Ataque russo mostra o fracasso da “diplomacia por telefone”

O primeiro-ministro polaco afirmou que nenhum telefonema consegue parar a agressão russa na Ucrânia, dois dias após uma polémica conversa telefónica do chanceler alemão com Vladimir Putin.

O primeiro-ministro polaco afirmou que nenhum telefonema consegue parar a agressão russa na Ucrânia, dois dias após uma polémica conversa telefónica do chanceler alemão, Olaf Scholz, com o Presidente russo, Vladimir Putin. “Ninguém vai travar Putin com telefonemas“, escreveu Donald Tusk na rede social X. “O ataque [russo] na noite passada, um dos maiores desta guerra, provou que a diplomacia por telefone não pode substituir um verdadeiro apoio de todo o Ocidente à Ucrânia“, sublinhou.

A rede energética da Ucrânia, já muito frágil, teve de enfrentar hoje um dos mais significativos ataques russos dos últimos meses, uma ofensiva que causou nove mortos e cerca de 20 feridos em todo o país, segundo as autoridades.

Olaf Scholz, criticado pelo contacto telefónico com Putin, defendeu-se hoje reafirmando o apoio da Alemanha à Ucrânia e assegurando que não será tomada qualquer decisão sobre o desfecho da guerra sem Kiev.

Num primeiro comentário na sexta-feira, as declarações do chanceler alemão foram saudadas por Tusk que disse ter ficado “contente por ouvir que o chanceler (…) reiterou a posição polaca: nada [será feito] quanto à Ucrânia sem a Ucrânia“.

A conversa de Scholz com Putin suscitou a indignação de Kiev, com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a criticar o chanceler alemão por abrir “a caixa de Pandora”.

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