Banco de Fomento perde administrador executivo
Temporariamente a CEO, Ana Carvalho, vai acumular as funções comerciais, já que Hugo Roxo sairá no final de abril. Administrador executivo esteve em funções menos de um ano.
O Banco Português de Fomento perdeu o administrador com o pelouro comercial. Hugo Roxo apresentou a demissão, por motivos pessoais, sendo que terminará funções a 30 de abril.
“O Banco Português de Fomento informa que Hugo Roxo, por motivos pessoais, apresentou renúncia ao cargo de administrador executivo com funções comerciais. Cumprindo os prazos legais, a renúncia surtirá efeitos a partir de 30 de abril”, avançou o Banco de Fomento em comunicado, depois de o ECO ter enviado questões a pedir a confirmação oficial desta informação.
“Até à sua substituição, no contexto de uma reafectação temporária de pelouros entre os administradores executivos, a Presidente da Comissão Executiva, Ana Carvalho, acumulará as funções comerciais”, acrescenta o mesmo comunicado.
Hugo Roxo esteve em funções menos de um ano. Tal como o ECO avançou, o administrador executivo que foi substituir Tiago Simões de Almeida, que também renunciou ao cargo, iniciou oficialmente funções no Banco de Fomento em maio do ano passado.
O processo de fit and proper deu entrada no Banco de Portugal no final de março e só com a luz verde do regulador era possível que o antigo diretor comercial do Bankinter desde 2018, com reporte direto à administração daquele banco, iniciasse funções no banco promocional nacional, liderado por Ana Carvalho e Celeste Hagatong.
A escolha do gestor, que fez carreira na área da banca, tendo passado antes pelo Barclays (2008-2016) e pelo grupo Santander (1999-2008), surge depois de Tiago Simões de Almeida ter decidido abandonar o projeto por já não se rever no mesmo, como contou ao ECO o próprio, no final de março de 2023. Recorde-se que Tiago Simões de Almeida não foi o único a deixar a administração do BPF nessa altura. O então presidente da comissão de auditoria, António Joaquim Andrade Gonçalves, também apresentou a demissão por distanciamento face aos novos elementos da comissão executiva, como avançou o ECO.
Só em janeiro de 2023 é que a equipa do BPF ficou completa o que teve reflexo na atividade da instituição, segundo reconheceu Ana Carvalho no Parlamento. “A estrutura de gestão societária do BPF está, neste momento, pela primeira vez, completa. Estava prevista a existência até 11 administradores e uma segregação entre a chairman e CEO, mas isso não tinha sido alcançado. Neste novo mandato, desde 14 de novembro, essa situação está ultimada”, disse a responsável na Comissão de Economia e Obras Públicas, a 11 de janeiro, numa referência à escolha de Celeste Hagatong, selecionada para chairwoman do Banco de Fomento, por oposição ao acumular de funções que Beatriz Freitas teve de aceitar (CEO e chairwoman), depois de Vítor Fernandes ter sido preterido na sequência do seu envolvimento na Operação Cartão Vermelho.
O ECO contactou Hugo Roxo, mas este optou por não fazer qualquer declaração.
(Notícia atualizada às 18h48)
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