Fundo “Leiria Crescimento” recebeu 47 candidaturas e investimento de 38,6 milhões
O fundo é uma parceria da Portugal Ventures, capital de risco do Banco Português de Fomento, com a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria e a Associação Empresarial da Região de Leiria.
O Fundo de Capital de Risco “Leiria Crescimento” recebeu 47 candidaturas com montante de investimento de 38,6 milhões de euros, de acordo com o relatório preliminar ao qual a agência Lusa teve acesso esta terça-feira. Segundo o documento, foram submetidas 47 candidaturas, há 23 candidaturas não concluídas e encontram-se em análise duas, estas últimas com valores de investimento solicitados “muito inferiores ao ticket mínimo do fundo”, que é de 250 mil euros.
As candidaturas reportam-se às áreas do digital e tecnologia, indústria e tecnologia, tecnologias da saúde e turismo. Quanto aos empreendedores, 37 são homens e 10 são mulheres, sendo a maioria portugueses (31). Os empreenderes estrangeiros têm nacionalidade russa, brasileira, italiana, polaca, iraniana e alemã. O primeiro aviso, de 10 milhões de euros, do Fundo de Capital de Risco “Região de Leiria Crescimento”, agora denominado “Leiria Crescimento”, foi lançado em 17 de junho. O fundo tem 20 milhões de euros, para projetos de investimento ou capitalização.
O fundo é uma parceria da Portugal Ventures, sociedade de capital de risco do grupo Banco Português de Fomento (BPF), com a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) e a Associação Empresarial da Região de Leiria – Câmara de Comércio e Indústria. Este é o resultado de uma candidatura aprovada ao Programa de Venture Capital promovido pelo BPF no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.
À agência Lusa, o 1.º secretário executivo da CIMRL, Paulo Batista Santos, disse que “são 47 candidaturas submetidas”, 23 “ainda estão pendentes” e duas em análise. Segundo Paulo Batista Santos, entendeu-se que “era adequado fazer mais do que uma ‘call’ [chamada], para consolidar a procura e até porque havia pessoas, legitimamente, que tinham dúvidas do sucesso do fundo a nível regional”.
“Por ser o primeiro fundo regional em Portugal continental, havia dúvidas do interesse e da adesão das empresas, o que se comprovou é que há interesse, foi bem-sucedido e até tivemos uma procura três vezes superior à dotação que temos disponível”, realçou. Questionado sobre a eventualidade de diversas candidaturas serem excluídas dado o limite de 10 milhões de euros deste primeiro aviso, Paulo Batista Santos garantiu que aquelas vão ser consideradas na segunda chamada, além de que o apoio poderá ser “mais repartido”.
“Os 20 milhões iniciais que temos não têm de ser 20 projetos de um milhão, podem ser 40 ou 50 projetos de um valor inferior”, respondeu, explicando que a lógica deste fundo é “fazer chegar este tipo de instrumentos de capitalização sem juros e com benefícios fiscais às pequenas e médias empresas”.
Este responsável da CIMRL salientou que “este instrumento tem a particularidade de chegar às pequenas e médias empresas e houve projetos que pedem menos do que 250 mil euros”. “O nosso ticket indicativo é de 250 mil a 1,5 milhões de euros, sendo certo que, para o fundo, quanto mais próximo de um milhão e meio melhor, mas nós, na região, achamos que os mais pequenos também têm que ter direito”, sustentou.
Para o 1.º secretário executivo da CIMRL, “este primeiro exercício foi muito positivo, o balanço é muito positivo”, e, futuramente, “a expectativa é que haja muito mais procura”.
“Isso também valoriza não só o fundo, mas também nos obriga, se for caso disso, a reforçar a dotação do fundo que não está limitado aos 20 milhões, pode chegar aos 100 milhões, dependendo daquilo seja a nossa capacidade de atrair também investidores na ótica de quem queira investir neste tipo de instrumentos para beneficiar mais empresas”, acrescentou.
A CIMRL integra os municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.
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