Lucro do BPI sobe 43% para 121 milhões no primeiro trimestre
Em Portugal, o banco dos espanhóis do Caixabank registou lucros de 112 milhões de euros, mais 52% face ao mesmo período de 2023. Margem financeira continua a impulsionar resultados.
O BPI registou lucros de 121 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, uma subida de 43% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo anunciou esta terça-feira.
Em Portugal, o resultado do banco detido pelos espanhóis do CaixaBank foi de 112 milhões de euros, mais 52% em termos homólogos e a que corresponde uma rentabilidade dos capitais próprios de 17,2%. “A rentabilidade vai ser corrigida em 2024 e 2025 com o movimento natural das taxas de juro”, explicou o CEO João Pedro Oliveira e Costa na apresentação das contas trimestrais esta terça-feira.
O gestor adiantou ainda que o resultado de 2024 será mais baixo do que o resultado de 2023, mas não tanto quanto previam inicialmente dado que as taxas de juro não irão descer tanto como era previsto no início do ano.
O aumento da margem financeira explicou a subida dos resultados do BPI, até porque os negócios em Angola e Moçambique mantiveram a sua contribuição em comparação com os três primeiros meses de 2023: nula no caso do BFA e de nove milhões de euros no caso do BCI.
A margem financeira — que corresponde à diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos — subiu 19% para 245 milhões de euros, com o banco a indicar que o pico foi atingido no final do ano passado. Agora irá sentir a pressão da subida dos juros dos depósitos e do ajustamento em baixa das taxas de mercado. Já as comissões tiveram um crescimento ligeiro de 1% para 74 milhões de euros.
O BPI dá ainda conta de que perdeu quota de mercado na contratação de crédito da casa no arranque do ano: 613 milhões de euros entre janeiro e março e dos quais 60% tiveram taxa mista. Ainda assim, a carteira de empréstimos estabilizou nos 30,1 mil milhões de euros, com a uma quota a manter-se nos 11,7 %. O crédito à habitação responde por quase metade da carteira: 14,6 mil milhões.
Nos depósitos, João Pedro Oliveira e Costa sinalizou uma inversão da tendência, com o crescimento de 1% para 29,7 mil milhões de euros, depois de há um ano os bancos terem registado uma grande fuga de dinheiro para os Certificados de Aforro.
(Notícia atualizada às 12h01)
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