O dia em direto nos mercados e na economia – 23 de maio

  • ECO
  • 23 Maio 2023

Ao longo desta terça-feira, 23 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Dstgroup quer contratar 400 pessoas até 2024. Trabalhadores vão ter creche no campus de Braga

Nos próximos dois anos, o grupo português quer construir em Braga uma creche para os filhos dos trabalhadores.

O dstgroup quer contratar 400 pessoas até 2024 e, em junho, vai realizar um open day no campus de Braga do grupo que atua na área de construção, energias renováveis ou telecomunicações. A empresa, que aumentou para 800 euros o salário mínimo em Portugal, quer “nos próximos dois anos” abrir uma creche no campus para os filhos dos trabalhadores.

Com 2.700 trabalhadores, o grupo português quer reforçar as equipas e, para isso, vai realizar a 2 de junho, às 10h00, em Braga, um open day. Quer contratar perfis diversos como preparadores de obra, condutores-manobradores, motoristas e encarregados, eletricistas, diretores de obra, canalizadores, eletromecânicos, mecânicos, eletricistas auto, serralheiros mecânicos, soldadores, serralheiros, operadores CNC e pessoas para a área da inovação e da carpintaria.

Além da ação de recrutamento – com momentos networking e de speed meeting –, o open day inclui também um peddy paper, dando a conhecer as várias empresas presentes no complexo, como a bysteel ou a dte, bem como os restaurantes do complexo, os jardins – com obras de arte – e os espaços de lazer disponíveis.

Num setor que se debate com a escassez de talento, esta é apenas uma das iniciativas levadas a cabo pela empresa para atrair talento. “As estratégias que temos levado a cabo consistem na participação em feiras de emprego em universidades, politécnicos e outras iniciativas governamentais de Norte a Sul do país. Para além disso, temos promovido iniciativas de employer branding e de employee experience como forma de atrair e reter talento”, adianta José Machado, diretor de RH, ao ECO Trabalho.

A nossa ideia é ir avaliando e pagando salários acima do mínimo nacional, valorizando cada vez mais a mão de obra, sobretudo no setor de engenharia e construção, no qual as necessidades de mão de obra continuarão a ser fundamentais e relevantes para o desenvolvimento do país, nomeadamente com o PRR.

José Machado

DRH do dstgroup

O grupo também tem vindo a recorrer ao recrutamento no mercado externo para contornar a indisponibilidade de mão de obra. “Temos recrutado lá fora, o que tem ajudado a suprir as nossas necessidades de mão-de-obra. As alterações que ocorreram recentemente com os novos vistos de trabalho têm facilitado os processos”, admite José Machado.

Creche para os filhos dos colaboradores

Desde o início do ano que, para “combater a precariedade laboral, promover a captação e a retenção de talento e proporcionar bem-estar e qualidade de vida aos seus trabalhadores”, o salário base de entrada na empresa aumentou de 740 euros para 800 euros/brutos – a que se soma o “subsídio de alimentação, seguro de vida, seguro de saúde e mais de 70 outros benefícios em diversas áreas” –, valor acima do salário mínimo nacional, de 760 euros. Mas o DRH do grupo admite que esse parâmetro está sob constante análise face ao clima concorrencial no setor.

“A nossa ideia é ir avaliando e pagando salários acima do mínimo nacional, valorizando cada vez mais a mão-de-obra, sobretudo no setor de engenharia e construção, no qual as necessidades de mão de obra continuarão a ser fundamentais e relevantes para o desenvolvimento do país, nomeadamente com o PRR”, afiança José Machado.

José Machado, DRH do dstgroup

E também reforçar o pacote de benefícios que a empresa tem disponível para os trabalhadores. Consultas gratuitas de medicina geral, dentária e psicologia, uma biblioteca, diversos campos de futebol, ténis e padle, serviço de manicure e salas de descanso e meditação são alguns dos espaços no campus que estão disponíveis para os trabalhadores.

“Nos próximos dois anos prevemos conseguir colocar em funcionamento uma creche, no nosso campus, para os filhos dos nossos trabalhadores”, revela o DRH. Nos planos está ainda “identificar novas formas que tragam uma valorização para o salário emocional dos nossos trabalhadores”.

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Marquês. Salgado sabe se faz ou não perícia médica independente, no que pode ser um volte face do processo

Ministério Público, em sede de recurso, assumiu que deverá ser feita uma perícia médica independente face à doença de Alzheimer de Salgado. Decisão do coletivo é conhecida quarta-feira.

O recurso de Ricardo Salgado — relativo à condenação a seis anos de prisão efetiva por abuso de confiança no âmbito da Operação Marquêsvai ser decidido pela Relação de Lisboa esta quarta-feira. Um dia que será decisivo para o andamento deste processo, já que o coletivo de juízes irá pronunciar-se se a perícia médica independente ao arguido deveria ter sido feita na primeira instância. Caso decida que sim, isso implica poder mandar o processo de novo à primeira instância para essa questão ficar sanada. Ou mesmo suspender a pena de prisão efetiva do arguido.

Em causa a doença de Alzheimer de Ricardo Salgado, comprovada pelo médico neurologista Joaquim Ferreira, mas cujo relatório médico foi pedido pela defesa do ex-líder do BES, protagonizada pelos advogados Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce. A mesma defesa que tem pedido, várias vezes e em vários processos, para que seja feita um exame médico independente, de forma a que fique tudo esclarecido perante a justiça e a opinião pública.

Não esquecer que a defesa do ex-banqueiro já tem um ponto que joga a seu favor: o facto de, na audiência realizada a 11 de maio, no âmbito dos recursos interpostos pela defesa do ex-banqueiro e pelo Ministério Público (MP), este ter cedido que fosse feita de forma independente uma perícia no Instituto Nacional de Medicina Legal.

E o que pediram os advogados de Ricardo Salgado no recurso?

Segundo o pedido dos advogados de defesa, Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce, em causa está a omissão do juiz da primeira instância “quanto à anomalia psíquica referente à Doença de Alzheimer do arguido que ficou demonstrada no facto, o que constitui nulidade”. Acrescentando que o “acórdão recorrido violou os princípios da dignidade humana, proporcionalidade e garantias de processo criminal”.

Nesta audiência, a defesa pretendeu ainda debater “que, caso se entenda que a anomalia psíquica superveniente do arguido não está suportada pela matéria do facto provado, a primeira instância tinha de ter determinado a realização de perícia médica para determinar se o arguido tem anomalia psíquica superveniente, mas, não o fez, pelo que o próprio acórdão recorrido violou o Código Penal e, ainda, incorreu em nulidade”, já que há uma insuficiência para a decisão da matéria de facto provada. Os advogados invocam ainda o acórdão de novembro de 2021, em que o ex-presidente da Câmara de Santa Comba Dão, João Lourenço, foi condenado a uma pena suspensa de sete anos de prisão, pelo facto do arguido sofrer da doença de Alzheimer.

Em janeiro deste ano, esse recurso tinha voltado à estaca zero. Em causa a baixa médica – que já durava há três meses – do juiz a quem tinha sido distribuído o processo, em maio. O processo acabou por ser redistribuído e ficou a cargo da magistrada Maria Leonor Botelho, da terceira secção da Relação de Lisboa.

Em maio do ano passado, a defesa do ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, recorreu da condenação a seis anos de prisão no processo separado da Operação Marquês e pediu a revogação do acórdão, considerando que a decisão de pena efetiva vai causar ou acelerar a sua morte do cliente.

O que decidiu e disse o juiz na primeira instância?

Em março de 2022, a Justiça conheceu uma das decisões mais aguardadas dos últimos anos. Foi a primeira vez que um juiz decidiria se Ricardo Salgado, o ex-homem forte do BES, seria condenado ou absolvido nos vários processos-crime em que está envolvido. Neste caso, por três crimes de abuso de confiança que saíram da acusação da Operação Marquês, processo iniciado há oito anos e que envolve ainda o ex-PM socialista, José Sócrates.

Na sala do Campus de Justiça, a leitura da decisão demorou menos de dez minutos. O juiz presidente do coletivo, Francisco Henriques — o mesmo que pertencia ao coletivo que julgou Armando Vara por um crime de lavagem de dinheiro, também saído do Marquês — não leu sequer o que se poderia chamar de uma súmula do acórdão. Limitou-se a dizer que crimes estavam em causa, baseados em que transferências e valores correspondentes, a que penas Salgado estava condenado (quatro por cada um dos crimes) e a pena final, por cúmulo jurídico, de seis anos.

Mas um dos aspetos essenciais e que mais curiosidade suscitava neste processo em concreto era o de saber até que ponto a doença de Alzheimer de Salgado seria ponderada para a aplicação da pena. No acórdão, o juiz considerou que ficou provado que o ex-banqueiro sofre desta doença neurológica mas não referiu esse mesmo estado de saúde ao aplicar a pena de prisão efetiva de seis anos. Por um lado, admitiu que existia mas, por outro não ponderou esse fator para a aplicação da pena.

Voltemos atrás no tempo. Em outubro de 2021, a defesa de Salgado alega que o seu cliente sofre de Alzheimer. Juntou um relatório médico, assinado pelo neurologista Joaquim Ferreira, depois do juiz ter recusado uma perícia médica independente, que seria pedida pelo tribunal. Perante este diagnóstico, a defesa decide então fazer um requerimento para pedir a suspensão do julgamento ou, pelo menos, a haver condenação, que fosse a uma pena suspensa.

O juiz, perante esta questão, alegou que a defesa do arguido fez “renascer” o que prevê o artigo 106.º n.º 1 do Código Penal, segundo o seu despacho datado de 21 de outubro, a que o ECO teve acesso na altura. Ou seja: a equiparação da doença de Alzheimer a uma anomalia psíquica. E que, segundo este artigo, todos os arguidos que padecem desta anomalia, devem ser condenados apenas a uma pena de prisão suspensa. “A execução da pena de prisão a que tiver sido condenado suspende-se até cessar o estado que fundamentou a suspensão”, diz a lei.

E acrescentou: “esta questão é manifestamente prematura. O julgamento ainda não terminou. Consequentemente, não existe qualquer deliberação do Tribunal coletivo. Fazer qualquer consideração sobre o assunto seria antecipar uma apreciação jurídica e valorativa que neste momento não é admissível”, dizia Francisco Henriques a 21 de outubro de 2021.

Seria, então, expectável que essa apreciação jurídica fosse feita pelo magistrado, aquando a leitura da decisão condenatória, cinco meses depois. Mas nem na leitura, nem no próprio acórdão isso aconteceu. Em 93 páginas assinadas, este magistrado dedica apenas uma linha ao assunto: “ao arguido foi diagnosticada a doença de Alzheimer, conforme declaração médica do senhor doutor Joaquim José Coutinho Ferreira”. Não tecendo qualquer valoração jurídica sobre de que forma este estado de saúde poderia influenciar ou não o tipo de pena a que foi condenado.

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Herdeira da Cerâmica Valadares vai criar parque empresarial em Gaia

Arch Valadares vai reabilitar os pavilhões que estão desocupados e criar um parque de negócios em Gaia com capacidade para acolher 15 a 20 empresas, num investimento até cinco milhões de euros.

Henrique Barros, CEO da Arch Valadares e que integrou a equipa de gestão que preparou durante dois anos o renascimento da centenária empresa de cerâmica falida há pouco mais de uma década, antecipa que, num prazo de três a cinco anos, vai surgir um novo parque empresarial neste complexo industrial situado em Vila Nova de Gaia. A estimativa de investimento, adiantou ao ECO/Local Online, ronda os dois a cinco milhões de euros.

A herdeira da Valadares, que chegou a empregar 1.500 pessoas nos anos 1970 e 1980, está instalada numa área com aproximadamente seis hectares divididos por vários pavilhões. Porém, em virtude da reestruturação feita a seguir à falência, só ocupa 45% do espaço total. Nos planos do gestor está a requalificação dos edifícios abandonados para acolher várias outras empresas num parque de negócios.

“A Arch, considerando a sua dimensão, usa só uma parte das instalações. A parte que não usamos está neste momento em regeneração, ou seja, numa fase de arrumações e limpezas — e alguma parte já foi reabilitada. A intenção é fazer um parque empresarial, tendo em conta que temos uma área significativa, cerca de seis hectares, com bastantes edifícios que estão separados uns dos outros. A ideia passa por recuperar esses edifícios e implementar um parque empresarial distribuído por duas zonas com tipologias diferentes”, conta o CEO.

A intenção é fazer um parque empresarial, tendo em conta que a empresa tem uma área significativa, cerca de seis hectares, com bastantes edifícios separados uns dos outros. A ideia passa por recuperar esses edifícios e implementar um parque empresarial distribuído por duas zonas com tipologias diferentes.

Henrique Barros

CEO da Arch Valadares

A expectativa do gestor nortenho é que o parque empresarial venha a acolher entre 15 a 20 empresas, consoante a dimensão. Nos planos está o acolhimento de empresas industriais com “alguma dimensão” e também empresas mais pequenas de prestação de serviços ou de pequena manufatura.

Terreno comprado por seis milhões

Fundada a 25 de abril de 1921 por seis empresários nortenhos, com um capital social de 140 mil escudos, a Valadares sobreviveu a guerras e revoluções, mas em 2012 entrou em falência. O atual CEO, que foi um dos três ex-quadros desafiados pelo administrador de insolvência a estudar a viabilidade do negócio, argumenta que a empresa “não afundou por razões técnicas ou comerciais”.

Dois anos depois, um grupo composto por antigos quadros e novos investidores decidiram reerguer a marca Valadares. Em setembro de 2014, a empresa voltou a laborar com 20 ex-trabalhadores da fábrica, num contexto de incerteza e com o país sob intervenção da troika. À frente desta missão ficaram Henrique Barros (direção geral), Rocha Ferreira (direção de engenharia e I&D) e Jorge Borges (direção de projetos).

Reportagem na fábrica Arch Valadares - 10MAI23
Henrique Barros, administrador da Arch ValadaresRicardo Castelo/ECO

“Apesar de o projeto ter começado num contexto adverso, cometemos esta loucura aparente porque acreditávamos profundamente no valor do produto e da marca, que já sobrevivido a muitas coisas“, recorda Henrique Barros.

Renasceu com a marca Arch Valadares, alugando as antigas instalações da fábrica centenária. O contrato previa o aluguer do espaço por um período de cinco anos, para “perceber se a Valadares ainda tinha lugar no mercado”, conta. E no final desse prazo, em 2019, a Arch comprou o espaço à massa insolvente por seis milhões de euros.

Henrique Barros frisa que já existe um plano para o novo parque empresarial, embora não esteja ainda “completamente definido”. A reabilitação dos edifícios acontecerá em três fases. Num primeiro momento entrarão empresas mais pequenas, tendo em conta que é a zona que tem “o processo de recuperação mais adiantado”. A segunda zona será direcionada a empresas industriais, que “em princípio” irão ocupar um dos maiores edifícios, que também terá de ser reabilitado.

Por fim, a terceira fase será mais direcionada para “serviços ou pequeníssimas empresas”, numa zona que disponibilizará um backoffice e uma zona de escritórios em formato de open space. “Estamos a falar de um outro tipo de atividades que, porventura, podem ser de suporte às empresas instaladas — ou porque têm o armazém ou porque têm uma instalação industrial”, acrescenta o gestor, que começou a trabalhar na empresa em 1991.

O plano está praticamente traçado, mas a forma de o concretizar ainda é uma incógnita. O CEO adianta que tem em vista duas formas de o fazer: ou ser a Arch a desenvolver o próprio projeto, embora esse não seja o core business da empresa; ou adjudicar o projeto a algum parceiro que ajude a construir o processo imobiliário.

Para o projeto não ter impacto sobre a tesouraria, realça que a ideia passa pela “primeira fase do projeto financiar a segunda, e a segunda financiar a terceira”. Para justificar o “enorme potencial” deste novo parque industrial, o CEO acena com os acessos rodoviários, com a proximidade às cidades do Porto e de Aveiro, e com a estação de comboio situada nas traseiras da fábrica, que ainda ainda é usada por muitos trabalhadores da empresa.

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5 coisas que vão marcar o dia

Fernando Medina marca presença na conferência anual da CMVM. ISEG e INE celebram os respetivos aniversários e Luís Montenegro encerra as jornadas parlamentares do grupo na Madeira.

Esta terça-feira, dia 23 de maio, Fernando Medina marca presença na conferência anual da CMVM. Já o ISEG celebra o seu 112.º aniversário e lança um livro da autoria de vários economistas ligados a si, enquanto o INE festeja 88 anos com a publicação de sete destaques. O presidente do PSD, Luís Montenegro, encerra esta terça-feira as jornadas parlamentares do grupo na Madeira e o Eurostat publica os dados da sazonalidade no setor do alojamento em 2022.

CMVM realiza conferência anual com a presença de Fernando Medina

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) vai realizar a sua conferência anual, dedicada ao tema “Um futuro mais aberto ao mercado”. A realizar-se na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a conferência pretende promover a discussão e o conhecimento em torno do mercado de capitais e irá contar com a presença do ministro das Finanças, Fernando Medina.

ISEG celebra 112º aniversário e lança livro “Por onde andou e para onde vai a Economia Portuguesa”

O Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (ISEG) celebra esta terça-feira o seu 112.º aniversário, lançando o livro “Por onde andou e para onde vai a Economia Portuguesa”. A obra é da autoria de vários economistas ligados ao ISEG, entre os quais Mário Centeno, Vítor Bento, Paulo Macedo, Francisco Louçã, entre outros.

INE celebra 88.º aniversário

O Instituto Nacional de Estatística celebra 88 anos e, para celebrar o ano do seu nascimento (1935), irá publicar sete destaques dedicados a diferentes temas. Entre os destaques escolhidos pelos INE estão dados relacionados com a segurança de informação nas empresas, as remunerações brutas por trabalhador nas administrações públicas e setor privado, os Censos de 2021, estatísticas do rendimento ao nível local, inquéritos de conjuntura às empresas e consumidores e ainda o tema: “Nascimento do primeiro filho: o que muda no padrão de despesas das famílias?”.

Luís Montenegro encerra jornadas parlamentares do PSD/Madeira

O presidente do PSD, Luís Montenegro, encerra esta terça-feira as jornadas parlamentares do grupo na Madeira. Sob o lema “Ambição para Portugal. Acreditar na Madeira”, Luís Montenegro irá falar na sessão de encerramento, às 12:45, após o presidente do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, no Salão Nobre da Assembleia Regional da Madeira.

Eurostat divulga dados do alojamento local e do ensino

O gabinete de estatísticas europeu lança um conjunto de dados esta terça-feira, com destaque para a série sazonalidade no setor do alojamento em 2022, bem como dados relativos ao abandono precoce do ensino e da formação em igual ano. Segundo dados divulgados pelo INE, o alojamento turístico português recebeu 1,5 milhões de hóspedes e 3,5 milhões de dormidas só no primeiro mês do ano.

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Receitas de portagens e fim de parcerias na saúde fazem diminuir encargos com PPP em 14%

Despesas com setor rodoviário, que tem maior peso nas PPP, recuaram nos primeiros nove meses do ano. Saúde perde importância com fim das PPP em Vila Franca de Xira e Loures.

Os encargos públicos com as parcerias público-privadas (PPP) caíram 14% nos primeiros nove meses do ano, para 991,6 milhões de euros, segundo os dados do boletim trimestral da Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP). Queda deveu-se à diminuição dos encargos com as parcerias rodoviárias, maiores receitas com portagens e o fim de algumas PPP na saúde.

“Nos primeiros 9 meses de 2022, o montante de encargos líquidos suportado pelos parceiros públicos ascendeu a 991,6 milhões de euros, valor inferior em 14% (-159,0M€) face a igual período do ano anterior”, lê-se no boletim. Os setores rodoviário e da saúde são aqueles com mais relevância entre as parcerias, encontrando-se aí a justificação para esta redução.

No setor rodoviário, destaca-se um decréscimo de 11% nos encargos líquidos até setembro, que “resulta do efeito combinado da diminuição dos encargos brutos em 7% (-85,3M€) e do incremento das receitas de portagem em 7% (+15,9M€)”. Do lado dos encargos brutos, estes caíram devido a uma redução de pagamentos por disponibilidade mas também por alguns pagamentos a subconcessionárias em 2021 que afetam a comparação.

Já as portagens tiveram um aumento de 7% nos primeiros nove meses de 2022, devido ao aumento do tráfego médio diário. Mesmo assim, o nível de receitas poderia ser ainda maior mas foi “negativamente impactado pela aplicação do novo regime de descontos, em particular da Portaria n.º 138-D/2021, de 30 de junho, que produziu efeitos a partir de 1 de julho”, ou seja, os descontos nas ex-SCUT que foram aprovados pelo Parlamento.

Passando para a saúde, os encargos líquidos acumulados ascenderam a 125,2 milhões de euros até setembro, representando um decréscimo de 31% (-56,6M€) face ao período homólogo anterior, segundo indica a UTAP. Esta redução é explicada essencialmente pelo fim dos contratos com as entidades gestoras das PPP dos hospitais de Vila Franca de Xira e de Loures.

Existiram alguns pagamentos devido a litígios durante o ano passado, mas ainda assim acabou por se verificar uma redução dos encargos já que chegaram ao fim algumas PPP. Resta agora a parceria no Hospital de Cascais, que foi inclusivamente renovada e passou para as mãos dos espanhóis da Ribera Salud.

Olhando para os restantes setores com PPP, é possível verificar que os encargos líquidos do setor público com o setor ferroviário ascenderam nos primeiros 9 meses de 2022 a 39,6 milhões de euros, valor em linha com igual período do ano anterior. Um aumento na subconcessão do Metro do Porto foi compensado pela queda de 24% na concessão do metro da margem sul do Tejo devido a pagamentos de compensação por insuficiência de tráfego.

Já as receitas das parcerias portuárias ascenderam a 22,7 milhões até setembro, mais 5% do que no período homólogo. Finalmente, os pagamentos realizados pelo Oceanário ao parceiro público “ascenderam a 1,2 milhões de euros nos primeiros 9 meses de 2022, valor que se encontra 7% acima do valor verificado no período homólogo, essencialmente pelo aumento da componente variável”, indica a UTAP.

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Como encontrar o crédito à habitação mais barato

Apesar do corte generalizado dos spreads no crédito à habitação, a proposta mais económica para comprar casa vai para lá da margem de lucro do banco. É preciso fazer contas aos restantes custos.

Os bancos querem muito emprestar-lhe dinheiro para comprar a sua casa de sonhos. E se já tiver crédito à habitação noutro banco, também estão disponíveis a fazer de tudo ao seu alcance para o terem como cliente.

“Neste momento, há uma guerra no crédito à habitação”, reconheceu Paulo Macedo, presidente da Caixa Geral de Depósitos, no decorrer da apresentação dos resultados do primeiro trimestre do banco, sublinhando as constantes campanhas dos bancos a anunciarem “redução de spreads e taxas de juros mistas”.

É certo que os valores praticados pela banca ainda continuam longe dos que o mercado assistiu pouco antes da crise do subprime, em 2008, quando era usual encontrar ofertas de spreads de 0,25% e campanhas promocionais de spread nulo durante os primeiros 12 meses do contrato. Porém, a luta pelo crédito à habitação das famílias está mais feroz que nunca.

No espaço de um ano, a mediana do spread mínimo da oferta comercial dos 10 maiores bancos a operar em Portugal nos contratos à taxa variável passou de 1% para os atuais 0,85%. Todos os bancos, sem exceção, reviram em baixa o spread mínimo da sua oferta comercial.

Os consumidores agradecem esta “guerra” no crédito à habitação. No entanto, na hora de escolher a melhor proposta para comprar casa, as famílias devem ir mais além que uma simples comparação do spread.

O spread é talvez o custo menor num crédito à habitação

Para se ter uma ideia, a diferença de 0,1 pontos percentuais do spread num crédito à habitação de 150 mil euros a 30 anos, indexado à Euribor a 12 meses com um spread de 1,2%, face a uma proposta com um spread de 1,1%, é de apenas 9,14 euros por mês.

Mas a diferença entre subscrever o seguro de vida com o banco face a contratualizá-lo fora do banco, com uma seguradora à sua escolha, supera os 20 euros por mês, considerando um casal de 35 anos. Trata-se de uma poupança que facilmente supera os 60%.*

É também importante estar atento aos produtos cruzados que o banco “obriga” a subscrever para ter o spread mais baixo (o chamado cross selling). Por vezes, um simples cartão de crédito que cobre uma anuidade de 20 euros ou uma comissão de manutenção de conta no mesmo valor, rapidamente pode anular a poupança gerada pelo spread.

E não menos relevante, deve-se também comparar os custos e as comissões associadas à contratualização do contrato, como seja a comissão de avaliação do imóvel, a comissão de dossier ou a comissão de formalização do crédito. Por vezes, a diferença destas comissões entre bancos superam os 500 euros.

Para evitar cair na “esparrela do spread mais baixo”, é crucial que na comparação de propostas o foco seja sempre colocado sobre a taxa anual de encargos efetiva global (TAEG), porque é ela que mede o custo global do crédito à habitação.

A TAEG engloba não apenas a taxa de juro e o spread, mas todos os custos associados do empréstimo, como as apólices de seguro, os impostos a pagar e todas as comissões bancárias. Assim, é certo que em propostas de crédito com o mesmo montante e o mesmo prazo, a TAEG mais baixa represente a proposta mais baixa do mercado, porque é a que suporta menos custos.

Essa conclusão é também explícita em termos monetários quando olhar também para o valor correspondente ao montante total a reembolsar (MTIC). Tanto a TAEG como o MTIC têm de constar na ficha de informação normalizada europeia (FINE), que o banco lhe apresenta com a proposta do crédito à habitação.

Mas enquanto a TAEG revela o custo total do crédito expresso em percentagem anual do montante do crédito, o MTIC apresenta a soma do montante total do empréstimo com os custos do crédito (juros, comissões, impostos e outros encargos).

É certo que nos empréstimos contratados a taxa de juro variável ou mista, tanto a TAEG e como o MTIC são apenas indicativos. Como, nestes contratos a taxa de juro pode variar ao longo do tempo, os valores da TAEG e do MTIC podem não corresponder ao custo total que será pago durante a vigência do empréstimo. Mas a TAEG e o MTIC são cruciais como forma de comparação de propostas semelhantes na hora da contratualização do crédito, pois partem dos mesmos pressupostos.

No entanto, não deixe de ler nas entrelinhas. Muitas vezes, apesar das condições contratuais parecerem iguais (o mesmo montante de financiamento e o mesmo prazo, por exemplo), há diferenças significativas com impacto no custo final do empréstimo.

Isso acontece sobretudo ao nível das coberturas dos seguros associados ao crédito à habitação, com a proposta mais barata a cobrir, por exemplo, apenas 50% do capital numa situação de morte ou invalidez absoluta e definitiva de um mutuário do contrato. Isto significa que ao optar por esta solução estará menos coberto numa situação de inesperada, face às restantes.

Isto não invalida que a proposta com menos coberturas do seguro seja a proposta mais barata e talvez a que mais serve o propósito que procura, mas é importante estar consciente de todos os fatos antes de fazer contratualizar um crédito que andará consigo nos próximos 30 ou 40 anos.

 

* Os resultados apurados têm em conta a simulação recolhida pelos simuladores de crédito à habitação dos três maiores bancos e face aos preços apresentados pelo simulador da April, a maior agente mediadora de seguros em Portugal.

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Ministério da Educação vai pedir serviços mínimos se greves às avaliações avançarem

  • Lusa
  • 22 Maio 2023

“Alunos merecem ser avaliados, merecem não ver o seu acesso ao ensino superior comprometido e, portanto, sim, faremos o pedido de declaração de serviços mínimos para essas greves”, disse o ministro.

O ministro da Educação adiantou nesta segunda-feira que o Governo irá solicitar que sejam decretados serviços mínimos caso avancem as greves às avaliações finais previstas pelos sindicatos para exigir a recuperação do tempo de serviço.

“Os alunos merecem ser avaliados, merecem não ver o seu acesso ao ensino superior comprometido e, portanto, sim, faremos o pedido de declaração de serviços mínimos para essas greves”, afirmou João Costa, em declarações a jornalistas, à margem da festa final da 7.ª edição do projeto Miúdos a Votos, que decorreu nesta segunda-feira em Lisboa na Fundação Calouste Gulbenkian.

Da parte das organizações sindicais, as greves às avaliações finais — que arrancam em 16 de junho para o 3.º ciclo e em 19 de Junho para o ensino secundário — continuam em cima da mesa até que o Governo aceite recuperar todo o tempo de serviço congelado dos

Para o ministro, no entanto, o tema ficou encerrado com a recente aprovação do decreto-lei com vista à correção de assimetrias decorrentes do congelamento da carreira. “Não é tudo, mas é equilibrado”, afirmou o ministro, considerando que, apesar das críticas das organizações sindicais, o diploma que aprova um conjunto de medidas com efeitos na progressão da carreira dos docentes que trabalharam durante os dois períodos de congelamento representa uma aproximação às reivindicações.

Antecipando que a greve às avaliações possa mesmo avançar, João Costa acrescentou que os acórdãos do Tribunal da Relação, publicados na semana passada, tornam inequívoca a legitimidade de serviços mínimos no contexto de provas finais e exames nacionais.

Nas decisões sobre duas greves nas escolas, em fevereiro e março, o Tribunal da Relação considerou ilegais os serviços mínimos decretados, argumentando que “a imposição de serviços mínimos no setor da educação cinge-se às atividades de avaliações finais, de exames ou provas de caráter nacional que tenham de se realizar na mesma data em todo o território nacional”.

Sobre esse tema, o ministro da Educação disse que o executivo ainda está a analisar os acórdãos para decidir se irá ou não recorrer. A contestação dos professores já se prolonga desde dezembro, com greves e manifestações de forma quase ininterrupta, e os profissionais dizem estar preparados para a manter também no próximo ano letivo, até que o Governo aceite a recuperação de todo o tempo de serviço.

Questionado sobre como resolver o impasse, o ministro afirmou apenas: “Espero que haja o bom senso de percebermos que o prejuízo para os alunos é real e que o Governo tem dado passos na correcção de vários problemas.”

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Reditus falha publicação dos resultados de 2021

  • Lusa
  • 22 Maio 2023

Em novembro de 2022, a empresa já tinha falhado a data para a apresentação dos resultados.

A Reditus voltou a falhar a publicação dos resultados de 2021, mas espera divulgá-los até ao final do mês, foi comunicado esta segunda-feira ao mercado.

“A Reditus – Sociedade gestora de participações sociais, S.A. vem, por este meio, comunicar que, apesar dos esforços que desenvolveu, não logrou até à data de hoje, 22 de maio de 2023, aprovar e publicar os resultados individuais e consolidados, relativos ao exercício do ano de 2021”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em novembro de 2022, a empresa já tinha falhado a data para a apresentação dos resultados. Face ao “progresso dos trabalhos, que se encontram em fase de conclusão”, a Reditus espera publicar as suas contas de 2021 até ao final do mês.

Já os resultados do primeiro semestre de 2022 deverão ser publicados até 60 dias após a aprovação das contas de 2021.

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Líder do PSD acusa Costa e PS de “fanatismo político” e negação da realidade

  • Lusa
  • 22 Maio 2023

O presidente do PSD acusou hoje o primeiro-ministro e o PS de estgarem a "encarar este momento de uma forma muito fanática e num estado de negação absoluta".

O presidente do PSD acusou esta segunda-feira o primeiro-ministro e o PS de reagirem ao discurso de Cavaco Silva com “fanatismo político” e negação da realidade, dizendo que as dificuldades das famílias e a degradação das instituições não são artificiais.

Em declarações aos jornalistas à entrada para um jantar no âmbito das Jornadas Parlamentares do PSD, no Funchal, Luís Montenegro respondeu a António Costa, que acusou o ex-Presidente da República Cavaco Silva de estar a alimentar “o frenesim” da direita para provocar uma crise política artificial e de procurar interromper ao Governo uma trajetória de recuperação da economia.

“O dr. António Costa, como todo o PS, estão a encarar este momento de uma forma muito fanática e num estado de negação absoluta. Não é artificial haver uma degradação das instituições e do Governo, não é nada artificial o aumento do custo de vida dos portugueses”, afirmou.

Luís Montenegro desafiou António Costa a pronunciar-se sobre “o conteúdo” da intervenção de um ex-primeiro-ministro e ex-Presidente da República que não anda na “refrega política”, nem intervém muitas vezes. “Devia ser um sinal para o PS e o primeiro-ministro o ouvirem com mais atenção”, afirmou, dizendo não ter ouvido o primeiro-ministro dizer onde é que Cavaco Silva “errou no diagnóstico que fez de Portugal”.

O presidente do PSD insistiu ainda que o primeiro-ministro tem “explicações a dar ao país” sobre atuação das ‘secretas’ no caso da recuperação de um computador de um ex-adjunto do Governo, sem afastar uma comissão de inquérito no futuro.

Luís Montenegro respondia a António Costa, que rejeitou esta segunda existir contradição entre a sua versão de que não teve conhecimento prévio da atuação do SIS (Serviço de Informações de Segurança) e as declarações do ministro João Galamba.

“Eu considero que este assunto é um assunto grave, considero que faltam explicações ao país quer por parte dos responsáveis dos serviços de informações, quer de quem tem a tutela política, que é o primeiro-ministro”, afirmou Montenegro, considerando que “não basta ao primeiro-ministro dizer que correu tudo bem” porque “toda a gente viu que correu mal”.

O presidente do PSD disse ser necessário saber “quem é que chamou os serviços de informações, porque é que os chamou” e se “há ou não alguma ordem de alguém a caucionar” da parte do Governo a sua atuação. “Se há, quer dizer que os serviços foram instrumentalizados, se não há e se atuaram por vontade própria, então os serviços estão numa esfera de dependência, diria mesmo de obediência aos membros do Governo que tem de ser explicada”, considerou.

Questionado se o tema justifica a criação de uma comissão de inquérito – depois de o líder parlamentar do PSD ter dito que o partido votará a favor das propostas do Chega e IL e está a ponderar se tem iniciativa própria -, Luís Montenegro voltou a insistir nas explicações de Costa. “Se não houver essas respostas, já disse que não excluímos outras possibilidades de poder contribuir para que o país saiba a verdade doa a quem doer, mesmo que a dor esteja no Governo e perto do primeiro-ministro”, disse.

Esat segunda, em declarações aos jornalistas, António Costa disse sobre este caso: “Não tive conhecimento prévio, nem tinha de ter (…) O SIS não me informou de nada, ninguém do Governo foi informado de nada, ninguém do Governo deu ordens e nem o SIS tinha de informar [o Governo] sobre coisa nenhuma, porque não é esse o nível de tutela. E qual a natureza da operação? Tratava-se de uma operação meramente corriqueira e, em regra, os serviços de informações não informam o primeiro-ministro sobre as operações antes de elas serem realizadas”, disse o primeiro-ministro.

 

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APS esclarece distribuição de seguros em masterclass

  • ECO Seguros
  • 22 Maio 2023

A APS reservou a manhã de 30 de maio para uma masterclass que visa esclarecer profissionais sobre a distribuição de seguros e analisar pontos jurídicos essenciais. As inscrições estão abertas.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) vai realizar, na manhã de 30 de maio, uma Masterclass sobre o Regulamento da Distribuição de Seguros.

A formação, digital, será uma oportunidade para aprofundar conhecimentos em matérias jurídicas no âmbito da distribuição de seguros, incluindo temas como atividades transfronteiriças e outros assuntos que implicam maior conjugação entre a diversa regulamentação aplicável.

O conteúdo programático inclui conceitos essenciais na distribuição de seguros, deveres de informação, atividade transfronteiriça, produtos de investimento com base em seguros, sustentabilidade e distribuição de seguros e o papel da digitalização na distribuição de seguros.

Os objetivos principais do curso são compreender os conceitos essenciais do âmbito da distribuição de seguros; conhecer o conteúdo e forma dos principais deveres de informação pré e contratuais no âmbito da distribuição; identificar e conjugar as principais disposições aplicáveis em matéria de PIBS e conhecer as questões principais suscitadas pelas evoluções no contexto da distribuição de seguros.

Colaboradores do setor segurador das áreas jurídicas e de compliance, juristas e outros colaboradores que pretendam aprofundar conhecimentos sobre a regulamentação aplicável à distribuição de seguros são os destinatários da formação.

Carlos Filipe Couto, Associado Coordenador, Bancário & Financeiro e Seguros, e Patrícia Nunes Mesquita, Associada, Bancário & Financeiro e Seguros, serão os formadores do curso.

Para mais informações poderá contactar a APS pelo telefone 213 848 100, através do email [email protected], ou ainda, consultar o site www.apseguradores.pt/pt/academia-home

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TDI Connect Portugal lançada: “os seguros têm um potencial imenso”

  • ECO Seguros
  • 22 Maio 2023

Vincent Van de Winckel descreveu ao ECOseguros a plataforma da qual é embaixador. A comunidade portuguesa TDI Connect, uma rede de profissionais do setor segurador, junta-se agora em ambiente digital.

A comunidade TDI Connect Portugal arrancou oficialmente, na semana passada, em parceria com a Associação FinTech e InsurTech Portugal (AFIP), no âmbito do Iberian Insurtech Forum 2023.

“Promover um canal português no qual os stakeholders dos seguros possam contribuir para, em conjunto, tornar os seguros digitais, é o objetivo deste protocolo”, disse, na ocasião, Vincent Van de Winckel, consultor do setor segurador, founder da Klav7 e embaixador da TDI Connect para a Europa, ao assinar o protocolo com a AFIP. “Uma parceria que tenho muito gosto em concretizar”, disse, ao partilhar o painel com Pedro Pinto Coelho, Chairman da Associação.

“Promover um canal português no qual os stakeholders dos seguros possam contribuir para, em conjunto, tornar os seguros digitais, é o objetivo deste protocolo”, disse Vincent Van de Winckel, consultor, founder da Klav7 e embaixador TDI Connect Europa.

A plataforma digital TDI Connect, que esteve 10 anos em desenvolvimento, foi lançada num momento em que a “digitalização está a trazer grandes desafios e oportunidades para o setor segurador e para os clientes”. O propósito é ajudar indivíduos e companhias a “navegar eficientemente os desafios presentes e acelerar os conhecimentos, aumentar a conectividade, trazer perspetivas globais e melhorar futuros, com resultados mais fortes”.

Disponível para browser e em dispositivos móveis, a TDI Connect é uma plataforma social, centrada no setor dos seguros. Esta visa “congregar todos aqueles com interesse em partilhar conhecimentos, insights, expertise e network em torno da experiência seguradora”.

Os recursos exclusivos de que dispõe incluem estudos de casos de utilização, gravações de webinars e conteúdos como o ‘TDI Points of View’, os ‘The World’s Digital Insurance Awards’, o vasto ‘The InsurTech Directory (The World’s InsurTech Database)’ e os ‘Dynamic Insurech Maps’.

Em exclusivo ao ECOseguros, Vincent Van de Winckel partilhou perspetivas sobre o futuro digital dos seguros. O consultor e founder belga destacou que “as projeções apontam que os seguros têm um potencial imenso“. Para ilustrar, Van de Winckel mencionou casos de embedded finance‘ e de ‘ecosistemas digitais’, apontando também os novos riscos, potencializados exatamente pelos seguros digitais. Mas indicou que “existem agora microseguros que podem ajudar” a ultrapassar desafios e a cobrir os novos cenários. A comunidade ajuda na partilha de conhecimentos.

O embaixador explicou também que, mensalmente, a plataforma TDI Connect propõe uma temática para discussão. Em maio, por exemplo, o assunto foi a ‘Comparação de Preços’. Durante um mês, cada tema é tratado e os membros podem partilhar e acrescentar informação que considerem relevante, “sobre este ou outros temas”, ressalvou. Para isso, basta aceder, sem custos, ao link da plataforma TDI Connect Portugal.

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