KPMG substitui Deloitte como auditor do BCP

KPMG regressa à auditoria da banca após ter sido condenada no caso BES. Deloitte está de saída por conta das regras de rotatividade dos auditores. Contrato está avaliado em cerca de cinco milhões.

A KPMG será a nova auditora das contas do BCP para o quadriénio 2024-2027, em substituição da Deloitte, de acordo com a proposta que irá à assembleia geral de acionistas no próximo dia 22 de maio. Trata-se de um regresso da KPMG ao setor financeiro, depois da condenação no caso BES e também da polémica por causa do tema das offshores do próprio BCP.

A Deloitte está de saída do BCP onde exerce funções de auditor externos desde 2016, há oito anos. Ainda poderia fazer mais dois anos, o prazo máximo permitido pelas regras de rotatividade de auditores. Ainda assim, com o atual mandato da administração e da comissão de auditoria a terminar em 2025, o banco decidiu-se pela mudança “para que a passagem dos trabalhos posso ser mais acompanhada pela atual estrutura governativa, sendo, dessa forma, menos disruptiva”.

No processo de seleção do novo auditor, a proposta apresentada pela KPMG “foi a mais bem classificada”, seguida da proposta da EY, uma informação que já tinha sido avançada pelo Expresso.

O semanário lembrou que se trata do maior contrato de auditora da banca, avaliado em quase cinco milhões de euros.

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Ministra da Administração Interna concorda com serviço militar como pena alternativa

  • Lusa
  • 29 Abril 2024

O serviço militar poderia ser uma alternativa para jovens que cometem "pequenos delitos", defende a ministra da Administração Interna em sintonia com o colega da Defesa.

A ministra da Administração Interna concordou esta segunda-feira que o serviço militar poderia ser uma alternativa para jovens que cometem “pequenos delitos“, tal como defendeu o ministro da Defesa. Em declarações aos jornalistas, no final do seminário de encerramento do Projeto “Melhorar os sistemas de prevenção, assistência, proteção e (re)integração para vítimas de exploração sexual”, Margarida Blasco disse que o ministro da Defesa, Nuno Melo, “obviamente que falou em nome de todo o Governo”.

“Aquilo que temos de admitir é que todas as soluções é intenção do Governo implementá-las, adaptá-las aos atuais contextos que, como sabem, são muito exigentes”, referiu a ministra.

A declaração da ministra surge após Nuno Melo ter defendido, na Universidade Europa, uma iniciativa de formação política do PSD, que o serviço militar poderia ser uma alternativa para jovens que cometem pequenos delitos em vez de serem colocados em instituições que, “na maior pare dos casos, só funcionam como uma escola de crime para a vida”, ao mesmo tempo que afirmou não haver condições políticas para voltar a impor o serviço militar obrigatório.

Igualmente presente na cerimónia, que decorreu no Ministério da Administração Interna, a bastonária da Ordem dos Advogados disse não estar a analisar o assunto, mas deixou claro que o “serviço militar obrigatório não faz sentido nenhum”. Ainda assim, Fernanda de Almeida Pinheiro admitiu que “poderá ser preconizado (…) como pena substitutiva, em vez do pagamento de uma pena pecuniária, que as pessoas nem sempre têm, optam por fazer serviço público”.

“E o serviço militar pode ser um serviço público que seja prestado, se houver necessidade, quando devidamente enquadrado, porque nem sei sequer se nós estamos devidamente enquadrados para receber esse tipo de serviços”, defendeu a bastonária. Questionada pelos jornalistas sobre dados do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2023, que, segundo o semanário Expresso, aponta para um aumento do crime de tráfico de pessoas e para a crescente violência das redes criminosas, a ministra da Administração Interna salientou que o documento “ainda não está fechado”.

“O RASI ainda está a ser ultimado, será ainda estudado e aprovado pelo Conselho Superior de Segurança Interna”, disse Margarida Belasco, salientando que irá analisar os dados do RASI antes de “rever orientações estratégicas”. Admitiu, no entanto, que o “Governo está preocupado e vai procurar implementar todas as soluções de modo a que se possa baixar e combater a criminalidade”.

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Extrema-direita lidera sondagens para as europeias em França

  • Lusa
  • 29 Abril 2024

A lista do RN, de Marine Le Pen, regista um aumento das intenções de voto dos franceses, sendo seguido do partido de Macron, (Renascimento, liderado por Valérie Hayer), que caiu 17%.

O partido de extrema-direita União Nacional (RN, sigla em francês), liderado por Jordan Bardella, é líder destacado numa sondagem em França divulgada esta segunda-feira pelo jornal Le Monde a seis semanas das eleições europeias, com 32% das intenções de voto.

A lista do RN, de Marine Le Pen, regista um aumento das intenções de voto dos franceses, sendo seguido do partido do Presidente francês, Emmanuel Macron, (Renascimento, liderado por Valérie Hayer), que caiu para 17%, relativamente a sondagens anteriores em que estes partidos tinham 30% e 18%, respetivamente.

Já a plataforma europeísta de esquerda de Raphaël Glucksmann, que junta o Partido Socialista e o Place Publique, continua em ascensão, registando 14% das intenções de voto, de acordo com a sondagem realizada pelo Instituto Ipsos, em parceria com a universidade Sciences Po, o Instituto Montaigne, a Fundação Jean Jaurès e o jornal francês Le Monde. O crescimento da lista de esquerda, anteriormente com 13% das intenções de voto, é impulsionado pelas transferências de votos do Renascimento, dos ecologistas, da esquerda radical França Insubmissa (LFI, na sigla em francês) e do Partido Comunista Francês (PCF).

Embora a posição de liderança do partido de extrema-direita pareça segura, o mesmo não acontece com os restantes partidos, principalmente com os de Macron e de Glucksmann, devido ao impacto dos eleitores indecisos, que podem decidir o segundo e terceiro lugares. Numa altura em que o chefe de Estado francês continua a defender um investimento europeu a nível de defesa, devido ao conflito na Ucrânia sob invasão russa e à dependência da NATO, os franceses continuam divididos na questão militar.

A sondagem revelou que a maioria (58%) dos 10.651 franceses inquiridos votará tendo em conta as propostas dos partidos para questões nacionais, como o poder de compra, a imigração, a saúde e o ambiente, considerando que as questões europeias já são abordadas “corretamente”.

Para a maioria dos inquiridos (54%), as decisões tomadas a nível europeu têm um impacto “bastante negativo” na situação do país, contrariando a opinião de quem se prepara para votar na lista presidencial, já que Macron é conhecido como um “verdadeiro presidente europeu”, desejando uma Europa federal.

No dia 25 de abril, Macron discursou na Universidade de Sorbonne, em Paris, sobre as prioridades da França para a agenda estratégica da União Europeia, o que foi visto também como uma forma de entrar na campanha eleitoral para dar destaque ao seu partido e à principal candidata, Valérie Hayer.

As eleições para o Parlamento Europeu ocorrem entre 6 e 9 de junho. Tanto na França como em Portugal, os eleitores irão deslocar-se às urnas no domingo, dia 9 de junho. Prevê-se que este escrutínio registe uma diminuição na participação dos eleitores face às eleições anteriores.

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Governo exonera provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

Além de Ana Jorge, que tomou posse há cerca de um ano, cai também a Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa: Nuno Miguel Alves, Teresa do Passo, Sérgio Cintra e João Correia.

O Governo exonerou a provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), avançou a Sic Noticias e confirmou o ECO. O despacho será publicado esta segunda-feira ou amanhã e além de Ana Jorge, que assumiu posse há cerca de um ano, cai também a mesa da Santa Casa.

A exoneração é conhecida no dia em que o Público noticiou que o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, liderado por Maria do Rosário Palma Ramalho, exigiu um plano de reestruturação urgente para a SCML, numa altura em que a instituição enfrenta debilidades financeiras. O Governo queria que a provedora apresentasse o plano no espaço de duas semanas, mas Ana Jorge disse que não conseguiria cumprir o prazo.

Com esta decisão do Governo, além de Ana Jorge, caem os restantes membros da administração: Nuno Miguel Alves (vogal), Teresa do Passo (vogal), Sérgio Cintra (vogal) e João Correia (vogal). A vice-presidente Ana Vitória Azevedo já se tinha demitido no final de março. Na carta que enviou à antiga ministra que tutelava a pasta, recusou que lhe fossem imputadas responsabilidades sobre o desastroso projeto de internacionalização dos jogos sociais, segundo o Público. Ana Jorge tinha assumido funções a 1 de maio de 2023, sucedendo a Edmundo Martinho à frente da instituição desde novembro de 2017.

De acordo com o mesmo jornal, depois dos prejuízos de 2021 e 2022, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa terá fechado o exercício de 2023 com resultados líquidos positivos de 10 milhões de euros, mas no primeiro trimestre deste ano terá tido receitas abaixo do orçamentado em mais de 20 milhões de euros.

As contas de 2021 e 2022 sofreram uma correção depois da autoria pedida pelo anterior Governo. De acordo com o novo relatório, o resultado líquido positivo de 10,9 milhões passou para um prejuízo de 12,4 milhões, enquanto os resultados de 2021 sofreram um ajustamento para 39,4 milhões de euros de prejuízos. A penalizar as contas da Santa Casa estão as consequências do processo de internacionalização dos jogos da Santa Casa, cujo prejuízo poderá ascender a 50 milhões de euros. Ao ECO, fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social disse que no dossier de transição não havia informação relacionada com a Santa Casa.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h31)

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Taxa sobre sacos plásticos ultraleves nas mãos do Fisco e da APA

O OE2024 prevê a criação de uma taxa sobre os sacos de plástico leves e muito leves usados para a venda de pão, frutas e hortícolas, mas regulamentação da medida continua nas mãos do Fisco e da APA

A operacionalização da taxa de quatro cêntimos sobre os sacos plásticos ultraleves, usados na venda a granel de pão, frutas e hortícolas, continua nas mãos da Autoridade Tributária (AT) e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), não havendo ainda uma data concreta para a entrada em vigor da medida, adiantou ao ECO fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Energia.

A criação de uma contribuição sobre os sacos plásticos leves e muito leves “que são adquiridos na venda a granel de produtos de panificação, frutas e hortícolas frescos” estava prevista no Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) e era para entrar em vigor a em janeiro, mas foi adiada por razões “operacionais e processuais”, bem como pela falta de regulamentação.

Apesar de a medida ter sido decidida pelo anterior Executivo, liderado por António Costa, o Governo comandado por Luís Montenegro mantém a intenção de a implementar. “Esta é uma matéria sobre a qual o Governo se mantém empenhado, em linha com o compromisso assumido de aprofundamento da fiscalidade verde e com as metas de gestão de resíduos, perante os níveis preocupantes de dispersão indevida de plásticos e microplásticos no ambiente terrestre e marinho”, sinaliza fonte oficial do ministério liderado por Maria da Graça Carvalho.

Ao ECO, o Ministério da Ambiente e da Energia adianta ainda que “estão a decorrer reuniões de trabalho entre os organismos de diferentes áreas setoriais, como sejam a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Autoridade Tributária (AT)”, com vista “à definição dos mecanismos para a operacionalização das medidas em relação aos sacos de plástico muito leves e às embalagens de utilização única”.

Também o diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) confirma que continua a aguardar “orientações do Ministério do Ambiente e da Autoridade Tributária em relação à gestão dos stocks“, bem como “se operacionaliza a venda desses stocks, como se processa fiscalmente ou como fica o escoamento” dos sacos de plástico atualmente disponibilizados gratuitamente nos supermercados. “Não sabemos se haverá um período de transição para se aplicar”, indica Gonçalo Lobo Xavier.

Perante este impasse, o Governo não se compromete, por isso, com uma data concreta para entrada em vigor destas medidas nem do impacto económico. “Após a conclusão desse trabalho, será possível estimar o impacto económico, tendo em conta o universo a abranger”, refere o Ministério do Ambiente e da Energia.

Já no que toca aos impactes socioambientais, a tutela sublinha que “é esperada uma redução do número de sacos de plástico utilizados” e, consequentemente, “uma redução da sua dispersão e descarte ambientalmente indevidos”, lembrando que a “canalização das eventuais receitas, que venham a resultar da aplicação da medida” servirão “para o financiamento de ações de conservação da natureza e da biodiversidade, através do Fundo Ambiental”.

O OE2024 prevê que das receitas provenientes da taxa sobre os sacos de plásticos leves e ultraleves, 50% serão recolhidas pelo Estado e 20% pelo Fundo Ambiental, enquanto outros 20% serão remetidos para o Fundo de Modernização do Comércio “para implementação de medidas de sustentabilidade empresarial, designadamente novos modelos de negócio”, lê-se. Estão isentos desta contribuição os sacos “utilizados em contexto social ou humanitário, nomeadamente, na distribuição social de alimentos ou no combate ao desperdício alimentar”.

De acordo com os dados mais recentes do Eurostat, Portugal tem a segunda taxa mais baixa da União Europeia no que toca a consumo de sacos de plásticos, noticiou o Jornal de Negócios. Em 2021, Portugal registou um consumo médio de nove sacos de plástico por pessoa, ficando apenas atrás do desempenho da Bélgica, com cinco.

Já no que concerne à contribuição sobre as embalagens de uso único, o OE2024 prevê que a contribuição passe dos atuais 30 cêntimos para 10 cêntimos. Não obstante, a alteração prevê também que o encargo económico “deve ser repercutido pelos agentes económicos inseridos na cadeia comercial junto do adquirente final, a título de preço da embalagem, acrescida de um montante que não pode ser inferior a 0,20 (euro) por embalagem”. Isto significa que para os consumidores, o preço por embalagem pode ser de 30 cêntimos ou mais.

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Portugal com quatro distinções nos TDC Awards

  • + M
  • 29 Abril 2024

Entre os projetos vencedores oriundos de 41 países da competição do Type Directors Club, a principal organização tipográfica a nível mundial, encontram-se quatro portugueses.

Deadinbeirute, 0.itemzero, R2 Design e José Mendes foram as agências e designer portugueses distinguidos na 70.ª edição da competição dos Type Directors Club (TDC), todos na categoria de “communication design“.

A Deadinbeirute foi distinguida na subcategoria “print or digital/brand identity system” com o projeto “Tempo”, feito para a Plateia D´Ilusões.

Já na subcategoria “publication/editorial/book – series“, o estúdio de design português 0.itemzero foi vencedor com o projeto “The Book Box”.

O estúdio R2 Design foi também distinguido na competição, pelo projeto “CAO 10th Anniversary”, desenvolvido para a Centro de Arte Oliva, na subcategoria “print/posters – series“.

Por sua vez, o designer José Mendes foi distinguido pelo projeto “Magnetizdat DDR – Eastgerman tape underground 1979”, que desenvolveu para a OUT.RA – Associação Cultural. A distinção foi alcançada na subcategoria “other“.

Os projetos dos quatro distinguidos podem ser vistos aqui.

Por parte da Deadinbeirute, o seu fundador Marko Rosalline refere que é uma “honra” estar entre os finalistas da competição. “O Type Directors Club é, desde 1946, a organização mais respeitada do mundo no campo da tipografia. Fazer parte da sua história e estar entre os melhores projetos de tipografia do mundo é sinónimo da qualidade que depositamos em tudo o que fazemos”, afirma.

Os vencedores recebem um certificado de excelência e veem o seu trabalho publicado no compêndio The World’s Best Typography, partilhado nas redes sociais do TDC e que fará parte de oito exposições itinerantes a nível global.

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Fisco só cobra valores de IRS superiores a 25 euros. E reembolsa acima de 10 euros

  • Lusa
  • 29 Abril 2024

Há ainda um conjunto de impostos em que não há lugar a cobrança quando o valor em causa é inferior a 10 euros. São eles o IMI, o Imposto do Selo, o IUC e o IMT.

A lei contempla valores mínimos abaixo dos quais a administração fiscal nem emite nota de cobrança nem faz reembolsos de impostos e, no caso do IRS, estes tetos estão balizados em, respetivamente, 25 e 10 euros.

Numa altura em que vários milhares de contribuintes particulares esperam o reembolso do seu IRS, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) publicou um texto no qual explica os montantes mínimos de cobrança e de reembolso para os diferentes impostos, porque os valores não são todos iguais. Relativamente às cobranças, e além do IRS, os contribuintes não são chamados a pagar qualquer quantia quando o valor em falta é inferior a 25 euros e está relacionado com o IRC e o IVA.

Há ainda um conjunto de impostos em que não há lugar a cobrança quando o valor em causa é inferior a 10 euros. São eles o IMI, o Imposto do Selo, o IUC e o IMT (exceto em caso de liquidação adicional, situação em que o valor mínimo sobe para os 25 euros).

Em sede de IEC, o limite até ao qual não há lugar a cobrança é também de 10 euros bem como, refere a AT, no caso das bebidas sem fins comerciais em que não seja excedido o limite de 30 litros de produto acabado por ano e por produtor.

Já os limites para que haja emissão e envio do reembolso ao contribuinte estão balizados nos 10 euros, no caso do IRS e do IMT, e nos 30 euros no caso do ISV, o que significa que se o valor a devolver for inferior a estes montantes, o ‘cheque’ não é emitido.

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Lucro do Banco Montepio cai 9,1% para 32,1 milhões no primeiro trimestre

Banco liderado por Pedro Leitão aumentou os ganhos com as taxas de juro e reduziu custos. Ainda assim, viu o lucro cair 9% no arranque do ano.

O Banco Montepio registou lucros de 32,1 milhões de euros no primeiro trimestre, refletindo uma descida de 9,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

O banco liderado por Pedro Leitão lembra que o resultado registado há um ano “havia beneficiado da recuperação extraordinária de imparidades na sequência da liquidação não recorrente de exposições relevantes”, o que explica a redução do lucro no arranque de 2024.

Até porque a subida das taxas de juro voltou a “engordar” a margem financeira, que aumentou quase 10% para 99,2 milhões de euros, compensado a quebra de 7,2% das comissões para 30,3 milhões. Contas feitas, o produto bancário registou um aumento de 7,1% para 121,4 milhões.

Por outro lado, houve uma contenção de custos operacionais: caíram 2,4% para 64,3 milhões, com os custos com pessoal a recuarem 9,4% para 37,9 milhões.

Em termos de balanço, a carteira de crédito a clientes emagreceu 0,8% para 11,9 mil milhões de euros. Já os recursos de clientes tiveram um salto de 7,7% para 13,7 mil milhões.

O banco é detido em 99% pela Associação Mutualista Montepio Geral. Em 2023 registou lucros de 28,4 milhões de euros, penalizado pela venda do Finibanco Angola, e prepara-se para distribuir dividendos de seis milhões de euros, o primeiro dividendo em mais de uma década.

(Notícia atualizada às 17h24)

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Dona da marca Paladin coloca 2,5 milhões de euros em obrigações sociais

A operação servirá para financiar habitação acessível para os trabalhadores da empresa. Casa Mendes Gonçalves emprega 380 colaboradores. É a primeira empresa a emitir obrigações sociais.

A Casa Mendes Gonçalves, dona da marca dos molhos Paladin, tornou-se na primeira empresa portuguesa a emitir obrigações sociais em Portugal. A cerimónia de admissão das obrigações sociais da Casa Mendes Gonçalves decorreu esta segunda-feira, na Euronext, em Lisboa, e de acordo com a nota divulgada, a empresa colocou 2,5 milhões de euros em obrigações sociais com uma maturidade a cinco anos.

Em comunicado, Bruno Amorim, CFO da empresa, explica que a operação servirá para financiar habitação acessível para os trabalhadores da empresa, por considerar ser “um dos principais desafios que o país enfrenta” e “um direito fundamental que deve ser garantido em qualquer sociedade que se preocupe com a equidade e o bem-estar dos seus cidadãos”. Ao todo, a Casa Mendes Gonçalves, sediada na Golegã, emprega cerca de 380 colaboradores.

“O investimento será aplicado em iniciativas e projetos com impacto direto e mensurável na comunidade, ao promover o bem-estar e qualidade de vida e ao contribuir para a resolução de questões sociais urgentes, tais como a garantia de habitação a preços acessíveis“, lê-se na nota.

As obrigações sociais são instrumentos financeiros que podem ser emitidos por empresas, instituições financeiras ou entidades governamentais com o objetivo específico de financiar projetos sociais. A operação foi estruturada pelo CaixaBI, o banco de investimento do Grupo Caixa Geral de Depósitos e subscrita pela Caixa Geral de Depósitos, tendo o Limited Assurance Report sobre o “Social Bond Framework” elaborado pela Casa Mendes Gonçalves, sido emitido pela KPMG.

(Notícia atualizada às 17h14)

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Juízes são pessoas isoladas, recorrendo a drogas e álcool

O estudo contou com a participação de 342 juízes, questionados entre Março e Junho de 2021. À altura, os inquiridos tinham entre 28 e 73 anos.

Um quinto dos juízes tem níveis elevados de stress provocados pelo trabalho, admitem sobrecarga de trabalho e isolamento social, recorrendo, por vezes, ao consumo de álcool e de substâncias ilícitas para lidar com as exigências do trabalho. Mais de um terço disse ter acompanhamento psiquiátrico ou psicológico e tomar medicação para gerir a ansiedade e a pressão. Estes são alguns dos resultados do estudo “O stress ocupacional dos Juízes portugueses: Os contributos do Inventário de Stress para Profissionais Forenses”, da autoria de Mariana Moniz, Mauro Paulino, Octávio Moura, Sandra Neves e Mário Simões.

O estudo que contou com o input e apoio da Associação das Juízas Portuguesas (AJP) e contou com a participação de 342 juízes – cerca de 25% do total da classe – questionados entre Março e Junho de 2021. À altura, os inquiridos tinham entre 28 e 73 anos e uma experiência profissional que variava entre inferior a um ano até aos 42 anos. A maioria eram mulheres (69%) da Área Metropolitana de Lisboa e das regiões Norte e Centro.

Ressalvando que “o stress ocupacional em profissões forenses não tem sido devidamente escrutinado em Portugal” os autores do estudo aconselham que haja “um alargamento destes estudos, a um maior número de Juízes e a diversas outras amostras de profissionais forenses (advogados, procuradores, solicitadores de Execução, técnicos do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses), o que permitiria, a título preventivo, “sinalizar casos críticos e intervir atempadamente para evitar uma escalada da sintomatologia e configuração de quadros psicopatológicos. Complementarmente, permitiria determinar em que nível de gravidade de sintomas os profissionais se encontram (níveis baixos a elevados) e, consequentemente, identificar quem se encontra num nível crítico, isto é, em risco de poder desenvolver patologias mais graves, como é o caso do burnout”, referem.

Os resultados sugerem ainda presença de consideráveis fragilidades no sistema de Justiça português e a sua incapacidade de garantir recursos humanos e meios adequados. Cerca de 92% dos juízes assinalou concordar com a afirmação “sinto que faltam meios ( tecnológicos e humanos) na justiça que me permitam um melhor exercício das minhas funções”.

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Forte volatilidade suspende negociação de ações do FC Porto

  • ECO
  • 29 Abril 2024

No rescaldo das eleições que deram uma vitória histórica a André Villas Boas, a negociação das ações da SAD do FC Porto foi suspensa devido à forte volatilidade.

Esta segunda-feira não houve qualquer transação em bolsa envolvendo as ações da SAD do FC Porto, isto depois de a negociação ter sido suspensa pelos “travões automáticos” da Euronext que congelam as operações de compra e venda em momentos de maior volatilidade.

Normalmente, os preços das ações movem-se livremente para cima e para baixo, consoante a oferta e a procura dos investidores. Ainda assim, há um mecanismo de salvaguarda de negociação que dispara automaticamente sempre que o preço ultrapasse o chamado “limite”, suspendendo a negociação.

Isso aconteceu na semana passada em relação à Galp, quando ia disparando 20% após a descoberta de petróleo na Namíbia. Por momentos a negociação esteve suspensa.

Este mecanismo de segurança visa proteger os investidores de situações de mercado mais extremas, congelando as transações quando um título varia mais de 2% entre negócios ou mais de 10% desde o início da sessão e quando há um volume anormalmente elevado em cima da mesa.

As ações da SAD do FC Porto negoceiam por chamada, ocorrendo duas vezes por dia às 10h30 e às 15h30.

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Economia portuguesa desacelera no primeiro trimestre, preveem economistas

A economia portuguesa terá uma variação positiva no primeiro trimestre, mas deverá ser menos expressiva do que no trimestre anterior.

A economia portuguesa deverá desacelerar no arranque do ano, mas mesmo assim vai registar um crescimento. Segundo as previsões agregadas pelo ECO, o crescimento do PIB em cadeia – face ao trimestre anterior – deverá rondar os 0,3% a 1,5% nos primeiro três meses do ano, enquanto em termos homólogos poderá ter subido de 1% a 2,1%.

No final do ano passado, a economia portuguesa escapou a uma recessão técnica (dois trimestres seguidos de contração), ao crescer 0,8% em cadeia. Já em termos homólogos, o PIB cresceu 2,2% no quarto trimestre de 2023.

Nos primeiros três meses deste ano, as estimativas apontam todas para um crescimento, ainda que mais tímido do que no trimestre anterior.

As projeções do BCP “correspondem à manutenção de uma taxa de crescimento do PIB em cadeia próxima da observada no primeiro anterior, suportada pelo consumo privado, que continua a beneficiar do aumento do rendimento real disponível das famílias, e uma melhoria do contributo da procura externa líquida”, indica fonte oficial ao ECO.

A área de research do banco perspetiva uma taxa de variação trimestral de 0,6% e um crescimento homólogo de 1,2% no primeiro trimestre deste ano.

Já o BPI Research nota que “os indicadores continuam a apontar para que o primeiro trimestre surpreenda pela positiva”, na última edição do Pulso Económico. O indicador de clima económico “registou um crescimento de 1,8% homólogo no período, mais seis décimas do que no trimestre anterior e apenas 1 décima abaixo do crescimento observado no 1T 2022”, exemplificam, sendo que o indicador de atividade económica também voltou a acelerar – pelo 3º mês consecutivo – em fevereiro.

Na nota de abril, o banco indicava que os “indicadores que nos dão uma perspetiva mais completa para o primeiro trimestre sugerem-nos que o crescimento trimestral neste período poderá superar a nossa previsão de um crescimento trimestral de 0,4%”.

O Fórum para a Competitividade “estima que, no 1º trimestre de 2024, o PIB tenha desacelerado de 0,8% para entre 0,3% e 0,6% em cadeia, a que corresponde um abrandamento homólogo de 2,2% para entre 1,0% e 1,3%”, segundo a nota de conjuntura. Como aponta o Fórum, “no 1º trimestre de 2024, a confiança dos consumidores prosseguiu a recuperação do final do ano anterior, tendo registado o melhor valor desde a invasão da Ucrânia, há dois anos”.

O NECEP – Católica Lisbon Forecasting, por sua vez, aponta para um crescimento do PIB de 1,2% em termos homólogos e 0,5% em cadeia. Mais otimistas são as previsões do Barómetro CIP/ISEG, que estima que “o crescimento homólogo do PIB no 1º trimestre de 2024 deverá ter-se situado no intervalo de 1,7% a 2,1% (valor central de 1,9%), a que corresponde um crescimento em cadeia de 1,1 a 1,5% (valor central de 1,3%)”.

“Na ótica da despesa, os indicadores sugerem que o crescimento do PIB no 1º trimestre de 2024 basear-se-á, sobretudo, no contributo da Procura Interna, em particular Consumo Privado e Formação Bruta de Capital Fixo”, lê-se no relatório do barómetro.

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