Governo já reuniu com setor sobre o leilão de eólico offshore

Depois de uma sessão de diálogo que decorreu no início do ano, as conversações com os promotores deveriam ser reabertas em breve, afirmou a DGEG em abril, quando aguardava orientações do novo Governo.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, já recebeu várias associações do setor para reiniciar discussões sobre o tema da energia eólica offshore.

O dia de trabalho no Ministério do Ambiente e Energia terminou com um encontro sobre o tema energia eólica offshore com a DGEG [Direção Geral de Energia e Geologia], a ADENE [Agência para a Energia], o LNEG [Laboratório Nacional de Energia e Geologia], a ERSE [Entidade Reuladora dos Serviços Energéticos], a REN [Rede Energéticas Nacionais], a Associação de Energias Renováveis (APREN) e a Ministra do Ambiente e Energia, Maria Da Graça Carvalho”, lê-se numa publicação partilhada na página de Linkedin do ministério.

Em meados de abril, o diretor-geral da Energia e Geologia, Jerónimo Cunha, assumiu que, apesar de a entidade que representa estar inclinada para a escolha de um modelo sequencial para o leilão de eólico offshore, ainda não estava definido qual será o modelo final. Depois de uma sessão de diálogo que decorreu no início do ano, as conversações com os promotores deveriam ser reabertas em breve, e a DGEG aguardava ainda as orientações do Governo sobre o tema. Esta segunda ronda de diálogo, na ótica de Afonso Machado, servirá sobretudo para aprofundar algumas questões de maior complexidade, não para voltar à estaca zero.

Empresas mantêm interesse, mas pedem rapidez

O diretor de mercado da Copenhagen Offshore Partners (COP) em Portugal, Afonso César Machado, afirma que a COP mantém o interesse em participar no leilão, mas ressalva que espera que este “não demore muito tempo” e “quanto mais rápido melhor”. Afonso Machado falou à margem da conferência Mercados Voluntários de Carbono, realizada esta terça-feira, pela Abreu Advogados. Em relação às expectativas que têm em relação ao processo do leilão, diz-se “à espera que o trabalho [já desenvolvido] seja continuado”, já que o considera “robusto”, embora entenda que existem decisões políticas por tomar como a escala ou o cronograma do leilão.

O fundo dinamarquês Copenhagen Infrastructure Partners (CIP) espera investir oito mil milhões de euros num projeto offshore ao largo da Figueira da Foz, através do “braço” Copenhagen Offshore Partners.

Numa entrevista recente ao ECO/Capital Verde, o CEO da Ocean Winds, outra das empresas que se declararam interessadas no leilão offshore em Portugal, afirmou que a empresa está pronta para avançar, tendo já alguns pré-acordos com a cadeia de valor. No entanto, caso o país não avance com o leilão este ano, a OW tem outras geografias na calha. “Se em Portugal, em 2024, nada acontecer, competimos noutros países”, indicou.

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