Tribunal de Contas denuncia “manipulação” dos limites nas adjudicações aos mesmos fornecedores

Pelo menos 23 adjudicantes, entre municípios, institutos públicos e a própria Polícia Judiciária, já “ultrapassaram largamente” os limites de adjudicações sucessivas aos mesmos fornecedores.

O Tribunal de Conta identificou vários casos em que os limites de adjudicações sucessivas à mesma entidade foram já atingidos. Num relatório onde alerta para os riscos associados às medidas especiais de contratação pública, a entidade liderada por José Tavares sublinha que, “em geral”, houve “manipulação dos vários limites possíveis”.

O relatório, que constata que medidas especiais de contratação pública são aplicadas sobretudo a projetos financiados com fundos europeus, sublinha que “a margem de discricionariedade conferida às entidades adjudicantes para a escolha das entidades convidadas a apresentar proposta no âmbito dos procedimentos de ajuste direto e consulta prévia acarreta riscos de favorecimento de determinados adjudicatários e de redução do leque de fornecedores com acesso aos mercados públicos”. Por isso, a lei estabelece limites à contratação reiterada do mesmo operador económico. Mas, na prática, continuam a subsistir casos de contratação reiterada.

Há, pelo menos, 23 adjudicantes – passam por câmaras municipais, institutos públicos ou pela própria Polícia Judiciária – que já “ultrapassaram largamente” os limites de adjudicações sucessivas aos mesmos adjudicatários, no quadro de procedimentos não concorrenciais.

No entanto, o Tribunal de Contas admite que não é “evidente que isso tenha sucedido em violação da lei”. Isto porque se o convite para o último dos contratos for feito quando as adjudicações acumuladas ao mesmo fornecedor ainda não tenham atingido o limite, a lei permite que seja celebrado um novo contrato mesmo que este leve a que o limiar seja ultrapassado.

“Perplexidade” é a palavra usada para classificar os casos em que existiram mais ajustes diretos efetuados por uma autarquia à mesma entidade, quando os limites já foram ultrapassados, designadamente um por ano, e se opta por uma contabilização separada dos limiares. Em causa está o Município de Viseu que adjudicou vários contratos à Associação de Produtores Florestais de Viseu ou o Instituto Politécnico de Leiria que comprou vários serviços à empresa de coordenação e gestão de projetos Vitor Hugo.

O alerta não é novo, até porque “a lei não é clara no estabelecimento de limites, em especial para os ajustes diretos simplificados aos mesmos adjudicatários. Por isso, o Tribunal pede que o regime seja revisitado e clarificado.

E num momento em que estão a ser discutidas na Assembleia da República alterações ao visto prévio do Tribunal de Contas ou do levantamento provisório do efeito suspensivo a todos os projetos financiados com fundos europeus, e não apenas aos do PRR, o tribunal pede que seja reponderada a justificação e utilidade das medidas especiais de contratação pública e que seja utilizado o Registo Central de Beneficiário Efetivo para efeitos de escrutínio no âmbito da contratação pública e promoção da transparência.

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Cerejeira Namora, Marinho Falcão assessora município do Porto no Acordo Coletivo de Empregador Público

A equipa da Cerejeira Namora, Marinho Falcão que assessorou o município do Porto foi liderada por Nuno Cerejeira Namora e contou também com Margarida M. Pereira, Pedro Condês Tomaz e Tatiana Marinho.

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão assessorou a Câmara Municipal do Porto nas negociações com as várias associações sindicais, com representatividade nos quadros de trabalhadores do Município do Porto, com vista à alteração e adesão do Acordo Coletivo de Empregador Público (ACEP) n.º 98/2015.

“A alteração do ACEP, que vincula o município do Porto, introduz alterações a matérias relacionadas com trabalho suplementar, trabalho noturno e dias de férias, entre outros, sendo de salientar o aumento do número de associações sindicais subscritoras do novo instrumento de contratação coletiva, o que aumenta igualmente o número de trabalhadores abrangidos por tal representatividade”, revelam em comunicado.

A equipa da Cerejeira Namora, Marinho Falcão que assessorou o município do Porto foi liderada por Nuno Cerejeira Namora e contou também com Margarida M. Pereira, Pedro Condês Tomaz e Tatiana Marinho.

As negociações decorreram ao longo dos últimos seis meses e culminaram com a assinatura do acordo na cerimónia ocorrida a 3 de outubro, na sede da Câmara Municipal do Porto.

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Vânia Costa Ramos eleita presidente da European Criminal Bar Association

Vânia Costa Ramos, sócia fundadora da Carlos Pinto de Abreu e Associados, foi eleita presidente da European Criminal Bar Association (ECBA) para o triénio 2024/2026.

A advogada e sócia fundadora da Carlos Pinto de Abreu e Associados, Vânia Costa Ramos, foi eleita presidente da European Criminal Bar Association (ECBA) para o triénio 2024/2026. A eleição decorreu em Helsínquia, na Finlândia, por unanimidade.

A ECBA é uma associação de advogados penalistas da Europa, sendo reconhecida pela sua “extensa” e “meritória” atividade em prol da qualidade da justiça criminal, do prestígio da advocacia penal e da intransigente defesa dos direitos fundamentais das pessoas, do desenvolvimento de uma cultura judiciária democrática e do escrupuloso respeito pelos direitos humanos.

Para além do cargo para o qual acaba de ser eleita, Vânia Costa Ramos já foi presidente do Forum Penal – Associação de Advogados Penalistas, membro do Legal Experts Advisory Panel da Fair Trials International e membro da Defence Extradition Lawyer’s Association. Está ainda admitida a exercer perante o Tribunal Penal Internacional (International Criminal Court), desde 2023.

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Erica Ferreira Gomes é a nova associada da SPS

Erica Ferreira Gomes integra a SPS Advogados na qualidade de associada coordenadora. A advogada transita da CCAA.

A SPS Advogados reforçou a equipa de Direito Societário e Comercial com a integração de Erica Ferreira Gomes, na qualidade de associada coordenadora. A advogada transita da CCAA.

“Esta contratação responde à necessidade do desenvolvimento da estrutura da SPS Advogados, focada em elevar os níveis de qualidade do serviço prestado, com vista a responder à permanente solicitação do mercado nesta área do Direito”,referem em comunicado.

Erica Ferreira Gomes vai coordenar a equipa de Direito Societário e Comercial e as áreas de Direito Imobiliário e de Contencioso, “tendo construído a sua carreira no exercício da prática jurídica em sociedades de advogados, nas quais assessorou clientes dos mais diversos setores de atividade”.

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Google ameaça parar de partilhar notícias na Nova Zelândia

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  • 7 Outubro 2024

Depois da Austrália e Canadá, também a Nova Zelândia quer forçar as grandes empresas de tecnologia a "reembolsarem" os media. A Google diz que a abordagem "não é a correta".

A Google ameaçou deixar de partilhar notícias na Nova Zelândia e terminar as parcerias que tem com redações no país caso o governo neozelandês decida realmente avançar com o “Fair Digital News Bargaining Bill“, um projeto de lei que visa forçar as grandes empresas tecnológicas a pagar aos jornais pelos seus conteúdos.

“Enquanto importante apoiante de longa data da indústria dos media da Nova Zelândia, estamos profundamente preocupados com o Fair Digital News Bargaining Bill. Este projeto de lei propõe um ‘imposto de link’, que exigiria que a Google pagasse por links para artigos de notícias. Embora a Google apoie os esforços para promover um futuro sustentável para as notícias da Nova Zelândia, este projeto de lei não é a abordagem correta“, refere Caroline Rainsford, diretora da Google na Nova Zelândia, citada em comunicado.

A responsável diz que a sua empresa foi “transparente” com o governo neozelandês e que já sublinhou que seria forçada a deixar de partilhar conteúdos de notícias nas pesquisas no seu motor de busca e no Google News, bem como descontinuar os atuais acordos comerciais com organizações de media da Nova Zelândia, caso o governo prossiga com a sua intenção.

Acreditamos que há um caminho sensato a seguir e propusemos alternativas razoáveis ​​ao governo que não prejudiquem editoras menores, locais ou regionais e mantenham os princípios da web aberta, em linha com acordos recentes que fechamos noutros lugares“, refere Caroline Rainsford, adiantando que os diversos programas da Google no país abrangem mais de 95% dos media digitais da Nova Zelândia e resultam em pagamentos de “milhões de dólares” anualmente a quase 50 publicações locais.

O governo começou por se opor a este projeto de lei em 2023, quando foi apresentado pela administração anterior, mas parece ter reconsiderado a sua posição tendo em conta a perda de mais de 200 empregos no setor no início deste ano, refere a ABC.

Paul Goldsmith, ministro com a pasta dos media, disse que o projeto de lei ainda estava sob consulta, revela o mesmo jornal. Em julho, o responsável adiantou que a intenção passava por aprovar a lei até o final do ano.

No ano passado aconteceu uma situação similar, mas entre a Meta – empresa detentora do Facebook, Instagram e Whatsapp – e o Canadá. Neste caso, a Meta também ameaçou bloquear as notícias nas suas plataformas no país norte-americano caso o governo canadiano aprovasse a lei Online News Act, que pretendia estabelecer regras de forma a fazer com que as plataformas tecnológicas negociassem acordos comerciais e repartissem dividendos com os meios de comunicação canadianos pelos seus conteúdos.

No final de novembro do ano passado, depois de meses de negociações, Otava e o gigante californiano anunciaram um “acordo histórico”, no âmbito do qual a Google pagaria aos meios de comunicação social canadianos 100 milhões de dólares (cerca de 92 milhões de euros) por ano como compensação pela perda de receitas publicitárias.

Ainda antes disso, a Austrália foi o primeiro país a tentar forçar as grandes empresas de tecnologia a “reembolsarem” os media, com a aprovação da The News Media Bargaining Code, lei desenhada para que as grandes plataformas presentes no país fossem obrigadas a pagar aos meios de comunicação locais pelos seus conteúdos. Esta ação levou a que a Meta banisse por completo das suas plataformas os meios de comunicação australianos, de forma a não ter de pagar pelos conteúdos. O boicote durou uma semana.

A Meta forçou assim uma renegociação dos termos da lei. Mais tarde, já com as negociações fechadas, o governo australiano considerou a lei um sucesso, apontando os cerca de 30 acordos comercias estabelecidos entre a Google e a Meta e os meios de comunicação australianos. Atualmente são distribuídos anualmente cerca de 200 milhões de dólares (perto de 125 milhões de euros) pelos meios de comunicação locais.

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Possibilidade de privatização limita subida de rating da TAP

A S&P Global afirma que a margem operacional da companhia portuguesa é "uma das mais elevadas da indústria", mas o crescimento está limitado pelo aeroporto e pela impossibilidade de aumentar a frota.

A S&P Global manteve a classificação de risco da TAP inalterada em “BB-“, com perspetiva estável, elogiando, no entanto, os bons resultados alcançados pela companhia. A “nota” poderia ser mais alta, não fosse a possibilidade de a cedência do controlo acionista na privatização reduzir a relação com o Estado.

Se a melhoria dos resultados e da robustez financeira da TAP foi decisiva para a melhoria do perfil de risco da companhia, o facto de ser detida a 100% pelo Estado português também pesa na avaliação das agências de rating. “A nossa visão é sustentada pelo histórico de auxílios estatais até à data e pela importância da companhia aérea para o Governo. (…) Sabemos que o Governo vê a companhia como um ativo estratégico que é importante para o desenvolvimento económico e o turismo”, refere no relatório divulgado na sexta-feira passada.

A possibilidade desta relação sofrer uma alteração significativa acaba também por restringir uma classificação mais elevada. “Ao mesmo tempo, a nossa avaliação é limitada pelos planos do Governo para privatizar a TAP a curto prazo e pelo risco de que isso possa levar a uma redução significativa na participação estatal, à renúncia ao controlo e ao enfraquecimento da ligação com a TAP“.

Entre os fatores que podem conduzir a um corte no rating, o relatório aponta um menor comprometimento em relação a um apoio do Estado: “Poderemos baixar a classificação se acreditarmos que a probabilidade de apoio governamental enfraqueceu ou se baixarmos a nossa classificação soberana não solicitada de Portugal abaixo de ‘BBB-’.”

A S&P não o refere no relatório, mas, no caso de uma privatização, a avaliação de risco da TAP também será influenciada pelo rating do comprador. Os grupos que têm manifestado interesse na companhia portuguesa têm todos uma avaliação mais alta: a Air France de “BB+” e a IAG e Lufthansa de “BBB-“.

Elogios à margem da TAP e expectativa de bons resultados

A S&P Global espera que a TAP registe este ano um resultado antes do pagamento de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) entre os 830 e os 860 milhões de euros, suportado por “resultados sólidos no primeiro semestre”. O que significa que ficará em linha ou um pouco acima dos 832 milhões (ajustados) conseguido em 2023. A agência antecipa que o EBITDA volte a superar aquela marca em 2025 e assinala mesmo que a TAP tem “margens EBITDA entre as mais altas da indústria“.

A margem de crescimento é, no entanto, limitada. “A frota operacional reduzida da TAP (com 99 aeronaves no final de junho de 2024 em comparação com 105 no final de dezembro de 2019) e o seu principal hub altamente congestionado em Lisboa limitarão o potencial de crescimento da receita a médio prazo”, assinala o relatório. De salientar que o número de aviões da TAP está limitado pelo plano de reestruturação.

O relatório aponta quatro forças e riscos para a TAP:

Principais forças:

  • Posição de liderança no hub no aeroporto de Lisboa, que a companhia aérea aproveita para as suas conexões em toda a Europa e a liderança na quota de mercado no tráfego transatlântico com o Brasil, e exposição crescente a destinos na América do Norte.
  • A frota operacional está a tornar-se mais eficiente em termos de consumo de combustível com a entrega contínua de aviões de última geração.
  • Histórico de redução de custos e melhorias na eficiência operacional, resultando em margens EBITDA entre as mais altas da indústria.
  • Perfil financeiro fortalecido e aumento da reserva de liquidez desde a crise provocada pela pandemia.

Principais riscos:

  • Suscetibilidade aos ciclos económicos europeus e globais, flutuações no preço do petróleo, elevada intensidade de capital e eventos geopolíticos e de segurança imprevistos.
  • Possibilidades de negócio limitadas (em comparação com algumas companhias aéreas concorrentes que avaliamos) e grande exposição a países emergentes como o Brasil tornam a TAP mais suscetível a eventos imprevistos de alto impacto e baixa probabilidade do que os maiores players.
  • Despesas de capital (capex) elevadas nos próximos anos devido à modernização da frota necessária para permanecer competitiva.
  • Os grandes investimentos de capital irão restringir os fluxos de caixa e o espaço para uma maior redução da alavancagem.

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Nos multada em mais de um milhão de euros pela Anacom

Regulador comunicou dois processos que envolvem a Nos e violações das regras legais sobre contratos e suspensão de serviços. Num dos casos que já foi a tribunal, a coima foi reduzida substancialmente.

A operadora Nos vê-se a braços com duas coimas da Anacom cujo valor, no seu conjunto, supera um milhão de euros, mesmo depois de um tribunal ter reduzido significativamente uma delas, segundo um comunicado do regulador esta segunda-feira. Entre as irregularidades identificadas está a violação das regras aplicáveis à cessação de contratos por iniciativa dos clientes.

“A Anacom aplicou coimas à Nos num valor total superior a um milhão de euros”, começa por referir o comunicado do regulador. No processo que diz respeito às cessações contratuais, a coima da Anacom foi de 857 mil euros, mas o Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão fixou a mesma em 450 mil euros, apesar de ter confirmado “a maior parte dos ilícitos”, diz o regulador.

“Neste caso, estavam em causa situações em que a Nos, apesar de não dispor de contrato assinado pelos clientes, lhes exigiu o pagamento de um encargo por incumprimento do período de fidelização e, num caso, não permitiu que fosse apresentado um pedido de denúncia do contrato por existir um período de fidelização”, refere o comunicado.

No processo, a Nos é ainda acusada pela Anacom de não ter solicitado aos clientes, dentro do prazo, informação necessária à confirmação da denúncia ou resolução dos respetivos contratos, ou pedido informação que não era necessária para o efeito.

A Anacom alude ainda a um processo que remonta já a este mês de outubro, em que a Nos é acusada de “situações de não comunicação dos pré-avisos de suspensão no prazo previsto na lei para o efeito, e não indicação, nos pré-avisos enviados aos consumidores, que um dos meios ao dispor dos clientes para evitarem a suspensão dos serviços era a celebração, por escrito, de um acordo de pagamentos”.

O regulador liderado por Sandra Maximiano encontrou também situações em que a Nos não suspendeu os serviços no prazo legalmente obrigatório, ou emitiu faturas de forma indevida já após o momento em que os serviços deveriam ter sido suspensos.

“Ao não ter cumprido escrupulosamente as regras legais aplicáveis, a Nos não promoveu o cumprimento atempado dos contratos de prestação de serviços celebrados com os clientes, não evitou o endividamento dos utilizadores de serviços de comunicações eletrónicas e não tutelou adequadamente a posição jurídica dos assinantes, tendo, assim, colocado em causa as finalidades das normas aplicáveis”, entende a Anacom.

Neste caso, segundo o regulador, a Nos já impugnou esta decisão da Anacom junto do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão.

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Governo pré-aprova Orçamento do Estado para 2025

Orçamento do Estado para 2025 foi pré-aprovado pelo Conselho de Ministros. "Proposta final aguarda apenas o desenrolar das negociações em curso com o Partido Socialista", indica o Executivo.

O Conselho de Ministros pré-aprovou esta segunda-feira a proposta do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), remetendo a aprovação final do documento para o desenlace das negociações em curso entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos.

O Orçamento do Estado para 2025 foi pré-aprovado pelo Governo e a proposta final aguarda apenas o desenrolar das negociações em curso com o Partido Socialista“, refere o Governo em comunicado divulgado após o Conselho de Ministros realizado esta manhã.

O documento terá de ser entregue pelo Governo até dia 10 de outubro na Assembleia da República. A três dias da data, o Governo e o PS continuam em negociações. Na quinta-feira passada, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, reuniram-se em São Bento.

No encontro, Montenegro apresentou a Pedro Nuno Santos uma contraproposta na qual reduz o IRC para 17% em três anos – com uma diminuição de um ponto percentual em 2025 – e adota o IRS Jovem proposto pelo PS com algumas alterações: o benefício é prolongado até aos 35 anos (atualmente o limite etário é 30 anos) e duração passa de cinco anos para 13 anos.

Pedro Nuno Santos acolhe a proposta do Governo para o IRS Jovem, mas quer reduzir o período do benefício de 13 para sete anos, sem prejuízo de futuras avaliações apontarem para o seu alargamento. No IRC, deixa passar a descida de um ponto em 2025, desde que não haja novas reduções nos anos seguintes. Ou, em alternativa à redução de um ponto no IRC, o Governo reintroduz o crédito fiscal ao investimento, ficando livre para, nos Orçamentos de Estado subsequentes, de 2026 a 2028, proceder à redução do IRC mas sem o apoio do PS. Os socialistas dizem aguardar agora a resposta do Executivo à sua proposta.

O Governo deverá responder negativamente à proposta de Pedro Nuno Santos para deixar cair o corte de IRC em um ponto percentual e trocar esse medida pela recuperação do Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento (CFEI), um mecanismo fiscal que só foi utilizado em situações de crise, revelou ao ECO uma fonte conhecedora do processo.

(Notícia atualizada às 13h18)

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Fábio Coentrão “molha” as chuteiras de investidor com gin de Vila do Conde

Criada em 2021 em Vila de Conde, a marca Gin Pablo já está em mercados como Alemanha, Itália, Luxemburgo, França, Brasil e Angola. Ex-futebolista entra no negócio para reforçar a internacionalização.

Após pendurar as chuteiras como futebolista profissional, Fábio Coentrão prepara-se para “assinar contrato” como investidor, agora fora dos relvados. O antigo jogador da seleção nacional é o novo sócio da marca portuguesa Gin Pablo, pertencente ao Grupo Matrem, que emprega 700 pessoas.

“Depois de muitos anos no futebol, encontrei no mundo dos negócios uma nova paixão”, declara o ex-atleta, citado em comunicado. “Quando conheci o projeto do Gin Pablo, tive logo a certeza que era um match perfeito. Agora como sócio, quero dar a conhecer o Pablo a mais pessoas”, refere Fábio Coentrão, que é também natural de Vila do Conde.

O Gin Pablo já chega a mercados como Alemanha, Itália, Luxemburgo, França, Brasil e Angola. A aposta passa por “reforçar o processo já existente de internacionalização da marca”, tendo em conta que a exportação só representa atualmente 20% do volume de negócios. “Vamos levar o Pablo para mercados estratégicos na Europa e para além do continente”, projeta o ex-atleta, que passa a deter 50% do Gin Pablo.

“Com a entrada do Fábio Coentrão, a ideia passa por catapultar a exportação, tendo em conta os contactos que ele angariou por onde passou, como o Real Madrid e Mónaco”, adianta Pedro Ferreira, administrador do Grupo Matrem. Em declarações ao ECO, o gestor, que tirou em Londres um mestrado em Negócios Internacionais, explica ainda que a ideia inicial era o ex-jogador, que passou também por Benfica e Sporting, fazer uma parceria com a marca, mas acabou por se transformar numa sociedade.

Com a entrada do Fábio Coentrão a ideia passa por catapultar a exportação, tendo em conta os contactos que ele angariou por onde passou, como o Real Madrid e Mónaco.

Pedro Ferreira

Administrador do Grupo Matrem

Lançado em 2021 e produzido em Vila do Conde, o Gin Pablo está à venda em cerca de 180 espaços comerciais, como garrafeiras, na restauração e hotelaria, e ainda nos canais digitais. A distribuição representa 80% da faturação. Em 2022, destaca a empresa, foi distinguido com uma medalha de prata na edição da London Spirits Competition, que juntou entre mais de 700 gins provenientes de 80 países.

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Filipe Charters de Azevedo é o novo presidente da Associação Portuguesa de Contribuintes

Economista de 46 anos substitui Paulo Carmona, que renunciou após ser nomeado Diretor Geral de Energia e Geologia. Entre as prioridades está um fundo judicial para combater abusos fiscais do Estado.

Filipe Charters de Azevedo é o novo presidente da direção da Associação Portuguesa de Contribuintes (APC), que conta atualmente com mais de duas centenas de sócios, entre empresas e indivíduos. O economista de 46 anos, que iniciou a carreira no Instituto Nacional de Estatística e no Banco de Portugal, rende Paulo Carmona, que renunciou ao cargo na sequência da nomeação para Diretor Geral de Energia e Geologia.

Lançada em novembro do ano passado como um “movimento cívico e apartidário para reequilibrar a relação entre o Estado e os contribuintes”, a organização foi presidida durante este primeiro ano de atividade pelo também presidente do Fórum de Administradores e Gestores de Empresas e ex-membro da Iniciativa Liberal, que assumiu a ambição de sentar a APC à mesa da concertação social, ao lado de patrões e sindicatos.

Numa altura em que as negociações do Orçamento do Estado para 2025 têm sido dominadas precisamente pelas questões fiscais, com destaque para o IRS Jovem e para a descida do IRC, o novo presidente mantém o objetivo de assegurar representação em sede de concertação social e aponta como prioridades “uma relação sistemática e regular com o poder político para apresentação das posições dos contribuintes e a criação de um fundo judicial para combater os abusos fiscais do Estado”.

A APC continuará a ser a voz ativa dos contribuintes, não apenas na reflexão das políticas fiscais, mas também nas mesas de decisão, garantindo que os direitos dos contribuintes são devidamente respeitados e que a carga fiscal é aplicada de forma justa e equilibrada.

Filipe Charters de Azevedo

Presidente da Associação Portuguesa de Contribuintes

“De uma maneira geral, os governos acreditam que são eles que fazem o futuro acontecer. Mas são os movimentos sociais, com as suas associações, as empresas e as famílias, que fazem o futuro possível e, acima de tudo, o progresso sustentável e irreversível. A APC continuará a ser a voz ativa dos contribuintes, não apenas na reflexão das políticas fiscais, mas também nas mesas de decisão, garantindo que os direitos dos contribuintes são devidamente respeitados e que a carga fiscal é aplicada de forma justa e equilibrada”, refere Filipe Charters de Azevedo.

Além de economista, é estatístico e sócio fundador da Safe-Crop, uma agência de subscrição e modelização de riscos agrícolas. Em comunicado enviado às redações, a associação destaca ainda no seu percurso profissional a consultoria em análise de risco, estratégia e operações. Autor do livro “Uma Nova Lei de Bases para a Saúde – Uma Proposta Liberal”, foi também o coordenador das propostas da Iniciativa Liberal para a área da saúde nas eleições legislativas realizadas em 2019 e 2022.

Licenciado pela Nova SBE e mestre em Estatística, com especialização em Modelação Estatística para o Financiamento de Risco, Filipe Charters de Azevedo colabora regularmente com vários jornais, incluindo com o ECO, onde publicou a 22 de setembro um artigo de opinião com o título “Quando os impostos são a arma do povo”.

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Menzies diz que nova taxa cobrada a Transitários é “prática comum”

Nova taxa introduzida pela empresa de "handling" é contestada pelo setor do transporte de mercadorias. Menzies diz que destina-se a salvaguardar as operações "face ao aumento dos custos".

A Menzies Aviation Portugal, antiga Groundforce, considera que a cobrança de uma Taxa de Continuidade de Serviço, contestada pela Associação dos Transitários de Portugal, é “uma prática comum” e destina-se a fazer face ao aumento de despesas nos últimos anos.

“A introdução da taxa de continuidade do serviço é uma prática comum destinada a salvaguardar as nossas operações face ao aumento dos custos de materiais, mão-de-obra e despesas gerais que temos enfrentado nos últimos anos”, justifica a empresa de serviços de assistência em escala em resposta ao ECO.

“Esta taxa permite-nos manter o nível de prestação dos nossos serviços e investir na melhoria das nossas operações e infraestruturas de carga, mesmo perante desafios políticos e financeiros imprevisíveis”, acrescenta.

A Associação dos Transitários de Portugal (ATAP) enviou na sexta-feira um comunicado onde considera a introdução da taxa “abusiva”, nomeadamente por não corresponder a nenhum serviço adicional.

A ATAP “vem a público repudiar veementemente a prática da companhia Menzies, consubstanciada na aplicação de uma taxa — em vigor desde o passado dia 1 de setembro de 2024 — que considera ser arbitrária, insustentável e diametralmente inversa às mais elementares boas práticas de mercado“, afirma na nota enviada às redações.

Os Transitários consideram também que a taxa “extravasa os limites da liberdade de atuação comercial ou financeira de uma empresa em mercado concorrencial” e acusa a Menzies de a usar para sustentar o seu plano de reestruturação.

A britânica Menzies Aviation é desde julho a maior acionista da SPdH, conhecida pela marca Groundfource, com 50,1% do capital. Os restantes 49,9% pertencem à TAP.

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EDP vai instalar 650 pontos de carregamento nas lojas Aldi

A parceria prevê a instalação de pontos de carregamento, tanto nas mais de 140 lojas com parque de estacionamento já existentes como nas lojas Aldi que vão abrir ao longo deste e do próximo ano.

A EDP Comercial aliou-se à retalhista Aldi para fornecer soluções de mobilidade elétrica que estarão disponíveis nos parques de estacionamento de todas as lojas do país, num total de 650 pontos de carregamento.

A parceria prevê a instalação de pontos de carregamento, tanto nas mais de 140 lojas com parque de estacionamento já existentes como nas lojas Aldi que vão abrir ao longo deste e do próximo ano. A EDP Comercial vai igualmente passar a operar os carregadores que já estão instalados em 34 destas lojas.

Este projeto integra mais de 650 pontos de carregamento na rede pública MOBI.E, que poderão ser utilizados por qualquer condutor e através de todos os cartões CEME (Comercializadores de Eletricidade de Mobilidade Elétrica). A potência dos equipamentos rápidos a serem instalados vai variar entre 60 quilowatts (kW) e 120kW, permitindo carregar a duas diferentes velocidades, à escolha do consumidor.

Estamos muitos satisfeitos por celebrarmos esta parceria de longo prazo com a Aldi Portugal, a maior de mobilidade elétrica já realizada no país, para levar aos consumidores a conveniência de carregarem os seus veículos enquanto fazem compras, em qualquer zona do país”, destaca Carlos Moreira, administrador da EDP Comercial.

No que diz respeito à proteção climática, a retalhista tem como objetivo uma redução de 55% das emissões em todo o Grupo (Aldi Nord) até 2030. Já do lado da EDP, estes novos pontos de carregamento somam-se aos mais de 3.300 que a EDP Comercial já tem em operação ou em implementação em Portugal, em mais de 195 concelhos de todos os distritos do país.

Desde que a EDP começou a investir no desenvolvimento da mobilidade elétrica em Portugal, já foram realizadas mais de dois milhões de sessões de carregamento nos pontos da empresa ligados à rede pública. Estes carregamentos permitiram percorrer mais de 200 milhões de quilómetros apenas com recurso à eletricidade e evitaram mais de 20 mil toneladas de CO2 que seriam emitidas pelos veículos de combustão.

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