ProGrow planeia nova ronda de investimento em 2024 com Espanha e EUA na mira
A startup prepara, "possivelmente no segundo semestre de 2024", uma nova ronda de investimento, trazendo investidores internacionais para o capital. Está a recrutar.
A proGrow, startup portuguesa que pretende acelerar a digitalização industrial, está com Espanha e os Estados Unidos na mira dos seus esforços de internacionalização. A startup prepara ainda, “possivelmente no segundo semestre de 2024”, uma nova ronda de investimento, trazendo investidores internacionais para o capital da empresa. Até ao momento já levantou 4,2 milhões de euros.
Depois de ajudar indústrias nacionais no esforço de digitalização do seu chão de fábrica, a proGrow quer avançar para novos mercados: Espanha e Estados Unidos. “Embora atuemos internacionalmente há alguns anos na região EMEA, atualmente, estamos a concentrar os nossos esforços em desenvolver as nossas operações e consolidar a nossa presença nos mercados espanhol e norte-americano”, adianta Marco Tschan Carvalho, ao ECO.
A estratégia para a expansão nos dois mercados é distinta. “Estamos neste momento a fortalecer a nossa equipa em Espanha, com foco na área de business development e, com o objetivo de conquistar representação local. Nos Estados Unidos, estamos a adotar uma abordagem mais orientada para parcerias estratégicas, que elevem o reconhecimento do proGrow no mercado”, revela o CEO da Growplatform, a dona plataforma proGrow.
Hoje a startup conta com mais 50 clientes em sete mercados diferentes e nas mais variadas indústrias, desde metalomecânica, plásticos, automóvel, têxtil, alimentar e eletrónica. Clientes como a Bosch, a Nestlé, a Simoldes, a Quantal, a Plasman, a Frezite, a Lipimalhas ou a Impetus já adotaram a solução da proGrow.
A plataforma, através de conetividade IoT, “converte qualquer equipamento ou estação de trabalho online e responde à diversidade de equipamentos e operações no chão de fábrica, automatizando toda a recolha de dados e tornando-a acessível a todos em tempo real”, descreve o responsável.
“Estes insights, vindos da plataforma, promovem decisões baseadas em dados concretos e otimizam os processos de produção, contribuindo significativamente para o aumento de eficiência dos equipamentos, para a redução de desperdícios, para a alocação de recursos, para a poupança de energia, entre muitas outras vantagens”, continua, quando questionado sobre os benefícios oferecidos pela plataforma.
“O grande desafio na adoção de uma solução nesta linha é o esforço de implementação necessário, e por consequente o elevado investimento associado”, refere. “Estrategicamente posicionamos o proGrow como uma solução acessível a toda a indústria, desde empresas multinacionais a pequenas fábricas. Hoje em dia o proGrow é, a nível global, a primeira ferramenta que aprende através das frequências elétricas dos equipamentos e permite assim reduzir tempos de implementação de um mês para uma hora. Estamos no processo de não ser necessário quase investimento inicial para começar a utilizar o proGrow”, destaca.
Ronda ainda em 2024
Até ao momento, a proGrow já angariou 4,2 milhões de euros – a última ronda foi em setembro de 2022, onde levantou 2,9 milhões numa ronda liderada pela Lince Capital, em coinvestimento com a HCapital Partners e a Portugal Ventures –, mas há planos para ir novamente ao mercado.
“Estamos atualmente a prepararmo-nos para fechar uma nova ronda de investimento, possivelmente no segundo semestre de 2024. A nossa intenção passa também por atrair investidores maioritariamente internacionais, considerando incluir investidores em Espanha e Estados Unidos de forma a fortalecer ainda mais a nossa estratégia de expansão”, explica.
Marco Tschan Carvalho não precisa valores de negócio, mas adianta que, no ano passado, a empresa viu crescer “cerca de 2.5 vezes” a distribuição de serviços, tendo a equipa aumentado 40%. Hoje são 25 pessoas, sobretudo da área de engenharia, e o objetivo é reforçar nas áreas de business development, customer success e engenharia.
Estamos atualmente a prepararmo-nos para fechar uma nova ronda de investimento, possivelmente no segundo semestre de 2024. A nossa intenção passa também por atrair investidores maioritariamente internacionais, considerando incluir investidores em Espanha e Estados Unidos de forma a fortalecer ainda mais a nossa estratégia de expansão.
“Os nossos objetivos para 2024 passam por continuar neste ritmo de crescimento e mantermo-nos assim na vanguarda da digitalização industrial. O cerne da nossa estratégia passa por transitarmos a inteligência artificial que o proGrow detém na recolha de dados para a análise destes dados. O proGrow comportar-se-á como um GPS ao guiar as rotas produtivas de qualquer empresa através da sua capacidade de automaticamente adaptar-se aos constantes imprevistos inerentes ao ambiente produtivo, razão que impede hoje em dias as áreas produtivas a terem um planeamento fiável”, diz o CEO da startup.
Face à aposta na internacionalização, que peso o mercado externo poderá vir a ter nos resultados? “Estamos a consolidar a nossa presença internacional, e dado que este é um processo em expansão, acreditamos que o impacto não será tão pronunciado em 2024. No entanto, projetamos que até 2025, veremos um impacto mais significativo e que as novas entradas de clientes sejam repartidas entre mercado nacional e internacional“, aponta.
E explica os motivos para otimismo. “Apenas Espanha possui uma indústria cinco vezes maior do que Portugal, por isso sendo um mercado alvo, estamos otimistas em relação ao nosso crescimento e à consolidação da nossa posição no cenário internacional nos próximos anos.”
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