Vitória russa “reduziria a credibilidade da Europa a zero”, avisa Macron

O presidente francês, Emmanuel Macron, considera que o conflito na Ucrânia é “existencial” para a Europa, e França, e que quem defende “limites” ao apoio a Kiev “escolhe a derrota”. Em entrevista à TF1 e France 2, esta quinta-feira, Macron voltou a admitir o envio no futuro de militares ocidentais para território ucraniano, apesar de vários Estados entre os quais a Alemanha, de Olaf Scholz, tenham descartado esse cenário.

“Todas essas opções são possíveis”, disse o líder francês, convicto de que uma vitória russa na Ucrânia “reduziria a credibilidade da Europa a zero”. E, por isso, se a situação no terreno se deteriorar – o que já está acontecer com a falta de apoio militar do Ocidente a Kiev – a Europa tem de estar pronta “para garantir que a Rússia nunca ganhe a guerra”.

Desde a invasão russa da Ucrânia em 2022, Macron recordou que tem havido “muitos limites no vocabulário”, sucessivamente ultrapassados. “Há dois anos dissemos que nunca enviaríamos tanques. Sim, enviamos”, disse. Embora tenha ressalvado que não será França a liderar uma ofensiva na Ucrânia, avisou que “hoje, para se ter paz na Ucrânia” não se pode ser “fraco”.

O presidente francês acredita ainda que a segurança do continente europeu “está em jogo” e a Rússia é hoje um “adversário”.