Pedro Nuno Santos, André Ventura e Carlos Moedas propostos para integrar o Conselho de Estado

PSD, PS e Chega já escolheram as cinco personalidades que vão representar a Assembleia da República no Conselho de Estado. Secretário-geral do PS, líder do Chega e autarca de Lisboa são as novidades.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos; o presidente do Chega, André Ventura; e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, são os novos nomes escolhidos por PSD, PS e Chega para representarem a Assembleia da República no Conselho de Estado, o órgão de consulta do Presidente da República.

Carlos Moedas junta-se a Francisco Pinto Balsemão nas escolhas do PSD. Já o PS designou o seu secretário-geral, Pedro Nuno Santos para se juntar ao presidente do partido, Carlos César. Por fim, o Chega propôs André Ventura para integrar o órgão da Presidência. Os nomes integram uma lista única que será votada em conjunto, esta quarta-feira, 19 de junho, no Parlamento, sendo o apuramento por método de Hondt, confirmou o ECO junto dos partidos.

O Conselho de Estado tem 19 membros, incluindo o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dos quais cinco são escolhidos pela Assembleia da República. O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, substitui Miguel Cadilhe, enquanto o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, ocupará o lugar de Manuel Alegre.

De saída está também o antigo candidato presidencial António Sampaio da Nóvoa, até aqui em representação do PS. No entanto, com o resultado das últimas eleições legislativas, o partido de Pedro Nuno Santos perdeu o direito a ocupar três lugares à mesa do Conselho de Estado, passando para dois.

André Ventura é outro dos estreantes. Após o resultado das últimas eleições legislativas, altura em que o partido passou a estar representado na Assembleia da República por 50 deputados, o Chega passou a ter direito propor um nome para integrar o órgão consultivo do Presidente da República.

Além da permanência de Francisco Pinto Balsemão e de Carlos César, continuarão a integrar este órgão consultivo José Pedro Aguiar-Branco enquanto presidente da Assembleia da República, e Luís Montenegro na qualidade de primeiro-ministro, em substituição de Augusto Santos Silva e António Costa, respetivamente.

Os antigos presidentes da República Aníbal Cavaco Silva e António Ramalho Eanes, à semelhança dos presidentes regionais da Madeira e dos Açores, Miguel Albuquerque e José Manuel Bolieiro, também continuarão a sentar-se à mesa do Conselho de Estado.

Ademais, continuarão a integrar o Conselho de Estado Maria Lúcia Amaral, Provedora de Justiça; José João Abrantes, presidente do Tribunal Constitucional; Luís Marques Mendes; António Lobo Xavier; Joana Carneiro, Leonor Beleza; e Lídia Jorge.

Ao Conselho de Estado é-lhe conferido o direito de se pronunciar sobre um conjunto de assuntos, nomeadamente, “a dissolução da Assembleia da República e dos órgãos das regiões autónomas”, “a demissão do Governo”, “a nomeação e a exoneração dos ministros da República para as regiões autónomas”, “a declaração da guerra e a feitura da paz” e, em geral, “aconselhar o Presidente da República no exercício das suas funções, quando este lho solicitar”.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h29)

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TAP gerará “resultados positivos” no segundo e terceiro trimestre, diz CFO

O administrador financeiro da TAP salientou no Parlamento que o custo mais elevado que a TAP paga pelos aviões continua a pesar nos resultados da empresa.

Por ter obrigações cotadas na Irlanda, a TAP não pode divulgar a expectativa para os resultados no final do ano. “Mas podemos facilmente dizer que normalmente o segundo e o terceiro trimestre são fortes, em que a TAP gerará resultados positivos, para ter resultado positivo no final do ano”, garantiu esta terça-feira o administrador financeiro da TAP no Parlamento.

Gonçalo Pires, que está a ser ouvido esta terça-feira pelos deputados da Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação sobre os prejuízos da companhia no quarto trimestre de 2023 e no primeiro trimestre deste ano, a requerimento do Chega e do PSD.

O administrador financeiro justificou os resultados deficitários nos dois últimos trimestres com o aumento dos custos com pessoal, “porque a TAP celebrou novos acordos de empresas nos últimos seis meses que representam um encargo adicional”. Apontou ainda “um efeito sazonal nos resultados do quarto trimestre e primeiro trimestre”. “As companhias aéreas vendem muito nos primeiros meses mas os meses em que se voa mais é de abril a outubro, mas concentrado em junho, julho e agosto”, explicou. A receita só é registada no período em que os voos são realizados.

A TAP fechou o exercício de 2023 com um lucro recorde de 177 milhões de euros, mas os últimos três meses do ano saldaram-se num prejuízo de 26,2 milhões, devido ao aumento dos custos com pessoal resultantes da retirada dos cortes salariais impostos após a pandemia e das novas condições acordadas com os sindicatos. Um impacto que se repetiu no primeiro trimestre de 2024, com a companhia aérea a somar um prejuízo de 71,9 milhões.

Gonçalo Pires foi também questionado sobre o pagamento de seis salários extra aos pilotos por causa da utilização da Portugália para fazer voos de substituição da TAP, como foi noticiado pelo Expresso. Uma obrigação que decorreu da renegociação do acordo de empresa assinado com aqueles profissionais, que implicou um “pagamento upfront” daqueles valores mas que também “gera poupanças para o futuro”, explicou o administrador financeiro.

O gestor confirmou que a companhia recebeu uma instrução das Finanças, como avançou o ECO, para reduzir os custos implícitos nos acordos.

“Estamos acima do Orçamento ao dia de hoje”, referiu o administrador financeiro, acrescentando que “há rubricas que estão ligeiramente acima e outras que permitem ter folgas”, permitindo cumprir o orçamentado.

Gonçalo Pires apontou, no entanto, que a companhia “tem problemas de legado que não se resolveram com o plano de reestruturação”, dando como exemplo o custo que suporta com as aeronaves.

“Historicamente e para o futuro será assim, porque a TAP tem uma frota muito mais cara. Tem a ver com os purchase agreements, porque os aviões são mais caros, foram todos comprados ao mesmo tempo, e financiados ao mesmo tempo com custos muito mais altos”, referiu Gonçalo Pires.

A companhia aérea ainda está vinculada ao acordo de aquisição de aviões firmado em 2015 por David Neeleman com a Airbus, empresa de quem recebeu fundos para a injeção de capital feita pela Atlantic Gateway na companhia área portuguesa, no âmbito da privatização.

(Notícia atualizada às 16h27)

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Bar Ogilvy ganha bronze em Cannes com “The Endangered Typeface”

A campanha da Bar Ogilvy foi premiada na categoria de Digital Craft (Data Visualisation). Em shortlist, logo com possibilidade de prémio, estão ainda dois trabalhos da Bar Ogilvy e dois da Dentsu.

O trabalho “The Endangered Typeface”, campanha lançada pela ANP (Associação Natureza de Portugal) que trabalha com a WWF (WorldWideFund for Nature), em parceria com o Jardim Zoológico, ganhou um bronze no festival de criatividade Cannes Lions.

A campanha da Bar Ogilvy foi premiada na categoria de Digital Craft (Data Visualisation). A Endangered Typeface, como descreveu a agência na altura do lançamento da campanha, é uma “fonte viva” na medida em que cada letra representa um animal e que, quanto menor for o número de indivíduos de uma espécie, menos visível será a letra correspondente. A atualização é feita com dados da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da International Union for Conservation of Nature (IUCN).

Com esta campanha “conseguimos traduzir os números alarmantes das espécies em vias de extinção numa demonstração visual muito simples, clara e impactante. Fazer as pessoas pensar, ajudar e espalhar a palavra sobre um problema maior que todos nós é o que queremos alcançar com este projeto”, referia Miguel Ralha, CEO da BAR Ogilvy, na altura. A Jungle Corner Production Company foi a produtora envolvida na campanha.

Em shortlist — logo, com a possibilidade de serem premiados –, estão ainda dois trabalhos da Bar Ogilvy e dois da Dentsu Creative, em Direct. Em sentido contrário, os trabalhos em shortlist da Havas, da Judas e da Coming Soon não evoluíram para prémio.

Por divulgar está ainda a shortlist de Sustainable e Development Goals, pelo que ainda não é conhecida a performance portuguesa nesta categoria, na qual estão inscritas 11 peças.

Bro Grand Prix

Entretanto, a produtora portuguesa Bro Cinema conquistou um Grand Prix com o projeto “Magnetic Stories”. A realização é de Mário Patrocínio.

A conquista foi feita na categoria Pharma (Patient Engagement) e o trabalho foi desenvolvido para a Siemens Healthineers e contou com a colaboração da Cuf. A criatividade foi da agência Area 23, de Nova Iorque, que contou com a colaboração da Sonido (portuguesa) e da Tempest Originals Custom Carpentry (norte-americana), e com a pós-produção da Ars Thanea (norte-americana).

Este ano, Portugal está representado com 151 trabalhos no Cannes Lions. Este número traduz um recuo de 33 trabalhos em relação a 2023, uma edição histórica em número de casos inscritos e também de prémios conquistados.

Por categorias, as agências e marcas a operar em Portugal inscreveram 18 casos em Brand Experience & Activation, 14 em Design e e 13 em Direct. A categoria Entertainment Lions for Sport tem 12 inscrições, mais uma do que Sustainable Development Goals.

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Ministra da Justiça admite deixar de fora medidas menos consensuais da agenda anticorrupção

  • Lusa
  • 18 Junho 2024

A ministra da Justiça admitiu que o Governo poderá deixar de fora da discussão no parlamento algumas medidas da agenda anticorrupção que "possam criar mais resistência".

A ministra da Justiça admitiu esta terça-feira que o Governo poderá deixar de fora da discussão no parlamento algumas medidas da agenda anticorrupção que “possam criar mais resistência”, mas assegurou que o executivo não vai deixar de governar.

“Temos de fazer o melhor que podemos, procurar consenso em matérias que são transversais e foi isso que procurámos. Em matérias que nós entendemos que não são tão consensuais ou que possam criar mais resistência, provavelmente também não serão apresentadas aqui no parlamento. Vamos ter de gerir da melhor maneira”, afirmou Rita Alarcão Júdice.

A governante reiterou que “o Governo não se demite da função de governar, assim como os partidos políticos com assento parlamentar não se estão a demitir de trazer as suas propostas ao parlamento“, salientando que é dessa discussão que irão sair soluções aprovadas.

Em declarações aos jornalistas à saída das reuniões com os grupos parlamentares dos partidos da oposição (para esta tarde tem ainda encontro marcado com os deputados de PSD e CDS), a ministra assumiu também que esta ronda de reuniões permitiu cumprir “mais uma etapa neste processo” e que a agenda anticorrupção “está concluída”, sendo apresentada na quinta-feira no Conselho de Ministros.

Esperemos que seja aprovada e na quinta-feira possa, então, ser tornada pública. Viemos dar nota disso aos grupos parlamentares e pedir-lhes que mantenham, naturalmente, este canal aberto de conversas e de futura colaboração”, frisou.

Rita Alarcão Júdice adiantou ainda que o pacote anticorrupção prevê “mais de 30 medidas” e que está assente em “três eixos — prevenção, educação e repressão”.

“Toca muitos ministérios. Vai além do Ministério da Justiça. Por isso, vamos ouvir, discutir, colher as perceções dos ministros que estarão presentes no Conselho de Ministros e, desejavelmente, tê-la aprovada”, concluiu.

Em 3 de abril, no seu primeiro Conselho de Ministros, o Governo liderado por Luís Montenegro decidiu como primeira medida mandatar a ministra da Justiça para falar com todos os partidos com assento parlamentar, agentes do setor da justiça e sociedade civil com vista à elaboração de um pacote de medidas contra a corrupção, num prazo de 60 dias.

Em 28 de maio, à margem da sua primeira audição parlamentar, a ministra disse à Lusa que o trabalho estava praticamente concluído. “Ouvimos muitas pessoas, muitas entidades, recebemos também alguns contributos escritos e estamos na reta finalíssima do que será uma agenda anticorrupção”, disse.

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Concorrência abre “investigação aprofundada” à compra da Sotagus pela Yilport e Grupo Sousa

  • Lusa
  • 18 Junho 2024

Regulador teme que a aquisição "resulte em entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou em parte substancial deste".

A Autoridade da Concorrência (AdC) abriu uma investigação aprofundada à aquisição pela Yilport Iberia e pela GS Marítima (Grupo Sousa) do controlo conjunto sobre a Sotagus — Terminal de Contentores de Santa Apolónia.

Num comunicado divulgado esta terça-feira, a AdC explica que a decisão de dar início a esta investigação aprofundada se deveu ao facto de, “perante os elementos recolhidos até ao momento, não se poder excluir que a referida operação de concentração resulte em entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou em parte substancial deste”.

No entanto, a AdC sublinha que “a presente decisão não constitui uma decisão final sobre o procedimento” e que “decide abrir uma investigação aprofundada à análise das operações de concentração quando considera necessárias diligências complementares”.

A entidade adianta ainda que, nos termos da Lei da Concorrência, após as diligências da investigação aprofundada, a instituição pode decidir “não se opor à concretização do negócio, se vier a concluir que a operação de concentração, tal como notificada ou na sequência de alterações entretanto introduzidas pela Yilport e pelo Grupo Sousa (i.e., os chamados compromissos ou remédios), não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência nos mercados em causa”.

A AdC pode também “proibir o negócio, se vier a concluir que a operação de concentração é suscetível de criar entraves significativos à concorrência nos mercados em causa, com prejuízos para os utilizadores intermédios e/ou finais, que constituem a procura nestes mercados”.

Grupo Sousa pode “impedir ou dificultar” acesso de armadores concorrentes ao terminal, teme AdC

A Yilport é uma empresa que atua no setor portuário e dos transportes marítimos e, em particular, ao nível da movimentação de carga contentorizada em terminais portuários, explorando, designadamente, os terminais de contentores de Leixões, bem como os terminais da Liscont e da Sotagus, em Lisboa, e os terminais da Sadoport e da Tersado, em Setúbal, entre outros, afirma a AdC.

Segundo a AdC, o Grupo Sousa detém um conjunto de empresas armadoras, empresas de operação portuária e de camionagem, agentes de navegação e rebocadores, transitários, entre outras empresas nos setores da logística de gás natural, da produção de energia e do turismo. Em particular, com relevância para a presente operação de concentração, o Grupo Sousa opera no transporte marítimo entre Portugal Continental e as Regiões Autónomas, bem como nas ligações a alguns portos de África ocidental.

A Sotagus é uma empresa controlada, atualmente, em exclusivo pela Yilport, que — ao abrigo de contrato de concessão de exploração de infraestruturas portuárias com a Administração do Porto de Lisboa — explora, até final de fevereiro de 2026, o terminal portuário de Santa Apolónia, onde desenvolve atividades de movimentação de carga (contentores e carga fracionada) e atividades acessórias.

Em relação à investigação aprofundada, a AdC refere que a “operação de concentração tem uma natureza vertical, na medida em que envolve empresas que atuam em diferentes níveis da cadeia de movimentação portuária de carga e de transporte marítimo“.

“Em particular, a AdC visa avaliar, com maior profundidade, o risco de, por um lado, o Grupo Sousa impedir ou dificultar o acesso de armadores concorrentes ao terminal da Sotagus, com impacto sobre a capacidade concorrencial destes armadores e, consequentemente, nas condições de concorrência nas ligações marítimas operadas pelo Grupo Sousa”, conclui.

O comunicado precisa que, “em resultado das diligências de investigação realizadas até à presente data, a AdC considera não se poder excluir que a operação de concentração seja suscetível de gerar um conjunto de efeitos verticais, com impactos para os clientes dos armadores de comércio ou de transporte marítimo e, de forma indireta, para os consumidores finais ou intermédios“.

Não foi possível, na primeira fase da investigação, excluir o risco de a operação ter impacto sobre a capacidade concorrencial dos terminais concorrentes do terminal da Sotagus no porto de Lisboa e, em particular, do Terminal Multipurpose de Lisboa (TML), em resultado do desvio para o terminal da Sotagus da carga que o Grupo Sousa opera atualmente no TML”, afirma.

A AdC diz que “não foi possível excluir também o risco de a operação de concentração poder ser suscetível de produzir efeitos restritivos ao nível da concorrência pelo mercado, nomeadamente no que se refere às condições de concorrência potencial nos futuros concursos públicos das concessões de terminais da Zona Portuária Oriental de Lisboa e, em particular, a futura concessão pelo terminal atualmente operado pela Sotagus“.

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Albufeira de Alqueva ganha nova estação náutica no concelho de Moura

  • Lusa
  • 18 Junho 2024

A nova Estação Náutica de Moura-Alqueva contempla uma plataforma central de lazer, uma praia fluvial e um parque para autocaravanas. Custou mais de dois milhões de euros.

A nova Estação Náutica de Moura-Alqueva, no distrito de Beja, é inaugurada esta quarta-feira, após um investimento de quase 2,2 milhões de euros para diversificar a oferta turística no concelho e requalificar a zona envolvente da barragem.

O projeto, coordenado pela Câmara Municipal de Moura e desenvolvido em parceria com a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), é composto por uma plataforma central de lazer, uma praia fluvial e um parque para autocaravanas.

“É um projeto que não está terminado e em que vamos somando novos investimentos para consolidar as infraestruturas”, assinalou esta terça-feira à agência Lusa o presidente domunicípio de Moura, Álvaro Azedo.

Em comunicado, a autarquia alentejana explicou que a plataforma central de lazer da estação náutica inclui uma cafetaria, esplanadas e lojas para operadores turísticos. Esta valência resulta de um investimento de cerca de 550 mil euros, assumido em 62,11% pela EDIA e em 37,89% pelo município, tendo sido cofinanciado pelo Turismo de Portugal.

Alqueva

Já a praia fluvial, denominada Praia do Lago, engloba duas piscinas flutuantes e representou um investimento superior a 1,6 milhões de euros. O montante foi assegurado pela câmara municipal e teve cofinanciamento comunitário, no âmbito do programa operacional regional Alentejo 2020.

Este conjunto de infraestruturas permite a realização de atividades de lazer e desportivas”, realçou a câmara municipal, em comunicado. “Vai diversificar a oferta turística no concelho de Moura e requalificar a zona envolvente da barragem de Alqueva, promovendo o desenvolvimento económico, social e cultural da região”.

De acordo com Álvaro Azedo, uma estação náutica “é um conceito para 12 meses do ano, que alavanca iniciativas e atividades que vão desde o desporto ao recreio até à atividade escolar, entre outras iniciativas, e as infraestruturas têm de dar resposta a essas necessidades e a esses desafios”.

Por isso, no final da presente época balnear a Câmara Municipal de Moura tem previsto o arranque das obras de construção de uma nova zona de estacionamento na estação náutica. Nos planos da autarquia estão igualmente a criação do Centro de Alto Rendimento de Moura e o prolongamento da praia fluvial. “Ou seja, todo aquele complexo vai continuar a crescer e a oferecer uma imensa mais-valia para o concelho”, prometeu.

Vai diversificar a oferta turística no concelho de Moura e requalificar a zona envolvente da barragem de Alqueva, promovendo o desenvolvimento económico, social e cultural da região.

Câmara Municipal de Moura

A Estação Náutica de Moura-Alqueva está certificada, desde outubro de 2018, pela Fórum Oceano — Associação de Economia do Mar.

A inauguração da infraestrutura está agendada para as 14h30, estando prevista a presença do secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, de acordo com informações divulgadas pela autarquia e pela EDIA.

Além desta, existem na região do Alentejo mais seis estações náuticas: Mértola e Odemira (também no distrito de Beja), Alandroal e Monsaraz (Évora), Avis (Portalegre) e Sines (Setúbal).

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Hotel de luxo no antigo mosteiro de Vila do Conde custou 19 milhões e criou 125 empregos

Unidade hoteleira de cinco estrelas The Lince Santa Clara tem 87 quartos, incluindo 11 suítes. Requalificou o antigo mosteiro de Vila do Conde num investimento avaliado em 19 milhões de euros.

The Lince Santa Clara (Vila do Conde)
The Lince Santa Clara (Vila do Conde)18 junho, 2024

Com vista privilegiada para o rio Ave e construído no antigo Mosteiro de Santa Clara, com mais de 700 anos de história, o luxuoso The Lince Santa Clara Historic Hotel, em Vila do Conde, já está a funcionar e criou 125 empregos. Num investimento de 19 milhões de euros, o grupo The Lince Hotels avançou com obras de requalificação no âmbito do Programa REVIVE, destinado à recuperação e à valorização do património nacional.

Já a funcionar desde março deste ano, este hotel de cinco estrelas é oficialmente inaugurado esta sexta-feira numa cerimónia presidida pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, e que conta também com a presença do presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Vítor Costa, e do CEO do grupo The Lince Hotels, Domingos Correia.

Com projeto assinado pelo arquiteto Carvalho Araújo, o grupo recuperou o emblemático edifício do século XIV que albergou o Convento de Santa Clara, mantendo a traça original de mãos dadas com a modernidade e o luxo. A concessão para a exploração do Mosteiro de Santa Clara e a sua transformação num hotel histórico foi atribuída em 2018, por um período de 50 anos.

The Lince Santa Clara (Vila do Conde)
The Lince Santa Clara (Vila do Conde)João Morgado 18 junho, 2024

Este hotel de charme dispõe de 87 quartos, incluindo 11 suítes, cada uma delas com nomes que evocam figuras da nobreza, como D. Afonso Sanches ou D. Dinis, ou os escritores Eça de Queirós, Camilo de Castelo Branco e José Régio.

“Cada divisão, cuidadosamente pensada, transporta os hóspedes aos tempos de contemplação e serenidade do antigo Convento da Ordem das Clarissas”, lê-se na descrição do hotel.

A unidade hoteleira de charme dispõe de dois restaurantes, um deles conta com a assinatura do chef Vítor Matos — com duas estrelas Michelin –, além do Aqueduto Wellness & Spa by Sisley Paris, com acesso a um jardim exterior.

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Mais de metade dos advogados está em risco de burnout. CRLisboa reforça apoio

Um estudo do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados aponta que cerca de 52,5% dos advogados estão em risco de burnout e 16,4% com diagnóstico efetuado.

Um estudo do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados (CRLisboa) aponta que cerca de 52,5% dos advogados estão em risco de burnout e 16,4% com diagnóstico efetuado. O inquérito foi realizado em 2022, num período pós-pandemia Covid-19, e foi respondido por 2.056 advogados. CRLisboa vai reforçar apoio aos profissionais do setor.

Em novembro de 2022, o CRLisboa lançou o Gabinete de Promoção do Bem-Estar Psicológico (GaBEP) que tem como principal objetivo promover o bem-estar psicológico dos advogados com inscrição ativa na Ordem e residentes no concelho de Lisboa. “A partir dessa altura passaram a ser disponibilizadas aos seus associados acompanhamento psicológico gratuito, garantidas por um psicólogo e tiveram início um conjunto de ações preventivas e de sensibilização para os cuidados e bem-estar na área da saúde mental”, revela o órgão.

Mas devido à “grande” afluência o serviço teve de ser interrompido para puderem reforçar a oferta dos serviços. “Assim, depois de uma pausa para alinhar a sua estratégia de atuação, e do lançamento de um concurso público para selecionar um novo profissional para o liderar, o GaBEP retomou este mês de junho as suas consultas de psicologia“, explicou João Massano, presidente do órgão.

A empresa selecionada para conduzir este processo foi a Randstad e a psicóloga Sónia Feitais foi escolhida para assumir esta responsabilidade.

Desde a sua criação, foram recebidos 103 pedidos de consulta, sendo que destes foram realizados 59 contactos de triagem e 51 pessoas foram acompanhadas em consulta, totalizando 309 sessões.

Nesta nova fase do GaBEP estão previstas até ao final do ano 270 consultas de acompanhamento e 50 consultas de triagem. E, neste momento, já estão 43 pessoas em lista de espera”, sublinha João Massano.

Em comunicado, a CRLisboa revelou que estudos internacionais têm demonstrado a exigência da profissão e a necessidade de abordar a questão do bem-estar dos advogados. “Por exemplo, um estudo de Krill, Johnson e Albert, de 2016, que envolveu 12.825 advogados, revelou resultados preocupantes: 28%, 19%, e 23% dos sujeitos experienciavam sintomas de depressão, ansiedade severa e stresse, respetivamente, e 11,4% dos advogados haviam tido ideação suicida no ano anterior”, exemplificam.

“Esta realidade, os dados do questionário e dos estudos internacionais revelam um cenário inquietante da saúde dos profissionais da advocacia, o que mobilizou o CRLisboa a continuar a atuar nesta matéria”, acrescentou o presidente do CRLisboa.

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Chéquia ganha a Portugal… no “jogo” da economia

  • Tiago Lopes
  • 18 Junho 2024

Portugal estreia-se esta noite no Euro2024 frente à Chéquia. Se, à partida, Portugal leva vantagem dentro de campo, no jogo económico sai derrotado por 4-2. Veja a comparação de indicadores.

O primeiro jogo de Portugal no Euro2024 acontece esta terça-feira à noite frente à Chéquia. Dentro de campo, as expectativas para a estreia da seleção nacional neste campeonato da Europa são elevadas. No entanto, no que diz respeito ao “jogo económico”, a Chéquia vence Portugal por uns expressivos 4-2.

De acordo com a análise feita pelo Instituto Mais Liberdade, do qual o ECO é parceiro de media, Portugal perde em frentes como o salário médio líquido, o poder de compra, o desemprego de longa duração e a taxa de poupança. Entre os vários indicadores analisados, Portugal apenas leva vantagem em dois: a riqueza líquida per capita e ­o esforço para comprar casa (número de anos de salário médio).

Ao longo deste campeonato da Europa de futebol, que se realiza na Alemanha, o Instituto Mais Liberdade vai analisar o bem-estar económico das várias seleções participantes, avaliando um total de seis indicadores. Pode acompanhar aqui.

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Espanhola Sould Park “brinca” com cinco milhões de euros em shoppings do Minho ao Algarve

Aqua Portimão, Espaço Guimarães e Parque Nascente (Gondomar) juntam-se ao centro comercial Ubbo (Amadora) na lista de espaços recreativos e de lazer do grupo de origem espanhola em Portugal.

A Sould Park, empresa de origem espanhola especializada em espaços recreativos e de lazer, anunciou a abertura de três novas lojas em Portugal, localizadas nos centros comerciais Aqua Portimão, Parque Nascente e Espaço Guimarães.

Estes três novos espaços em imóveis detidos pela Klepierre, que se juntam ao que já tinha em funcionamento no centro comercial Ubbo na Amadora (distrito de Lisboa), representam um investimento superior a cinco milhões de euros, adianta a empresa.

O primeiro destes novos projetos a abrir portas foi o Sould Park Game no Algarve, com perto de 300 metros quadrados de área recreativa. Seguiu-o o do Espaço Guimarães (1.600 metros quadrados), enquanto a superfície de 1.750 metros quadrados no shopping de Gondomar tem abertura prevista para setembro

“Há muito tempo que apostamos em Portugal. O mercado espanhol é demasiado maduro e a administração decidiu transferir e adaptar o nosso modelo de negócio para outros países. E isto é apenas o começo. Muito em breve tornaremos pública a implementação do Sould Park em mais dois países do continente europeu”, adianta Miguel Notario, presidente do grupo Sould Park, citado em comunicado.

Presente em centros comerciais em Espanha há mais de 28 anos, o grupo detém plataformas infantis como Sould Park Bowling, Sould Park Jump e Sould Park Game. Diz ter mais de 4.000 máquinas instaladas em shoppings, além de ser proprietário de outros tipos de espaços recreativos, como carrosséis ou pistas de gelo.

Na mesma nota, Pedro Paixão, vice-diretor de Leasing Iberia da Klépierre, destaca o facto de a Sould Park ter escolhido os centros comerciais do grupo para expandir a presença em Portugal. “Estas aberturas permitir-nos-ão completar ainda mais a oferta de lazer e entretenimento dos nossos centros e, assim, satisfazer as necessidades de todos os nossos clientes”, completa.

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Governo promete às empresas “fazer tudo” para manter estabilidade fiscal e legislativa

Secretária de Estado dos Assuntos Fiscais compromete-se a "eliminar os fatores que estrangulam a competitividade da economia", o que inclui "ter um Estado mais ágil" também a nível tributário.

Ter estabilidade legislativa e fiscal é “essencial” para promover uma maior competitividade da economia nacional, avisou esta terça-feira a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, afiançando que o Executivo liderado por Luís Montenegro está empenhado em garantir essa estabilidade, embora não dependa apenas de si.

Não conseguimos essa estabilidade [legislativa e fiscal] sozinhos, mas faremos tudo para conseguir essa estabilidade“, garantiu Cláudia Reis Duarte. A governante discursava na apresentação do estudo “Potenciar o legado – o caminho de crescimento das Empresas Familiares”, realizado pela KPMG, que questionou 2.683 empresas de 80 países, 100 das quais portuguesas, e que foi apresentado esta manhã na Fundação de Serralves.

Numa mensagem dirigida às empresas familiares, a governante considerou que o Governo está empenhado em aumentar a competitividade da economia nacional, com o Executivo comprometido em “eliminar os fatores que estrangulam a competitividade da economia nacional”. O que inclui “ter um Estado mais ágil, incluindo a atividade tributária”.

Cláudia Reis Duarte realçou ainda a importância das empresas familiares no tecido empresarial português e a sua relevância para “alcançar uma transformação estrutural da economia portuguesa”. Destacou “a história, identidade e valores próprios destas empresas”, assim como a sua relação com colaboradores, stakeholders, com a sociedade e com o próprio país.

A secretária de Estado lembrou que, nas últimas duas décadas e meia, a economia teve um crescimento anémico, que “resulta de baixo investimento e baixa produtividade”. Uma situação que o Governo quer reverter com a aprovação de um conjunto de medidas, que incluem a descida da taxa de IRC.

O programa de Governo prevê uma redução de IRC, de 21% para 15%. É o primeiro passo para potenciar mais investimento, mais produtividade e também melhores salários.

Cláudia Reis Duarte

Secretária de Estado dos Assuntos Fiscais

“É crucial ter empresas fortes, capitalizadas, competitivas e produtivas”, sublinhou, notando que a prioridade do Governo é a carga fiscal: primeiro das famílias e depois das empresas. “O programa de Governo prevê uma redução de IRC, de 21% para 15%. É o primeiro passo para potenciar mais investimento, mais produtividade e também melhores salários”, justificou.

Referindo-se concretamente às empresas familiares, a secretária de Estado notou que estas organizações enfrentam desafios de sucessão e sofisticação, tendo “uma perspetiva de gestão muitas vezes diferente e que pode contribuir para uma mentalidade mais conservadora.”

Quanto ao financiamento, há maiores “dificuldades nos acessos aos mercados de capitais e financiamento, o que torna mais desafiante criar cadeias de valor.” Apesar destes desafios, Cláudia Reis Duarte refere que “o país precisa e conta com contributo de todas estas empresas familiares para a criação de emprego, melhores salários e para desenvolvimento e progresso de Portugal.”

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Bolsa de Londres recupera primeiro lugar na Europa após perdas em Paris provocadas pela crise política

  • Lusa
  • 18 Junho 2024

Paris era o principal centro financeiro da Europa desde o início de 2023. Este ano foram angariados mais capitais próprios em Londres do que em Frankfurt, Paris, Milão e Estocolmo, em conjunto.

A Bolsa de Londres ultrapassou a de Paris em termos de valor das ações cotadas, recuperando o primeiro lugar na Europa, após a turbulência política em França ter provocado a queda da sua praça financeira. No fecho da sessão de segunda-feira, o valor total das empresas cotadas em Londres atingiu 3,178 biliões de dólares, contra 3,136 biliões de Paris, segundo dados da agência Bloomberg.

Na semana passada, o principal índice da Bolsa de Paris, o CAC 40, perdeu mais de 6%, anulando todos os ganhos deste ano. Foi o pior desempenho semanal desde março de 2022, logo no início da invasão da Ucrânia pela Rússia. Paris era o principal centro financeiro da Europa desde o início de 2023, tendo assumido a liderança pela primeira vez em novembro de 2022, de acordo com dados da Bloomberg.

As eleições legislativas francesas de 30 de junho e 7 de julho poderão levar ao governo o partido de extrema-direita União Nacional (RN, na sigla em francês) ou os membros da aliança de esquerda Nouveau Front Populaire. Mas os programas políticos dos dois campos assustam os investidores, que receiam, nomeadamente, o aumento do défice, entre a redução de impostos da extrema-direita e a revogação da reforma das pensões da esquerda.

A decisão de Emmanuel Macron de mergulhar o seu país numa tempestade política abalou os investidores franceses.

Danni Hewson

Analista da AJ Bell

Um porta-voz da Bolsa de Valores de Londres disse também à AFP que “desde o início de 2024 foram angariados mais capitais próprios em Londres (18,8 mil milhões de libras) do que nas quatro maiores bolsas europeias (Frankfurt, Paris, Milão e Estocolmo) em conjunto”.

Danni Hewson, analista da AJ Bell, refere-se à “coroa reconquistada” por Londres. “A decisão de Emmanuel Macron de mergulhar o seu país numa tempestade política abalou os investidores franceses, enquanto a estabilidade das sondagens que mostram os trabalhistas à frente nas eleições do Reino Unido significa que uma mudança de cor política deste lado do Canal da Mancha provavelmente já foi tida em conta nos níveis de mercado”, detalha.

Após um período considerável de investimento no limbo, há sinais crescentes de que o Reino Unido está a recuperar a favor dos investidores estrangeiros.

Richard Hunter

Analista da Interactive Investors

“Os investidores gostam do que é previsível, mas não aborrecido. E Londres, por seu lado, tem sido criticada por não conseguir atrair a sua quota-parte de empresas tecnológicas vibrantes”, acrescenta.

Richard Hunter, analista da Interactive Investors, nota a “forte dependência das ações da LVMH”, a maior capitalização bolsista de Paris, mas cuja cotação caiu 18% nos últimos 12 meses. “Ao mesmo tempo, após um período considerável de investimento no limbo, há sinais crescentes de que o Reino Unido está a recuperar a favor dos investidores estrangeiros”, com “o índice FTSE 100 a atingir máximos históricos no mês passado”. O FTSE 100 registou uma subida de 6% desde o início do ano.

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