Nestlé Business Services Lisbon reforça plano de expansão e abre segundo spot em Braga

A previsão é que as operações se iniciem em meados de junho, sendo que já estão abertas vagas para diversas áreas.

A Nestlé Business Services (NBS) Lisbon, há seis anos a prestar serviços para as empresas do Grupo Nestlé espalhadas pelo mundo a partir da Sede da Nestlé, em Linda-a-Velha, vai começar a atrair talentos do norte de Portugal abrindo um novo spot em Braga. A previsão é que as operações se iniciem em meados de junho, sendo que já estão abertas vagas para diversas áreas.

“A NBS Lisbon tem estado focada em atividades de valor agregado na conexão com os consumidores e clientes do Grupo Nestlé, e aportando novas soluções digitais para a gestão de negócio. Seguindo o nosso plano de expansão, selecionámos a cidade de Braga para receber novos talentos. A decisão foi tomada cuidadosamente, considerando o potencial económico de Braga, qualidade de vida, boas universidades e pool de talentos para continuar a alimentar as capacidades da nossa equipa”, explica Ana Cambra, head da NBS Lisbon, em comunicado.

Atualmente, a NBS está num plano de expansão e conta com cerca de 600 colaborares de 40 diferentes nacionalidades. Esta expansão é alavancada pelos novos serviços fornecidos ao Grupo Nestlé, nomeadamente serviços na área de marketing digital, contacto com clientes e consumidores, bem como o reforço das capacidades de gestão dos projetos do grupo.

A NBS está a adaptar-se às novas formas de trabalho e tem atualmente alguns colaboradores em regime 100% remoto e outros em sistema híbrido no campus, em Linda-a-Velha, e, em breve, em Braga.

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Digitalização é “passado”. Só a Inteligência Artificial pode “diferenciar” empresas no mercado

Empresários e académicos defendem reforço da formação na área da Inteligência Artificial para empresas conseguirem competir a nível internacional. Indústria tem de perceber "tempos" da investigação.

A requalificação profissional deve passar a incluir uma componente de formação em Inteligência Artificial (IA) para que os trabalhadores e as empresas portuguesas ganhem competências que passaram a ser essenciais para conseguirem competir nos mercados internacionais, alertaram esta terça-feira os participantes no debate sobre o impacto da IA na competitividade das empresas, que decorreu no âmbito da Semana da Economia de Braga.

Moderado pelo editor do ECO, António Larguesa, este fórum juntou o vice-presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, Rafael Campos Pereira; o novo presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Inovação (ANI), António Bárbara Grilo; o presidente da Associação Portuguesa para a Inteligência Artificial, Luís Paulo Reis; e o coordenador do Laboratório Associado de Sistemas Inteligentes (LASI), Paulo Novais.

Todos os oradores dramatizaram a necessidade de atrair e reter talento nesta área de especialização, o que deverá também passar por uma aposta na requalificação profissional. O vice-presidente da CIP, que é também o porta-voz da indústria metalúrgica e metalomecânica, alertou que as empresas precisam de “competir cada vez mais com valor acrescentado e serem diferenciadoras. O que, sublinhou, passa igualmente por “abdicar de postos de trabalho obsoletos e atrair jovens que têm mais capacidade para trabalhar” na vertente tecnológica. “Estamos a assistir a uma crescente robotização. A IA e a capacidade de armazenamento de informação são fundamentais“, sustentou.

As empresas têm de abdicar de postos de trabalho obsoletos e atrair jovens que têm mais capacidade para trabalhar na área tecnológica.

Rafael Campos Pereira

Vice-presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal

Rafael Campos Pereira considerou, por isso, que o país tem de “ter as mesmas ferramentas e instrumentos que os concorrentes estrangeiros” para estar igualmente na dianteira. “É urgente que Portugal caminhe para o patamar da Finlândia. Garantir que venhamos a conseguir competir a este nível e estar no campeonato do valor acrescentado — porque só dessa forma vamos gerar mais rendimento para as famílias, mais investimento em Portugal, reter mais talentos e aumentar ainda mais os salários”, resumiu.

Também o presidente do Conselho de Administração da ANI defendeu que “a IA é uma das tecnologias que mais alavancagem pode dar às empresas“, que “podem ficar para trás” se não tiverem estas ferramentas. António Bárbara Grilo partilha, por isso, da opinião de que é necessário “capacitar as pessoas que estão no mercado de trabalho, e que precisam de saber sobre estas ferramentas [IA] para se adaptarem e serem mais criativas”. Por outro lado, “as empresas potenciadas por estas tecnologias estão mais perto de onde o talento está”.

Agência Nacional de Inovação está a preparar a abertura, até ao verão, dos primeiros avisos para o financiamento de projetos de parceria entre as empresas e as universidades na área da inteligência artificial.

Sobre os financiamentos que a ANI vai disponibilizar para projetos nesta área, o líder da agência deu conta que esses primeiros avisos deverão sair antes do verão, salvaguardando que “ainda está a ser desenhado o instrumento de financiamento, na matriz de parcerias entre universidades e empresas que envolvam desenvolvimento” nesta componente. O responsável frisou que as empresas devem ser “capazes de, através da IA, criar diferenciação no mercado”, e não apenas a otimização dos processos de produção.

Apontando igualmente à requalificação profissional, para compensar a atual falta de recursos humanos, o coordenador do LASI, Paulo Novais, advertiu, contudo, para o problema de se “criar um fosso” na sociedade portuguesa. “Temos de fazer o esforço — como sociedade inclusiva que somos — para não deixar ninguém para trás e para serem todos integrados no mercado laboral”, reiterou.

Quanto aos riscos em termos de privacidade e proteção de dados, e quanto às questões éticas que a IA pode levantar, Paulo Novais salvaguardou que “qualquer tecnologia pode ter má utilização”, mas reforçou que esses riscos são de probabilidade baixa. O Laboratório Associado de Sistemas Inteligentes agrega mais de 500 investigadores doutorados de 13 centros de investigação dedicados a à inteligência artificial, de sete academias no país: as Universidades do Minho, Porto, Aveiro, Coimbra, Nova de Lisboa e os Institutos Politécnicos do Porto e do Cávado e Ave (IPCA).

A digitalização é o passado – quanto muito, o presente – e as grandes empresas têm de acompanhar a inteligência artificial. Quem não acompanhar esta revolução – e isto é uma revolução que não tem volta atrás -, terá serviços desatualizados e que não são competitivos.

Luís Paulo Reis,

Presidente da Associação Portuguesa para a Inteligência Artificial

Já o presidente da Associação Portuguesa para a Inteligência Artificial (APPIA), que quer trazer esta área de especialização para o mercado de trabalho e para as indústrias, frisou que “a digitalização é o passado – quanto muito, o presente – e as grandes empresas têm de acompanhar a IA”. Até porque, justificou Luís Paulo Reis, “no futuro, quem não [o fizer] – e isto é uma revolução que não tem volta atrás –, terá serviços desatualizados e que não são competitivos”.

Sobre a relação entre as empresas e as academias, o líder da APPIA realçou que as duas partes nem sempre caminham no mesmo ritmo. Se para a indústria é “muito interessante fazer projetos de IA aplicados ao mercado e a produtos”, contrapõe que “a universidade deve fazer projetos mais complexos — e é preciso tempo para isso”.

Luís Paulo Reis alertou que “a indústria precisa de perceber que é preciso tempo para desenvolver um produto inovador, que não se desenvolve num ano”, enquanto o foco dos académicos está na criação de produtos com “relevância social” e que “marquem a diferença”.

Finalmente, ao nível do impacto em termos de sustentabilidade, o responsável da Associação Portuguesa para a Inteligência Artificial reconheceu que o processamento de informação implica grandes gastos de energia, fazendo questão de contabilizar que “o Chat GPT bebe meio litro de água por cada 20 questões”.

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Airbus entrega 600 aviões A321neo à alemã Lufthansa

  • Lusa
  • 24 Maio 2023

A Lufthansa referiu que os 600 aviões Airbus, com o número de registo D-AIEQ e com o nome da cidade alemã de Münster, têm 215 lugares de passageiros.

A Airbus entregou 600 aviões A321neo ao grupo Lufthansa, numa cerimónia formal que se realizou na fábrica da Airbus, em Hamburgo, no norte da Alemanha, avançou esta quarta-feira a transportadora aérea alemã.

A Lufthansa referiu que os 600 aviões Airbus, com o número de registo D-AIEQ e com o nome da cidade alemã de Münster, têm 215 lugares de passageiros.

O Airbus A321neo é um avião de passageiros de curto a médio curso, com um baixo consumo de combustível, que a transportadora aérea alemã tem em serviço desde 2019, explica a companhia aérea germânica em comunicado.

O presidente executivo da Lufthansa, Carsten Spohr, afirmou na ocasião que “a Lufthansa e a Airbus estão unidas por uma parceria muito especial”. A Lufthansa tem sido, por vezes, cliente da Airbus para o lançamento de novos aviões, nomeadamente o A320neo.

Recentemente, o grupo Lufthansa encomendou à Airbus mais quatro aviões de longo curso A350-900, os quais serão entregues até ao final deste ano.

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Relação ‘chuta’ para tribunal de Execução de Penas a doença de Alzheimer de Salgado

O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) aumentou a pena de prisão efetiva de Ricardo Salgado de seis anos para oito anos pelos três crimes de abuso de confiança, que saíram da Operação Marquês.

O Tribunal da Relação de Lisboa considera que a questão da doença de Alzheimer de Ricardo Salgado é pertinente mas não agora. E que, mesmo que a doença fosse confirmada por perícia médica independente, feita pelo Instituto Nacional de Medicina Legal, não poderia ser motivo para “concluir-se que o arguido estava impedido de prestar declarações ou que estava impedido de exercer o seu direito de defesa”. Mais: diz que a realização dessa mesma perícia “é um acto inútil, irrelevante e desproporcional”.

Esta quarta-feira, o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) aumentou a pena de prisão efetiva de Ricardo Salgado de seis anos para oito anos pelos três crimes de abuso de confiança, que saíram da Operação Marquês. Coletivo de juízes recusou o pedido da defesa e do próprio Ministério Público (MP) em realizar uma perícia médica independente à doença de Alzheimer, comprovada em relatório médico apresentado pela defesa.

A Relação de Lisboa chuta assim esta questão para o Tribunal de Execução de Penas, na altura da aplicabilidade da pena de prisão efetiva. “Não retratando a informação clínica de 1 de maio qualquer nova situação que não tivesse sido valorada na decisão de primeira instância, mas apenas o agravamento das consequências de doença que já foi valorada para efeito de determinação da medida da pena, também por força de tal documento (perícia médica apresentada pela defesa) não se impõe a realização de qualquer perícia médica nestes autos, relevando o referido agravamento para efeitos do cumprimento da pena aplicada nestes autos, a considerar, por isso, pelo Tribunal de Execução das Penas”, diz o acórdão, a que o ECO teve acesso. “Impõe-se, pois, concluir pela inadmissibilidade da junção do aludido documento nesta fase, muito embora o mesmo possa vir a ser relevante, nos termos referidos, já na fase de cumprimento da pena de prisão aplicada nos presentes autos”.

O processo de execução da pena nada mais é do que o cumprimento da pena pela qual um arguido foi condenado, a cargo do Tribunal de Execução de Penas. No caso da pena privativa de liberdade, essa execução ocorre com a ida do condenado para o estabelecimento prisional. No caso de multa, a execução ocorre com o pagamento dos valores estipulados na decisão judicial.

Em causa está o processo separado da Operação Marquês, no qual o antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES) foi condenado na primeira instância, em março de 2022, a seis anos de prisão efetiva por três crimes de abuso de confiança.

À data, o juiz presidente do coletivo, Francisco Henriques — o mesmo que pertencia ao coletivo que julgou Armando Vara por um crime de lavagem de dinheiro, também saído do Marquês — não leu sequer o que se poderia chamar de uma súmula do acórdão. Limitou-se a dizer que crimes estavam em causa, baseados em que transferências e valores correspondentes, a que penas Salgado estava condenado (quatro por cada um dos crimes) e a pena final, por cúmulo jurídico, de seis anos.

No acórdão, o juiz considerou que ficou provado que o ex-banqueiro sofre desta doença neurológica mas não referiu esse mesmo estado de saúde ao aplicar a pena de prisão efetiva de seis anos. Por um lado, admitiu que existia mas, por outro não ponderou esse fator para a aplicação da pena. Caminho idêntico foi seguido agora pela Relação, no recurso.

O que diz o acórdão em relação à perícia médica independente?

  • “Não obstante o valor de tal prova, não vemos o que, no caso, dela poderia ser retirado em benefício do arguido diferente do que já se retira da documentação clínica referida”. Ou seja, a perícia médica assinada pelo neurologista Joaquim Ferreira, apresentada pela defesa de Ricardo Salgado.
  • A realização da perícia médica independente “não podia ter a virtualidade de impedir o arguido de prestar declarações em julgamento, caso o mesmo declarasse pretender fazê-lo. E, fazendo-o, não se vislumbra que conclusões se impunha retirar de tais declarações face ao resultado da perícia médica, sendo certo que, fosse qual fosse esse resultado, o mesmo não permitira retirar qualquer conclusão quando à veracidade ou coerência das declarações eventualmente prestadas pelo arguido, ou à falta delas”.
  • O arguido “tem o direito de prestar declarações, como tem o direito de não as prestar, e não é a realização de uma perícia médica que ateste que o mesmo sofre de doença do foro neurológico, nomeadamente de doença de Alzheimer, que poderá servir para justificar a opção de não prestar declarações”, escreve o coletivo de juízes.
  • E acrescenta: “não seria também com base no resultado de tal perícia médica que poderia concluir-se que o arguido estava impedido de prestar declarações ou que estava impedido de exercer o seu direito de defesa. E muito menos que, em face de tal doença, atestada por uma perícia médica, não poderia realizar-se o julgamento. Aliás, com tal entendimento, nunca seria possível proceder ao julgamento de factos praticados por pessoa inimputável ou com imputabilidade diminuída”.
  • Não merece, pois, “qualquer censura o despacho recorrido quando considera que a realização de uma perícia médica, que eventualmente faria a demonstração de factos já demonstrados por atestado médico e demais documentação clínica, é um acto inútil, irrelevante e desproporcional”.

 

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Hotéis e restaurantes de Coimbra disparam faturação nos dias dos concertos de Coldplay

Entre 17 e 21 de maio, a faturação da restauração e hotelaria do concelho de Coimbra cresceu 63%. Relatório da Reduniq indica que espanhóis foram os estrangeiros que mais aumentaram o consumo.

Entre 17 e 21 de maio, nos dias em que coincidiram os concertos de Coldplay e a Queima das Fitas na cidade de Coimbra, os setores da restauração e hotelaria no concelho cresceram 63%, em comparação à média deste período semanal registada desde o início do ano. Os dados são de um relatório da Reduniq, divulgado esta quarta-feira.

A restauração registou uma variação positiva de 55%, com um aumento do consumo estrangeiro e nacional de 113% e 45%, respetivamente, quando comparada com o período homólogo.

A hotelaria registou um crescimento de 48%, marcado pelo aumento de 84% do consumo estrangeiro e 22% do consumo nacional. Neste setor, a transação média registada, entre o período de 17 e 21 de maio, foi de 112,90 euros – valores mais elevados do que os registados na mesma semana de 2022 (87,90 euros) e na média desde o início do ano (95,80 euros).

As conclusões do relatório do Reduniq Insight mostram ainda que a procura por este e por outros setores de atividade resultou num aumento de 15% do número de transações e de 8,4% da faturação dos negócios no concelho de Coimbra, entre 17 e 21 de maio e face à mesma semana do ano anterior.

Tiago Oom, chief commercial officer da Unicre e porta-voz oficial do Reduniq Insight, realça que estes dados “comprovam que a organização de grandes eventos, como os concertos dos Coldplay e a Queima das Fitas, uma das mais conceituadas do país, permitem atrair os clientes nacionais e estrangeiros para estas regiões do país”. “Este género de atividades, que têm uma duração superior a um dia, acabam por obrigar a permanecer na localidade, impulsionado, assim, uma maior procura por hotéis e restaurantes”, acrescenta o gestor, citado em comunicado.

Numa análise mais detalhada, comparando com a média desde o início do ano, na quarta-feira, dia 17, dia que se realizou o primeiro concerto dos Coldplay, foi registado um crescimento de 14% na faturação total face às restantes quartas-feiras do ano. Destaque também para domingo, dia 21, último concerto dos Coldplay e terceiro dia de Queima das Fitas, que registou uma variação positiva de 11% face à média dos restantes domingos do ano.

Espanha (22%), França (14%), Brasil (10%), Estados Unidos (8%) e Irlanda (8%) foram os mercados de origem que registaram um maior consumo no concelho entre 17 e 21 de maio. Comparativamente com o período homólogo, a faturação espanhola registou um crescimento de 258%.

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Startup Lisboa recebe mais 32 startups. Mais de metade das incubadas são internacionais

Com esta nova ronda, sobe para 65 o número de projetos já apoiados pela Startup Lisboa este ano que conta atingir já no próximo trimestre as 80 startups que pretende apoiar em 2023.

A Startup Lisboa recebe agora mais 32 startups para o programa de incubação, metade das quais (54%) internacionais e 18% fundadas por mulheres. Aumenta assim para 65 o número de projetos incubados neste ano, em linha com o objetivo de duplicar o número de novas startups apoiadas para, no mínimo, 80 novos projetos, meta que a incubadora estima que seja atingido já no próximo trimestre. Ao todo a Startup Lisboa tem 175 projetos incubados.

“Historicamente, a Startup Lisboa tem apoiado, por ano, cerca de 40 novas startups. Este ano, reforçámos a nossa capacidade de apoio e definimos o objetivo de suportar mais de 80 novos projetos em fase inicial. Com este batch estamos a apoiar um total de 175 startups incubadas. Este crescimento deriva do nosso foco em expandir o ecossistema e o número de futuras empresas de sucesso, aproveitando também o forte interesse de founders internacionais por Portugal”, explica Gil Azevedo, diretor executivo da Startup Lisboa e da Unicorn Factory Lisboa, citado em comunicado.

As 32 novas startups integram a quarta edição do Rocket, um programa inicial de 10 semanas para acelerar os conhecimentos dos fundadores sobre os temas mais relevantes para uma startup. O período mínimo de incubação é de um ano, mas a média de incubação tem-se fixado nos dois anos e meio.

“Para além do objetivo de expandir a nossa capacidade de apoiar novos projetos, ambicionamos também ver crescer a diversidade dos empreendedores, fundamental para o ecossistema”, completa Gil Azevedo.

O novo grupo é composto por startups tecnológicas de várias indústrias, como por exemplo Web3, DeepTech, HRTech, MarTech, Gaming, em que metade das startups usam Inteligência Artificial como core do seu negócio. “Das 32 novas incubadas, 68% já têm investimento levantado”, refere a Startup Lisboa. Ao nível de diversidade de género, 18% das startups foram criadas por mulheres.

Conheça as 32 novas startups incubadas

  • 30 Birds (SaaS): Desenvolve avaliações de trabalhadores em tempo real, aumentando o envolvimento empresarial e a meritocracia. “O bot Slack desta startup permite que os funcionários enviem elogios diários.”
  • Apogee Gaming (Gaming): “Primeira equipa de eSports certificada como neutra em termos de carbono no mundo.”
  • Babell.Ai (AI): Cria software para traduzir conteúdos de vídeo educativo através de Inteligência Artificial, “tornando os vídeos nativos através da tradução de textos nos diapositivos e da utilização de clonagem de voz e sincronização labial.”
  • bettrAds (MarTech): “Plataforma no code para automatização e otimização de campanhas digitais, gerando mais performance na aquisição de usuários através de Inteligência Artificial para agências e anunciantes de médio e grande porte.”
  • Bighub (E-commerce): Sistema de integração que, num único ecossistema, sincroniza com mais de 30 marketplaces, acelerando vendas.
  • Binedge.ai (DeepTech): Plataforma de software que permite aos “utilizadores treinar, otimizar e implementar os seus modelos, ou modelos prontos a usar, em pequenos dispositivos.”
  • Bubbaleads (Generative AI): “Assistente alimentado por Inteligência Artificial que ajuda as equipas a criar funis de alta conversão mais rapidamente.”
  • CanApply (EdTech): Tecnológica, localizada em Montreal, que, através da sua plataforma inteligente, tem como objetivo ajudar os estudantes internacionais a estudar no Canadá.
  • CO2offset (SaaS): Solução SaaS que mede automaticamente o carbono capturado nas florestas. “Ajuda a crescer e a manter as florestas, recompensando os proprietários de terras pela sua proteção de uma forma rápida, sem custos e escalável.”
  • Cooper Pet Care (Pet/Fintech): “Plataforma móvel de cuidados para animais de estimação com um verificador de sintomas de Inteligência Artificial, consultas de televendas e o melhor seguro para animais de estimação da categoria.”
  • Digital Woof (EdTech / AI): Tirando partido de capacidades da Inteligência Artificial, a startup tem como objetivo promover um “ambiente online seguro para crianças e populações vulneráveis”, fornecendo #uma identificação eficiente de ameaças e conteúdos educativos adaptados para resolver problemas distintos.”
  • Enpointe (E-commerce): Marketplace que permite aos criadores de redes sociais apoiar os “produtos de forma autêntica, dando-lhes uma montra hiper-personalizada.”
  • Explor (TravelTech): Solução que “simplifica o processo de tomada de decisões dos viajantes durante as suas experiências no destino turístico, fornecendo recomendações baseadas no contexto sobre o que fazer e onde comer.”
  • Fungiball (Web3/ Gaming): Jogo de ténis imersivo que promove uma comunidade de jogadores e fãs de ténis, proporcionando uma oportunidade única para ganharem dinheiro e para #os jogadores aumentarem a sua visibilidade e o seu fluxo de receitas.”
  • Gottaspace (CleanTech): “Tem como missão transformar a entrega e devolução de encomendas com espírito comunitário, desbloqueando espaços subutilizados e criando oportunidades significativas para toda uma comunidade de interessados, de uma forma conveniente, económica e sustentável.”
  • Hints (Software): “Assistente de Inteligência Artificial que interage com qualquer software e torna as ferramentas mais produtivas.”
  • Hollow (EdTech): Utilizando uma abordagem baseada em dados e aulas modulares, adaptados às necessidades dos alunos para maximizar tempo de estudo e classificações nos testes. “Com as suas estatísticas de aprendizagem (IA), os alunos sabem até que ponto estão bem preparados e, com os seus vídeos e exercícios concebidos de forma interativa, os alunos mantêm-se motivados para aprender de forma independente.”
  • Jobrely (Recruitment): Alternativa ao contacto manual no LinkedIn, “através da criação de uma reserva de candidatos de alta qualidade em grande escala.”
  • Kosmo (Marketplace): Ajuda os profissionais tech a mudarem-se para o Reino Unido, “candidatando-se a um Visto de Talento Global, que lhes permite trabalhar, construir uma startup ou estudar no Reino Unido sem limites ou requisitos especiais.”
  • Kreo (Creator Economy): Plataforma de comunidade e descoberta de conteúdos que permite aos criadores se concentrarem na sua arte e criar ligações genuínas com fãs.
  • Livuvo (E-commerce, Advertising & Marketing): Solução de software para a transmissão de vídeo em direto e gravado no comércio eletrónico, permitindo aos clientes experimentar os produtos e tomar decisões de compra mais seguras.
  • Localist (Real Estate, Technology & Social Media): Plataforma de “envolvimento da comunidade para construirmos juntos lugares melhores.”
  • Mysticswap (Web3): Apresenta-se como a “maneira mais segura de negociar NFT e tokens Over-The-Counter (OTC).”
  • Neobiz Creative Games Studio (Gaming): “Desenvolve conteúdos especiais para jogos digitais e para plataformas digitais ligadas à cultura portuguesa.”
  • NewTowner (Mobile App): Aplicação social e de eventos que ajuda nómadas digitais, expatriados e turistas recentemente deslocados a conhecerem outras pessoas, com sugestões personalizadas de eventos, locais e pessoas para conhecerem.
  • Orbitas (Data Analytics): “Assistente de dados inteligente que ajuda os analistas empresariais a responder a perguntas sobre dados e a produzir continuamente informações.”
  • R3chain (Web3): “Plataforma para monitorizar o plástico desde as fontes de resíduos até à reciclagem, convertendo o plástico recolhido e reciclado em ativos plásticos digitais que as empresas podem comprar para compensar a sua pegada plástica, reunindo rastreios de ponta a ponta, Inteligência Artificial e tecnologia de blockchain para garantir a rastreabilidade e a transparência de todos os ativos plásticos criados na plataforma.”
  • VirtuaCrop (AgriTech): Pretende, através dos dados, capacitar os agricultores para “tomarem decisões de gestão informadas, fornecendo um método fácil, intuitivo e acessível para os agricultores conhecerem melhor os seus solos.”
  • Wavi (AI): Plataforma de recomendação de conhecimentos que utiliza a Inteligência Artificial para tornar acessível a informação não estruturada da empresa.
  • WeTransact (Software): Solução para empresas SaaS para facilitar a publicação em cloud marketplaces.
  • Wonk (AdTech): Monitoriza audiências de publicidade out-of-home, medindo o impacto das campanhas, melhor rentabilizando os outdoors.
  • Xpertify (Technology & Information): Plataforma, baseada em IA, para empresas de investimento.

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Agência Just aposta em agenciamento de atores

A Just Talent Management, o novo segmento de negócio da agência Just, pretende ainda investir na diversidade, querendo trabalhar com pessoas de todas as idades e perfis.

A agência Just, que nos últimos anos tem apostado no agenciamento de talentos na área da moda, investe agora num novo segmento de negócio, o de agenciamento de atores. Para isso, a agência conta com Pedro Figueiredo “para dar um novo fôlego à marca que passa a designar-se por Just Talent Management”.

Maria de Medeiros, Dinarte Branco, Diogo Dória, Mafalda Jara e Rita Cabaço são alguns dos nomes já ligados a esta agência, “bem como muitos outros artistas emergentes ligados à representação”, refere-se em nota de imprensa.

Acredito que o mais importante é ter a sensibilidade para compreender como podemos potenciar as capacidades dos nossos agenciados e percorrer esse caminho com eles. Um modelo ou um ator estabelecido, tem necessidades diferentes de um talento emergente, o nosso objetivo é ajudar cada um deles na fase em que estão”, diz citado em comunicado, Marcelo Kapel, diretor da agência.

Além de estar focada na procura e seleção de “trabalhos com valor cultural inerente, que valorizem e projetem a vocação e capacidade dos dez atores que são agora representados pela agência”, a Just Talent Management pretende ainda investir na diversidade, querendo trabalhar com pessoas de todas as idades e perfis:

Queremos acima de tudo ter connosco atores com atitude e capacidade artística. Estamos dispostos a investir na formação técnica de quem tem talento e vontade de ir mais longe”, afirma Pedro Figueiredo, responsável pelo novo departamento da agência.

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Jóias de Gondomar “colam-se” ao peito de Mimicat e investem nos EUA e Canadá

A Portugal Jewels, empresa que desenvolveu o colar que Mimicat usou na final da Eurovisão, é liderada pelos irmãos Joana e Alexandre Gomes. Emprega 14 pessoas e faturou 1,6 milhões no ano passado.

A marca Portugal Jewels, que nas últimas semanas ganhou protagonismo no palco europeu por ter desenvolvido o colar “Ai Coração” usado por MimiCat no festival da Eurovisão, realizado em Liverpool, prepara-se para criar uma nova marca de joalharia para chegar ao EUA e ao Canadá. Todas as jóias da empresa são produzidas em oficinas localizadas no concelho de Gondomar, conhecido como o berço da joalharia tradicional portuguesa.

“Depois de a Mimicat ter ganho o Festival da Canção em Portugal, começámos a falar com o stylist dela, o Manuel Salvador, para conceber uma peça específica personalizada”, conta ao ECO/Local Online o sócio-gerente da Portugal Jewels, Alexandre Gomes. Na edição nacional do concurso da RTP, a cantora de Coimbra já tinha usado um colar da marca, mas sem estar customizado.

O colar batizado com o nome da música (Ai Coração) nasceu em Gondomar e demorou cerca de um mês e meio desde a conceção até ser produzido, um trabalho manual de cerca de 40 horas. Caso fosse comercializado, poderia custar cerca de mil euros, estima o gestor.

É composto por três peças distintas: um coração de Viana dourado de grande escala e adornado no centro com uma flor de pedras vermelhas, onde estão gravados os nomes dos dois filhos da cantora; um segundo colar composto por dezenas de imagens douradas de Nossa Senhora de Fátima; e um colar de três voltas que mistura pérolas e contas de Viana.

A Mimicat usou também, desde a primeira atuação em Portugal, os brincos Pomba Vermelhos da coleção da cantora Ana Moura e vários anéis de outras coleções. Matilde Breyner, Fátima Lopes, Sónia Araújo, Carolina Deslandes são outras figuras públicas que usam as jóias da empresa portuguesa.

“Apoiar a tradição da nossa joalharia e divulgá-la pelo mundo é um dos nossos grandes orgulhos e objetivos. Foi com enorme entusiasmo que aceitámos o pedido da Mimicat, para criar uma peça que resumisse um pouco da nossa identidade”, sublinha Joana Gomes, sócia da empresa.

O Coração de Viana continua a ser o best seller. “No segmento do turismo é uma peça reconhecível como identidade portuguesa”, salienta Alexandre Gomes. Os preços deste colar podem variar entre os 30 euros e os três mil euros. Muitas das peças podem ser produzidas em ouro português de 19,2 quilates, considerado “um dos mais puros do mundo”. Os Brincos à Rainha e as contas de Viana completam o top três dos artigos mais vendidos.

Arte que passa de geração em geração

A marca Portugal Jewels foi criada em 2013 pelos irmãos Joana e Alexandre Gomes, que pertencem à terceira geração de uma família de Gondomar que sempre esteve ligada à joalharia portuguesa. Atualmente, a empresa emprega 14 pessoas e fechou o ano passado com um volume de negócios de 1,6 milhões de euros.

Alexandre e Joana GomesPortugal Jewels

A sede da empresa está em Lisboa, mas a produção é toda feita em Gondomar. A Portugal Jewels trabalha diretamente com oficinas de várias dimensões e técnicas específicas — e com algumas delas em regime de exclusividade.

“Passámos de uma empresa que era muito mais pequena e focada em vendas a ourivesarias, para criar esta marca para promover e criar novos modelos inspirados na ourivesaria tradicional portuguesa. Estamos cada vez mais a trabalhar o público nacional e o turismo, mas também a crescer fora de Portugal”, conta Alexandre Gomes.

Estamos cada vez mais a trabalhar o público nacional e o turismo, mas também a crescer fora de Portugal.

Alexandre Gomes

Sócio-gerente da Portugal Jewels

A produção de joalharia começou pelas mãos de José Martins Barbosa, avô de Joana e o Alexandre Gomes, que em 1955 “criou uma das maiores oficinas de Gondomar”. A oficina ainda está em funcionamento e é gerida por um filho do fundador, tio dos empreendedores. A arte tem passado de geração em geração: todos os sete filhos e nove dos 17 netos estão ligados à joalharia.

A empresa que deu origem à Portugal Jewels foi fundada em 1990 pela mãe de Joana e Alexandre Gomes, que era professora universitária. Por razões profissionais, a família mudou-se para Lisboa e Rosa Amélia Barbosa decidiu criar a empresa com base na herança familiar da arte de fazer joalharia.

Marca de joalharia para a América do Norte

Além da loja online, a Portugal Jewels está presente em 60 pontos de venda em Portugal e noutros 15 no estrangeiro: França, Suíça, EUA e Canadá. O mercado externo representa 20% das vendas.

“Sentimos que a marca Portugal Jewels está com uma comunicação e uma identidade muito focada em Portugal e é fácil conectar com consumidores que tenham uma ligação emocional com o país. Mas quando não têm essa relação emocional com Portugal, sentimos dificuldade e sentimos que tem que ser criado algo novo. O plano é em 2024 termos a nova marca”, conta Alexandre Gomes.

“Estamos a crescer muito na área do turismo e identificámos a necessidade de ter peças com inspiração tradicional, mas com uma vertente contemporânea”, realça Alexandre Gomes. O gestor adianta que essa nova marca será focada no mercado norte-americano. “A seguir ao português, os mercados que funcionam melhor são os EUA e Canadá”, realça.

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Moody’s melhora perspetiva do ‘rating’ da Infraestruturas de Portugal

  • Lusa
  • 24 Maio 2023

A melhoria da notação financeira da Infraestruturas de Portugal deve-se à garantia da República de que a empresa pública vai cumprir os seus compromissos financeiros.

A agência de notação financeira Moody’s melhorou esta quarta-feira para positiva a perspetiva do ‘rating’ da empresa Infraestruturas de Portugal, no seguimento da subida da perspetiva do rating de Portugal, disse em comunicado.

A Moody’s confirmou em ‘Baa2’ a notação financeira da Infraestruturas de Portugal e passou o outlook para positivo. Esta decisão acontece depois de, na sexta-feira, a Moody’s ter melhorado a perspetiva do rating de Portugal (‘Baa2’) de estável para positivo, o que dá a indicação de que pode vir a subir o rating da República.

A melhoria da notação financeira da Infraestruturas de Portugal deve-se à garantia da República portuguesa de que a empresa pública vai cumprir os seus compromissos financeiros, nomeadamente na emissão de obrigações.

O rating é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito. A Infraestruturas de Portugal, detida pelo Estado português, foi criada em 2015, resultando da fusão da Estradas de Portugal (EP) com a Refer.

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Marquês. Relação aumenta pena de Salgado para oito anos de prisão efetiva

O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu esta quarta-feira sobre os recursos da defesa do ex-banqueiro. Pena em primeira instância foi de seis anos. Coletivo de juízes acrescentou mais dois anos.

O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) aumentou a pena de prisão efetiva de Ricardo Salgado de seis anos para oito anos pelos três crimes de abuso de confiança, que saíram da Operação Marquês. Coletivo de juízes recusou o pedido da defesa e do próprio Ministério Público (MP) em realizar uma perícia médica independente à doença de Alzheimer, comprovada em relatório médico apresentado pela defesa.

A decisão desta quarta-feira pendia sobre os recursos da defesa do ex-banqueiro Ricardo Salgado e do Ministério Público (MP), nomeadamente a questão da perícia médica ao diagnóstico de doença de Alzheimer.

Em causa está o processo separado da Operação Marquês, no qual o antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES) foi condenado na primeira instância, em março de 2022, a seis anos de prisão efetiva por três crimes de abuso de confiança.

À data, o juiz presidente do coletivo, Francisco Henriques — o mesmo que pertencia ao coletivo que julgou Armando Vara por um crime de lavagem de dinheiro, também saído do Marquês — não leu sequer o que se poderia chamar de uma súmula do acórdão. Limitou-se a dizer que crimes estavam em causa, baseados em que transferências e valores correspondentes, a que penas Salgado estava condenado (quatro por cada um dos crimes) e a pena final, por cúmulo jurídico, de seis anos.

Mas um dos aspetos essenciais e que mais curiosidade suscitava neste processo em concreto era o de saber até que ponto a doença de Alzheimer de Salgado seria ponderada para a aplicação da pena. No acórdão, o juiz considerou que ficou provado que o ex-banqueiro sofre desta doença neurológica mas não referiu esse mesmo estado de saúde ao aplicar a pena de prisão efetiva de seis anos. Por um lado, admitiu que existia mas, por outro não ponderou esse fator para a aplicação da pena.

No recurso interposto há cerca de um ano, os advogados do ex-banqueiro, Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce, criticaram o tribunal por aplicar “esta pena de prisão efetiva sem sequer ter ‘gasto’ ou ‘dedicado’ uma única palavra para apreciar a concreta relevância” da patologia, tornando uma “questão absolutamente essencial numa ‘não questão’”.

Desde o julgamento que a defesa de Ricardo Salgado tem reiterado em diferentes processos a necessidade da perícia médica independente ao antigo banqueiro, tendo recentemente o Tribunal Cível de Cascais autorizado essa perícia.

A 10 de maio, numa audiência realizada no TRL no âmbito deste processo separado da Operação Marquês, o MP já tinha assumido a necessidade de se fazer de forma independente uma perícia ao antigo presidente do BES no Instituto Nacional de Medicina Legal.z

O procurador-geral-adjunto Joaquim Moreira da Silva concordou com o recurso do MP, que defende a ampliação da pena do ex-banqueiro de seis para 10 anos de prisão, mas aceitou que fosse efetuada uma perícia neurológica para se apurar “se Ricardo Salgado está ou não em condições de perceber o que é uma pena de prisão”, devido ao diagnóstico de Doença de Alzheimer que lhe foi feito.

O MP tinha pedido para o antigo líder do BES uma pena não inferior a 10 anos de prisão pelos três crimes de abuso de confiança, enquanto a defesa tinha exigido a absolvição de Ricardo Salgado, realçando os 77 anos e o diagnóstico de Doença de Alzheimer.

O ex-banqueiro esteve acusado de 21 crimes no processo Operação Marquês, mas, na decisão instrutória proferida em 09 de abril de 2021, o juiz Ivo Rosa deixou cair quase toda a acusação que era imputada ao arguido. Ricardo Salgado acabou pronunciado por apenas três crimes de abuso de confiança, devido a transferências de mais de 10 milhões de euros, para um julgamento em processo separado.

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“Este debate não ficará em história nenhuma”

Com o termómetro político a atingir recordes, o primeiro-ministro regressa ao Parlamento para um debate com os deputados. TAP, Secretas, Habitação, Educação e Saúde deverão marcar a discussão.

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SNS vai convencionar realização de partos com unidades de saúde privadas e sociais

  • Lusa
  • 24 Maio 2023

O SNS vai realizar convenções com entidades privadas e sociais para realização de partos, prevenindo o impacto do verão e da realização de obras em algumas maternidades, revelou o ministro da Saúde.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai realizar convenções com entidades privadas e sociais para realização de partos, prevenindo o impacto do verão e da realização de obras em algumas maternidades, revelou esta quarta-feira o ministro da Saúde.

“Esta medida insere-se naquilo que a Direção Executiva do SNS está a fazer para preparar o verão no contexto das dificuldades normais do verão e num contexto também de realização de obras muito importantes em algumas das maternidades públicas“, disse Manuel Pizarro aos jornalistas à margem da conferência “Valor Estratégico da Indústria Farmacêutica de Medicamentos Genéricos e Biossimilares”, que está a decorrer, promovida pela Associação Portugueses de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (APOGEN).

O governante lembrou que no início deste ano foi atribuído um financiamento de 30 milhões de euros para a realização de obras de requalificação dos blocos de partos em quase três dezenas de maternidades públicas.

“Essas obras são muito importantes, vão fazer com que os serviços fiquem melhores, mais cómodos, com melhor equipamento, mas também vão causar constrangimentos“”, disse, sublinhando que a Direção Executiva está a preparar todo esse processo “com planificação e previsibilidade e dará notícias nos próximos dias” sobre o plano que está em causa.

A Administração Central do Sistema de Saúde publicou esta quarta-feira na imprensa um anúncio para a abertura de procedimento de adesão às convenções para realização de partos a utentes do SNS por entidades privadas ou do setor social, na região de Lisboa e Vale do Tejo, para responder a “necessidades excecionais e temporárias”.

Segundo o anúncio, podem candidatar-se às novas convenções para realização de partos a utentes do SNS as entidades privadas ou do setor social “devidamente habilitadas” a prestar cuidados de saúde nos termos da lei, com estabelecimento localizado na área correspondente à região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo e que realizem uma média de, pelo menos, 700 partos por ano.

Questionado esta quarta-feira de manhã pela Lusa sobre o porquê desta possibilidade, o Ministério da Saúde disse que este processo se insere “na preparação da resposta articulada nos próximos meses, prevenindo o impacto do verão e da realização de obras em algumas maternidades”.

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