Margem de refinação da Galp afunda para menos de metade no quarto trimestre
A margem passou de 13,5 dólares há um ano para 6,1 no quarto trimestre. Se a comparação for feita entre trimestres então a queda é ainda maior (58%).
A Galp voltou a reduzir a produção de petróleo no quarto trimestre de 2023 e a margem de refinação afundou 54% no mesmo período. De acordo com os dados divulgados pela empresa esta segunda-feira, a margem passou de 13,5 dólares, há um ano, para 6,1 no quarto trimestre. Se a comparação for feita entre trimestres então a queda é ainda maior (58%). Ainda assim, apesar dos resultados serem inferiores às expectativas dos analistas, a Galp arrancou a sessão a valorizar mais de 1% em bolsa.
A empresa explica esta descida, tanto a nível trimestral com anual, com “a diminuição dos cracks de produtos petrolíferos internacionais”, ou seja, a diferença entre os preços do crude e dos produtos derivados, “e os efeitos de uma paralisação planeada”. Em causa está a “grande paragem planeada realizada durante os meses de outubro e novembro na refinaria de Sines”, explica a Galp na nota aos investidores, acrescentando que foram “processadas menos matérias-primas e os custos operacionais deveram rondar os nove dólares por barril de petróleo ou equivalente (boe).
De acordo com o trading update do quarto trimestre, uma súmula de dados operacionais divulgada trimestralmente pela companhia e enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a produção working interest da Galp no trimestre desceu 3% em termos homólogos, para 126,8 mil barris de petróleo ou equivalente por dia. Face aos três meses anteriores houve uma subida de 1%, justificada pela empresa “por uma elevada disponibilidade e eficiência em todas as unidades no Brasil e a contribuição, em planalto da produção em Moçambique (Coral FLNG)”. A produção no Brasil registou uma ligeira subida de 1%.
A Galp mostra estes dados aos investidores para os preparar para a apresentação de resultados marcada para 12 de fevereiro, antes da abertura das bolsas.
O trading update da empresa liderada por Filipe Silva revela ainda que as vendas de combustíveis voltaram a cair. No quarto trimestre, a queda foi de 4% em termos homólogos, quando, nos três meses anteriores a queda tinha sido de 8%. Face ao trimestre anterior a queda foi mais significativa (7%).
As quedas das vendas de gás natural foram as mais acentuadas (21% relativamente ao quarto trimestre de 2022 e não houve variações face ao trimestre anterior). Recorde-se que no terceiro trimestre este indicador já tinha caído 19% em termos homólogos.
Já a comercialização de eletricidade registou uma subida homóloga de 47% no último trimestre do ano e uma progressão ainda mais expressiva face ao trimestre anterior – 57%. No terceiro trimestre a venda de eletricidade tinha caído 10%.
(Notícia atualizada com mais informação)
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