AD diz que PS recusou frente a frente e quer “fugir a debate” com Sebastião Bugalho

  • Lusa
  • 8 Maio 2024

A campanha para as eleições europeias arranca no dia 27 de maio e prolonga-se até 7 de junho. As eleições europeias estão marcadas para 9 de junho.

A AD afirmou esta quarta-feira que o PS recusou o frente a frente para as eleições europeias, acusando os socialistas de usar os mesmos argumentos do Chega para “fugir ao debate” com o cabeça de lista da coligação, Sebastião Bugalho.

A AD (Aliança Democrática) lamenta a recusa definitiva do Partido Socialista em aceitar um frente-a-frente com a AD proposto pela RTP/SIC/TVI, que teria lugar no dia 23 de maio, facto que impediu a concretização da segunda proposta apresentada pelas televisões“, refere um comunicado enviado à Lusa e assinado pelo diretor de campanha da candidatura, Emídio Guerreiro.

A AD (coligação composta por PSD, CDS-PP e PPM) informa ainda que aceitou uma terceira proposta das televisões “que consiste na realização de seis debates com quatro intervenientes, sem frente a frente”.

A segunda proposta de debates para as eleições europeias, enviada no domingo pelas televisões aos partidos, previa três debates com todas as forças com assento parlamentar e um frente a frente PS e Aliança Democrática (PSD, CDS-PP e PPM), modelo que gerou críticas de vários partidos e contra o qual o BE tinha ameaçado avançar com uma providência cautelar.

Agora, o diretor de campanha da AD refere que a coligação está disponível e interessada “desde o primeiro momento, em realizar todos os debates que o calendário permita”.

Os eleitores decerto não compreenderão a recusa do PS, como não compreenderiam que o impasse se mantivesse indefinidamente transformando os debates em tema de campanha“, refere o diretor de campanha.

Por essa razão, acrescenta, a AD “aceitou já uma terceira proposta das televisões que consiste na realização de 6 debates com 4 intervenientes, sem frente a frente“.

“Sublinhamos que para fugir ao debate com o nosso cabeça de lista, o PS utiliza os mesmos argumentos do Chega o que revela mais uma vez – e até numa matéria como esta – a aliança tática e tácita entre estes dois partidos”, acusa Emídio Guerreiro, dizendo esperar que “até ao final da campanha, o PS mude a sua postura e aceite os convites para outros frente a frente entretanto recebidos”.

O presidente do Chega, André Ventura, tinha criticado a nova proposta para os debates entre os candidatos às eleições europeias de 09 de junho, recusando uma solução que “favorece o bipartidarismo”, nomeadamente PS e PSD.

Na semana passada, o Expresso noticiou que PS e a Aliança Democrática (AD) recusaram o primeiro modelo de debates proposto pela RTP, SIC e TVI para as eleições europeias de 09 de junho, no qual estavam previstos 28 frente a frente entre os cabeças de lista dos partidos com representação na Assembleia da República.

O PS e a AD, de acordo com o Expresso, justificaram a recusa do modelo com o facto de ser um número elevado de duelos, que afetaria a campanha eleitoral, e admitiram aceitar um calendário mais leve.

A campanha para as eleições europeias arranca no dia 27 de maio e prolonga-se até 07 de junho. As eleições europeias estão marcadas para 09 de junho.

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Investimento imobiliário dispara 8% impulsionado pela ocupação de escritórios em Lisboa

Setor dos escritórios destaca-se no primeiro trimestre deste ano com um peso de 36% no volume total do investimento, com Lisboa a registar o melhor trimestre de sempre ao nível de ocupação.

Nos três primeiros meses do ano, o investimento imobiliário aumentou 8% para 273 milhões de euros, em comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Os hotéis, residências de estudantes e centros comerciais são as classes de ativos que continuam a estar no topo das preferências dos investidores em 2024, de acordo com os dados da CBRE.

“Os dados mostram-nos que o mercado imobiliário português está a recuperar relativamente ao ano passado, o que é bastante positivo, sabendo nós que ainda estão em cima da mesa várias transações muito relevantes que esperamos fechar ao longo deste ano. Na nossa análise detetamos também que mais de 80% do volume a ser investido em 2024 será por investidores estrangeiros”, ano, Francisco Horta e Costa, CEO da CBRE Portugal.

Com um peso de 36% no volume total de investimento, o setor dos escritórios destaca-se no primeiro trimestre deste ano, sobretudo devido à venda da K-Tower pela Krest Investments a um fundo alemão. As rendas prime mantiveram-se estáveis relativamente ao anterior trimestre, situando-se nos 28 euros por metro quadrado na capital, enquanto na Invicta fixa-se nos 19 euros por metro quadrado.

Já ao nível de ocupação, Lisboa registou o seu melhor trimestre de sempre, com 74.000 metros quadrado, sendo 75% deste take-up protagonizado pelo setor da banca, com destaque para ocupação da Caixa Geral de Depósitos no edifício WellBe e a mudança do Banco de Portugal para o antigo edifício Marconi em Entrecampos. Acompanhando a recuperação deste segmento, o mercado do Porto conseguiu duplicar a área ocupada face ao mesmo período do ano passado, com 18.000 metros quadrados, principalmente graças a empresas internacionais, responsáveis por 70% da ocupação.

Já o setor do retalho totalizou 32% do investimento imobiliário no primeiro trimestre, no valor de 86,5 milhões de euros. As principais aberturas foram de estabelecimentos de Food&Beverage, tanto em Lisboa, como no Porto, registando-se no total 34 novas aberturas de comércio de rua em Lisboa e 16 no Porto.

Destaca-se também a abertura de um novo retail park no país – Fábrica do Cobre Retail Park – estando prevista a conclusão de outros projetos deste género até ao final do ano. No que respeita aos centros comerciais, e face ao período homólogo, a CBRE observa um aumento de 9,5% das vendas nos centros comerciais que estão sob sua gestão, bem como de 10% no número de visitantes.

De acordo com dados da consultora, o investimento no setor logístico ultrapassou os nove milhões de euros, alavancado por duas operações de maior escala. Contudo, o take-up de logística recuou 85% face ao mesmo período do ano passado, registando uma ocupação de apenas 23.350 metros quadrados. Este decréscimo é explicado pela falta de oferta desta classe de ativos que, por sua vez, tem vindo a pressionar a renda prime, que atinge agora os 6 euros por metros quadrado neste segmento.

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Menos construção e mais casas sobrelotadas. O retrato do parque habitacional da última década

Há menos casas, para menos pessoas, mas sobrelotação e casas vazias aumentaram. No dia em o Parlamento discute o Mais Habitação, eis o retrato do parque habitacional da última década.

Embora a crise habitacional tenha agravado de forma acentuada nos últimos dois anos — à boleia do aumento das taxas de juro e da inflação — os sinais da decadência do setor são sentidos desde a última década. Mais concretamente: entre 2011 e 2021, a inauguração de novas habitações abrandou e o número de casas sobrelotadas aumentou. Para suprir estas carências, são necessárias cerca de 136 mil casas, mas, no início da década, existiam 723 mil habitações vazias.

Os dados constam na análise mais detalhada do “Parque Habitacional: Análise e Evolução 2011-2021”, realizada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em colaboração com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), e divulgada esta quarta-feira, dia em que o Ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, estará no Parlamento para discutir o pacote Mais Habitação do Governo anterior.

Menos casas novas e as existentes são velhas

Neste documento, que sucede à análise preliminar divulgada no ano passado, o INE revela que, com base nos Censos 2021, se verificou um abrandamento no crescimento do parque habitacional, com aumentos de apenas 0,8% para os edifícios e 1,9% para os alojamentos familiares clássicos em relação a 2011. Este crescimento, informa o gabinete de estatística, é “significativamente inferior ao observado em décadas anteriores”.

Segundo o INE, estima-se que em 2021 tenham sido concluídos 19.616 fogos em obras de construção nova e 3.906 em intervenções de reabilitação, representando, respetivamente, 83,4% e 16,6% do total de fogos concluídos.

Olhando para o parque habitacional em 2021, o INE informa que naquele ano existam 3.573.416 edifícios. Desse total, apenas 110.784 edifícios foram construídos entre 2011 e 2021, representando 3,1% do total. O resto remonta a anos anteriores. Por exemplo, quase metade (49,8%) foi construída após 1980.

Por outro lado, 31,9% dos edifícios foram construídos entre 1981 e 2000 e 17,9% ergueram-se neste século.

Com população a decrescer, constroem-se casas cada vez maiores

Na última década, Portugal enfrentou pela primeira vez, em 50 anos, uma diminuição da população. Entre 2011 e 2021, a população residente reduziu-se em 2,1%, correspondendo a um valor absoluto de menos 219.912 de pessoas.

O INE explica que este declínio populacional é resultado do saldo natural negativo verificado na década, ainda que nesse período se tenha registado um saldo migratório “ligeiramente positivo”, ainda assim insuficiente para inverter o decréscimo. Feitas as contas, 19 de abril de 2021, a população residente no país era de 10.343.066 pessoas.

Mas a tendência não ficou refletida na evolução do parque habitacional. Na verdade, tal como revela esta quarta-feira o INE, nos alojamentos construídos na última década verificou-se um predomínio dos fogos que tinham quatro ou cinco assoalhadas, representando 54,7%. Os alojamentos com seis ou mais divisões também cresceram, embora a um ritmo menos acentuado.

Em metros quadrados a tendência é igual. Comparando os alojamentos construídos na última década com o total nacional, verificou-se um aumento de 13,6 pontos percentuais (p.p.) dos alojamentos com área útil superior a 200 metros quadrados, enquanto as habitações com área útil inferior a 100 metros quadrados recuaram 21,4 p.p.

Mesmo com 723 mil casas vazias, sobrelotação aumenta

Em 2021, dos mais de 5,9 milhões de alojamentos familiares clássicos que constituíam o parque habitacional, 69,4% encontravam-se ocupados como residência habitual, enquanto as residências secundárias representavam 18,5%. Dessa fatia, 12,1% (ou 723.215) são referentes a alojamentos vagos 12,1%.

Segundo o INE, no que se refere aos alojamentos vagos — com a exceção das regiões do Cávado, Ave e Península de Setúbal, que tinham um peso inferior a 10% — todas as restantes regiões variaram a sua representatividade entre 10% e 17,4%, verificada na Área Metropolitana do Porto e nas regiões do Alto Alentejo e do Médio Tejo, respetivamente.

Isto acontece numa altura em o número de alojamentos sobrelotados aumentou “significativamente”, detalhou, António Vilhena, investigador do LNEC. Em 2021, este tipo de habitação representava 12,7% do total de alojamentos familiares clássicos de residência habitual (527.855), tendo aumentado entre 20211 e 2021 17,1% depois de uma redução verificada entre 1991 e 2011.

Os dados de sobrelotação surgem acompanhados de detalhes sobre os alojamentos vagos. Segundo o INE, em 2021, existiam em Portugal 154.075 alojamentos vagos para venda ou arrendamento sem necessidade de reparações ou com necessidade de reparações ligeiras, e que face às carências habitacionais quantitativas, observava-se naquele ano, “uma margem de 17.275 alojamentos imediatamente disponíveis para utilização”.

Mas esse valor não seria suficiente para suprir as necessidades. O INE informa que em 2021 as carências habitacionais quantitativas existentes em Portugal eram de 136.800 alojamentos, correspondendo a 3,3% do total de alojamentos familiares ocupados como residência habitual.

Do total de carências, o gabinete de estatística destaca um total de 75.494 para suprir situações de alojamentos sobrelotados ocupados por um agregado com um núcleo familiar em coabitação com outras pessoas (55,2%) e um total de 55 098 para suprir situações de alojamentos sobrelotados de agregados com dois ou mais núcleos familiares (40,3%).

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Pedro Esteves é o diretor de comunicação do Governo

Diretor de campanha da AD nas legislativas, Pedro Esteves foi chefe do gabinete do PSD no Parlamento Europeu entre 2011 e 2023. Mafalda Costa Pereira e Ana Cristina Gaspar integram gabinete.

Está escolhido o diretor de comunicação do Governo. A nomeação, formalizada esta quarta-feira em Diário da República, indica como assessor do gabinete de Luís Montenegro, para desempenhar as funções de diretor de comunicação, Pedro Esteves.

O agora diretor de comunicação do Governo foi o diretor da campanha que deu a vitória à Aliança Democrática nas legislativas e era chefe de gabinete de Luís Montenegro desde maio de 2023. No Parlamento Europeu, foi chefe do gabinete da delegação do PSD entre 2011 e 2023, tendo dirigido duas campanhas às europeias.

Natural de Coimbra, Pedro Miguel Guerra Esteves tem 42 anos. É licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto e mestrando em Ciência Política no Instituto Universitário de Lisboa.

Foi assessor do presidente do Instituto Politécnico do Porto entre dezembro de 2006 e março de 2010, presidente da Federação Académica do Porto em 2005 e membro do Conselho Geral do IPP – Politécnico do Porto entre 2004 e 2006.

Ainda na área da comunicação, foram também publicadas as nomeações de Mafalda Costa Pereira como adjunta do gabinete do primeiro-ministro e de Ana Cristina Gaspar como assessora.

Mafalda Costa Pereira, 45 anos, foi adjunta de imprensa de José Sócrates em 2010 e 2011, assessora de imprensa, política e de public diplomacy na delegação da União Europeia no Brasil e, entre 2020 e 2022, diretora de comunicação do grupo Media Capital.

Ana Cristina Gaspar, 58 anos, foi durante 16 anos jornalista na TSF e entre 2007 e 2008 editora de política na Media Capital Rádios. De 2009 a 2019 foi assessora de imprensa no grupo parlamentar do PSD/Assembleia da República e, nos dois últimos anos, assessora de comunicação do mesmo grupo parlamentar.

 

 

(notícia atualizada às 12h20)

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Desemprego arranca o ano a subir ligeiramente para 6,8%

Desemprego fixou-se em 6,8% no primeiro trimestre, acima do registado entre outubro e novembro, mas abaixo do trimestre homólogo. População empregada subiu tanto em cadeia como em termos homólogos.

O desemprego subiu ligeiramente nos primeiros três meses do ano, face ao final de 2023. De acordo com os dados publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa fixou-se em 6,8%, acima dos 6,6% registados entre outubro e novembro. Ainda assim, em termos homólogos houve um recuo. Já a população empregada aumentou, chegando a máximos de 2011.

“A taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2024 situou-se em 6,8%, valor superior em 0,2 pontos percentuais ao do do quarto trimestre de 2023 e inferior em 0,4 pontos percentuais ao do primeiro trimestre de 2023“, adiantou o gabinete de estatísticas, no destaque publicado esta manhã.

No total, entre janeiro e março, havia 368,2 mil pessoas desempregadas em Portugal. Destas, 33,5% estavam nessa situação há 12 meses ou mais, ou seja, em desemprego de longa duração. Ora, tanto se compararmos com o final de 2023, como se compararmos com o arranque desse ano, o período de janeiro e março de 2024 foi sinónimo de um recuo do desemprego de longa duração, sinalizam os dados do INE.

Por outro lado, nos primeiros três meses do ano, também a população empregada aumentou para 5.019,7 mil indivíduos. “Corresponde ao valor mais elevado da série iniciada em 2011“, realça o INE. Face ao final de 2022, houve uma subida de 0,8%, e em comparação com o trimestre homólogo de 2023 houve um avanço de 1,8%.

O INE detalha que, do total de empregados, 19,7% estiveram em teletrabalho, isto é, trabalharam a partir de casa com recursos a tecnologias de informação e comunicação. Face ao último trimestre de 2023, houve um aumento de 1,9 pontos percentuais da proporção da população empregada em teletrabalho.

Com estes fluxos do emprego e desemprego, a população ativa abrangeu 5 387,9 mil pessoas no primeiro trimestre, mais 1% do que no trimestre anterior e mais 1,5% do que há um ano.

Já quanto à subutilização do trabalho, há a adiantar que 646,1 mil pessoas estiveram nessa situação no primeiro trimestre do ano. “Corresponde a um acréscimo de 1,5% (9,3 mil) em relação ao trimestre anterior e a um decréscimo de 5,0% (33,6 mil) relativamente ao período homólogo”, salienta o INE, que dá conta que a taxa de subutilização do trabalho foi, assim, estimada em 11,7%.

Atualizada às 11h31

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Euribor a seis meses cai para mínimo de quase um ano

  • ECO e Lusa
  • 8 Maio 2024

Taxas usadas no cálculo da prestação da casa caíram nos prazos a seis meses e 12 meses, tendo subido a três meses.

As Euribor, que são usadas no cálculo da prestação mensal da casa, caíram a seis e 12 meses, tendo subido a três meses. Na taxa a seis meses, a mais usada no crédito à habitação, caiu para um mínimo de quase um ano.

  • A taxa Euribor a seis meses recuou para 3,795%, menos 0,007 pontos e o valor mais baixo desde 14 de junho, depois de ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor caiu para 3,642%, menos 0,005 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses subiu para 3,814%, mais 0,026 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Na última reunião de política monetária em 11 de abril, o BCE manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 6 de junho em Frankfurt.

A média da Euribor em abril desceu nos três prazos, designadamente 0,037 pontos para 3,886% a três meses (contra 3,923% em março), 0,056 pontos para 3,839% a seis meses (contra 3,895%) e 0,016 pontos para 3,702% a 12 meses (contra 3,718%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Supremo contraria acórdão que obrigou Estado a pagar 23,6 milhões aos CTT. Ações em queda ligeira

  • ECO
  • 8 Maio 2024

CTT lamentam “profundamente” revogação da decisão do Tribunal Arbitral, que tinha obrigado Estado a compensar empresa pela prorrogação unilateral do contrato de concessão e pelo impacto da pandemia.

O Supremo Tribunal Administrativo (STA) decidiu revogar o acórdão que tinha sido proferido em setembro do ano passado pelo Tribunal Arbitral e que “por unanimidade” tinha condenado o Estado a pagar aos CTT um valor global de 23,6 milhões de euros a título de compensação pelos efeitos da pandemia sobre a exploração do serviço postal universal e para reposição do equilíbrio financeiro do contrato de concessão relativo ao ano de 2021.

A decisão, já comunicada à CMVM, foi recebida com “grande surpresa” pela empresa, que numa nota enviada a imprensa afirma “lamentar profundamente” esta decisão do Supremo Tribunal Administrativo – aprovada por um coletivo de três juízes e que teve um voto de vencido relativo ao pedido relacionado com o impacto da Covid-19 –, notando ainda que “foi proferida em menos de quatro meses”.

Depois de terem iniciado a sessão desta quarta-feira a caírem mais de 2%, as ações dos CTT rapidamente recuperaram logo nos primeiros minutos, chegando a valorizar 0,11% pelas 8h31. Desde então, a cotação dos títulos tem-se mantido estável, negociando atualmente com uma ligeira queda de 0,11% face à cotação de fecho da sessão de terça-feira, com as ações a serem negociadas na Euronext Lisboa nos 4,45 euros.

Foi em junho de 2021 que os CTT anunciaram o início de um processo de arbitragem contra o Estado, reclamando um total de 67 milhões de euros em compensações pelo impacto da pandemia de Covid-19 e pela extensão unilateral do contrato de concessão. Na sequência da decisão do Tribunal Arbitral, como o ECO noticiou em janeiro deste ano, o Governo, na altura liderado por António Costa, decidiu contestar no STA.

Os CTT empregam 12.637 pessoas em Portugal e no ano passado transportaram 421,1 milhões de objetos de correio endereçado. No exercício de 2023 obtiveram rendimentos operacionais de 985,2 milhões de euros, um EBIT recorrente de 87,6 milhões de euros e um resultado líquido de 60,5 milhões de euros, uma subida de 66% face ao ano anterior. Aumentou o dividendo para 17 cêntimos por ação, que será pago a 16 de maio.

Governo quis harmonizar concessão dos CTT com outros contratos

O contrato de concessão do serviço postal universal aos CTT estava em vias de terminar no final de 2020 quando foi conhecida a decisão do Conselho de Ministros de o prorrogar até setembro de 2021, depois de o surgimento da pandemia ter atrasado a conclusão das negociações com a empresa liderada por João Bento. Mas o Executivo decidiu, depois, estender ainda mais a concessão, até ao final de 2021, para garantir a “harmonização do prazo de prorrogação do contrato de concessão entre o Estado e os CTT com outros contratos de concessão que também findavam a 31 de dezembro de 2020″, explicou fonte oficial do gabinete de Pedro Nuno Santos na altura.

“Os CTT reservam-se o direito de mobilizar todas as iniciativas de natureza económica e legal que venham a entender como adequadas para a defesa dos seus direitos e de um contrato de concessão equilibrado e sustentável”, reagiu a empresa postal no rescaldo da prorrogação, no último comunicado ao mercado do ano de 2020, divulgado a 31 de dezembro.

Poucos meses depois, os CTT vieram dar conta de que tinham iniciado os procedimentos para exigirem compensações ao Estado, não só pela prorrogação que dizem ser “unilateral”, como pelos impactos da pandemia no negócio do serviço postal universal, que, como a empresa sempre recorda, é financiado pelos próprios clientes e não pelo Orçamento do Estado (e, por isso, tem de ser financeiramente sustentável, argumenta). Os CTT admitiam uma compensação através de um pagamento total em dinheiro ou parte dela por um aumento dos preços do correio, o que acabou por não ser o caso.

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Internacionalização da Santa Casa avançou com “diligências todas” e “informação permanente à tutela”, diz Edmundo Martinho

Edmundo Martinho referiu que a internacionalização dos jogos sociais era uma prática que estava a ser seguida por outras lotarias a nível mundial e que mercado mais favorável parecia ser o Brasil.

O antigo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) apontou no Parlamento que a internacionalização da instituição foi vista como uma solução para “contrariar a queda das receitas”, que “assentam num modelo rígido”, dado que a intuição fica apenas com 26,5% das vendas dos jogos sociais. Edmundo Martinho afirmou que “o processo avançou”, tendo sido feitas “todas as diligências” necessárias e com “informação permanente à tutela”, assegurou.

“Uma das obrigações principais de uma equipa de gestão é assegurar que a organização tem perdas para andar e é sustentável“, afirmou Edmundo Martinho, antigo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) que está a ser ouvido esta quarta-feira na comissão de Trabalho, Solidariedade e Inclusão, na sequência de um requerimento da Iniciativa e Liberal (IL) e do Chega, sublinhando que essa era uma das preocupações da sua administração “ainda antes da pandemia”, dado que “a entrada em cena” das apostas digitais “viria a impactar ainda mais a erosão dos jogos tradicionais”.

Por isso, a sua gestão começou a avaliar o que poderia fazer “para contrariar a queda” de receitas, que “assenta num modelo rígido, disse, numa alusão ao facto de, apesar de ter o exclusivo da exploração dos jogos, a instituição apenas receber 26,52% das receitas líquidas geradas. Daí surgiu a aposta da internacionalização dos jogos.

“Começámos a trabalhar no sentido de perceber e estudar quais os mercados ainda abertos”e “estando abertos e quais estavam ao nosso alcance”, elencou o antigo provedor, que esteve ao leme da Santa Casa entre 2017 e 2022, e que nesta audição se fez acompanhar pelo seu advogado.

O responsável explicou ainda que foram feitos alguns “testes”, concorrendo aos processos de privatização das lotarias inglesa e francesa. “No momento de privatização da lotaria inglesa não ganhámos” dado que a “Santa Casa não tinha escala internacional”, referiu.

Nessas “tentativas de aprendizagem”, a gestão liderada por Edmundo Martinho, concluiu “que o mercado mais relevante”, tirando a Nigéria “aparecia como sendo o Brasil”, até porque ainda não estava regulado. “Foi aí que sustentámos toda a estratégia de internacionalização” e o que levou à compra da MCE. O processo “avançou”, tendo sido feitas “as diligências todas” e recolhida “informação detalhada” ,nomeadamente a “nível judicial e fiscal”. “Todo o processo foi sendo feito com a participação da tutela, com informação permanente à tutela”, garantiu na sua intervenção inicial.

O Governo decidiu, na semana passada, exonerar toda a mesa da SCML, incluindo a provedora Ana Jorge, acusando a administração de ser “incapaz de enfrentar os graves problemas financeiros e operacionais da instituição” e de “atuações gravemente negligentes”, que poderão comprometer a “curto prazo” a “fundamental tarefa de ação social que lhe compete”. Ainda assim, a provedora vai-se manter em gestão corrente até ser nomeada nova equipa. Posteriormente, numa carta enviada aos trabalhadores, Ana Jorge, que tinha assumido funções há cerca de um ano, denunciou a forma “rude e caluniosa” com que foi justificada a sua exoneração.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h00)

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Portugal paga mais para emitir dívida a 10 e 14 anos

Portugal pagou esta quarta-feira 3,075% para se financiar a 10 anos e 3,297% para se financiar a 14 anos. Ambas as taxas ficam acima do que o Tesouro pagou há cerca de um mês em operações semelhantes.

Portugal conseguiu financiar-se esta quarta-feira em 1.013 milhões de euros através da realização de dois leilões de Obrigações do Tesouro promovidos pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP). É um montante muito próximo do limite inferior do intervalo que o IGCP tinha estabelecido para esta operação (entre 1.000 milhões de 1.250 milhões de euros).

Além disso, ambos os leilões resultaram num custo de financiamento para o Tesouro acima do que o Estado pagou nas últimas operações com características semelhantes há cerca de um mês. No entanto, Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, destaca que “nas últimas duas semanas assistimos a uma descida das taxas de juro da dívida soberana, Portugal também viu as suas taxas descer e acompanhar este movimento e acabou por beneficiar do movimento no leilão de hoje.”

Sob a liderança de Miguel Martín, o IGCP colocou esta quarta-feira 405 milhões de euros através de uma linha de Obrigações do Tesouro a dez anos e cinco meses, com maturidade a 20 de outubro de 2034, tendo contado com uma procura de 1,82 vezes acima da oferta e uma yield de 3,075%.

A última vez que o Estado realizou uma emissão com o mesmo vencimento foi num leilão de 10 de abril através da linha com vencimento a 18 de abril de 2034, que contou com uma procura de 1,25 vezes acima da oferta e que permitiu o financiamento de 641 milhões de euros pelo preço de 2,937%.

O segundo leilão foi realizado através de uma linha a 14 anos, com maturidade a 18 de junho de 2038, que contou com uma procura 1,63 vezes acima da oferta e que resultou na emissão de 608 milhões de euros com uma yield de 3,297%.

A última operação com características semelhantes foi realizada também a 10 de abril, justamente através da mesma linha de obrigações, que contou com uma procura de 1,41 vezes acima da oferta na emissão de 353 milhões de euros e numa taxa de colocação de 3,227%.

“O mercado espera descida de taxas de juro por parte do Banco Central Europeu em junho, no entanto, poderemos ter alguma volatilidade no mercado de dívida se os dados que forem sendo divulgados, alterarem de forma significativa as expectativas que estão neste momento descontadas”, conclui Filipe Silva.

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Braga reabilita bairro social até 2026 com seis milhões do PRR

A Bragahabit já submeteu 81 candidaturas de proprietários privados do Bairro das Andorinhas, através da figura de beneficiário direto" para reabilitação das casas.

A Câmara Municipal de Braga está a reabilitar o Bairro das Andorinhas, num investimento de seis milhões de euros ao abrigo do Programa 1.º Direito e da Estratégia Local de Habitação, suportado por fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A empreitada deverá estar concluída em 2026.

Durante uma visita às obras em curso, o vereador do pelouro da Habitação e presidente do Conselho de Administração da Bragahabit, João Rodrigues, assinalou a aposta municipal em potenciar uma melhor qualidade de vida dos moradores. “Estamos a falar de obras de interior e exterior que vão garantir casas muito mais confortáveis e eficientes”, sustentou o vereador, citado em comunicado.

Já Carlos Videira, administrador executivo da Bragahabit, aproveitou para fazer o enquadramento dos trabalhos, adiantando que a empresa municipaljá submeteu 81 candidaturas de proprietários privados do Bairro das Andorinhas, através da figura de Beneficiário Direto. O que permitirá o acesso ao financiamento e a realização da correspondente reabilitação das frações habitacionais privadas”.

Segundo a autarquia, o “1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação visa apoiar a promoção de soluções habitacionais para pessoas que vivem em condições indignas e que não dispõem de capacidade financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada”.

Visita às obras de reabilitação do Bairro das Andorinhas (Braga)8 maio, 2024

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Liderança e Gestão de Pessoas é tema do 3.º episódio do podcast Heróis PME

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  • 8 Maio 2024

Esta é uma iniciativa da Yunit Consulting que visa divulgar as histórias de vida de empresários e das suas empresas.

O terceiro episódio do podcast Heróis PME, que será divulgado em breve, é dedicado ao tema da Liderança e Gestão de Pessoas. Esta é uma iniciativa da Yunit Consulting que visa divulgar as histórias de vida de empresários e das suas empresas.

Neste terceiro episódio, os convidados são: Hugo Oliveira, Partners & Ecosystems Director Sage IberiaSAGE, João Raposo, Administrador da Reorganiza, e Ken Gielen, Responsável da Marca ActionCOACH. Os três são patrocinadores da sexta edição do projeto Heróis PME, um prémio cujo objetivo é distinguir e divulgar ao público as histórias de vida de empresários e das suas empresas – exemplos de força, coragem e visão que geram emprego e riqueza para o país.

A moderação do terceiro episódio dos Heróis PME será feita por Diogo Agostinho, Chief Operating Officer ECO.

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Ana Jorge nega acusações de benefício próprio na Santa Casa

  • ECO
  • 8 Maio 2024

Perante as acusações da ministra do Trabalho e de Segurança Social, a provedora exonerada da Santa Casa "nega profundamente" ter agido em benefício próprio.

A antiga provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Ana Jorge, nega as acusações feitas pela ministra do Trabalho e de Segurança Social que a acusa de ter retirado benefício próprio, enquanto provedora. “Nego profundamente essa declaração. É preciso justificar o benefício próprio”, afirma a provedora exonerada da Santa Casa em declarações à Rádio Renascença.

A antiga responsável, exonerada pelo atual Governo, recorda que 2023 foi um período de “grandes reorganizações internas”, em que a preocupação foi “encontrar soluções para os trabalhadores, melhorando principalmente aqueles que têm ordenados mais baixos”.

À margem de um evento que decorre esta quarta-feira no Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas da Universidade de Lisboa (ISCSP), Ana Jorge afirma que irá “demonstrar com números o que é verdade e o que não é correto” na Assembleia da República, rejeitando a tese de que o Governo colocou em curso um “saneamento político” nas instituições públicas.

Nunca estive nos lugares [que ocupei] por questões políticas. Acredito nos projetos e na Santa Casa desde 2016. É uma instituição de grande valor para a cidade e o país e foi por isso que aceitei estar nesta missão”, afirmou Ana Jorge em declarações aos jornalistas, transmitidas pela RTP3, reiterando que 2023 “foi um ano muito árduo” para os trabalhadores.

Questionada sobre se mantém as declarações que proferiu aos trabalhadores aquando da sua demissão, a ex-provedora afirma que não as pode “negar depois do que aconteceu ontem”, sublinhando que o que disse na missiva interna “mais veio a provar que tinha razão” no que disse.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social acusou na terça-feira a provedora exonerada da Santa Casa de “total inação”, a administração de se beneficiar a si própria e rejeitou a ideia de “saneamento político” na exoneração. Em entrevista à RTP, a ministra Maria do Rosário Ramalho afirmou ter “uma fundamentação muito sólida” para a decisão de exonerar a provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, assim como a restante mesa (administração) da instituição.

“Já ouvi até que foi um saneamento político. Não foi nada”, garantiu a ministra, que justificou a demissão de Ana Jorge “por razões de gestão”, acusando-a de “total inação” face à situação de crise financeira que herdou da anterior administração, reiterando o que o Governo já havia afirmado no comunicado relativo à exoneração sobre a inexistência de um plano de reestruturação. “A conversa que tivemos não evidenciou nenhum sentido de urgência face à situação que existia”, disse Maria do Rosário Ramalho, insistindo que “não havia nada” e que desde a tomada de posse Ana Jorge “não fez nada” para melhorar inverter a situação financeira.

Notícia atualizada às 11h13 com mais declarações

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