Sindicatos e Metro de Lisboa assinam novo Acordo de Empresa
Embora “não tenha sido o acordo que todos ambicionavam, foi o acordo possível e que garante o Acordo de Empresa (AE) dos trabalhadores até 2030”, defende sindicalista.
Os sindicatos representativos dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa e a administração da empresa chegaram esta sexta-feira a acordo no processo de negociação coletiva de trabalho de 2024, com a assinatura do Acordo de Empresa.
Em declarações à agência Lusa, Sara Giglo, sindicalista da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) explicou que, embora “não tenha sido o acordo que todos ambicionavam, foi o acordo possível e que garante o Acordo de Empresa (AE) dos trabalhadores até 2030”.
Segundo Sara Giglo, as organizações sindicais tinham “mais objetivos e propostas” que iam além do que foi hoje aprovado, mas “tendo à porta um ato eleitoral no próximo domingo, entenderam fechar o processo negocial”. Esta sexta, as organizações tiveram uma derradeira reunião, depois das rondas iniciadas na segunda-feira com a empresa e cujas propostas não foram aceites pelos representantes dos trabalhadores.
De acordo com Sara Giglo, a empresa aceitou a contraproposta apresentada pelos sindicatos no que diz respeito “a mais dois anos de vigência do Acordo de Empresa, ficando válido até 2030”. Além disso, segundo a sindicalista, a empresa aceitou antecipar a atribuição de um ponto que faz progredir a carreira aos trabalhadores, por força da avaliação, já em março.
Sara Giglo disse ainda que o Metropolitano de Lisboa aceitou antecipar aos trabalhadores a quem “falte apenas um ponto para subir de nível”, a concretização, já no final do mês de março, dessa subida. De acordo com a sindicalista, tal progressão traduz-se numa subida “entre a 50 a 100 euros de salário não para todos, mas para alguns trabalhadores”.
A empresa também “não fechou a porta à possibilidade de retoma da negociação a partir da constituição do novo Governo”, mas considerou que é “ainda tudo uma incerteza”, acrescentou. “Foi o acordo possível e que garante o AE dos trabalhadores até 2030”, disse, salientando que, além do Conselho de Administração, os sindicatos não têm agora outro interlocutor, tendo em conta que “não há governo”.
Depois do ato eleitoral, a sindicalista afirmou que se verá o que pode ser feito, lembrando também que o regulamento de carreiras está “em suspenso desde janeiro por força da demissão do governo. A responsável adiantou ainda que a contratação de novos trabalhadores “já esta a decorrer”, lembrando que a empresa já começou a “selecionar alguns candidatos”.
Em comunicado, o Metro de Lisboa considerou que o acordo “reflete o compromisso do Metropolitano de Lisboa com a estabilidade, qualidade do serviço de transporte, expansão e modernização da rede, bem como com a melhoria das condições de trabalho e bem-estar dos seus colaboradores”.
A assinatura deste acordo “reafirma o comprometimento contínuo do Metropolitano de Lisboa e das organizações representativas dos trabalhadores em melhorar as condições de trabalho e fomentar um ambiente laboral justo e eficaz”, prossegue a nota. A empresa considerou ainda que os colaboradores do Metro de Lisboa “desempenham um papel fundamental na promoção da mobilidade sustentável na cidade, sendo essenciais para o sucesso da empresa como principal meio de transporte da cidade”.
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