Mais de metade dos trabalhadores do Fisco já sofreu agressões, denuncia sindicato

Inquérito do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos conclui que 60% dos funcionários do Fisco já sofreram agressões. A mesma fatia sente-se ou já se sentiu à beira de um esgotamento.

Mais de metade dos funcionários da Autoridade Tributária já sofreu agressões (físicas ou verbais) enquanto exercia funções. A denúncia é feita pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), que ouviu 2.613 funcionários. E quase nove em cada dez destes trabalhadores dão nota negativa à gestão de recursos humanos do Fisco.

“Mais de metade dos funcionários da Autoridade Tributária e Aduaneira, concretamente 60%, já sofreu agressões físicas ou verbais no exercício das suas funções”, realça o sindicato, numa nota enviada esta quarta-feira às redações.

O STI realizou recentemente um inquérito junto dos seus associados para “aferir várias questões relativas a estes trabalhadores”. Uma destas questões foi a incidência de agressões, como referido. Outra foi relativa à saúde mental destes funcionários, sendo que mais de metade diz que se sente ou já sentiu à beira de um esgotamento (burnout).

“Igualmente preocupante é a perceção dos trabalhadores quanto à avaliação da gestão de recursos humanos na AT, com 86 % dos inquiridos a responderem negativamente”, destaca o sindicato, que sublinha que estes resultados não surpreendem, tendo em conta as escolhas que têm sido tomadas pelos Governos.

“Uma gestão que tem criado um mal-estar cada vez mais evidente e que chega ao sindicato através de sentimentos de tristeza, revolta e indignação de quem se vê tratado sem respeito e de forma discriminatória”, observa o SIT, que alerta que, dos trabalhadores ouvidos, 86% dizem-se dispostos a aderir a formas de protesto, como a greve.

O STI tem alertado há vários anos para as condições problemáticas que os trabalhadores do Fisco enfrentam. Por exemplo, ainda na primavera, o sindicato queixava-se ao ECO da falta de recursos humanos na Autoridade Tributária, nomeadamente por efeito do envelhecimento e passagem à reforma dos quadros.

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