Analistas “do” BCE mostram-se mais otimista para a Zona Euro este ano

O inquérito aos analistas profissionais do Banco Central Europeu aponta para um crescimento de 0,7% do PIB da área do euro este ano, quando antes apontavam para um crescimento de 0,5%.

O Banco Central Europeu (BCE) divulgou esta sexta-feira os resultados do seu mais recente Inquérito a Analistas Profissionais (Survey of Professional Forecasters), que aponta para uma perspetiva ligeiramente mais otimista para a economia da Zona Euro no curto prazo.

Segundo os 56 economistas e analistas que participaram no inquérito do BCE entre 2 a 5 de julho antecipam um crescimento real de 0,7% do PIB este ano, mais 0,2 pontos percentuais em relação à previsão do trimestre anterior. Este ajuste positivo reflete principalmente um desempenho económico mais forte do que o esperado no primeiro trimestre de 2024.

No entanto, as expectativas dos analistas para 2025 revelam agora um decréscimo ligeiro face às anteriores previsões, com os economistas a anteverem um crescimento do PIB da Zona Euro de 1,3% no próximo ano, quando antes apontavam para um crescimento de 1,4%.

Para o mercado de trabalho, as novas projeções são igualmente positivas, com os especialistas a reverem em baixa a taxa de desemprego para o período de 2024 a 2026. Para este ano, os especialistas esperam agora uma taxa de desemprego de 6,5%, uma redução de 0,1 pontos percentuais em relação à previsão anterior de 6,6%.

Apesar desta revisão em baixa, é importante salientar que estes 56 economistas e analistas ainda antecipam um ligeiro aumento do desemprego em 2024 em comparação com os níveis atuais. No entanto, preveem uma estabilização e posterior redução nos anos seguintes, com a taxa de desemprego a atingir 6,4% em 2026.

Quanto à inflação, as expectativas permanecem largamente inalteradas. Os inquiridos deste inquérito mantêm a previsão de uma inflação de 2,4% para 2024 e de 2% para 2025. Para 2026, houve uma ligeira revisão em baixa, de 2% para 1,9%.

Todavia, as expectativas para a inflação subjacente medida pelo Índice Harmonizado dos Preços no Consumidor (IHPC), que exclui produtos energéticos e alimentares, foram revistas ligeiramente em alta para 2024 e 2025, refletindo a inflação dos serviços e um crescimento dos custos do trabalho mais persistentes do que o esperado.

Os resultados do inquérito foram divulgados um dia depois de o BCE ter decidido manter as taxas de juro inalteradas.

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