Turismo do Porto e Norte prevê crescimento no verão mas com abrandamento face a 2023
Luís Pedro Martins acredita que, apesar das guerras e das crises económicas, o turismo vai continuar a crescer em termos de hóspedes e de dormidas no verão, mas não ao mesmo ritmo de 2023.
O presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Luís Pedro Martins, avançou esta quarta-feira à Lusa que o turismo na região deverá continuar a crescer este verão, mas com abrandamento face a 2023.
Em entrevista telefónica à agência Lusa, o presidente da TPNP, Luís Pedro Martins, disse acreditar que, apesar das guerras e das crises económicas vividas no mundo, o turismo vá continuar a crescer em termos de hóspedes e de dormidas no verão, que começa na quinta-feira, mas salvaguarda que não será ao ritmo de 2023.
“Apesar das circunstâncias aparentemente continuarem a não ser as mais favoráveis, a verdade é que a nossa perspetiva é de continuar a crescer. Eventualmente não ao ritmo de anos anteriores, nomeadamente do último ano [2023], em que crescemos cerca de 15% nos vários indicadores. Provavelmente, agora com um crescimento [percentual] menor em número de hóspedes e em número de dormidas, mas a perspetiva é a de continuarmos a crescer”, declarou.
O presidente da TPNP acrescentou que, para este ano, prevê que a região Norte ultrapasse a barreira dos 7,5 milhões de hóspedes. “Queremos passar agora em 2024 a barreira dos sete milhões de hóspedes. Na verdade, gostaríamos de a passar pelo menos em meio milhão de hóspedes”, disse, acrescentando que também espera que seja ultrapassada a barreira dos “13 milhões de dormidas de forma confortável” e que, acima de tudo, aumentem os proveitos”.
Para crescer em proveitos, o presidente da TPNP referiu que é preciso que a região Norte continua a crescer em mercados estratégicos de alto rendimento, que estão associados a mercados de longa distância, como por exemplo o “mercado americano”, o “mercado canadiano” e o “mercado brasileiro”. Dados do primeiro quadrimestre de 2024 indicam que a região continua a crescer nos mercados dos EUA e Canadá (ambos acima dos 25%), bem como no mercado Brasil.
Em declarações à Lusa, fonte oficial do Hotel The Yeatman, localizado em Vila Nova de Gaia (Porto), avançou esta quarta-feira que as previsões de ocupação para os meses de julho e agosto estão “em linha com 2023”. No caso de setembro, as previsões são boas estando muito acima das do ano anterior.
Do mesmo grupo hoteleiro do The Yeatman, na unidade no Douro, o The Vintage House, as previsões para os meses de julho e agosto apresentam-se “ligeiramente abaixo comparativamente com a ocupação homóloga”. Em setembro, mês em que tradicionalmente ocorre a vindima, a procura “já superou as expectativas” e, comparativamente, ao ano de 2023, os “números apresentam-se muito acima” para o mês homólogo de 2024.
No Hotel Neya Porto, as taxas de ocupação estão acima de 85% para os meses de junho, julho, agosto e setembro, confirmou esta quarta-feira fonte daquela unidade hoteleira. “Comparativamente ao ano de 2023, não sentimos oscilação na procura e as perspetivas são de uma temporada melhor que a do verão passado. Ainda que não impacte naqueles que são os resultados esperados, percebemos que os clientes estão a fazer as suas reservas um pouco mais last minute (última hora) do que no ano passado”, disse a diretora de operações no Neya Porto Hotel.
Segundo Cláudia Abreu, uma das justificações para uma taxa de ocupação acima dos 85% será o “conceito diferenciador de sustentabilidade, mas também com a “localização privilegiada em pleno coração da cidade” e outras comodidades.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Turismo do Porto e Norte prevê crescimento no verão mas com abrandamento face a 2023
{{ noCommentsLabel }}