Montenegro assume que economia pode crescer mais do que o previsto este ano
O cenário da Aliança Democrática projetava um crescimento de 1,6% do PIB este ano, mas poderá ser mais elevado. Cenário macroeconómico mantém-se, diz Montenegro.
O primeiro-ministro reitera que os objetivos que a Aliança Democrática definiu no cenário macroeconómico do programa eleitoral para o crescimento da economia “são para cumprir”. Luís Montenegro assume ainda que este ano, o PIB pode crescer mais do que o esperado nesse cenário, no debate sobre o Programa do Governo.
“Em 2024 teremos a possibilidade de exceder o objetivo que inscrevemos no nosso cenário, até porque partimos daquele que estava no Orçamento do Estado e que foi projetado pelo Governo anterior, que era menos otimista do que nós relativamente ao comportamento da economia”, antecipa Montenegro.
No Orçamento do Estado para 2024, elaborado por Fernando Medina, a projeção era de um crescimento da economia de 1,5%. Já a AD estimava que o PIB ia crescer 1,6%, no programa eleitoral. Este é o mesmo valor estimado pelo Conselho das Finanças Públicas, num cenário de políticas invariantes, ou seja, sem novas medidas.
Já o Banco de Portugal é o mais otimista e estima que a economia pode mesmo crescer 2% este ano, segundo as previsões do boletim económico de março.
O Governo ainda não fez nenhuma atualização das previsões económicas e orçamentais inscritas no programa eleitoral, até porque no Programa de Estabilidade, que será entregue ao Parlamento na próxima segunda-feira, será baseado num cenário de políticas invariantes.
Mesmo assim, Montenegro assegura que “o cenário macroeconómico não desapareceu”. “Mantemos a expectativa de colocar Portugal na rota de crescimento económico, perto ou até superior a 3,5%”, diz.
A AD previa um crescimento de 2,5% em 2025, 2,7% em 2026, 3,0% em 2027 e 3,4% em 2028, num cenário que foi apelidado pela oposição de irrealista mas que Montenegro apelidou de ambicioso.
Já sobre as perspetivas orçamentais e a necessidade de um Orçamento retificativo, Montenegro continua sem se comprometer. “Se houver necessidade de haver retificativo, será o Parlamento quem tem competência para oficiar. Se não houver necessidade, não haverá retificativo, não é preciso estarem perturbados com isso”, reitera.
Após um excedente de 1,2% do PIB em 2023, tudo indica que existirá margem para aplicar as medidas sem um retificativo, como salientou o próprio Fernando Medina, mas tudo dependerá da dimensão e calendário que o Governo pretender implementar.
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