BCE revê em baixa crescimento na Zona Euro para 0,6% em 2024. Inflação deve abrandar mais rapidamente
A inflação deverá abrandar para 2,3% na Zona Euro já este ano. O crescimento do PIB será contido, de apenas 0,6%, segundo as previsões da equipa do Banco Central Europeu.
O Banco Central Europeu (BCE) está mais pessimista relativamente à evolução da economia na Zona Euro este ano, revendo em baixa o crescimento este ano de 0,8% para 0,6% nas mais recentes projeções macroeconómicas. Por outro lado, acredita que a inflação vai desacelerar mais rápido, abrandando para 2,3% em 2024, mais próximo da meta de 2%.
“Prevê-se que o crescimento real do PIB permaneça moderado no início de 2024, num contexto de diminuição dos ventos favoráveis e de condições de financiamento restritivas, antes de se fortalecer posteriormente, apoiado pelo aumento do rendimento das famílias, do consumo público e da procura externa”, explica o BCE.
A equipa do banco central prevê que a economia da Zona Euro vai crescer 1,5% em 2025 e 1,6% em 2026 (acima das previsões de dezembro, que apontavam para 1,5%).
Já a inflação deverá convergir para a meta do BCE mais rápido que o esperado. A inflação deve registar “uma nova moderação devido ao abrandamento em curso das pressões sobre os oleodutos e ao impacto do aperto da política monetária, embora a um ritmo mais modesto do que o observado em 2023″.
Os especialistas do BCE consideram que as perturbações no transporte marítimo no Mar Vermelho devem ter um impacto limitado e os preços dos produtos energéticos vão continuar a diminuir, pelo que a “forte evolução dos custos do trabalho deverá ser o motor dominante da inflação” medida pelo índice harmonizado, excluindo energia e alimentação.
A inflação deverá então ser de 2,3% este ano (uma revisão em baixo face às estimativas de 2,7%), de 2% em 2025 e de 1,9% em 2026, segundo as previsões da equipa do banco central.
Estas previsões são divulgadas no dia em que o BCE decidiu manter as taxas de juro inalteradas pela quarta vez consecutiva, por considerar que as pressões internas sobre os preços permanecem elevadas.
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