1 Thing reforça na Greenvolt

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2024

A 1-Thing, da qual Pedro Borges de Oliveira é administrador, tem a opção ainda de adquirir 2.365.875 ações adicionais, representativas de 1,7% do capital social e direitos de voto da Greenvolt.

A 1 Thing Investments comprou 4.175.000 ações representativas de 3% do capital da Greenvolt, no âmbito do contrato de compra e venda de títulos celebrado com a polaca V-Ridium, foi comunicado esta sexta-feira ao mercado.

A 1 Thing Investments vem por este meio comunicar […] que adquiriu no dia 12 de janeiro de 2024 e pelo preço base de 8,3 euros por ação, 4.175.0000 ações representativas de 3% do capital social e direitos de voto da Greenvolt”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Esta operação ocorreu no âmbito do contrato de compra e venda de títulos, celebrado com a V-Ridium Holding Limited, que prevê, além da venda das ações em causa, que a 1-Thing tem a opção de adquirir 2.365.875 ações adicionais, representativas de 1,7% do capital social e direitos de voto da Greenvolt.

“Em virtude da referida operação de compra e venda, a 1 Thing, da qual Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira é administrador e acionista dominante, passou a deter 14.023.239 ações representativas de 10,08% do capital social e dos direitos de voto da Greenvolt”, adiantou.

Tendo em conta que Pedro Borges de Oliveira é também administrador da Greenvolt, são-lhe imputáveis 16.389.114 ações, que correspondem a 11,78% do capital social e direitos de voto da Greenvolt. Na sessão de hoje da bolsa, as ações da Greenvolt recuaram 0,12% para 8,10 euros.

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Diplomacia russa diz que sanções dos EUA são “ingerência cínica”

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2024

"As novas restrições são mais uma tentativa descarada e cínica de interferir nos assuntos internos da Rússia, [...] de dividir a sociedade russa", diz o embaixador russo nos EUA.

A Rússia descreveu as novas sanções norte-americanas, anunciadas esta sexta-feira, como uma interferência “descarada e cínica”, para dividir os russos antes das eleições presidenciais de março, escrutínio que deverá ser marcado pela reeleição de Vladimir Putin.

As novas restrições são mais uma tentativa descarada e cínica de interferir nos assuntos internos da Rússia, de nos forçar a desistir dos nossos interesses vitais, de dividir a sociedade russa nas vésperas (…) das eleições presidenciais”, denunciou o embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, citado pela agência estatal russa TASS.

Os Estados Unidos da América (EUA) anunciaram hoje centenas de novas sanções para garantir que o Presidente russo, Vladimir Putin, “pague um preço ainda mais elevado” pela repressão a opositores e pela invasão da Ucrânia. “Se Putin não pagar o preço pela morte e destruição que está a causar, vai prosseguir”, avisou o Presidente norte-americano, Joe Biden, num comunicado que assinala o segundo aniversário da invasão russa da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.

Para punir Putin pela sua atuação, a Casa Branca (presidência) anunciou um arsenal de medidas visando tanto indivíduos ligados à prisão do opositor Alexei Navalny, que morreu na passada sexta-feira num estabelecimento prisional do Ártico onde cumpria uma pena de 19 anos, como à chamada máquina de guerra russa. O novo pacote de sanções também abrange pessoas e entidades que ajudam Moscovo a contornar as medidas sancionatórias já em vigor.

Na quinta-feira, o Departamento de Tesouro dos EUA já tinha avisado que esta seria “o mais amplo pacote de sanções desde o início da invasão da Ucrânia por Putin”. Trata-se de mais de 500 novas sanções contra “indivíduos ligados à prisão de Navalny” e contra “o setor financeiro russo, a indústria de defesa, as redes de abastecimento e os autores de sanções de evasão, em vários continentes”, referiu a mesma fonte.

As eleições presidenciais russas decorrem entre 15 e 17 de março. Putin está no poder desde 2000 e pretende garantir um quinto mandato presidencial, depois de também ter ocupado o cargo de primeiro-ministro entre 2008 e 2012. Segundo as sondagens locais, Putin deverá vencer as eleições presidenciais de março com mais votos face a 2018, quando garantiu cerca de 76% dos sufrágios.

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Pinto da Costa promete acabar com prémios aos administradores da SAD se for reeleito

  • ECO
  • 23 Fevereiro 2024

Se for reeleito, o dirigente portista promete assegurar a "sustentabilidade e crescimento" do clube e uma restruturação da dívida. "A equipa que me acompanhará será uma equipa renovada", garante.

Jorge Nuno Pinto da Costa compromete-se a restruturar a dívida e a suspender os prémios atribuídos aos administradores da SAD portista se for reeleito, noticia o Jornal de Notícias (acesso pago).

O atual dirigente do FC Porto enviou uma carta aos apoiantes, onde resume algumas dos objetivos que pretende cumprir caso seja reeleito para um 16.º mandato consecutivo à frente dos Dragões. “A equipa que me acompanhará será uma equipa renovada”, garante o presidente, sublinhando que o caminho será feito com “transparência e boa governança” e “inexistência de prémios para administradores no próximo mandato”, lê-se na carta citada pelo JN.

Segundo Pinto da Costa, o objetivo é garantir a “sustentabilidade e crescimento, com reestruturação da dívida para que, quer ao nível de fair play financeiro, quer ao nível do aumento da competitividade“. Além disso, aponta que a maioria do capital da SAD portista se vai manter nas mãos dos sócios e promete melhorar os ativos relativos “à marca F. C. Porto, formação e scouting e experiência e relações com sócios e adeptos”.

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Ministra da Defesa defende que eventual protesto de militares nas ruas “não é aceitável”

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2024

Helena Carreiras recusa um caminho que "envolva a produção de desestabilização e de insegurança".

A ministra da Defesa defendeu esta sexta-feira que a hipótese de manifestações de militares nas ruas “não é aceitável num Estado de direito democrático”, considerando que quem defende o país “não pode ser fonte de insegurança e de desestabilização”.

“Em primeiro lugar, a ideia de ter militares a manifestarem-se nas ruas não é aceitável num Estado de direito democrático. Quem nos defende não pode ser fonte de insegurança e de desestabilização. As Forças Armadas respeitam e protegem a Constituição, não militam contra ela”, lê-se numa declaração escrita de Helena Carreiras enviada à agência Lusa, que se encontra na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América.

Esta posição da governante surge depois de as associações representativas dos oficiais, sargentos e praças das Forças Armadas terem admitido protestos na rua se o próximo Governo decidir ir ao encontro das reivindicações das forças de segurança, mas não der “atenção especial” aos militares. Estes avisos foram avançados pelo semanário Expresso e confirmados à Lusa por fontes militares.

Para a ministra, é importante continuar a “valorizar a carreira militar e investir na defesa, sobretudo numa altura em que a guerra voltou à Europa e que são esses mesmos valores constitucionais que estão a ser desafiados”. “Isso faz-se com políticas, com instituições e com diálogo. É isso que tenho feito e, portanto, esse é o caminho. Não um caminho que envolva a produção de desestabilização e de insegurança”, avisou Helena Carreiras.

A ministra manifestou a sua confiança nas chefias militares e nos elementos das Forças Armadas e mostrou-se convicta de que “estão à altura de enfrentar os desafios” atuais que esta área de soberania atravessa. Nesta declaração enviada à Lusa, Helena Carreiras afirma que tem dialogado com várias estruturas, incluindo as associações militares, “que têm manifestado descontentamento”, mas ressalvou que “há também muita coisa que tem sido feita e que tem revertido a favor da valorização da carreira militar”.

A governante destacou os “aumentos salariais (segundo o INE, a variação do salário médio líquido mensal foi de 8,76% de 2022 para 2023)” e o aumento da componente fixa do suplemento da condição militar que passou de 30 para 100 euros mensais, com efeitos retroativos a janeiro de 2023, acrescentando que foram tomadas outras medidas “em áreas como a da valorização profissional, que vão no sentido de responder às justas pretensões os militares que naturalmente querem ver as suas situações melhoradas”.

“É minha convicção que aquilo que se tem feito vai no sentido desse reforço. Estou convicta de que a Defesa é mesmo um tema muito importante nesta altura, ao qual temos de estar todos atentos, e por isso o diálogo e a discussão são o caminho para continuar a enfrentar quaisquer problemas e a situação complexa que se vive na Europa. Isso só é possível com muita coesão”, avisou.

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Ao contrário de Portugal, Governo espanhol recusa aplicar restrições Huawei

Ministro espanhol assegurou que o Governo não está a preparar nenhuma lista de fornecedores de alto risco nas telecomunicações nem planeia fazê-lo.

O Governo espanhol diz que não está a preparar nenhuma lista de fornecedores de alto risco para as redes de telecomunicações, nem planeia fazê-lo, apesar das recomendações da Comissão Europeia nesse sentido – e ao contrário do que foi feito em Portugal, onde empresas chinesas como a Huawei foram completamente banidas das redes 5G.

A posição foi assumida pelo ministro da Transição Digital e da Função Pública de Espanha, José Luis Ecrivá, em declarações citadas pelo El Mundo: “O Governo não tem nenhuma intenção de elaborar uma lista de fornecedores de alto risco, nem há nenhum marco europeu que assim o exija”, disse o governante, na semana em que acontece em Barcelona o Mobile World Congress, a maior conferência do mundo da indústria dos dispositivos móveis.

Além de notar que se trata de uma mudança no posicionamento por parte do Executivo espanhol, o jornal nota que ela acontece quatro dias depois da visita a Moncloa do ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, que foi tratado como um “parceiro estratégico” de Espanha.

No conjunto de recomendações que ficou conhecido por 5G Toolbox, a Comissão Europeia nunca se refere diretamente à Huawei ou às empresas chinesas, falando apenas em restrições a fornecedores de “alto risco”. Mas o pacote terá sido feito a pensar em fornecedores como a Huawei e a ZTE, que são vistas na Europa e nos EUA como um risco de cibersegurança, devido à proximidade ao regime de Pequim.

Aliás, o comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, já fez referência direta à Huawei sugerindo que a tecnológica chinesa se enquadra nessa designação: “A Huawei — como mencionou — tem algumas partes de equipamento que não têm qualquer problema, mas outras podem ter algum problema”, afirmou em setembro.

A posição do Governo espanhol contrasta com a que foi seguida em Portugal. António Costa, atual primeiro-ministro em gestão, tinha-se manifestado contra restringir a Huawei em 2019. Contudo, há um ano, a Comissão de Avaliação de Segurança, inserida no Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço, deliberou proibir as operadoras de usarem equipamentos de fornecedores de alto risco no 5G, nomeadamente empresas que tenham sede em países que não pertençam à NATO, entre outros critérios. A Huawei Portugal decidiu impugnar em tribunal a deliberação.

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Álvaro Sobrinho vê a sua participação na Sporting SAD ser reduzida para menos de 10%

Depois de já em 2022 ter visto a sua participação na Sporting SAD ser diluída para menos de metade, agora volta a perder posição no reino do leão com um novo aumento de capital da Sporting SAD.

A Holdimo, empresa angolana de Álvaro Sobrinho, comunicou esta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliário (CMVM), que viu a sua posição na Sporting SAD ser diluída para 9,901% após a concretização do aumento de capital realizado em meados deste mês pela empresa liderada por Frederico Varandas.

Recorde-se que esta operação de aumento de capital da Sporting SAD decorreu da conversão de 83,57 milhões de euros de valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis em ações ordinárias da Sporting SAD (VMOC), que elevou o capital da sociedade leonina para 150,71 milhões de euros.

Dessa conversão de títulos, o Sporting Clube de Portugal passou a deter 87,994% do capital da sua SAD — face aos 83,895% que detinha até então —, enquanto os outros dois sócios de referência da SAD verde e branca, a Holdimo e a Olivedesportos (que até então detinha 1,418% do capital), viram as suas posições serem diluídas.

A presença de Álvaro Sobrinho na estrutura acionista da Sporting SAD remonta a pelo menos 2011, quando o clube fechou uma parceria financeira e desportiva com a Holdimo. Mas só em 2014 é que o empresário angolano atingiu a maior participação no capital na empresa, ao controlar cerca de 30% da Sporting SAD após ter convertido um empréstimo 20 milhões de euros em capital, no seguimento do processo de reestruturação financeira promovido pelo antigo presidente do clube, Bruno de Carvalho.

A diluição que surgiu este ano na participação da Holdimo na Sporting SAD não foi a primeira que impactou as contas de Álvaro Sobrinho. Já em 2022, também no seguimento de um aumento de capital realizado pela SAD do leão após a conversão de VMOC em ações, a posição da Holdimo baixou de 29,851% para 13,283%.

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Biden defende que EUA não podem “virar as costas” a Kiev

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2024

Presidente dos EUA pediu ao Congresso para adotar todas as medidas que permitam a continuidade da ajuda a Kiev, "para provar que é possível contar com a América".

O Presidente dos EUA, Joe Biden, defendeu esta sexta-feira que o seu país não pode “virar as costas à Ucrânia”, quando um novo pacote de ajuda permanece num impasse no Congresso, face à resistência da oposição republicana. “Não podemos virar as costas agora à Ucrânia”, disse Biden, lembrando que o Presidente russo, Vladimir Putin, “conta com isso mesmo”.

Durante um discurso na Casa Branca, nas vésperas do segundo aniversário do início da invasão russa, Biden pediu ao Congresso para adotar todas as medidas que permitam a continuidade da ajuda a Kiev, “para provar que é possível contar com a América”.

“A História está a olhar para nós”, insistiu Biden, dirigindo-se aos congressistas, em particular aos membros do Partido Republicano na Câmara de Representantes, que têm obstaculizado a aprovação de novos pacotes de ajuda à Ucrânia. Principal apoiante de Kiev, os Estados Unidos forneceram dezenas de milhares de milhões de dólares em ajuda militar à Ucrânia, desde o início da invasão russa, há dois anos, mas a Ucrânia já avisou de que precisa de mais auxílio, em particular de armamento.

O ex-Presidente republicano Donald Trump, que deverá ser novamente candidato nas eleições presidenciais de novembro, tem-se oposto à ajuda prestada à Ucrânia e tem usado a sua influência no Congresso para reprovar o projeto de lei que autoriza ajudas adicionais a Kiev. Por seu lado, a Casa Branca de Joe Biden – que também está em campanha pela sua reeleição – acredita que se este projeto de lei não for desbloqueado, a Rússia será a principal beneficiada.

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Sindicatos afetos à UGT também avançam para greve na Caixa no dia 1 de março

  • ECO
  • 23 Fevereiro 2024

Mais Sindicato, Sindicato dos Bancários do Centro e Sindicato dos Bancários do Norte convocaram greve no banco público para 1 de março, juntando-se ao STEC, em protesto por aumentos salariais dignos.

Depois do STEC, agora é o Mais Sindicato, o Sindicato dos Bancários do Centro e o Sindicato dos Bancários do Norte a anunciarem greve na Caixa Geral de Depósitos (CGD) no dia 1 de março, em protesto por “aumentos salariais dignos” para os trabalhadores do banco público.

Os sindicatos bancários afetos à UGT reivindicam aumentos de 6%, enquanto o banco público propôs subidas de 3% nas tabelas e cláusulas de expressão pecuniária, uma proposta “manifestamente insuficiente” para uma instituição que “nos últimos anos tem tido resultados fabulosos”.

“Os trabalhadores merecem aumentos que reponham o poder de compra perdido e exigem repartição dos lucros para que tanto contribuíram”, adiantam os sindicatos num comunicado conjunto.

Os sindicatos da UGT exigem ainda “melhores condições de trabalho, cuja degradação é gritante, principalmente nos balcões”. “Uma instituição que tanto fala para fora devia começar por olhar para dentro e aplicar internamente o que tanto apregoa”, acrescentam.

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Sete anos depois, Visabeira arranca “em breve” com obras para hotel nos pavilhões das Caldas

  • Ana Petronilho
  • 23 Fevereiro 2024

Concessão dos Pavilhões D. Carlos I foi atribuída à Visabeira em 2017, através do Revive, mas as obras ainda não arrancaram, tendo sido furado o prazo de dois anos para o início das intervenções.

Quase sete anos depois de ter assinado o contrato de concessão através do Revive, a Visabeira vai arrancar “muito brevemente” com as obras para a recuperação dos telhados e do sótão dos Pavilhões do Parque D. Carlos I, nas Caldas da Rainha, para depois avançar com a transformação dos três edifícios num hotel de luxo. O investimento no futuro Montebelo Bordalo Caldas da Rainha Hotel, de cinco estrelas, ronda os 15 milhões de euros.

É nisto que acredita a Câmara Municipal das Caldas. “Temos nota que a obra de recuperação do incêndio que sofreram os Pavilhões em Setembro de 2023 se iniciará muito brevemente” e “cremos que este início de obras se ligará com todo o projeto de construção”, disse ao ECO a autarquia presidida pelo independente Vítor Marques, que reuniu com a administração da Visabeira para discutir o assunto. No entanto, ao ECO, nem a autarquia nem a Visabeira avançam com qualquer data mais específica para o arranque das obras.

Os Pavilhões do Parque D. Carlos I foram, através de um dos concursos públicos do programa Revive, concessionados à Visabeira, a única candidata, sendo que o contrato foi assinado a 8 de setembro de 2017. O plano inicial seria inaugurar a nova unidade hoteleira de cinco estrelas em dezembro de 2020. Mas, até agora, as obras nunca arrancaram, tendo sido furado o prazo de dois anos previsto no caderno de encargos.

De acordo com os contratos do Revive, gerido pelo Turismo de Portugal, o incumprimento dos prazos para o arranque das obras pode levar ao fim da concessão. E questionada pelo ECO sobre a possibilidade do fim da concessão, a autarquia das Caldas da Rainha diz apenas que “de todos os contactos regulares havidos com a administração da Visabeira retemos o sentimento da boa intenção de conclusão da obra”. Já o Turismo de Portugal não deu qualquer resposta até à hora de publicação deste texto.

O atraso para o arranque das obras passa por várias alterações ao projeto, tendo em conta que se trata de um imóvel classificado pela Direção-Geral do Património Cultural sendo, por isso, obrigatório o “envolvimento de diversas entidades”, explicou ao ECO Jorge Costa, vice-presidente do conselho de administração da Visabeira Turismo, Imobiliária e Serviços SGPS, S.A. E os pareceres necessários das diversas entidades geraram “um processo de licenciamento complexo” que complicou em altura de pandemia. “Os pareceres sobre a intervenção nos edifícios dos Pavilhões do Parque de diversas entidades determinaram sucessivas paragens e reanálises do projeto”, disse ainda Jorge Costa.

Tudo isto levou a que só passados seis anos, a 16 de setembro de 2023, a Câmara das Caldas tivesse enviado à empresa Empreendimentos Turísticos Montebelo, da Visabeira, um ofício a comunicar que a “licença se encontra em condições de ser levantada e a dar-se início às obras”, conta ao ECO fonte oficial da autarquia.

Mas há ainda um outro motivo para o atraso das obras: falta de verbas. Ao ECO, a Visabeira confirma já ter recebido a autorização para levantar a licença mas, agora, a empresa está “à espera da abertura de candidaturas” para apoios a fundo perdido do Portugal 2030. Isto porque, escreveu o Público, os 15 milhões investidos seriam financiados em 3,5 milhões com capitais próprios, 7,2 milhões por empréstimo bancário a que se somam quatro milhões de incentivos do então Portugal 2030.

Enquanto os Pavilhões do Parque D. Carlos I aguardam o arranque das obras, em setembro do ano passado, poucos dias depois da aprovação da licença para as obras, deflagrou um incêndio numa das alas do edifício junto à antiga Casa da Cultura, tendo destruído o telhado e o sótão. As causas do incêndio estão a ser investigadas e, de acordo com o Jornal das Caldas, a Visabeira acionou o seguro para cobrir as despesas.

Hotel com espírito e ADN Bordalliano

Depois das várias alterações ao projeto, o Montebelo Bordalo Caldas da Rainha Hotel – que tem a assinatura dos arquitetos do grupo Visabeira Paula Fonseca Nunes e Tiago Araújo – vai contar com 124 quartos, restaurante, salas para eventos e multiusos, um spa com um circuito de águas termais, duas piscinas, entre outas instalações e serviços, onde cabe uma área para eventos de cultura, sobretudo ligados à cerâmica, com exposições e atelier.

A ideia é, diz ao ECO a autarquia liderada por Vítor Marques, que “todo o design de interiores e decoração do Hotel reflita o espírito e ADN Bordalliano”, em homenagem ao artista caldense do século XIX.

Até porque, desde 2009, a Fábrica de Faianças Bordalo Pinheiro está nas mãos da Visabeira, tendo sido comprada quando enfrentava risco de insolvência. Um negócio que mereceu a atenção do Governo de então, liderado na altura por José Sócrates que, tal como o seu ministro da Economia, Manuel Pinho, marcaram presença na cerimónia de aquisição da fábrica nas Caldas da Rainha.

Os Pavilhões do Parque foram construídos nos finais do século XIX (1896) por Rodrigo Berquó, engenheiro e arquiteto de raízes açorianas, para serem o novo hospital termal D. Carlos I. O projeto previa a construção de sete pavilhões, destinados a enfermarias, uma galeria com 55 metros de comprimento e instalações sanitárias. Mas Berquó morreu antes da conclusão do projeto e os pavilhões nunca chegaram a cumprir essa função, tendo servido, durante mais de 100 anos, para albergar um quartel militar, uma esquadra da polícia e várias escolas, uma do magistério primário, uma secundária e uma profissional. Desde 2005 que os edifícios estão devolutos.

Até 2015 a propriedade dos edifícios era do Ministério da Saúde – que chegou a ter planos para vender os imóveis – tendo passado, nesse ano, para as mãos da Câmara das Caldas da Rainha.

O contrato de concessão com a Visabeira tem um prazo de 48 anos e prevê o pagamento de uma renda mensal de 3.500 euros, a que se soma 23% de IVA, que só começa a ser paga cinco anos depois da abertura da unidade hoteleira.

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Setor agrícola envia manifesto a von der Leyen com “focos imperativos”

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2024

A carta destaca que os agricultores são os primeiros “a sentir as consequências ambientais”, mas também os primeiros a assumir o seu papel “enquanto redutores das emissões de carbono”.

A confederação das cooperativas agrícolas de Portugal assinou um manifesto dirigido à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que aponta “quatro focos imperativos” para o mandato 2024-2029.

“Dado o difícil contexto que os agricultores têm sentido na pele e tendo em conta os inúmeros protestos já decorridos Europa fora, a COPACOGECA uniu-se para que uma posição comum chegasse à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, bem como a todos os presidentes dos Estados-membros europeus”, indicou, em comunicado, a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri), que subscreveu a missiva.

A organização COPACOGECA representa os agricultores e as cooperativas agrícolas da União Europeia. O presidente da Confagri, Idalino Leão, é vice-presidente da COGECA, uma das associações que formam a COPACOGECA.

Nesta missiva, os agricultores apontam “quatro focos imperativos” para o mandato 2024-2027 da Comissão Europeia – um orçamento que reflita os desafios que os agricultores enfrentam; uma agenda política comercial “coerente com a ambição estabelecida no mercado interno”; estudos viáveis para apoiar propostas relacionadas com o setor agrícola e um comissário para a agricultura e zonas rurais “com um papel fundamental como vice-presidente da Comissão Europeia”.

De acordo com a Confagri, esta carta destaca que os agricultores são os primeiros “a sentir as consequências ambientais”, mas também os primeiros a assumir o seu papel “enquanto redutores das emissões de carbono”. O documento apresenta também um conjunto de problemas do setor e de possíveis soluções.

Neste âmbito, os agricultores pedem, por exemplo, a implementação de medidas urgentes para simplificar o trabalho e a vida dos agricultores e a garantia de reciprocidade nos padrões de produção agrícola. Citado na mesma nota, o presidente da Confagri, Idalino Leão, defendeu que este é um passo importante para a mudança das políticas públicas, em particular, no que se refere à agricultura.

“Este é o pontapé de saída para o reconhecimento da importância vital da agricultura no crescimento futuro da Europa”, vincou.

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Costa participa em reunião de apoio à Ucrânia convocada por Macron

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2024

O primeiro-ministro português foi convidado por Emmanuel Macron para participar nesta reunião de apoio a Kiev, que juntará vários chefes de Estado e de Governo no Palácio do Eliseu.

O primeiro-ministro participa na segunda-feira, em Paris, na reunião de alto nível para apoio à Ucrânia que foi convocada pelo Presidente de França, numa altura em que se assinalam dois anos do início da invasão russa.

De acordo com uma nota do gabinete de António Costa, o primeiro-ministro português foi convidado por Emmanuel Macron para participar nesta reunião de apoio a Kiev, que juntará vários chefes de Estado e de Governo no Palácio do Eliseu.

A reunião de Paris, segundo fonte do Eliseu citada pela EFE, “permitirá estudar os meios disponíveis para reforçar a cooperação entre os parceiros no apoio à Ucrânia”. Nos últimos dias, vários governos europeus insistiram na necessidade de coordenar melhor o fornecimento de equipamento militar à Ucrânia.

Nas últimas semanas, a Ucrânia assinou acordos bilaterais de segurança com o Reino Unido, a França e a Alemanha e está a negociar pactos semelhantes com outros países. Em 1 de fevereiro, os líderes da União Europeia chegaram a um acordo sobre apoio financeiro de 50 mil milhões de euros à Ucrânia.

Porém, este acordo que foi alcançado na reunião extraordinária dos chefes de Governo e de Estado da União Europeia chegou a estar em causa nos últimos meses por causa de eventual bloqueio da Hungria relativo à reserva financeira de 50 mil milhões de euros para a reconstrução e modernização da Ucrânia, prevista no âmbito da revisão do Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2024-2027 da UE.

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Agricultores polacos anunciam bloqueio de importante passagem fronteiriça com Alemanha

  • Lusa
  • 23 Fevereiro 2024

O posto fronteiriço de Slubice na autoestrada A2, que liga Varsóvia a Berlim, será bloqueado no domingo durante 24 horas. "Estamos prontos a lançar um movimento a um nível muito mais elevado”, dizem.

Os agricultores polacos anunciaram esta sexta-feira que vão bloquear um importante posto fronteiriço com a Alemanha durante 24 horas, a partir de domingo, em protesto contra a regulamentação europeia e as importações de produtos que consideram desrespeitar as normas comunitárias.

“O posto fronteiriço de Slubice na autoestrada A2 (que liga Varsóvia a Berlim) será bloqueado entre as 13:00 de domingo (12:00 em Lisboa) às 13:00 de segunda-feira”, afirmou Dariusz Wrobel, um dos organizadores do protesto, em declarações à agência noticiosa francesa AFP.

Protestamos contra o Pacto Verde europeu que é inaceitável na sua forma atual, e contra as importações de produtos agroalimentares que não estão em conformidade com as normas europeias, provenientes de países exteriores à União Europeia (UE)”, acrescentou, recusando referir-se designadamente à Ucrânia, o primeiro país visado pelos protestos.

Wrobel acrescentou tratar-se de um protesto de advertência. “Vamos aguardar pelos resultados [do protesto] e estamos prontos a lançar um movimento a um nível muito mais elevado”, insistiu. Os agricultores polacos tinham anunciado inicialmente um bloqueio de 25 dias, mas na sequência de conversações com a câmara municipal de Slubice e empresas locais, decidiram limitar a amplitude dos protestos.

As mobilizações de agricultores decorrem desde há várias semanas na Polónia através do bloqueio de estradas por todo o país e nos postos fronteiriços com a Ucrânia.

A Polónia inclui-se entre os maiores apoiantes da sua vizinha Ucrânia desde o início da invasão militar russa em fevereiro de 2022, mas as suas relações degradaram-se nos últimos meses devido a contenciosos comerciais, em particular pela abertura, por Bruxelas, das fronteiras europeias aos produtos agrícolas ucranianos que segundo os agricultores polacos não respeitam as normas da UE.

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