Digi com fidelizações de dois anos? “Essa não é a nossa intenção”

CEO do grupo que detém a Digi revelou esta quarta-feira mais detalhes sobre os planos da empresa para Portugal, no mês em que anunciou a compra da Nowo por 150 milhões de euros.

A operadora romena Digi deu esta quarta-feira mais detalhes sobre os seus planos para o mercado português, mas continua sem revelar em que data se estreará no mercado, apesar de se saber que a empresa está obrigada, nos termos do regulamento da Anacom, a lançar ofertas 5G até ao final de novembro.

Apesar das dificuldades que tem tido no licenciamento dos principais canais, principalmente com a Media Capital, dona da TVI e da CNN Portugal, a empresa não desistiu de lançar ofertas completas desde o início, incluindo um serviço de televisão, a par da banda larga fixa e da rede móvel 5G.

Além disso, ainda que a decisão final não esteja tomada, as ofertas principais poderão ter períodos de fidelização mais reduzidos do que os dois anos atualmente praticados no mercado pela Meo, Nos e Vodafone.

Estas informações foram dadas pelo CEO do grupo Digi Communications numa apresentação de resultados trimestrais, em resposta a várias questões colocadas pelo ECO, num mês marcado pelo anúncio de que a Digi comprou a Nowo por 150 milhões de euros.

Na apresentação, Serghei Bulgac recusou que o valor que a Digi aceitou pagar para ficar com a quarta maior empresa de telecomunicações do país tenha sido demasiado elevado, reiterando que foi uma aposta “estratégica” e “saudável”.

Na ótica do gestor, a compra da Nowo permitirá à Digi começar com alguns milhares de clientes num país em que os consumidores estão geralmente vinculados às suas operadoras por períodos de dois anos. Questionado se a Digi pretende seguir a mesma estratégia das restantes operadoras, Bulgac respondeu: “Essa não é a nossa intenção.”

Ainda sobre a aquisição em Portugal, o responsável do grupo Digi explicou também que a empresa “queria muito” ficar com as licenças 5G adquiridas pela Nowo no leilão da Anacom em 2021, que lhe permitirão lançar um melhor serviço móvel, e confirmou que a Nowo também servirá de plano B caso a Digi não consiga fechar acordos com os canais, visto que a empresa já tem o seu próprio serviço de televisão.

Questionado sobre quais serão os fornecedores 5G da Digi em Portugal, Bulgac revelou que a empresa é cliente da Ericsson e da Nokia. “Não estamos a usar equipamentos da Huawei nem de qualquer fabricante chinês”, respondeu, depois de Portugal ter proibido as operadoras de usarem equipamentos da empresa chinesa por questões de segurança.

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