Exportações registam maior queda dos últimos 12 meses em março
Em março, as exportações registaram a maior queda dos últimos 12 meses, enquanto as importações a segunda maior. O défice da balança comercial recuou em 471 milhões de euros, adiantou ainda o INE.
As exportações de bens caíram 13,6% em termos nominais em março, em comparação com o mesmo mês de 2023, isto é, a maior “dos últimos 12 meses”, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Já as importações recuaram 15,5%, face ao período homólogo, a “segunda maior” queda num espaço de um ano, acrescenta o gabinete de estatística. O défice da balança comercial diminuiu em 471 milhões de euros, em termos homólogos, atingindo 1.621 milhões.
No que toca às exportações, todas as categorias “apresentaram decréscimos” em março, face a igual período do ano passado, com o INE a destacar um decréscimo de 16,9% nos fornecimentos industriais e de 16% no material de transporte.
Por sua vez, nas importações, os fornecimentos industriais são também uma das categorias a influenciar o desempenho de março, com o gabinete de estatística a realçar um decréscimo de 26,9% nesta categoria, em consequência da “quantidade significativa de produtos químicos importados da Irlanda no período homólogo”. Além disso, o INE destaca ainda o recuo de 33% dos combustíveis e lubrificantes.
No terceiro mês deste ano, excluindo a categoria de combustíveis e lubrificantes, houve um decréscimo de 13,6% nas exportações e uma diminuição de 13,1% nas importações. Em ambos os casos, é a maior queda “dos últimos 12 meses”.
Apesar do tombo em comparação com o mesmo mês do ano passado, na comparação em cadeia, isto é, face a fevereiro de 2024, as exportações aumentaram 3,5%, enquanto as importações caíram 5,6%. As vendas para o exterior subiram 2,6% enquanto as compras lá fora aumentaram 1,7%, segundo os dados do INE.
Balança comercial encolhe em 471 milhões de euros
Em março deste ano, o défice da balança comercial portuguesa (exportações menos importações) encolheu em 471 milhões de euros, para 1.621 milhões de euros, face a igual período do ano passado. Já, quando comparado com o mês anterior, verificou-se uma diminuição de 731 milhões de euros.
“Os combustíveis e lubrificantes representaram 27,6% do défice da balança comercial em março de 2024 (20,6% em fevereiro de 2024; 37,7% em março de 2023), pelo que o défice da balança comercial expurgado do efeito destes produtos totalizou 1.174 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de 129 milhões de euros face a março de 2023 e de 693 milhões de euros em relação ao mês anterior”, remata o INE.
(Notícia atualizada pela última vez às 11h53)
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