Marcelo avisa que chumbo do Orçamento para 2025 abre “crise política” e prejudica execução do PRR
Presidente da República pediu ao Governo e à oposição para dialogarem com vista a chegar a um consenso, sob pena de prejudicar a "credibilidade" do país e a execução da bazuca europeia.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, alertou esta quarta-feira o Governo e a oposição que o chumbo do Orçamento do Estado para 2025 significa que haverá “uma crise política”, o que irá prejudicar a “credibilidade” do país lá fora e a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), afirmou esta quarta-feira,
“Todos temos noção que se o Orçamento do Estado não for votado no fim do ano, isso significa que há dois caminhos: ou há uma crise política eleitoral ou uma crise política não eleitoral, que é o Governo governar em duodécimos de forma precária, enfraquecido, e com a gestão dos fundos europeus a ser imediatamente atingida”, destacou o chefe de Estado, à margem da COTEC Innovation Summit, em Santa Maria da Feira.
Apelando ao diálogo entre o Executivo e os partidos da oposição com vista à aprovação do Orçamento do Estado para 2025, Marcelo deu o seu próprio exemplo. “Enquanto líder da oposição, era primeiro-ministro o engenheiro António Guterres, eu viabilizei orçamentos. Três sucessivos por uma razão muito simples: para chegar ao Euro, como os outros. O Governo cedeu numas coisas e a oposição cedeu noutras. É assim em democracia”, resumiu.
Transpondo para a realidade atual, o Presidente da República indicou que agora é importante ter um Orçamento aprovado para termos “uma boa execução dos fundos europeus do PRR” e para o país manter “a credibilidade financeira e não apenas nas agências de notação financeira, mas também nas instituições europeias e, em geral, nos que nos olham cá dentro e lá fora”. “Temos de manter este equilíbrio orçamental. E para mantermos esse equilíbrio orçamental é muito importante que não haja um problema, uma crise na aprovação do Orçamento do Estado“, reforçou.
Este recado não foi dirigido apenas aos partidos da oposição, mas também ao PSD e ao CDS, que sustentam o Governo da Aliança Democrática (AD). “A viabilização do Orçamento do Estado implica diálogo. Quando não há uma maioria, todos têm de dialogar. Não é só quem não está no Governo. Quem está no Governo também tem a responsabilidade de dialogar”, avisou.
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