Fed mantém juros e afasta corte das taxas em março

Pela quarta reunião consecutiva, o banco central dos EUA manteve as taxas no nível mais elevado em 23 anos. Fed indica que ainda não está em pronta para aliviar política monetária. Powell sem pressas.

A Reserva Federal americana (Fed) decidiu manter as taxas de juro no nível mais elevado desde a crise financeira de 2008, numa decisão amplamente esperada pelos analistas, e indicou que ainda não está pronto para começar a aliviar a sua política monetária.

O banco central dos EUA deixou as taxas das Fed Funds no intervalo 5,25%-5,5% pela quarta reunião consecutiva, depois de uma longa sequência de subidas para travar a escalada da inflação.

Sem deixar qualquer pista sobre um iminente corte de juros, o Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) disse, em comunicado, que “não espera que seja apropriado reduzir o intervalo das taxas de juro até que tenha conquistado maior confiança de que a inflação está a caminhar de forma sustentável em direção aos 2%“, a meta da Fed.

“A inflação diminuiu ao longo do ano passado, mas permanece elevada”, referiu a Fed após a reunião de dois dias, sublinhando que as autoridades “continuam altamente atentas aos riscos de inflação”.

Por outro lado, os responsáveis eliminaram da sua declaração a tendência para o aumento das taxas, algo que vinha sendo afirmado e reafirmado nos comunicados dos últimos dois anos. Agora, “o comité considera que os riscos para alcançar os seus objetivos de emprego e inflação estão a evoluir para um melhor equilíbrio”.

A mudança no discurso confirma que a Fed acredita que a próxima mexida das taxas será provavelmente no sentido de descida, mas dificilmente acontecerá em março como previam alguns analistas.

Esta quarta-feira, o banco UBS apontou que o primeiro de três a quatro cortes a ocorrerem em 2024 será decidido na reunião de maio.

A média das estimativas desta sondagem da Reuters dá conta que as Fed Funds estarão em 4,25%-4,50% no final do ano, o que implica quatro cortes de 25 pontos base ao longo de 2024.

Fed sem “pressas”

Em conferência de imprensa, o presidente da Fed considerou que “as taxas estão provavelmente no seu máximo neste ciclo de aperto e que, se a economia evoluir amplamente como esperado, será provavelmente apropriado começar a reduzir a contenção política em algum momento deste ano“.

Quando? “Precisamos ver mais evidências que nos digam que estamos no caminho certo, que nos dê confiança de que estamos num caminho sustentável para uma inflação de 2%”, sublinhou Powell.

Por enquanto, a Fed quer deixar “as opções em aberto”. “Se o trabalho ou se a inflação surpreender, voltando a subir, nós teríamos que responder a isso, mas seria uma surpresa neste momento”, afirmou Powell, indicando que o banco central não está “com pressa” para mudar a sua política monetária.

De fora das opções está mesmo um corte já em março. “Não creio que seja provável que o comité atinja um nível de confiança até a reunião de março para identificar que março é o momento de fazer isso”, disse aos jornalistas.

O bom momento da economia dos EUA poderá atrasar o calendário previsto pelo mercado no que toca ao alívio da política monetária da Fed.

O PIB dos EUA cresceu a um ritmo anual de 3,3% no quarto trimestre, bem acima das expectativas dos economistas (2%), embora a abrandar face ao terceiro trimestre (4,9%). No conjunto de 2023, a economia cresceu 2,5%, acima dos 1,9% do ano anterior, um desempenho surpreendente tendo em conta que a esmagadora maioria dos economistas apontava para uma recessão na maior economia do mundo devido à subida agressiva de juros.

A taxa de inflação homóloga permaneceu estável em 2,6% em dezembro, mas a inflação subjacente – referência para a Fed – caiu para o nível mais baixo desde março de 2021, desacelerando para 2,9%, o menor aumento em quase três anos.

(Notícia atualizada às 20h20 com declarações do presidente da Fed, Jerome Powell)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nescafé lança nova máquina com materiais recicláveis e cápsulas compostáveis

  • Capital Verde
  • 31 Janeiro 2024

As novas cápsulas são feitas à base de papel e com um revestimento que lhes permite serem compostáveis. NEO é feita em 50% de plástico reciclado.

A Nescafé Dolce Gusto lança esta quarta-feira uma nova máquina de café que virá acompanhada de novas cápsulas mais sustentáveis. Produtos que contribuem para o objetivo da empresa de reduzir a utilização de plásticos virgens em um terço até 2025.

As cápsulas fabricadas com cerca de um grama de papel e com um revestimento de biopolímero compostável fino, têm uma certificação organismo internacional TÜV Áustria que lhes permite serem direcionadas para a compostagem doméstica depois da sua utilização.

As novas cápsulas também têm uma certificação que lhes permite serem decompostas a nível industrial, porém, explica a Nescafé, “neste momento, a infraestrutura de recolha seletiva destes resíduos ainda não é suficientemente robusta para dar oportunidade a todos os consumidores de fazerem a separação destes resíduos para se proceder à compostagem industrial“. Recorde-se que desde o início do ano que os municípios estão obrigados a dispor de um sistema de recolha de biorresíduos municipal. Assim, em Portugal, de momento, será apenas promovida a compostabilidade doméstica destas cápsulas.

Estamos a trabalhar com as entidades locais competentes para que [a compostagem industrial] se torne rapidamente uma realidade“, garantem na nota enviada esta quarta-feira às redações.

 

 

Além de as cápsulas serem mais “amigas do ambiente”, vêm embaladas em materiais que usam menos 65% de plástico em comparação com as embalagens atuais, reduzindo o peso de plástico utilizado. Por seu turno, o café é produzido de forma “100% responsável”, garante a marca.

Relativamente à máquina NEO, a Nescafé indica que esta é feita de 50% de plástico reciclado ao passo que o termobloco (compartimento que aquece a água) é feito com 85% de alumínio reciclado.

Outro detalhe da máquina passa pela facilidade na separação das peças, permitindo o acesso total aos componentes internos e a reparação até 15 anos. Portugal será um dos primeiros mercados onde a Nescafé Dolce Gusto está presente a receber esta nova máquina que estará disponível online e em pontos de venda habituais a partir de 5 de março.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Consumo privado e turismo ajudaram a impulsionar o PIB no final de 2023

Economia acelerou mais do que o esperado no quarto trimestre de 2023, com a dinâmica do consumo privado. Resultados do turismo também ajudaram a amparar abrandamento das exportações.

A economia portuguesa acelerou no último trimestre de 2023, com o impulso do consumo privado, que acabou por amparar a redução nas exportações, penalizadas pelo abrandamento nos principais parceiros de Portugal. O bom desempenho do turismo também ajudou a compensar a desaceleração do comércio internacional. Este comportamento no final do ano permitiu alavancar o crescimento para o total de 2023, que ficou ligeiramente acima do estimado pelo Governo demissionário.

No quarto trimestre de 2023, o PIB cresceu, em cadeia, 0,8%, depois de uma contração de 0,2% no trimestre anterior. Para o desempenho trimestral, a maioria dos economistas já previa que Portugal ia evitar uma recessão técnica, mas os números acabaram por ser ainda mais positivos que o esperado na variação em cadeia. Segundo explica o INE, “o contributo da procura interna para a variação em cadeia do PIB aumentou no quarto trimestre, refletindo o comportamento do consumo privado, enquanto o contributo da procura externa líquida foi menos negativo”.

Desta forma, os portugueses consumiram mais e contribuíram para a atividade económica. Como indica Pedro Braz Teixeira ao ECO, como se começou a falar nas “descidas das taxas de juro, das Euribor e ainda que não se tenham repercutido nas prestações, as famílias ficaram mais otimistas e consumiram mais“. “O sentimento económico das famílias melhorou, com a expectativa de que as prestações vão baixar”, sinaliza o diretor do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade.

Dados do INE confirmam que “o indicador de confiança dos consumidores aumentou em dezembro e janeiro, após ter diminuído nos quatro meses anteriores“, adiantou o gabinete de estatísticas esta semana.

Ricardo Ferraz também aponta ao ECO que o desempenho mais positivo no quarto trimestre do ano “se deveu a uma aceleração do consumo das famílias e a um melhor comportamento das exportações de bens e serviços (é isso que justifica o desempenho melhor do que o esperado)”. Apesar de ainda não existirem dados muito detalhados, já que é uma estimativa rápida, “podemos suspeitar que o turismo terá dado um contributo importante”, antecipa o investigador no ISEG e professor na Universidade Lusófona.

As exportações, que têm vindo a pesar no desempenho português, acabaram então por penalizar menos o PIB. “As exportações também caíram menos o que ajudou o PIB”, nota Pedro Braz Teixeira, ressalvando que “o crescimento económico ainda teria sido melhor se a Autoeuropa não tivesse parado, porque em outubro a empresa ainda estava sem laborar”. O lado das importações também deu um impulso “por causa da descida dos preços do petróleo no quarto trimestre em relação ao trimestre anterior”, acrescenta.

Como se lê na nota de análise do BPI, “a procura externa manteve um contributo negativo para o crescimento trimestral, mas de menor amplitude do que no trimestre anterior”. “A pesar na procura externa poderá estar o incremento das importações de material de transporte, insuficientemente compensada, por um bom comportamento das exportações de serviços, sobretudo serviços turísticos, cujos indicadores se revelaram robustos nos últimos meses do ano”.

O turismo pode então estar a amparar ligeiramente a queda nas exportações, como já tinha também referido Ricardo Ferraz, sendo de notar que “os dados do turismo nas denominadas épocas baixas têm vindo a revelar alterações que se manifestam em surpresas positivas no desempenho trimestral do PIB”, indica o BPI.

O ministro da Economia também admitiu, em declarações ao ECO, que “é evidente que houve um declínio das exportações, se compararmos com 2022, um ano histórico”. “Temos claramente uma desaceleração que está relacionada com tudo aquilo que se está a passar no mundo, em particular a União Europeia”, disse. Ainda assim, as perspetivas para 2024 são mais animadoras.

Com este desempenho mais positivo no final do ano, o crescimento em 2023 acabou por ser de 2,3%, acima dos 2,2% estimados pelo Governo no Orçamento do Estado para 2024. “A procura interna apresentou um contributo positivo para a variação anual do PIB, embora inferior ao observado no ano anterior, verificando-se uma desaceleração do consumo privado e do investimento”, indica o INE. Por outro lado, “o contributo da procura externa líquida também foi positivo em 2023, mas menos intenso que em 2022, tendo as exportações e as importações de bens e serviços em volume desacelerado significativamente”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Medina diz que é difícil solução para Silopor até fim do mandato

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2024

O ministro das Finanças adiantou que a solução para a Silopor já está “delineada” e “organizada”, mas que dificilmente haverá solução até ao fim do mandato.

O ministro das Finanças disse que é difícil encontrar uma solução para a Silopor, em liquidação desde 2001, antes do fim do mandato, mas dará indicações à administração para encontrar soluções adequadas com os trabalhadores, em greve esta quarta-feira.

“Há de reconhecer que, depois de 20 anos em que a Silopor se encontra na situação de liquidação, encontrar uma solução agora a pouco tempo do fim do mandato é talvez um pouco difícil”, apontou Fernando Medina, em conferência de imprensa, juntamente com a ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, sobre o pacote de apoio ao rendimento dos agricultores no valor de quase 500 milhões de euros, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar a Política Agrícola Comum (PAC).

Os trabalhadores da Silopor, empresa pública em liquidação já há vários anos, estão em greve, pelo fim da precariedade e valorização dos salários e das carreiras. O ministro das Finanças realçou que o facto de a empresa se encontrar em liquidação não impediu o seu normal funcionamento. “A única coisa que altera é o nível de autonomia que existe para a tomada de um conjunto de decisões do ponto de vista da gestão da empresa”, explicou.

Fernando Medina acrescentou que o Ministério das Finanças “dará as indicações ao Conselho de Administração para que possa encontrar as soluções adequadas com os trabalhadores, para que a empresa recupere a sua normalidade”, “separando, naturalmente, o que é o desejo de quem reivindica e a possibilidade de quem vai ter que gerir uma organização” e uma empresa que sustentável.

Quanto à situação de liquidação em que a empresa se encontra há mais de 20 anos, o ministro das Finanças adiantou que a solução já está “delineada” e “organizada”, sem adiantar mais detalhes. Já a ministra da Agricultura garantiu que não está em causa o abastecimento de cereais no país e que o Governo está a acompanhar a situação junto do setor. Algumas dezenas de trabalhadores da Silopor concentraram-se esta quarta frente ao Ministério das Finanças, para exigir o fim da precariedade na empresa do setor do Estado e pela valorização dos salários e das carreiras.

Em liquidação desde 2001 por decisão da Comissão Europeia, mas a dar lucro desde 2016, a Silopor pertence ao setor empresarial do Estado e é gerida por uma comissão liquidatária cujo mandato foi prolongado até junho de 2025, a mesma altura em que acaba o contrato de concessão do Porto de Lisboa à empresa. O que irá acontecer depois daquela data, os trabalhadores não sabem, segundo explicou à Lusa a dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), Célia Lopes.

“A empresa continua a ser responsável por mais de 50% de armazenagem do cereal no nosso país e é, obviamente, uma empresa estratégica até na regulação de preços, quer para cereais para a produção alimentar, quer para seres humanos e animais”, apontou a dirigente sindical, que espera que na próxima reunião com a comissão liquidatária, apontada para início de fevereiro, haja evoluções no sentido dos interesses dos trabalhadores.

Em concreto, os profissionais da empresa reivindicam a integração nos quadros, com contrato sem termo, de todos os trabalhadores das empresas de trabalho temporário, um aumento salarial de 150 euros para todos e a negociação das carreiras profissionais e revisão do acordo de empresa, conforme expresso numa resolução aprovada pelos manifestantes e entregue no Ministério das Finanças.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CEO do Global Media Group demite-se após quatro meses em funções

José Paulo Fafe, desde setembro administrador do GMG, demitiu-se esta quarta-feira. Os salários de janeiro devem ser pagos até dia 7 e podem entrar novos investidores ainda esta semana, sabe o +M.

José Paulo Fafe, desde setembro administrador do Global Media Group demitiu-se esta quarta-feira. “Ao fim de quatro meses de exercício das funções, decidi hoje apresentar a renúncia ao cargo de presidente da comissão executiva do Global Media Group, onde igualmente detinha os pelouros editorial, de expansão e novos produtos”, escreve no comunicado ao qual o +M teve acesso.

Faço-o por considerar estarem esgotadas as condições para exercer essas funções, nomeadamente os pressupostos essenciais, nomeadamente o necessário entendimento entre acionistas, para levar a cabo a reestruturação editorial que há muito este grupo necessita, único caminho possível para o reposicionamento dos seus principais títulos e marcas, condição indispensável para o seu crescimento e expansão“, justifica o gestor demissionário.

Na carta de despedida, dirigida aos trabalhadores do grupo dono do Jornal de Notícias, Diário de Notícias, TSF ou O Jogo, José Paulo Fafe deixa “uma última nota”. “O rigor e a qualidade do Jornalismo não se defende com meras frases de efeito, slogans gastos, ou escondendo factos e realidades indesmentíveis. Constrói-se com projeto, com propósito, e fundamentalmente com a coragem que falta aos que, preferindo refugiar-se no passado que lhe esconde as fraquezas, se recusam, muitas vezes por inépcia e incompetência, a fazer o futuro.

José Paulo Fafe antecipa-se assim à assembleia-geral, de 19 de fevereiro, pedida por José Pedro Soeiro e Kevin Ho e que tem como principais pontos, tal como avançou o +M, destituir o conselho de administração e fazer um aumento de capital de cinco milhões de euros.

O representante do World Opportunity Fund (WOF), que ainda controla o grupo, também não aguardou pela decisão da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), que através da aplicação do artigo 14ª da Lei da Transparência pode inibir os direitos de voto e patrimoniais do fundo que tem uma posição maioritária na Páginas Civilizadas, também de Marco Galinha.

A gestão executiva do grupo, recorde-se, estava desde o dia 18 de janeiro reduzida a José Paulo Fafe e a Marco Galinha, chairman do grupo, após as demissões dos administradores Paulo Lima de Carvalho e Filipe Nascimento.

Entretanto, apurou o +M, Marco Galinha já terá estado esta terça-feira reunido com delegados sindicais do grupo. Sobre os ordenados de janeiro, o dono do grupo Bel terá afirmado “acreditar” que serão pagos até dia 7. O objetivo será também pagar o subsídio de Natal de uma só vez, “assim que entrar dinheiro dos novos investidores“, o que poderá acontecer ainda esta semana.

O chairman do Global Media Group terá confirmado a existência de “vários interessados” em ativos do grupo, com a TSF a encabeçar o número de propostas de compra. De acordo com informação obtida pelo +M, terá sido transmitido que a rádio podia ser vendida à parte, embora o objetivo dos acionistas minoritários seja manter uma participação em cada um dos projetos.

 

(notícia atualizada às 19h30)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Altice Arena muda de nome para Meo Arena e apresenta logótipo desenhado pela Dentsu

  • + M
  • 31 Janeiro 2024

A Dentsu é a responsável pelo novo logótipo da maior sala de espetáculos do país que volta a chamar-se "Meo Arena". O pavilhão denominava-se "Altice Arena" desde 2017.

Numa altura em que deixa de se chamar Altice Arena para voltar à denominação de Meo Arena, a maior sala de espetáculos do país apresenta o seu novo logótipo, cuja conceção ficou a cargo da Dentsu Creative.

Antes conhecido por Pavilhão Atlântico, e depois por Meo Arena, a sala de espetáculos tinha Altice Arena como nome desde 2017. Mas a estrutura lisboeta – tal como já tinha sido noticiado – regressa à designação de Meo Arena a partir desta quinta-feira.

A até agora Altice Arena volta assim a recuperar o naming adquirido em 2013, alteração que “surge no seguimento da estratégia de comunicação do main sponsor, a Altice, que há mais de dez anos que está associada à arena localizada no Parque das Nações”, refere-se em nota de imprensa.

“Esta decisão está alinhada com o reposicionamento das marcas do nosso parceiro, Altice. A nossa missão enquanto maior sala de espetáculos do País continua a mesma: oferecer aos mais variados públicos momentos únicos, de qualidade”, diz Jorge Vinha da Silva, CEO da Arena Atlântico (proprietária do Meo Arena), citado em comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

População de Gaza “está a morrer de fome”, alerta a OMS

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2024

"É uma população que morre de fome. É uma população que está a ser empurrada para o limite", afirmou o diretor do programa de emergências sanitárias da OMS.

A população de Gaza “está a morrer de fome”, alertou esta quarta-feira um alto responsável da Organização Mundial da Saúde (OMS), num momento em que vários países suspenderam o financiamento à agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA). “É uma população que morre de fome. É uma população que está a ser empurrada para o limite”, afirmou o diretor do programa de emergências sanitárias da OMS, Michael Ryan, numa conferência de imprensa, em Genebra (Suíça).

Importantes doadores – incluindo os Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Japão – anunciaram a suspensão da sua ajuda à UNRWA (na sigla em inglês) após Israel ter acusado 12 funcionários desta agência da ONU de envolvimento no ataque conduzido pelo movimento islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 7 de outubro. Na passada sexta-feira, a UNRWA anunciou a decisão de rescindir os contratos dos funcionários alegadamente envolvidos na ação do Hamas.

“Os palestinianos em Gaza estão a enfrentar uma catástrofe enorme (…). Se perguntarem se a catástrofe pode piorar, sim, absolutamente”, acrescentou o representante. A ajuda humanitária está a chegar lentamente à Faixa de Gaza, que se encontra totalmente cercada por Israel após o ataque do Hamas em outubro.

“O número de calorias consumidas pelos habitantes de Gaza tem vindo a diminuir sistematicamente e a qualidade dos alimentos tem vindo a cair a pique. Não é suposto as pessoas sobreviverem com ajuda alimentar durante meses e meses ou anos”, explicou Michael Ryan. “E se misturarmos a falta de alimentos com o excesso populacional, o frio e a falta de abrigo, temos as condições perfeitas para uma epidemia maciça entre as crianças”, frisou o representante da OMS.

No ataque de 7 de outubro, os militantes do Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram mais de duas centenas de reféns que levaram para a Faixa de Gaza, segundo as autoridades israelitas. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva aérea, marítima e terrestre que matou mais de 26 mil pessoas em Gaza, de acordo com dados divulgados pelas estruturas de governo do Hamas, que controla o enclave desde 2007.

Israel, Estados Unidos e União Europeia consideram o Hamas como uma organização terrorista.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Excedente baixa mas ainda alcança os 4,3 mil milhões de euros em 2023

O saldo das Administrações Públicas manteve-se em terreno positivo, em dezembro, há boleia do emprego e do IRS, mas contraiu cerca de 2 mil milhões face aos resultados do mês anterior.

O excedente orçamental das Administrações Públicas contraiu cerca de dois mil milhões de euros, em dezembro de 2023, face ao mês anterior, mas ainda assim atingiu os 4,3 mil milhões de euros, segundo o comunicado do Ministério das Finanças, divulgado esta quarta-feira. Contribuições sociais e receita de IRS mantiveram os resultados no verde. Em novembro, o excedente tinha atingido os 6,4 mil milhões de euros.

“O valor de final de ano diminuiu em relação ao saldo registado em novembro (redução de 2.057 milhões de euros), mas manteve-se em terreno positivo ao contrário do que aconteceu em 2022″, de acordo com a mesma nota. Recorde-se que as administrações públicas fecharam 2022 com um défice de 3.437 milhões de euros, em contabilidade pública.

Comparando com 2022, em termos homólogos e ajustados do efeito da integração do Fundo de Pensões da Caixa Geral de Depósitos, o superávite de 4,3 mil milhões de euros reflete uma “melhoria da receita efetiva de 12,1%, em grande parte fruto da resiliência do mercado de trabalho tanto em volume de emprego como no crescimento das remunerações”, indicam as Finanças. A este respeito, o gabinete de Fernando Medina dá conta que a receita de IRS subiu 13,6% e as contribuições sociais aumentaram 10,7%.

A arrecadação de impostos, em termos globais, cresceu 11,8%, sobretudo influenciada pelo aumento da receita dos impostos diretos (IRS e IRC) em 14,4%.

Do lado da despesa, as medidas associadas ao choque geopolítico ascenderam a 2.835 milhões de euros. Deste montante, 1.209 milhões de euros são medidas com impacto no lado da despesa, destacando-se o apoio extraordinário às famílias mais vulneráveis, incluindo o apoio para crianças e jovens, e o apoio a setores de produção agrícola. Do lado da receita, as medidas tomadas representaram cerca de 1.627 milhões de euros, com destaque para as de redução de tributação sobre combustíveis e alimentos.

Excluindo o impacto das medidas extraordinárias relacionadas com a covid-19 e o pacote de mitigação impacto do choque geopolítico, verificou-se um aumento da despesa efetiva de 9%, impulsionado pelos salários, aquisição de bens e serviços, investimento e prestações sociais. A despesa primária (excluindo juros) aumentou 9,4% em termos homólogos, de 92.974 milhões de euros para 101.737 milhões.

“As despesas com pessoal aumentaram 7,5%, refletindo as atualizações transversais remuneratórias dos trabalhadores das Administrações Públicas, o impacto do aumento da remuneração mínima mensal garantida”, de 705 para 760 euros, “e o crescimento do subsídio de refeição”, de 5,50 euros para seis euros por dia. Neste âmbito, destaca-se o contributo dos salários do SNS (+8,3%) e da PSP e GNR (+8,4%)”, justifica a tutela.

O custo com aquisição de bens e serviços aumentou 6,3%, nomeadamente nas áreas da Agricultura (+41,9%), do Ensino Superior (+17,7%) e da Administração Local (+12,3%). De salientar, contudo, que se excluirmos o efeito base de medidas covid-19 que registaram uma forte descida em 2023, a despesa com bens e serviços cresceu 11%.

A despesa com o investimento na Administração Central e Segurança Social, excluindo parcerias público-privadas, cresceu 12,9%. Este aumento é influenciado pelo efeito base, em 2022, da Universalização da Escola Digital. Descontando o impacto da medida ‘Escola Digital’ de 2022, os gastos, nesta rubrica, subiram 23,1%.

Fatura com apoio à renda atinge 269 milhões de euros e ultrapassa estimativa do Governo

A fatura com prestações sociais, excluindo pensões, cresceu 9,5%, sem contar com medidas relacionadas com a pandemia, os apoios extraordinárias às famílias e prestações de desemprego. Esta evolução reflete, em grande medida, as valorizações remuneratórias e o aumento do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), que serve de referencial para a atualização de subsídios, que passou de 443,20 euros para 480,43 euros.

“Em particular, destaca-se o aumento da despesa com o subsídio familiar a crianças e jovens (+20,6%), a prestação social para a inclusão (+25,1%) e o complemento solidário para idosos (+17,7%)”, sublinha o Ministério das Finanças. Ainda na rubrica dos apoios sociais, o gabinete de Fernando Medina revela que a despesa com o pagamento do apoio extraordinário à renda atingiu os 269 milhões de euros, ultrapassando o valor global previsto de 250 milhões de euros para o ano de 2023.

a despesa com pensões aumentou 4,3%, “estando influenciada pelo pagamento do complemento excecional a pensionistas em 2022, isto é, pela meia pensão atribuída no naquele ano e que levou, em janeiro de 2023, a um corte para metade na atualização regular das reformas que deveria ter sido de 7,8%. Aliás, o comunicado do Ministério reconhece que se essa regra tivesse sido seguida, o aumento da despesa teria sido de 7,8%.

(Notícia atualizada às 18h34)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CT da TSF lamenta falta de resposta da Comissão Executiva sobre os salários

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2024

Os trabalhadores não sabem se vão receber o salário de janeiro. Quem aderiu ao plano de rescisões, também não tem resposta sobre a sua saída.

A Comissão de Trabalhadores (CT) da TSF lamentou esta quarta-feira a falta de resposta da administração da Global Media sobre o pagamento dos salários.

Em comunicado, a que a Lusa teve hoje acesso, a CT da TSF adianta que questionou “atempadamente a Comissão Executiva [liderada por José Paulo Fafe] sobre o pagamento dos salários deste mês, mas, infelizmente, não teve resposta sobre a data em que pretende fazer o pagamento“.

A CT da rádio TSF “lamenta, uma vez mais, que um tema tão sensível como este não mereça resposta, tampouco um aviso aos trabalhadores que voltam a entrar num novo mês sem saberem quando vão poder cumprir com as suas responsabilidades financeiras”.

Além disso, o órgão que representa os trabalhadores da rádio refere que “teve conhecimento de que foram feitas propostas de trabalho a recibos verdes a trabalhadores com quem a empresa não quis renovar contratos“, denunciando a “ilegalidade da situação”.

A CT “repudia veementemente esta tentativa de tentar contornar a evidente escassez de recursos humanos, através de métodos ilegais, que estimulam a precariedade laboral e, a acontecerem, representariam a abertura de um precedente muito grave na empresa”.

Face a isto, a “Comissão de Trabalhadores da TSF, eleita para defender os direitos dos trabalhadores, comunicou este facto à Autoridade para as Condições do Trabalho”.

Ainda no âmbito do tema dos recursos humanos, “a Comissão de Trabalhadores da TSF manifesta a sua perplexidade com o facto de os trabalhadores da rádio que aderiram ao plano de rescisões proposto pela administração não tenham, até ao momento, um vislumbre de como e quando se efetua a sua saída, num evidente desrespeito pelas vidas e carreiras destas pessoas”, remata o órgão.

Em 25 de janeiro, os trabalhadores da Global Media que tinham o salário de dezembro em atraso receberam o vencimento, depois do grupo Bel ter dado uma garantia à Vasp para adiantar dinheiro ao grupo.

Falta ainda pagar o subsídio de Natal e realizar os pagamentos aos prestadores de serviços.

Em 6 de dezembro, a Comissão Executiva da GMG anunciou que iria negociar “com caráter de urgência” rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação para evitar “a mais do que previsível falência do grupo”.

Argumentou também que “face aos constrangimentos financeiros criados pela anulação do negócio da Lusa”, o pagamento “do subsídio de Natal referente ao ano de 2023 só poderá ser efetuado através de duodécimos, acrescido nos vencimentos de janeiro a dezembro do próximo ano”.

Em 28 de dezembro, a Global Media informou os trabalhadores de que não tem condições para pagar os salários referentes ao mês de dezembro, sublinhando que a situação financeira é “extremamente grave”.

De acordo com a informação da ERC, a participação efetiva da Páginas Civilizadas na GMG é de 50,25% do capital e dos direitos de voto. Esta posição é calculada a partir da soma da detenção direta de 41,51% e da indireta, através da Grandes Notícias Lda, de 8,74%.

O fundo WOF tem uma participação de 25,628% do capital social e dos direitos de voto da GMG. Por sua vez, o Grupo Bel detém uma participação indireta de 17,58%. A KNJ, de Kevin Ho, detém 29,350% e José Pedro Soeiro 20,400%.

Resumindo, a Global Media é detida diretamente pela Páginas Civilizadas (41,510%), KNJ (29,350%), José Pedro Soeiro (20,400%) e Grandes Notícias (8,740%).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa alerta que Europa não pode prometer de mais e cumprir de menos

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2024

"Para que o alargamento seja um êxito, a UE tem de se preparar e isso significa fazer reformas. Tem de ser uma casa comum, com os nossos valores comuns como alicerces sólidos", disse Costa.

O primeiro-ministro português considerou esta quarta-feira o antigo presidente da Comissão Europeia Jacques Delors como fundador da “aprofundada e alargada” União Europeia (UE) atual e alertou que “a Europa não pode prometer de mais e cumprir de menos”.

“Jacques Delors é o pai fundador da UE e a ele devemos a Europa aprofundada e alargada de hoje. Do Ato Único Europeu a Maastricht, através de realizações concretas, Jacques Delors conduziu-nos na via de uma união cada vez mais estreita. Com Jacques Delors, a Europa também se alargou unificando o sul e o norte, integrando as jovens democracias de Portugal e de Espanha, que hoje lhe prestam homenagem declarando um dia de luto”, disse António Costa, em Bruxelas.

Intervindo na cerimónia de homenagem da Comissão Europeia a Jacques Delors, que morreu em dezembro aos 98 anos, o chefe de Governo português afirmou que a memória “e o sucesso do seu legado não devem levar a que se pense que aqueles anos foram em vão”. “A Europa não pode prometer de mais e cumprir de menos”, avisou António Costa, num discurso proferido um dia antes de um Conselho Europeu decisivo em Bruxelas para avançar com apoio financeiro à Ucrânia, e que poderá ser ameaçado por um eventual novo bloqueio húngaro.

Para o primeiro-ministro português, o legado de Delors “ainda é relevante” e deve servir “como uma oportunidade para encontrar inspiração”. “Primeiro, para completar o que ele começou, o mercado único, a União Económica e Monetária e a Europa Social […] e, em segundo lugar, tal como aconteceu com a queda do Muro de Berlim em 1989, a invasão russa da Ucrânia torna imperativo um novo alargamento”, apontou. No que toca à expansão do bloco comunitário, a UE “deve desempenhar um papel decisivo como ator geopolítico e global”, segundo António Costa.

“Tal como Jacques Delors compreendeu, para que o alargamento seja um êxito, a UE tem de se preparar e isso significa fazer reformas. Tem de ser uma casa comum, com os nossos valores comuns como alicerces sólidos e profundos, onde todos os Estados-membros se possam sentir confortáveis e, para sermos claros, precisamos de uma Europa que continue a não fazer concessões em matéria de democracia, direitos fundamentais e Estado de direito”, elencou.

Ao mesmo tempo, é preciso “preservar a nossa unidade, aceitando e respeitando o facto de diferentes Estados-membros desejarem diferentes níveis de integração”, acrescentou. António Cosa referiu ainda que, tal como a união estava “no cerne do êxito das reformas” do antigo líder do executivo comunitário, a UE não se deve “dar ao luxo de reduzir as ambições comuns”, devendo por isso “aumentar a capacidade de investimento comum nas transições digital e climática, na segurança e defesa, nas migrações, no alargamento e – nunca esquecendo Jacques Delors – na coesão social”.

“Isso significa fazer escolhas difíceis, significa encontrar o equilíbrio correto, mas os novos recursos próprios terão de fazer parte da solução”, adiantou. A Comissão Europeia homenageou esta quarta o antigo presidente da instituição Jacques Delors, numa cerimónia em Bruxelas com chefes de Governo e de Estado da UE.

Realizada no edifício sede da Comissão Europeia, no Berlaymont, a cerimónia foi presidida pela atual presidente da instituição, Ursula von der Leyen, contando com os líderes da UE, mas também familiares, antigos colaboradores e membros do corpo diplomático. Na quinta-feira, realiza-se um Conselho Europeu extraordinário decisivo em Bruxelas, ameaçado pelo novo eventual bloqueio da Hungria relativo à reserva financeira de 50 mil milhões de euros para a reconstrução e modernização da Ucrânia, prevista no âmbito da revisão do orçamento a longo prazo da UE para 2024-2027.

Vários altos funcionários europeus admitiram que não está assegurado um acordo, o que leva a que se estudem pesadas represálias à Hungria, como uma eventual perda de direito de voto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Casa de Berlusconi à venda por 500 milhões de euros

  • ECO
  • 31 Janeiro 2024

A propriedade tem cerca de 110 hectares e situa-se no nordeste da Sardenha. Adquirida por Berlusconi em 1980, tem 68 quartos e acesso direto ao mar Mediterrâneo. Está à venda por 500 milhões.

Está à venda por 500 milhões de euros uma propriedade do antigo primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi na Sardenha, avança o Financial Times. Neste imóvel já reuniram líderes de todo o mundo, tal como o antigo presidente dos Estados Unidos da América George Bush, o antigo primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair e o presidente russo Vladimir Putin.

Após o falecimento do seu pai, os cinco filhos de Berlusconi decidiram desfazer-se da propriedade. Segundo o Financial Times, a venda do imóvel ficará a cargo do consultor Dils, com sede em Milão. Entre os possíveis compradores estão bilionários dos Emirados Árabes Unidos, da Arábia Saudita, da Índia e dos EUA. As visitas devem começar em fevereiro.

A propriedade tem cerca de 110 hectares e situa-se no nordeste da ilha da Sardenha. Adquirida por Berlusconi em 1980, tem 68 quartos, acesso direto ao mar Mediterrâneo, várias piscinas, campos de ténis, jardins do tamanho de 80 campos de futebol e um anfiteatro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo apela que protestos dos agricultores não ponham em causa direito de mobilidade

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2024

“Devemos evitar que se coloquem em causa direitos fundamentais, como direito de mobilidade”, avisou José Luís Carneiro.

O ministro da Administração Interna manifestou-se esta quarta-feira preocupado com os protestos que estão a ser organizados por agricultores, com máquinas agrícolas em várias estradas do país, e apelou a que não ponham em causa o direito de mobilidade.

Tomámos conhecimento de que há a intenção de bloqueios de algumas estradas e condições de mobilidade no país. O meu apelo é que todos procurem cumprir e garantir o cumprimento desse dever”, disse José Luís Carneiro, em declarações aos jornalistas antes de uma reunião com a PSP, a GNR e a Proteção Civil.

O ministro da Administração Interna participa esta quarta numa reunião de alto nível com a PSP, a GNR e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil a propósito dos protestos convocados para quinta-feira. Os agricultores portugueses vão manifestar-se a partir das 06:00 com máquinas agrícolas nas estradas de várias zonas do país, reclamando “condições justas” e a “valorização da atividade”, numa iniciativa do Movimento Civil Agricultores de Portugal.

“Devemos evitar que se coloquem em causa direitos fundamentais, como direito de mobilidade”, avisou José Luís Carneiro, pedindo também que os organizadores dos protestos os comuniquem devidamente às autoridades competentes.

Questionado sobre a resposta das forças de segurança aos protestos e de que forma esse tema seria discutido na reunião, o ministro afirmou que “desde as primeiras horas em que se começaram a desenvolver expressões de ocupação do espaço público que as forças de segurança estão a acompanhar com atenção”.

O governante alertou ainda para “tentativas de instrumentalização” dos protestos, sem esclarecer a que se referia e sem fazer menção à manifestação anti-islâmica, marcada para sábado na zona da Mouraria.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.