relativamente à proteção da vida marinha, o gabinete de estatísticas aponta para uma “redução do peso do investimento em” investigação e desenvolvimento (I&D) em tecnologia marinha. Em 2019, a aposta em I&D marinho cifrou-se nos 2,1% do total do investimento naquele ano, para 1,9% em 2021.

Já a proporção de áreas marinhas protegidas continua aquém da meta internacional de 10%, até 2023. Em 2021, situou-se nos 7%.

O mesmo se verifica na proporção de superfície das áreas classificadas, que entre 2015 e 2021 se manteve se inalterada (22,6%), de acordo com o INE. Em 2021, a região com maior percentagem é a região autónoma da Madeira (59,6%). O centro é a região com menor proporção de áreas classificadas (15,6%).

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Empresas da UE podem apresentar interesse em compras conjuntas de gás no final do mês

  • Lusa
  • 9 Junho 2023

Em maio, na primeira ronda, a Comissão Europeia anunciou ter recebido propostas de 25 empresas para fornecimento de mais de 13,4 mil milhões de metros cúbicos de gás.

As empresas da União Europeia (UE) que queiram participar na aquisição conjunta de gás podem apresentar pedidos a partir do final do mês, no âmbito da segunda ronda de compras comuns, anunciou hoje a Comissão Europeia.

“Tenho também o prazer de anunciar que a Comissão lançará em breve a segunda ronda de compras conjuntas de gás no âmbito da Plataforma de Energia da UE. A partir de segunda-feira, 26 de junho, as empresas europeias poderão apresentar pedidos de gás para agregação”, divulgou o vice-presidente da Comissão Europeia para as Relações interinstitucionais, Maroš Šefčovič.

O convite é endereçado em particular às indústrias com utilização intensiva de energia e insere-se no âmbito de “uma medida urgente para responder a uma situação de crise” que permitiu “unir forças e encontrar soluções para melhorar o funcionamento do mercado do gás”.

Em julho, mediante as necessidades das empresas da UE, os fornecedores poderão apresentar propostas para a procura agregada.

Em meados de maio, a Comissão Europeia anunciou ter recebido propostas de 25 empresas para fornecimento de mais de 13,4 mil milhões de metros cúbicos de gás, no âmbito do primeiro concurso para aquisição conjunta ao nível da UE.

De acordo com Maroš Šefčovič, “já foram assinados os primeiros contratos”.

“O objetivo é assegurar gás todo o ano e ter em conta os padrões de compra de algumas indústrias com utilização intensiva de energia que compram gás durante períodos mais longos”, adiantou.

Salientando a “reação positiva do mercado e o amplo apoio político”, Maroš Šefčovič concluiu que “o êxito do modelo significa que poderá servir de modelo para outros produtos estratégicos” a longo prazo, como hidrogénio e matérias-primas críticas.

Neste processo, a Comissão Europeia desempenha o papel de agregadora de propostas (entre empresas e fornecedores), cabendo às respetivas partes concluir os seus acordos.

No final de abril, a Comissão Europeia lançou o primeiro convite à apresentação de propostas de empresas da UE para futuras compras conjuntas de gás, um processo inédito para o bloco se preparar para o próximo inverno, assegurando reservas.

Após o primeiro concurso, concluído em maio, em junho haverá então uma segunda ronda de agregação da procura e de concursos, à qual se seguirão mais três rondas até ao final do ano.

As empresas interessadas e registadas neste mecanismo têm de responder ao pedido de agregação da procura, para depois serem agregados os volumes necessários e colocados a concurso no mercado global.

A ideia é que se consiga corresponder a procura coletiva europeia às ofertas dos fornecedores internacionais de gás.

Até agora, mais de 100 empresas já se registaram na Plataforma Energética da UE, enquanto outras estão em vias de se inscrever.

A iniciativa surge depois de os Estados-membros da UE se terem comprometido, no final do ano passado, a participar em compras conjuntas de gás para um mínimo de 15% dos seus objetivos nacionais de armazenagem, o que representa cerca de 13,5 mil milhões de metros cúbicos por ano.

Os objetivos de armazenamento e de aquisição conjunta de gás foram acordados como medidas de emergência devido à crise energética acentuada pela guerra da Ucrânia.

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Taxas Euribor descem a três e 12 meses e sobem no prazo de seis meses

  • Lusa
  • 9 Junho 2023

As taxas Euribor desceram, esta sexta-feira, a três e a 12 meses, e subiram a seis meses, face a quinta-feira.

Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representa 41% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a seis e a três meses representam 33,7% e 22,9%, respetivamente.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, desceu esta sexta-feira para 3,928%, menos 0,008 pontos do que na quinta-feira, depois de ter aumentado em 29 de maio para 3,982%, um novo máximo desde novembro de 2008.A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,757% em abril para 3,862% em maio, mais 0,103 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, subiu esta sexta-feira, ao ser fixada em 3,762%, mais 0,005 pontos, depois de ter atingido o novo máximo desde novembro de 2008, de 3,781%, verificado também em 29 de maio. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,516% em abril para 3,682% em maio, mais 0,166 pontos.
  • Contrariando a evolução de descida, esta sexta-feira, das Euribor a três e a 12 meses, a taxa a três meses desceu, ao ser fixada em 3,469%, menos 0,17 pontos, face a quinta-feira. No dia 5 de junho deste ano, a taxa Euribor bateu um novo máximo desde novembro de 2008 ao ser fixada em 3,493%. A média da Euribor a três meses subiu de 3,179% em abril para 3,372% em maio, ou seja, um acréscimo de 0,193 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia aumentar as taxas de juro diretoras devido ao acréscimo da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, a 4 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, a 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e a 8 de setembro. Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Preços “atípicos” na eletricidade empurraram 5% dos clientes para o regulado em abril

ERSE indica que a "atipicidade relativa à subida de preços no mercado grossista" em abril levou a um aumento dos clientes no mercado regulado em 5% e de 10% do consumo.

O número de clientes no mercado regulado da eletricidade registou um aumento de 5% em abril face ao período homólogo devido aos preços atípicos no mercado grossista, tendo resultado num aumento de 10% no consumo.

De acordo com os dados divulgados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), esta sexta-feira, em abril, o mercado regulado tinha 969 mil clientes domésticos, para um consumo estimado em base anual de 3.045 gigawatts-hora (GWh).

O regulador indica que face à “atipicidade relativa à subida de preços no mercado grossista”, tanto o número de clientes no mercado regulado como os consumos aumentaram. De acordo com a ERSE, o número de clientes no mercado regulado aumentou em 5% e os consumos cresceram 10,3%, relativamente ao mês homólogo

“A atipicidade relativa à subida de preços no mercado grossista, contribuíram para que o número de clientes no mercado regulado registasse um aumento de 5%, relativamente ao mês homólogo, tendo o seu maior impacte sido em termos de consumo, com um aumento de 10,3%, face a abril de 2022″, lê-se no boletim da ERSE.

Boletim Mercado Liberalizado de Eletricidade – abril 2023Boletim Mercado Liberalizado de Eletricidade - abril 2023

Segundo a ERSE, estes clientes representam 6,7% do consumo total de eletricidade de Portugal continental, ao passo que os clientes no mercado livre representaram cerca de 85% do número total de clientes e 93% do consumo.

Quanto aos clientes no mercado livre, a ERSE indica que este alcançou, em abril, cerca de 5,5 milhões de clientes e 42.431 GWh de consumo anualizado. Feitas as contas, estes valores representam um aumento de 0,2% em número de clientes (11.427) e um decréscimo de 0,4% em consumo (326,2 GWh), relativamente a abril de 2022.

Mercado liberalizado de gás perde quase 15% de clientes

O mercado liberalizado de gás natural registou cerca de 1,1 milhões de clientes em abril, o que representa uma perda de 14,7% em número de clientes, face ao mesmo mês do ano anterior, segundo informação do regulador.

“Este mês, o mercado livre registava cerca 1,1 milhões de clientes, para um consumo estimado em base anual de 31.597 GWh [Gigawatts-hora]. Estes valores representam uma redução de 14,7% em número de clientes e uma quebra de 16,4% em consumo, relativamente a abril de 2022”, informou a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que publicou o Boletim sobre o Mercado Liberalizado de Gás Natural relativo a abril.

Em outubro do ano passado entrou em vigor a medida que permitiu o regresso dos clientes ao mercado regulado de gás natural, para fazer face aos elevados aumentos de preços anunciados pelos comercializadores.

No mês em análise, entraram 17.254 clientes no mercado liberalizado de gás, tendo 857 (0,4 GWh) transitado do mercado regulado e 16.397 (46,2 GWh) entrado diretamente para as carteiras de comercializadores em regime de mercado (entradas diretas).

Por outro lado, cessaram contrato no mercado liberalizado 15.704 clientes (52,6 GWh) sem que tenham celebrado outro contrato de fornecimento (saídas diretas), e regressaram ao mercado regulado 7.489 clientes.

Desta forma, em termos líquidos, o número de clientes em atividade no mercado livre reduziu-se em 5.939, e diminuiu 8,6 GWh em consumo.

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Eurobic multiplica lucros em 2022, mas Banco de Portugal trava dividendos

Banco que tem Isabel dos Santos como acionista teve lucros de mais de 40 milhões de euros e ainda aguarda pela venda ao espanhol Abanca, operação que poderá ajudar a desbloquear os dividendos.

A subida dos juros ajudou o Eurobic, o banco português onde Isabel dos Santos ainda é acionista de referência, a multiplicar os lucros para 40,3 milhões de euros no ano passado, face aos 7,5 milhões de 2021, mas a instituição está impedida pelo Banco de Portugal de distribuir dividendos aos acionistas – que no caso da empresária angolana já se encontram arrestados por conta de vários processos judiciais no âmbito do Luanda Leaks.

De acordo com as contas de 2022, por não cumprir todos os rácios regulamentares, nomeadamente o requisito combinado de reserva de fundos próprios quando considerado adicionalmente ao requisito MREL – almofada financeira que os bancos têm de ter para responder a eventuais perdas –, o Eurobic viu o supervisor aplicar-lhe um projeto de decisão “no qual se determina que não pode proceder a qualquer distribuição de dividendos”.

Um problema que espera resolver assim que for concretizada a venda aos espanhóis do Abanca. O banco conta emitir dívida para voltar a cumprir aquele requisito regulatório, mas acredita que a mudança de dono vai “melhorar significativamente as condições de acesso ao mercado”. Pelo que só planeia fazer estas operações “num momento posterior à concretização do processo de venda de participações sociais atualmente em curso”. Em todo o caso, assegura que não está em causa a continuidade das operações.

Segundo o Eurobic, o atual processo de alienação envolve apenas os galegos do Abanca, para ficarem com 100% do capital do banco português – Isabel dos Santos (47,5%) e Fernandos Teles (42,5%) são os principais acionistas.

“As entidades intervenientes encontrar-se-ão numa fase final de negociações, procurando assegurar a existência das condições formais necessárias à concretização da transação”, esclarece.

Margem financeira dispara 15% à boleia do BCE

Apesar do impasse acionista, que persiste desde que rebentou o caso Luanda Leaks no início de 2020, o Eurobic teve um ano de 2022 positivo em termos de negócio, muito suportado pela subida das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) e também pelo facto de ter sido um ano sem grandes restrições da Covid-19, que fez aumentar as transações.

Em resultado disso, viu a margem financeira – diferença entre juros cobrados nos empréstimos e juros pagos nos depósitos – disparar 14,5% para 121,1 milhões de euros, enquanto as comissões registaram um salto de 18,5% para 38 milhões. O produto bancário somou 12,4% para 155,5 milhões.

O banco fala em “recuperação dos resultados face aos dois anos anteriores” – em 2021 foram positivos em 7,5 milhões e 2020 tinham sido negativos.

O volume de negócios cresceu quase 2% para 12,2 mil milhões de euros, com a carteira de crédito a aumentar 2% para 5,6 mil milhões e os depósitos a subirem 2,2% para 6,2 mil milhões.

A melhoria dos resultados permitiu que a situação líquida do banco, com mais de 1.400 trabalhadores e 180 agências, superasse os 600 milhões de euros no final do ano passado.

Processo de 52,6 milhões na Holanda

O banco continua a ser muito condicionado pelos efeitos do Luanda Leaks, como reconhecem o CEO e o chairman, José Azevedo Pereira e Pedro Maia, na mensagem que deixam no relatório e contas publicado agora. “Este fenómeno, que se encontra centrado numa acionista de referência, trouxe consequências reputacionais e comerciais significativas”, admitem.

Um dos processos que o Eurobic enfrenta e que está ligado a Isabel dos Santos passa pelo Tribunal de Amesterdão. O banco arrisca a ser um dos 13 responsáveis solidários por reembolsar 52,6 milhões de euros relativos a dividendos que a Esperaza, sociedade da empresária angolana, distribuiu e foram transferidos de uma conta desta empresa sediada no Banco BIC Cabo Verde, S.A. para uma conta da Exem Energy B.V. domiciliada no EuroBic.

Este processo está numa fase inicial, e ainda não tinha sido concluída a fase de audição preliminar dos réus, conta o banco sobre uma contingência para a qual ainda não tinha registado provisões.

Já em março deste ano, e sem adiantar pormenores, o Eurobic foi notificado do teor da decisão do Banco de Portugal como resultado de uma ação de inspeção realizada em final de 2019 e início de 2020 sobre os procedimentos implementados em matéria de prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo. Esta ação teve origem em 2015, mas ganhou outros contornos com o Luanda Leaks.

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Exportações nacionais perderam quota de mercado em Espanha, França e Alemanha

As exportações nacionais baterem recordes em 2022, mas perderam quota de mercado em Espanha, França e Alemanha, os três principais mercados de destinos dos bens nacionais.

O ano de 2022 foi extraordinário para as exportações nacionais. Portugal exportou quase 80 mil milhões de euros em bens no ano passado, mais 23% face a 2021 e o equivalente a 33% do PIB. Nunca Portugal tinha exportado tanto.

No entanto, de acordo com dados divulgados recentemente pelo Eurostat, as exportações de bens “made in Portugal” perderam quota de mercado nos três principais países de destino: Espanha, França e Alemanha.

Em 2022, as exportações nacionais para estes três mercados apresentaram menor dinamismo, indiciando perdas de quota de mercado, enquanto as importações nacionais cresceram mais do que as exportações totais desses países”, refere um comunicado do Instituto Nacional de Estatística divulgado esta sexta-feira, citando dados do Eurostat.

“Este resultado contrasta com 2019, ano em que as exportações nacionais para estes três países registaram um dinamismo significativo, tendo crescido em média três vezes mais do que o total das importações destes parceiros”, sublinha o INE.

O comunicado do INE refere que “o crescimento das exportações nacionais para Espanha foi menor do que o acréscimo das importações totais daquele país (+19,7% e +32,0%, respetivamente), tendo sido mais notório nos ‘Veículos e outro material de transporte’, com uma variação de +3,2%, enquanto o total das importações espanholas correspondentes aumentou 23,9%.”

No caso do mercado francês e alemão, os números do comércio internacional apontam para que tanto a subida de 16% das exportações nacionais para França e o aumento de 21,4% das exportações para a Alemanha também foram inferiores às variações das importações totais destes parceiros no ano passado, que registaram aumentos de 28,6% e 24,2%, respetivamente.

O INE nota ainda que as exportações nacionais para países Intra-União Europeia aumentaram 21% face ao ano anterior e as exportações para os países Extra-União Europeia cresceram 27,7%. Em 2021, tinham-se registado acréscimos de 18,6% e 17,7%, respetivamente.

Em relação às trocas comerciais com países da Zona Euro, as exportações portuguesas para o conjunto dos países pertencentes à moeda única aumentaram 21,2% em 2022 (+18,7% em 2021), tendo-se registado igualmente um aumento nas exportações para o conjunto dos restantes países da União Europeia (+19,1%, +17,2% em 2021).

Na última década, as exportações de Portugal divergiram, em média, 0,7 pontos percentuais face à totalidade dos países da União Europeia e 0,9 pontos percentuais relativamente aos países que integram a Zona Euro”, sublinha o comunicado do INE.

A maior diferença registou-se em 2013, tendo as exportações de Portugal crescido 4,6% comparando com um aumento de 0,3% na União Europeia e de mais de 0,1% no conjunto dos países da Zona Euro. “Em 2020, ano marcado pelo início da pandemia Covid-19, o decréscimo das exportações portuguesas foi mais acentuado, atingindo -10,3%, face a -8,0% da União Europeia e -8,8% da Zona Euro.”

Os dados do INE divulgados em fevereiro mostravam que Espanha, França e Alemanha continuaram a ser os principais clientes externos de Portugal em 2022, e que não se registou alterações na ordenação dos 10 principais países de destino das exportações portuguesas face a 2021.

Top 10 exportaçoes.
Fonte: INE. Dados de 2022.

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Dona da Super Bock “patrocina” jovens talentos. Tem até 30 vagas

Cervejeira procura recém-diplomados das diversas áreas de formação de STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics), Gestão/Economia, Contabilidade, Direito, entre outras.

A dona da Super Bock Group está à procura de entre 25 a 30 jovens talentos para o seu programa de estágios. ‘A Super Bock patrocina o teu talento’ tem duração de nove meses e arranca em setembro. Candidaturas decorrem até 5 de julho.

A cervejeira procura recém-diplomados das diversas áreas de formação de STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics), Gestão/Economia, Contabilidade, Direito, entre outras. Os estágios são remunerados, mas quando questionada a empresa não adiantou o valor.

“O Super Bock Group procura candidatos que partilhem da vontade de superar os desafios com ambição, que tenham espírito empreendedor e que procurem sempre fazer melhor e com eficiência, para entregar com excelência, pessoas que demonstrem gosto para trabalhar em equipa, privilegiem a cooperação e que sejam capazes de inspirar de forma autêntica”, reforça em nota de imprensa.

O grupo dono da Super Bock ou da Água Pedras pretende com este programa de estágios “fomentar a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de jovens talentos, dando-lhes a oportunidade de desenvolver projetos transversais com equipas diversificadas, incentivando a partilha de ideias e de novas formas de trabalhar”, informa.

Jovens estagiários terão “acesso a mentores, ações de formação e experiência em diferentes áreas, em ambiente empresarial internacional”, refere ainda a companhia, “integrando uma das várias áreas de negócio”.

Com cerca de 1.200 colaboradores, o grupo cervejeiro é detido a 56% pelo grupo português Viacer e a 44% pelo Carlsberg Group.

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Exportações caem 3,6% em abril, com recuo de 5,7% nas importações

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9 Junho 2023

Com as quebras nas exportações e importações, o défice da balança comercial diminuiu 269 milhões de euros face a abril do ano passado, atingindo 2.245 milhões de euros.

As exportações portuguesas registaram uma contração de 3,6% em abril, em termos homólogos e nominais, o que compara com uma variação positiva de 18,6% em março, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). As importações também caíram, neste caso 5,7%, quando no mês anterior tinham aumentado 9,6%.

O gabinete estatístico sublinha que “desde os primeiros meses de 2021 que não se registavam decréscimos nas transações de bens de Portugal com os mercados externos”. No entanto, assinala que o mês de abril de 2023 teve menos um dia útil que o mês homólogo de 2022 e menos cinco dias úteis que o mês anterior.

Evolução da taxa homóloga das exportações

Fonte: INE

A contribuir para a queda das exportações estiveram os fornecimentos industriais, que decresceram 10% — ainda assim, abaixo da quebra de 12,4% nas importações –, e os combustíveis e lubrificantes (-23,7%), que nas importações caíram 40,6%.

Já as exportações de material de transporte aumentaram 14,1%, bem como as de máquinas e outros bens de capital (+15,2%). Nas importações, destacam-se os aumentos de 24% em material de transporte e acessórios e de 11% em produtos alimentares e bebidas.

“Excluindo combustíveis e lubrificantes, observou-se uma diminuição de 1,8% nas exportações e um aumento de 1,5% nas importações (+20,7% e +14,1%, respetivamente, em março de 2023)”, segundo a mesma fonte.

Com as quebras nas exportações e importações, o défice da balança comercial diminuiu 269 milhões de euros face a abril do ano passado, atingindo 2.245 milhões de euros. Excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice comercial cresceu 209 milhões de euros, totalizando 1.776 milhões de euros.

Quanto aos principais parceiros comerciais do país, ao nível dos clientes, o INE salienta a diminuição das vendas para Espanha (-7,4%) neste período, enquanto ao nível dos fornecedores destaca as quedas nas compras com origem no Brasil (-23,4%) e em Espanha (-2,4%).

(Notícia atualizada às 11h52)

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