“Estamos otimistas num acordo com o Fundo de Resolução” diz CEO do Novobanco

O líder do Novobanco reiterou o otimismo na possibilidade de o banco chegar a um acordo de capital continente no curto prazo com o Fundo de Resolução.

O Novobanco alcançou um lucro de 610 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2024, menos 4,4% face ao período homólogo. Apesar da descida, o banco mantém-se no caminho para superar a meta de 700 milhões de euros de lucro anual, conforme revelou esta quinta-feira Mark Bourke, CEO do banco, na apresentação de resultados aos analistas.

“A história é de entrega contínua por parte do banco, tanto em termos de implementação da estratégia como de entrega de resultados financeiros sólidos”, afirmou Bourke, sublinhando que o banco continua a gerar capital de forma consistente, com um aumento de 255 pontos base desde o início do ano.

O resultado alcançado foi impactado pela constituição de uma provisão de 30 milhões de euros no segundo trimestre para o processo de transformação do banco. Excluindo este efeito extraordinário, o lucro teria crescido 0,3% em termos homólogos.

Um dos pontos mais relevantes da apresentação foi o otimismo demonstrado por Bourke relativamente ao possível fim antecipado do acordo de capital contingente (CCA): “Continuamos muito otimistas quanto à possibilidade de se chegar a uma conclusão a curto prazo com o Fundo [de Resolução] e o acionista. Mas não posso ‘dar mais cor’ que isso”, declarou Bourke, sublinhando ainda que antecipa que o processo “aconteça a muito curto prazo”.

Questionado pelos analistas sobre o processo, Bourke referiu ainda que a sua equipa está “mais otimista” à medida que as negociações avançam. “Estamos mais otimistas tanto em termos de curto prazo como de avanço em termos de negociações”, declarou o CEO do banco.

Estas declarações sugerem que o banco está próximo de alcançar um entendimento com o Fundo de Resolução, tal como o ECO noticiou recentemente.

A confirmar-se, significará que o mecanismo de capitalização do Novobanco, estabelecido em 2017 quando a Lone Star adquiriu 75% do capital da instituição, está prestes a ser encerrado antecipadamente, depois das negociações para este fim se arrastam há anos.

Resultados positivos e sólidos

Ainda no decorrer da apresentação aos analistas, Bourke abordou também o comportamento da margem financeira, principal fonte de receitas do banco, que cresceu 7% para 886,3 milhões de euros, beneficiando do aumento das taxas de juro. Já as comissões subiram 11% para 240,4 milhões de euros, refletindo “a força do franchise do Novobanco apoiada por uma base de clientes em crescimento”, explicou o CEO.

O produto bancário comercial atingiu 1.127 milhões de euros, um aumento de 7% face ao mesmo período de 2023. Bourke destacou que este crescimento demonstra “a capacidade de aumentar as receitas globais em 20%”, em linha com os objetivos de longo prazo do banco.

No que toca à eficiência, o rácio cost-to-income manteve-se estável nos 32,5%, “demonstrando disciplina contínua em torno dos custos, bem como o crescimento da receita”, referiu o CEO, que notou ainda que o custo do risco se fixou em 32 pontos base, refletindo “uma abordagem muito conservadora ao balanço.”

No balanço, do lado dos depósitos de clientes, que cresceram 4,7% desde o início do ano para 29,5 mil milhões de euros, enquanto o crédito líquido aumentou 2,3% para 27,6 mil milhões, Bourke destacou que “isto compara-se bem com qualquer outro banco que verá neste mercado”, salientou o CEO.

“Continuamos no caminho para superar as nossas perspetivas para 2024, com um modelo de negócio sólido, um balanço simples e de baixo risco, operações eficientes e uma rentabilidade sólida”.

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