Prejuízos da Pharol baixam em 2023 para 970 mil euros
O grupo indicou ainda que os seus capitais próprios terminaram o ano com um valor de 68,1 milhões de euros, uma redução de 1,59 milhões de euros face a dezembro de 2022.
A Pharol registou, no ano passado, prejuízos de 970 mil euros, que comparam com os resultados líquidos negativos de 2,51 milhões de euros do período homólogo, indicou a empresa, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“O resultado líquido da Pharol em 2023 foi negativo em 970 mil euros, tendo os custos operacionais recorrentes de 2,2 milhões de euros sido parcialmente compensados com ganhos na revalorização ao justo valor dos ativos financeiros de tesouraria, de 1,1 milhões de euros, e os juros líquidos, de 180 mil euros”, destacou a empresa, na mesma nota.
O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) da Pharol foi negativo em 2,22 milhões de euros, face aos 2,17 milhões de euros negativos de 2022, revelou.
O grupo indicou ainda que os seus capitais próprios terminaram o ano com um valor de 68,1 milhões de euros, uma redução de 1,59 milhões de euros face a dezembro de 2022, que reflete o “resultado negativo gerado em 2023 no montante de 970 mil euros” e a “desvalorização da participação na Oi em 3,86 milhões de euros parcialmente compensada pela alienação das ações no valor de 3,2 milhões de euros e pelas variações cambiais de 0,15 milhões de euros”.
A Pharol lembrou que no exercício de 2023 “reduziu a sua participação para 0,18% na Oi (sem ações de tesouraria)”.
“A venda da quase totalidade da participação que a Pharol detinha na empresa brasileira Oi, realizada durante 2022 e 2023, teve como principal consequência interna a cada vez maior concentração de esforços da gestão na tentativa de aceleração dos processos judiciais que a empresa mantém em diversas geografias”, disse o presidente da empresa, Luís Palha da Silva, citado no documento.
Por outro lado, “no Luxemburgo, o processo de falência da Rio Forte arrastou-se, sem que tivesse sido apresentada até hoje uma lista de credores”, lamentou o gestor, indicando ainda que “o mesmo aconteceu em Portugal, onde os processos jurídicos” em que a empresa está envolvida “têm evoluído de forma lenta”.
“A Pharol sofre, de forma severa, os prejuízos resultantes de repetidas manobras dilatórias e da inércia atávica da justiça no nosso país, não tendo sido possível evitar um crescimento de custos jurídicos em 2023”, salientou. A empresa deu ainda conta da redução de custos, que contribuiu para a melhoria dos prejuízos.
“Em 2023 e 2022, o número médio de colaboradores foi de 17”, referiu, explicando que, no ano passado, “a redução do valor dos custos com o pessoal é sobretudo devido à proposta dos órgãos sociais da empresa na diminuição dos seus salários em cerca de 20% com início em abril de 2022”. Os custos com pessoal no ano passado ascenderam a 849.109 euros.
Em 31 de dezembro de 2023, a Pharol detinha como principais ativos os instrumentos de dívida da Rio Forte Investments S.A. “com um valor nominal de 897 milhões de euros e atualmente valorizados em 51,9 milhões de euros”, o “investimento nas carteiras de ações e obrigações no valor de 25,8 milhões de euros” caixa e equivalentes de caixa “no valor de 17,2 milhões de euros e “1.092.584 ações ordinárias da Oi S.A., representativas de 0,18% do respetivo capital social (sem ações de tesouraria), com o valor de 130 mil euros”, lembrou.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Prejuízos da Pharol baixam em 2023 para 970 mil euros
{{ noCommentsLabel }}