Três soluções para baixar já a fatura com despesas bancárias
As contas de serviços mínimos bancários é apenas uma solução para baixar a fatura bancária. Há vários bancos que não cobram para guardar o seu dinheiro, por transferências e cartões de débito.
Na primeira metade do ano, os lucros dos maiores bancos em Portugal, aumentaram 31% para 2,6 mil milhões de euros, em comparação com o período homólogo. Grande parte deste resultado foi potenciado pela margem financeira, como resultado da política monetária do Banco Central Europeu dos últimos anos.
No entanto, não tem sido só do diferencial das taxas de juro ativas (cobradas nos empréstimos) e passivas (pagas pelos depósitos) que os bancos têm faturado. Parte significativa dos lucros da banca tem também sido alavancada pelas comissões bancárias.
Para os clientes bancários essas não são boas notícias. Significa que estão a pagar cada vez mais pelos serviços bancários contratados. Mas não tem de ser assim.
Há cada vez mais portugueses a procurarem soluções mais económicas e até gratuitas para “guardar” o seu dinheiro. Isso é visível pelo crescimento das contas de serviços mínimos que, segundo o Banco de Portugal, registou um aumento de 6% no primeiro semestre deste ano, contando-se mais de 235 mil contas deste tipo no final de junho.
As contas de serviços mínimos têm atualmente um custo anual que não excede os 5,09 euros (correspondente a 1% do indexante dos apoios sociais que se encontra nos 509,26 euros) — se bem que, em alguns casos, os bancos até nem chegam a cobrar esta comissão aos seus clientes.
Estas contas fornecem serviços “básicos”, incluindo depósitos, levantamentos, pagamentos de bens e serviços, débitos diretos e transferências e podem ser solicitadas junto de qualquer instituição financeira. Bastando pedir a sua conversão de conta à ordem para uma conta de serviços mínimos bancários.
Mas estas contas têm algumas limitações, nomeadamente quanto ao número de transferências passíveis de serem realizados pelo homebanking, apps dos bancos e pelas transferências feitas por MBWay; e não permitirem que o titular de uma conta de serviços mínimos não detenha mais nenhuma outra conta bancária.
Apesar das vantagens financeiras das contas de serviços mínimos, estão longe de serem uma solução para todos os clientes. Mas isso não significa que estes clientes não consigam baixar significativamente a sua fatura de custos bancários.
Como baixar já as comissões bancárias
Além da conversão da conta à ordem para uma conta de serviços mínimos bancários, há sempre a possibilidade de mudar de banco. Desde logo porque há várias instituições que, por exemplo, não cobram qualquer comissão para guardarem o dinheiro dos seus clientes. É exemplo disso o ActivoBank, o Banco Big e os bancos digitais como o Openbank (do Santander), o Moey!, a Revolut ou o N26, que não cobram comissões de manutenção de conta.
Algumas instituições financeiras isentam também o pagamento de comissões com transferências interbancárias por homebanking e a anuidade do cartão de débito. É o caso do ActivoBank, Openbank e o Moey!.
Além destas situações, é também possível reduzir ou até eliminar algumas comissões bancárias recorrendo a determinados serviços, como a domiciliação do ordenado ou através da transformação de uma conta à ordem numa conta ordenado. No entanto, neste último caso, é preciso ter algum cuidado com a sua utilização para não evitar o descoberto bancário e entrar numa bola de neve de despesas e encargos.
Num mercado repleto de bancos e soluções bancárias, as contas de serviços mínimos são uma solução eficaz para baixar ou mesmo eliminar as comissões bancárias, mas face às suas limitações, há também uma série de outras soluções no mercado quer permitem poupar centenas de euros ao final do ano.
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