Gestora dos fundos imobiliários do Banco de Fomento já superou metas de 2023

Nos três primeiros trimestres, a Fomento comprou e arrendou seis imóveis e vendeu um. Até setembro acumulou 18,5 milhões de euros em novas operações e teve resultados positivos

A Story Studio começou a reabilitar casas nas aldeias históricas, em Piódão. Entretanto, já inaugurou 17 alojamentos em Sortelha e prepara-se para reabilitar mais unidades de alojamento turístico em Monsanto. A expansão da marca na rede de Aldeias Históricas de Portugal tem sido feita com a ajuda da Fomento, a sociedade gestora de fundos imobiliários do Banco de Fomento.

Este é um dos investimentos que a sociedade fez este ano, na área do turismo, neste caso num território de baixa densidade. Até ao terceiro trimestre deste ano acumula 18,5 milhões de euros em novas operações, avançou ao ECO fonte oficial da sociedade fundada em 1995, resultante de uma parceria entre o Turismo de Portugal, a Caixa Geral de Depósitos, e o Novobanco e que desde novembro de 2020 integra o grupo do Banco de Fomento, que detém 53,2% do seu capital social. Este desempenho excede os 16,6 milhões de 2023.

A Fomento gere cinco fundos de investimento imobiliário, sendo o mais recente o Revive Natureza. A lógica de funcionamento é comprar imóveis integrados no património das empresas como forma de dotação de recursos financeiros imediatos às mesmas para subsequente arrendamento. Uma vulgar operação de sale and leasebck. Mas, habitualmente a compra é acompanhada da opção, ou obrigação, de recompra desses mesmos imóveis.

Nos três primeiros trimestres, a Fomento realizou seis operações. Duas em territórios de baixa densidade através do Fundo de Investimento Imobiliário Fechado (TBDT): com a Story Studio e com a Hub. Neste caso, a sociedade gestora comprou um conjunto de imóveis na Aldeia da Pedralva que foram posteriormente alugados à Hub com o compromisso de desenvolver o projeto. Este fundo difere dos restantes porque permite que os imóveis sejam comprados a uma entidade e alugados a outra, explicou ao ECO fonte oficial da Fomento.

Ainda na área do turismo foi desenvolvido um outro projeto com a Criva. Neste caso a Fomento comprou o equipamento de apoio (piscina e bar) que a empresa tem no empreendimento da Marinha no Guincho. Durante o aluguer subsequente a Criva vai investir na melhoria desse mesmo equipamento.

As regras da Fomento permitem que as empresas usem o dinheiro da venda dos imóveis para aliviar parte do passivo financeiro ou problemas de tesouraria, mas há sempre obrigações de investimento, que têm de estar concluídas antes do final do prazo acordado, em geral até 15 anos. Nesse momento, a empresa recompra o imóvel e a Fomento desinveste, encaixando assim verbas que lhe permitem financiar operações futuras.

Este ano já houve uma alienação e são esperadas duas operações de recompra até a final do ano, que vão representar um desinvestimento de 11 milhões. “As operações de desinvestimento significam que as empresas conseguem desenvolver com sucesso aquilo a que se propunham”, destaca a mesma fonte.

As três operações remanescentes são investimentos industriais e que passaram pela compra dos imóveis da Moldoeste uma empresa de plásticos/moldes, com sede na Marinha Grande; da Climar que opera na área da indústria de iluminação, em Águeda; e da tintureira Clariause cujo móvel se situa em Vila Nova de Famalicão.

A Fomento, que mudou o nome comercial este mês, registou 1,3 milhões de euros de resultados positivos, nos três primeiros meses do ano, em linha com os do ano anterior. Já ao nível dos fundos de investimento – que representam mais de 350 milhões de euros em ativos imobiliários – os resultados positivos foram de 7,3 milhões, não tendo ainda suplantado o desempenho do ano anterior, mas o último trimestre é muito importante no desempenho deste fundos, sublinhou fonte oficial.

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