Demoras na transferência de salários penalizam portugueses em Angola

  • Lusa
  • 24 Fevereiro 2024

Falta de divisas nos bancos angolanos está a levar a atrasos na transferência dos salários de portugueses que trabalham no país. Restrição está também a afetar empresários.

Atrasos nas transferências de salários e dificuldades de pagamentos devido à falta de divisas prejudicam empresários e trabalhadores portugueses em Angola, que se queixam dos constrangimentos e impacto sobre os negócios, admitindo até o regresso a Portugal.

Marta S., funcionária de uma seguradora, disse à Lusa que aguarda há três meses pela transferência dos seus salários de novembro, dezembro e janeiro, com poucas ou nenhumas explicações por parte do banco.

“Vou insistindo, mas dizem sempre o mesmo, que não têm divisas, ou nem dão satisfações aos clientes, sou eu que tenho de andar atrás deles”, lamenta.

Para contornar o problema está já em fase de abertura de uma nova conta noutra instituição bancária, como fazem muitos dos seus colegas, que diversificam as contas bancárias para conseguirem retirar o dinheiro.

“Quem tem as empresas (entidade patronal) a tratar das transferências tem mais força do que quem atua de forma individual, como é o meu caso, esses têm menos problemas”, disse à Lusa.

Marta S. está em Angola desde outubro de 2022, mas diz que só começou a sentir dificuldades nos últimos meses.

Sem despesas elevadas em Portugal, Marta não tem sido particularmente afetada pelos atrasos nas transferências, mas admite que a situação a impede de pedir um financiamento bancário.

“Nesta altura não me arrisco a pedir um empréstimo, porque teria medo de não o conseguir pagar”, confessou, adiantando que alguns bancos em Portugal começam também a ficar reticentes.

“Disseram-me que os bancos estão a retrair-se na concessão de crédito a pessoas que estão em Angola porque já sabem como está a situação“, comentou, indicando que, em alguns setores, como no ensino “há pessoas para quem já não está a compensar estar em Angola”.

Maria B., que trabalha em Luanda há oito anos, também se debate com dificuldades.

“Eu já sei que isto acontece e vou gerindo o meu ‘plafond’ em Portugal de forma a suportar as minhas despesas, mas não é o ideal. Se trabalhamos todos os meses, deveríamos receber todos os meses“, disse a emigrante portuguesa de 47 anos, que trabalha numa firma comercial.

Maria B. acredita que os bancos “jogam” também de acordo com a importância que atribuem aos seus clientes, gerindo as divisas da forma que mais lhes convém.

Dizem-nos que não conseguem fazer as transferências porque não têm moeda estrangeira. E nós aguentamos. Eu recebo em kwanzas e tenho de transferir o salário para Portugal, mas eles transferem quando querem”, disse, acrescentando que o problema não se coloca da mesma forma se forem as empresas a transferirem os salários dos seus trabalhadores.

“Quando são as próprias empresas a tratar do processo, funciona mensalmente”, frisou.

Maria disse que apenas na semana passada conseguiu que fossem transferidos os seus últimos quatro ordenados que estavam retidos desde setembro: “Saíram as quatro transferências seguidas”.

Destaca que é com esse dinheiro que paga as suas contas em Portugal e que é esse precisamente o objetivo de estar em Angola, a par de alguma poupança. O que neste momento, nem todos conseguem.

“Conheço algumas pessoas nessa situação. Há pessoas que se foram embora porque não estão a conseguir gerir as coisas devido a estes atrasos, outros estão a pensar ir embora porque acham que já não vale a pena”, observou.

Para Maria, trata-se de uma questão económica, mas também política, sublinhando que a situação melhorou em 2022 – ano de eleições – para voltar a piorar no ano passado, sobretudo a partir do mês de agosto, depois de o kwanza ter sofrido uma desvalorização acentuada.

Um empresário português ligado ao setor dos equipamentos industriais queixou-se também das dificuldades na obtenção de divisas e do impacto sobre o negócio, estimando que terão diminuído a faturação global no ano passado em 10%.

Manuel F., cuja empresa depende totalmente das importações, adiantou que, só para entrega de mercadoria aos clientes necessitaria de ter disponíveis 2,5 milhões de euros por mês (o valor que necessitaria atualmente de transferir), mas a disponibilidade não tem ultrapassado cerca de meio milhão de euros desde o início do ano.

“Temos estado a atrasar as entregas e já tivemos casos de encomendas canceladas. São negócios que perdemos”, lamentou, salientando que as instituições financeiras se queixam da falta de divisas.

O Banco Nacional de Angola, que colocou no mercado 300 milhões de dólares, rapidamente absorvidos na semana passada, confirmou que as disponibilidades são inferiores ao que existia até meados do ano anterior.

O governador do BNA, Tiago Dias, disse, no entanto, que os bancos têm estado a comprar divisas, pelo que não se justifica que não disponibilizem moeda estrangeira aos seus clientes.

Felizmente, para Manuel F., a empresa trabalha com a maioria dos seus fornecedores há bastante tempo, o que tem permitido “algum crédito” para adiar os pagamentos.

De resto, como muitos outros, empresários e assalariados expatriados, o gestor vai “saltitando” entre as seis contas bancárias da empresa para conseguir obter as tão necessárias divisas.

A transferência ainda por fazer com data mais antiga, no valor de 70.000 euros, foi pedida em 13 de setembro de 2023, para uma conta de Portugal, exemplificou. “É uma vida de pedinte”, desabafou.

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Marcelo diz que Portugal mantém apoio à Ucrânia “pelo tempo que for preciso”

  • Lusa
  • 24 Fevereiro 2024

Presidente da República reitera o "compromisso inabalável" para com a soberania e integridade territorial da Ucrânia. Defende que o lugar do país é na União Europeia e apoia também a adesão à NATO.

O Presidente da República garantiu hoje que Portugal manterá “pelo tempo que for preciso” o apoio a vários níveis à Ucrânia e condenou a “guerra injusta, ilegal e imoral” provocada pela invasão russa.

Com os nossos parceiros europeus e da Aliança Atlântica, manteremos o apoio inequívoco, político, militar, financeiro e humanitário, pelo tempo que for preciso“, assegurou Marcelo Rebelo de Sousa numa mensagem publicada em português e ucraniano no site da Presidência na internet.

A Presidência da República adiantou à agência Lusa que hoje, dia em que se assinala o segundo aniversário da invasão pela Rússia, o Palácio de Belém vai estar, desde o pôr do sol, iluminado com as cores da Ucrânia.

Na sua mensagem, o chefe de Estado português manifesta, em nome dos portugueses e em seu próprio nome, a “profunda admiração pela coragem, determinação e resiliência exibidos” pelo povo ucraniano, qualidades que, recorda, teve oportunidade de testemunhar quando visitou a Ucrânia no verão passado.

“Nesta data, quero ainda prestar homenagem aos muitos milhares de vítimas mortais desta violenta guerra perpetrada pela Rússia”, refere Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República salienta ainda que Portugal mantém a sua “condenação absoluta da guerra injusta, ilegal e imoral” que continua a ser levada a cabo pela Rússia, em “violação flagrante” do Direito Internacional e da Carta das Nações Unidas.

“Não devemos, também, esquecer-nos dos milhares de crianças ucranianas que foram deportadas involuntariamente para a Rússia, apelando ao regresso em segurança de todos estes menores”, refere a mensagem.

Marcelo Rebelo de Sousa assegura também que Portugal mantém o “compromisso inabalável” para com a soberania e integridade territorial da Ucrânia e que as autoridades e os portugueses “continuarão a acolher em Portugal todos aqueles que aqui se quiserem abrigar”.

“O lugar da Ucrânia é na União Europeia”, salienta o chefe de Estado, que manifesta a sua satisfação pelas decisões do Conselho Europeu de conceder à Ucrânia o estatuto de candidato à União Europeia e de abrir as negociações de adesão.

Apoiamos também a aspiração da Ucrânia em aderir à NATO, esperando que esse momento possa chegar em breve”, refere o Presidente da República, reiterando, no final do texto, que “até que a plena integridade soberana da Ucrânia seja restabelecida e a ordem internacional restaurada, Portugal continuará a oferecer o seu apoio, sem reservas”.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

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PS quer choque salarial e AD defende redução de impostos. Veja as frases que marcaram o grande debate

Pedro Nuno Santos está disponível para entendimentos à esquerda e viabilizar governo minoritário de PSD. Montenegro mantém tabu, demarca-se de Albuquerque e quer salvar a saúde.

Há duas opções políticas, entre a esquerda e a direita, que se afirmaram, no último e derradeiro debate, com todos os oito partidos com assento parlamentar, para as eleições legislativas de 10 de março, que foi transmitido esta sexta-feira à noite pela RTP. O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, defende um “choque salarial”, já o presidente do PSD e líder da Aliança Democrática (AD), coligação que junta PSD, CDS e PPM, Luís Montenegro, aposta num “choque fiscal”.

Aliás a questão salarial é uma das prioridades dos partidos mais à esquerda, como BE e CDU, com quem Pedro Nuno Santos já admitiu alianças para governar, caso não consiga ter maioria absoluta.

Montenegro preferiu apostar numa mais ambiciosa redução de impostos, enquanto Pedro Nuno Santos defende um impulso mais forte do salário médio e, sobretudo, dos ordenados da Administração Pública.

Num debate que ficou marcado pelo protesto de um ativista climático, Pedro Nuno Santos confrontou mais uma vez Montenegro com o tema da governabilidade, isto é, se viabilizaria um Executivo minoritário do PS, mas o líder do PSD manteve o tabu, preferindo o silêncio.

O presidente do PSD demarcou-se ainda do ex-presidente do Governo regional da Madeira, Miguel Albuquerque, que está a ser investigado por suspeitas de corrupção, admitindo, que, se estivesse na sua posição, não se recandidataria à liderança do partido na região autónoma.

Debate Legislativas com todos os partidos com assento parlamentar - 23FEV24
Debate legislativas 2024 com a participação dos partidos com assento parlamentar, na Nova SBE em Carcavelos.Hugo Amaral/ECO

Salvar a saúde ou desperdiçar recursos para o privado

A saúde foi um tema central no debate, com a esquerda a defender fervorosamente o investimento no SNS e a direita a abrir a porta aos privados.

Montenegro defende que é “preciso salvar o SNS dos oito anos de desgoverno do PS”. “Gastamos cada vez mais dinheiro e temos menos capacidade”, acusa, apontando que o PS “diaboliza transferência de meios para o setor privado, mas uma grande parte já vai para o privado”.

Pedro Nuno considera que “o caminho não é desviar recursos do SNS para o privado”, atirou, criticando as políticas da direita. Uma posição que colheu o apoio da CDU e BE.

Frases do debate

Pedro Nuno Santos, PS: “Ao contrário da AD que aposta tudo no choque fiscal, nós queremos o choque salarial, também pelos trabalhadores do Estado”.

Luís Montenegro, AD: “Só serei primeiro-ministro se vencer as eleições. Os portugueses sabem a minha política de alianças”.

André Ventura, Chega: “Querem [o PS] criar uma mordaça, tal como Rui Rio já queria, ao Ministério Público”.

Rui Rocha, IL: “A IL não viabiliza um governo minoritário do PS. Entendemos que há uma solução: passa pela IL e pelo PSD”.

Paulo Raimundo CDU: “Que se potencie o apoio a micro, pequenas e médias empresas e se deixe de apoiar 1% que tomam conta disto tudo”

Mariana Mortágua, BE: “O modelo de pagar, de externalizar e pagar uma parte ao privado estraçalha o SNS e desperdiça dinheiro. É muito mais caro pagar aos privados do que investir no SNS”.

Inês Sousa Real, PAN: “Perdemos para a corrupção um valor que prejudica os cidadãos em áreas que são tão precisas como a saúde e a educação”.

Rui Tavares, Livre: “O que dá crescimento é investimento público, não é só PRR, é importar meios mais avançados como forma de subir o salário médio”.

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Está escolhido novo líder da CGTP. Tiago Oliveira sucede a Isabel Camarinha

Isabel Camarinha deixa cargo de secretária-geral da CGTP por limite de idade. Sucede-lhe Tiago Oliveira, de 43 anos e até aqui coordenador da União de Sindicatos do Porto.

Já está escolhido o novo secretário-geral da CGTP. Tiago Oliveira vai suceder a Isabel Camarinha nesse cargo. O nome tinha sido apontado pela comissão executiva da central sindical e foi confirmado em congresso esta madrugada.

O novo secretário-geral da CGTP foi eleito para o mandato de 2024/2028 com 107 votos a favor de um total de 132 elementos do Conselho Nacional da intersindical que participaram na votação. Foram ainda registados 25 votos em branco, anunciou a dirigente sindical Ana Pires, em conferência de imprensa.

Mecânico de profissão, Tiago Oliveira, de 43 anos, era desde 2016 coordenador da União de Sindicatos do Porto, a segunda maior do país.

O seu percurso no sindicalismo arrancou em 2003, quando foi eleito delegado sindical na Auto-Sueco. Três anos depois chegou a dirigente sindical e entrou também para a direção do Sindicato dos trabalhadores das indústrias metalúrgicas e metalomecânicas do distrito do Porto.

Não consta da nota biográfica divulgada pela CGTP, mas Tiago Oliveira foi candidato pela CDU à presidência da União de Freguesias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora, nas autárquicas de 2021. Fez também parte do comité central do PCP.

Já Isabel Camarinha tinha chegado ao cargo de secretária-geral da central sindical em 2020, mas está de saída por limite de idade. É que ao longo do próximo mandato atingirá a idade da reforma, o que impede a sua continuação na liderança da CGTP.

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Estafetas da Uber Eats, Glovo e Bolt em greve por melhores rendimentos

  • ECO
  • 23 Fevereiro 2024

Paralisação de estafetas das 18h às 22h desta sexta-feira gerou constrangimentos nas aplicações de entregas. Reclamam melhores rendimentos.

Estafetas que trabalham para as aplicações de entregas Uber Eats, Glovo e Bolt nas regiões de Lisboa, Porto, Braga, Coimbra e Sintra promoveram uma paralisação esta sexta-feira, entre as 18h e as 22h, exigindo, entre outras reivindicações, aumentos no que ganham pelas entregas. De acordo com o Observador, estes estafetas não querem contratos e preferem manter-se como independentes e sem vínculo laboral a estas plataformas.

Ao jornal, a Glovo admitiu “sentir algum impacto na operação” da “paralisação de estafetas”, conjugada com outros fatores, acrescentando: “Enquanto trabalhadores independentes, os estafetas podem ligar-se quando e quanto tempo quiserem, em qualquer altura e dia da semana. Recebemos alguns contactos por parte de estafetas e parceiros que não estão a conseguir prestar os seus serviços como desejariam.” Fonte oficial da Uber Eats disse respeitar “o direito que todos têm de se manifestar” e a Bolt não quis responder.

O ECO também testemunhou a indisponibilidade do serviço de uma destas plataformas na noite desta sexta-feira. Esta não é a primeira vez que os estafetas destas plataformas se manifestam, sendo que, além da melhoria dos rendimentos, reclamam o “fim das corridas duplicadas por um euro”, o “fim de aprovação de contas em massa”, um “melhor tratamento nos estabelecimentos” onde recolhem os pedidos e maior “facilidade de acesso ao apoio e aos escritórios nas cidades”.

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“A fiscalidade é um bloqueio. Temos de atrair o capital que circula na economia”, diz Montenegro

Depois dos debates frente a frente, o encontro final juntou os oito líderes partidários com assento na Assembleia da República durante duas horas. Governabilidade, SNS e impostos marcaram o encontro.

Os líderes dos partidos com assento parlamentar juntaram-se esta noite para o debate final, depois de terem ido todos “frente a frente” ao longo dos últimos dias. Os oito líderes partidários debateram os principais temas que têm marcado as eleições legislativas antecipadas de 10 de março, nomeadamente os cenários de governabilidade, a saúde, o “choque fiscal” e a justiça.

Veja aqui os principais momentos do debate, que começou às 21 horas e se prolongou até às 23 horas.

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AD à frente e distancia-se do PS em nova sondagem

Aliança Democrática sobe três pontos para 35% e reforça vantagem sobre o PS. Maioria dos inquiridos dizem que Luís Montenegro será o melhor primeiro-ministro.

Se as eleições fossem esta sexta-feira, a Aliança Democrática (AD), que junta PSD, CDS e PPM, sairia vencedora, com 35% dos votos. Esta é a estimativa da sondagem do Centro de Estudos e Sondagens de opinião (Cesop) da Universidade Católica para o Público, RTP e Antena 1, divulgada esta sexta-feira.

A AD sobe assim três pontos, face à última sondagem, e com os 6% da Iniciativa Liberal (IL) consegue o resultado que deu maioria absoluta ao PS em 2022.

O PS surge em segundo lugar, com 22% de intenções de voto, mais dois pontos percentuais (p.p) em relação às últimas sondagens. O Chega aparece como terceira força política com 17%, menos dois p.p. relativamente aos 19% do último inquérito, seguindo-se a IL, BE, Livre, CDU e PAN.

Questionados sobre quem seria melhor primeiro-ministro, 46% dos 1.284 inquiridos votaram em Luís Montenegro e 34% em Pedro Nuno Santos. 20% disse não saber ou não respondeu.

 

Ficha técnica

Este inquérito foi realizado pelo CESOP–Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público entre os dias 19 e 21 de fevereiro de 2024. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal.

Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI).

Foram obtidos 1284 inquéritos válidos, sendo 46% dos inquiridos mulheres. Distribuição geográfica: 32% da região Norte, 23% do Centro, 31% da Área Metropolitana de Lisboa, 6% do Alentejo, 4% do Algarve, 3% da Madeira e 1% dos Açores.

Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários e região com base nos dados do recenseamento eleitoral. A taxa de resposta foi de 39%. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1.284 inquiridos é de 2,7%, com um nível de confiança de 95%.

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Veja aqui a chave do Euromilhões. São 17 milhões em jogo

  • ECO
  • 23 Fevereiro 2024

O jackpot desta sexta-feira está de volta aos 17 milhões de euros, depois de na última ronda um jogador ter ganho 73 milhões de euros.

Com um primeiro prémio no valor de 17 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira um novo sorteio do Euromilhões. O prémio voltou ao valor inicial depois do jackpot ter saído em França na terça-feira, no valor de 73 milhões de euros.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 23 de fevereiro:

Números: 24, 27, 28, 30, 49

Estrelas: 1, 12

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Parlamento alemão aprova participação em missão europeia no Mar Vermelho

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2024

Na votação, 538 deputados aprovaram o mandato que permitirá enviar até 700 militares para a missão da UE no Mar Vermelho até fevereiro de 2025, envolvendo aproximadamente 55,9 milhões de euros.

O parlamento da Alemanha aprovou está sexta-feira a participação das Forças Armadas do país na missão da União Europeia (UE) no Mar Vermelho, oficializada na segunda-feira e que visa proteger os navios comerciais dos ataques dos rebeldes iemenitas Huthis.

Na votação, 538 deputados aprovaram o mandato que permitirá enviar até 700 militares até fevereiro de 2025, envolvendo aproximadamente 55,9 milhões de euros. Votaram contra 31 deputados, enquanto quatro abstiveram-se.

Os Huthis aproveitam a “situação geográfica do Iémen, que lhes permite, com relativamente poucos recursos, desestabilizar continuamente um centro nevrálgico da economia mundial”, argumentou a deputada do partido Os Verdes, Sara Nanni, para justificar a necessidade da intervenção.

A oposição democrata-cristã alemã também apoiou a missão porque, segundo o deputado Jürgen Hardt, “não se pode ficar à margem se uma via tão importante no mundo estiver ameaçada pelo terrorismo”. Já o Partido de Esquerda da Alemanha (‘Die Linke’) e a Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, opuseram-se.

“Quem quiser acalmar a situação (no Mar Vermelho) precisa de uma estratégia coerente para o barril de pólvora do Médio Oriente. Sem um cessar-fogo em Gaza, sem uma solução de dois Estados, não haverá calma no Mar Vermelho”, argumentou o deputado do “Die Linke’ Dietmar Barsch.

A missão EUNAVFOR ASPIDES incluirá quatro fragatas provenientes da França, Alemanha, Grécia e Itália, que também vão colaborar com uma patrulha aérea na zona, conforme explicaram várias fontes diplomáticas na passada segunda-feira. A operação será apenas defensiva e visa escoltar navios comerciais que navegam pelo Golfo Pérsico, Golfo de Omã, Golfo de Aden e Mar Vermelho, assim como abater quaisquer possíveis mísseis ou ‘drones’ (aparelhos aéreos não tripulados) que os Huthis possam lançar.

A Alemanha fornece a fragata Hessen, que participará na sua “missão mais séria e perigosa em décadas”, descreveu o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, que visitou a tripulação na passada quarta-feira na Baía de Suda, na ilha grega de Creta. A fragata conta com um efetivo de 250 operacionais, apoiados por dois helicópteros, e 14 membros da Marinha que devem garantir a segurança do navio, explicou o governante.

O ministro sublinhou que a missão é exclusivamente defensiva, mas não se pode excluir que os Huthis ataquem a fragata “de propósito ou acidentalmente”. Os rebeldes xiitas Huthis, que são apoiados pelo Irão, controlam a capital Saná e outras áreas do norte e oeste do Iémen desde 2015.

Em retaliação à resposta de Israel aos ataques do grupo islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro, os rebeldes têm focando maioritariamente as suas operações contra embarcações israelitas ou com ligações a Telavive. Também têm atacado navios com ligações aos Estados Unidos e ao Reino Unido, que têm conduzido manobras militares e bombardeamentos na região.

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Sport TV renova direitos e assegura transmissão da Serie A até 2026/2027

  • + M
  • 23 Fevereiro 2024

O canal vai continuar a acompanhar atletas como Rafael Leão (AC Milan), Mário Rui (Nápoles), Renato Sanches e Rui Patrício (As Roma), Tiago Djaló (Juventus) Vitinha (Génova) ou Dany Mota (Monza)

A Sport TV renovou os direitos de transmissão da Serie A, garantindo a transmissão dos jogos da principal competição de futebol em Itália até 2026/2027.

Desta forma o canal vai continuar a acompanhar jogadores portugueses que representam emblemas da liga italiana, como Rafael Leão (AC Milan), Mário Rui (Nápoles), Renato Sanches (AS Roma), Rui Patrício (As Roma), Tiago Djaló (Juventus), Vitinha (Génova) ou Dany Mota (Monza).

“Renovar os direitos de transmissão da Serie A reafirma o nosso compromisso em disponibilizar aos portugueses o melhor do futebol mundial. Estamos empenhados e entusiasmados em garantir que os nossos telespectadores continuem a acompanhar de perto toda a emoção e paixão que apenas o futebol italiano pode oferecer. E claro, sem esquecer todos os portugueses que diariamente brilham numa competição tão prestigiada como a Serie A”, diz Nuno Ferreira Pires, CEO da Sport TV, citado em comunicado.

Em dezembro a Sport TV também anunciou que tinha garantido a transmissão de todos os jogos do Euro 2024, pelo que do total de 51 jogos da competição, 29 serão transmitidos em exclusivo pelo canal desportivo.

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Iniciativa Liberal dá espaço aos “problemas reais” dos seus membros em outdoor

  • + M
  • 23 Fevereiro 2024

Escolher a escola dos filhos, ter um sistema de saúde a funcionar, habitação própria, menos impostos e salários maiores, são algumas das ambições expressas nos outdoors assinados pela Mosca

Na sua nova campanha, presente num conjunto de outdoors, a Iniciativa Liberal (IL) apostou em dar espaço a alguns dos seus próprios membros, pretendendo mostrar pessoas reais com problemas reais. A campanha é da Mosca Pubicidade.

Os outdoors apresentam os casos de Marta Pereira, enfermeira no SNS, de Almada, Sílvia Abreu, trabalhadora independente, de Guimarães, Nelson Santos, engenheiro mecânico, de Anadia e Duarte Oliveira, técnico orçamentista, de Gondomar.

Poder escolher a escola dos filhos, ter um sistema de saúde a funcionar ou habitação própria ou a prática de impostos mais baixos e salários mais altos, são algumas das ambições individuais expressas nos anúncios exteriores que visam demonstrar alguns dos problemas reais das pessoas comuns.

Também esta sexta-feira o PAN divulgou um outdoor, fora do registo habitual dos partidos, usando um tom provocatório a favor da abolição das touradas. “Touradas só na cama – e com consentimento“, disse o partido, que apela ao término do financiamento do setor.

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APAJO lança novo desafio dos Briefs Abertos CCP relacionado com as apostas online

  • + M
  • 23 Fevereiro 2024

O desafio é que os jovens criativos desenvolvam uma proposta de ideia que promova a utilização dos limites de depósito e aposta por parte de utilizadores de plataformas e aplicações de jogo online.

O novo desafio criativo da edição de 2024 dos Briefs Abertos é lançado pela APAJO (Associação Portuguesa de Apostas e Jogos Online). A iniciativa do Clube da Criatividade de Portugal (CCP) visa dar visibilidade a uma nova geração de jovens criativos nacionais.

Os jovens talentos até aos 30 anos são desafiados a desenvolver uma proposta de ideia que promova a utilização dos limites de depósito e aposta por parte de utilizadores de plataformas e aplicações de jogo online. Este novo Brief Aberto conta com o apoio da Betclic que cedeu a sua posição à APAJO.

“Os limites de depósito e aposta são mecanismos cuja utilização é simples e constitui uma escolha responsável e inteligente por parte dos jogadores online. Gostaríamos que cada vez mais utilizadores encarem a implementação dos limites com a naturalidade com que põem o cinto de segurança quando entram num automóvel”, diz Ricardo Domingues, presidente da APAJO, citado em comunicado.

As propostas e racionais criativos devem ser entregues em PDF, para além da proposta criativa global com master layout de peças a comunicar. A campanha pode incluir um guião para produção de vídeos, na primeira pessoa, a materializar por influenciadores que possam vir a participar na campanha.

Esta campanha pode ser veiculada em diversos canais, mas deve ser pensada para funcionar em particular nas redes sociais, explica a organização.

A avaliação das propostas e a eleição da melhor ideia que resolva o desafio lançado pela marca é feita por um júri de cinco elementos, três a convite do Clube e dois elementos representantes da marca.

O júri é assim composto por Diogo Trabuco (copywriter freelance), Ivo Purvis (diretor criativo executivo da Dentsu Creative Portugal), Susana Albuquerque (diretora criativa executiva da Uzina e presidente do CCP), Bernardo Oliveira Neves (secretário-geral da APAJO) e Ricardo Domingues (presidente da APAJO).

Aos vencedores é entregue um prémio de mil euros, bem como a possibilidade de representar Portugal em iniciativas do ADCE – Art Directors Club of Europe e de integrar o Festival CCP do ano seguinte enquanto jurados júnior.

As inscrições já estão abertas e decorrem até 2 de abril. O último dia para envio de propostas é 3 de abril e a votação do júri decorre durante a primeira quinzena do mesmo mês. Durante a terceira semana de maio é revelada a shortlist e o vencedor é revelado a 24 de maio, na Gala do 26º Festival CCP 2024.

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