Pilotos da TAP vão receber seis salários extra este ano
Indemnização compensatória por recurso a voos externos engloba 1.200 pilotos e terá um custo de 60 milhões de euros.
A TAP irá pagar, este mês e no próximo, seis salários-base extraordinários aos pilotos a título de compensação indemnizatória por ter ultrapassado o limite de contratação externa de voos. A medida que engloba 1.200 pilotos vai ter um peso de 60 milhões de euros nas contas da companhia área, avança o Expresso (acesso pago).
A informação sobre o pagamento dos salários extra vem no “Boletim do Trabalho e Emprego” de 29 de abril onde menciona que a Portugália, ainda inserida na TAP SGPS, é a que mais pesa no recurso a voos externos.
A TAP não esclareceu se este foi o ano em que a companhia irá pagar mais salários extra aos pilotos a título de indemnização por recurso a contratação de voos externos.
O pagamento dos seis salários extra aos pilotos decorre das negociações entre a administração e estes profissionais no sentido de reduzir os encargos salariais que resultaram dos novos acordos de empresa e que colocavam a TAP em incumprimento do plano de reestruturação.
Face ao desvio, o ministro das Finanças chamou em janeiro a equipa executiva lidera por Luís Rodrigues para que o problema fosse resolvido, como noticiou o ECO. O CEO da TAP foi assim obrigado a voltar à mesa das negociações com os principais sindicatos da TAP: Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (tripulantes), Sindicato dos Trabalhadores e Aviação (pessoal de terra) e Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves.
Na altura, só o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) tinha chegado a acordo com a administração da TAP para uma redução dos encargos. Os associados do SPAC aceitaram adiar a entrada em vigor do aumento salarial deste ano (2%, mais 1% por cumprimento de objetivos da companhia) de 1 de janeiro para 31 de dezembro, e do próximo, também de 1 de janeiro para 31 de dezembro. O sindicato aceitou também retirar a majoração de 25% nas horas noturnas, de forma temporária, e a majoração nos feriados, de forma permanente.
Os custos estavam a ser agravados pelas penalizações que a companhia tem de pagar aos pilotos quando recorre a empresa externas, que subiram a partir do momento que a TAP SA saiu do universo da TAP SGPS, passando a Portugália (detida por esta última) a ser considerada também como externa. Os pilotos aceitaram que até 2026 a Portugália seja considerada como fazendo parte do grupo, reduzindo as penalizações a pagar. Em troca, receberão dois salários base em janeiro de 2026.
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