Miranda Sarmento espera excedente de até 0,3% do PIB este ano
Numa entrevista a um canal internacional, o ministro das Finanças português disse esperar que Portugal encerre este ano com um excedente orçamental entre 0,2% e 0,3% do PIB.
O ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, disse esta quinta-feira que espera encerrar o ano com um excedente orçamental entre 0,2 e 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB), anunciou numa entrevista ao canal norte-americano CNBC.
“Tivemos um excedente de 1,2% do PIB no ano passado no nosso saldo orçamental e prevemos continuar a ter um excedente no saldo orçamental de 0,2% a 0,3% do PIB, o que nos permitirá reduzir [o rácio da] dívida pública para perto de 95% do PIB este ano e no caminho de uma redução até 80% do PIB em 2028″, disse Joaquim Miranda Sarmento.
Questionado se os investidores internacionais devem estar preocupados com a situação portuguesa, o ministro respondeu que “não”: “Os investidores internacionais e as instituições internacionais devem estar confiantes na posição orçamental de Portugal. Iremos terminar o ano com um pequeno excedente — de 0,2 a 0,3% do PIB — e esperamos no próximo ano um excedente da mesma magnitude, o que nos permitirá continuar a reduzir a dívida pública em cinco pontos percentuais por ano”, anunciou.
Ademais, Miranda Sarmento previu que a economia cresça “pelo menos 2,3%” no próximo ano e, devido ao “programa de reformas estruturais” do atual Governo, que o PIB potencial português apresente crescimentos de até 3% “ao longo dos próximos anos”.
Os investidores internacionais e as instituições internacionais devem estar confiantes na posição orçamental de Portugal.
O ministro português foi ainda interrogado sobre a possível existência de uma ‘bolha’ no turismo. Miranda Sarmento respondeu que o turismo “é um importante setor” para o país — “sempre foi” –, mas ressalvou que a economia tem sido capaz de “criar cada vez mais valor na oferta turística”. Além disso, “outros setores da economia também estão a crescer”, como é o caso do aumento das exportações tecnológicas e da indústria, disse.
“Portanto, continuamos a diversificar a economia portuguesa, reduzindo o peso do turismo, mas, no turismo em si, criar mais valor no serviço que prestamos às pessoas”, rematou.
Por fim, na mesma entrevista, o titular da pasta das Finanças mostrou-se “confiante” de que as instituições europeias se manterão “muito fortes” e que os mercados “irão continuar a ter confiança no projeto do Euro”. “No nosso caso em particular, Portugal está bem posicionado para estar protegido das adversidades do mercado”, afirmou.
(Notícia atualizada pela última vez às 19h27)
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