Exclusivo Carlos Leiria Pinto vai ser o novo chairman do Banco de Fomento
Carlos Leiria Pinto, diretor-geral no Brasil do IFC, o braço privado do Banco Mundial e a maior instituição de desenvolvimento do mundo, vai substituir Celeste Hagatong. Gonçalo Regalado será o CEO.
A cúpula do Banco Português de Fomento vai mudar. A CEO Ana Carvalho vai ser afastada e a equipa remodelada. Carlos Leiria Pinto deverá ser o novo chairman, substituindo Celeste Hagatong que saiu no verão por motivos de saúde, e Gonçalo Regalado o novo presidente executivo, tal como foi avançado esta sexta-feira pelo Jornal Económico e confirmado pelo ECO.
Carlos Leiria Pinto é diretor-geral no Brasil do IFC, o braço privado do Banco Mundial, e a maior instituição de desenvolvimento do mundo, mas também membro executivo do conselho de administração do Montepio e presidente do Montepio Valor. Tem experiência em investment banking, private equity, project finance e parcerias público privadas no Brasil e em Portugal, onde passou por bancos como o Santander, BNP Paribas e Commerzbank.
Ao que o ECO apurou, o ministro da Economia deu carta-branca a Gonçalo Regalado, diretor de marketing para empresas, corporate e PME do BCP, para escolher o board que ainda está a ser formado.
O mandato do atual conselho de administração termina em novembro. Mas, a chairwoman, Celeste Hagatong, renunciou ao cargo, por “motivos de saúde”, no início de agosto, com efeitos a partir de 1 de setembro. Uma baixa de peso tendo em conta que Hagatong e Ana Carvalho foram as escolhidas pelo então ministro da Economia, António Costa Silva para refundar o banco. A CEO Beatriz Freitas foi afastada numa decisão surpresa e foram depositadas grandes expectativas nas mudanças que ambas iriam introduzir no banco. Mas a equipa do BPF só ficou completa em janeiro de 2023, o que teve reflexo na atividade da instituição. E desde abril deste ano tem um elemento a menos, porque o administrador executivo com o pelouro comercial, Hugo Roxo, apresentou a demissão, por motivos pessoais. Ana Carvalho, desde então, tem acumulado também estas funções.
Os elementos da nova administração vão ter de passar pelo processo de fit and proper no qual o Banco de Portugal avalia os candidatos. Só depois da luz verde do regulador é possível assumirem funções, algo que pode durar três a quatro meses. Além disso, é necessário realizar-se uma assembleia-geral anual na qual as contas têm de ser aprovadas.
O Banco de Fomento é uma peça importante na execução do Plano de Recuperação e Resiliência, já que tem de garantir que são injetados na economia 268 milhões de euros da bazuca, até final de 2025.
O ECO questionou o Ministério da Economia, que optou por não fazer comentários.
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