Já há regras para a gestão da plataforma do mercado de carbono

Do registo dos projetos até à emissão e troca de créditos -- já estão definidas as bases para o funcionamento da plataforma onde vai nascer o mercado voluntário de carbono português.

O Governo publicou esta quarta-feira, em Diário da República, as regras que gerem a plataforma e os principais intervenientes que permitirão o funcionamento do mercado voluntário de carbono (MVC) em Portugal.

Distribuídas por três portarias, foram publicadas as regras que enquadram a gestão da plataforma que vai servir de base a este novo mercado, que tem como objetivo a compensação de emissões poluentes. Estas regras complementam as estabelecidas no decreto-lei que cria este mercado, o qual data de janeiro deste ano.

A plataforma vai permitir o registo obrigatório dos agentes de mercado que pretendam atuar no âmbito do MVC, os quais devem criar uma conta. É neste mesmo meio que se irá proceder à validação inicial dos projetos ou programas e posterior verificação periódica — incluindo a partilha de relatórios por parte do promotor.

Numa fase posterior, a plataforma deve contemplar as funcionalidades de emissão, transferência e cancelamento de créditos de carbono. O promotor passará a deter estes créditos, “guardados” na sua conta. O objetivo é converter os créditos de carbono futuros (CCF) em créditos de carbono verificados (CCV).

De acordo com uma segunda portaria, que define os critérios para ser verificador independente, a ADENE – Agência para a Energia é responsável por determinar quem serão estes verificadores, ou seja, as entidades que irão atestar se os projetos de mitigação estão a ser corretamente aplicados.

Haverá verificadores diferentes consoante os setores. A portaria identifica seis diferentes: energia, indústria, agricultura, uso de solo, zonas húmidas e marinhas e resíduos. Os “escolhidos” serão divulgados na página do MVC, online.

Feita a avaliação do crédito por parte do verificador, pode classificá-lo como premium: caso existam cobenefícios no âmbito da biodiversidade e capital natural, os créditos emitidos são identificados como “crédito de carbono +”.

A plataforma deve assegurar que a transferência de créditos entre contas é efetuada de forma segura e após confirmação da transação e liquidação das taxas devidas pelo comprador. Nas mãos do comprador, há a possibilidade de este cancelar o crédito, mediante “efeitos de compensação de emissões ou de contribuição financeira a favor da ação climática”.

A plataforma deve acautelar a interoperabilidade futura com o registo europeu relativo à certificação de remoções de carbono, entre outras iniciativas públicas ou privadas que vierem a ser certificadas à luz desse mecanismo de certificação, com vista a evitar a dupla contagem de créditos de carbono.

Custos dos 50 aos 3.000 euros

Em paralelo, uma segunda portaria define quais os custos associados ao registo na plataforma do MVC. Para abrir conta na plataforma, as empresas terão de desembolsar 500 euros, enquanto particulares acarretam uma taxa de 50 euros. A manutenção custa, respetivamente, 120 e 10 euros, embora agrave no caso de não estar associado qualquer projeto ativo. Já em atividade, a transação de um crédito de carbono entre contas implica o pagamento de 20 cêntimos. Já se as entidades envolvidas quiserem a aprovação de novas metodologias, o preço pode chegar aos 3.000 euros.

A portaria que estabelece os requisitos gerais da plataforma eletrónica de registo do mercado voluntário de carbono determina ainda que deverá ser elaborado, anualmente, um relatório com a atividade do mercado voluntário de carbono.

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Build.ing vence prémio da ANI com plataforma para construção mais sustentável

  • ECO
  • 2 Outubro 2024

A startup build.ing venceu o “Born from Knowledge (BfK) Awards”, da ANI, com plataforma que ajuda a reduzir a pegada de carbono do setor da construção. Vai receber um prémio de 2.500 euros.

A build.ing, que criou uma plataforma que reduz os custos de construção e pegada de carbono das obras, venceu o “Born from Knowledge (BfK) Awards”, atribuído pela Agência Nacional de Inovação (ANI). A startup recebeu um prémio de 2.500 euros.

“O BfK, como já todos sabem, é a melhor ferramenta da ANI para impulsionar a transferência de tecnologia para a economia. Mas não se trata de qualquer tecnologia, mas sim de tecnologia altamente inovadora que tenha impacto nos desafios que as sociedades atravessam. O setor da construção é importantíssimo para a nossa economia, sendo inclusive barómetro da saúde financeira dos país”, revela António Grilo, presidente da ANI. “No entanto, tem um impacto enorme no ambiente”, acrescenta.

A plataforma da build.ing permite criar modelos e estudos de desempenho energético com materiais de pegadas ecológicas, através de ferramentas digitais. Segundo a empresa, isto pode significar redução de 15% dos custos e projetos mais rápidos e sustentáveis (reduzindo em 50% o carbono incorporado na obra). A startup com esta solução espera aumentar 1% a produtividade do setor, o que pode significar uma poupança de 100 mil milhões de dólares por ano.

Segundo dados da plataforma One Click LCA, que permite o cálculo do impacto ao nível do ambiente no setor da construção e indústria, a construção de edifícios nas cidades globais vai duplicar até 2060. O setor é responsável por 39% da emissão de gases com efeito de estufa, de acordo com o Fórum Económico Mundial e a McKinsey & Company.

A startup build.ing, inserida na UPTEC, prevê lançar a versão paga da sua plataforma em dezembro deste ano.

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Fora da “novela orçamental” entre Governo e PS, liberais propõem 12 privatizações e liquidações “imediatas”

Rui Rocha recusa fazer parte da "encenação" levada a cabo pelo Governo e pelo PS e avisa que quanto maior a aproximação entre os dois, menos provável a IL viabilizará o documento.

A Iniciativa Liberal quer ficar de fora da “novela orçamental” protagonizada nos últimos dias pelo Governo e pelo PS, argumentando que a aproximação entre ambos vai condenar “o país a mais uns anos de estagnação”. Esta quarta-feira, os liberais apresentaram um segundo conjunto de propostas para o Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025).

Recordando o novo acordo tripartido de rendimentos assinado esta segunda-feira entre o Governo e os patrões, Rui Rocha considera que o feito “é um encostar da [Aliança Democrática] ao PS”. E avisa que “quanto mais encostado” o partido do Executivo estiver dos socialistas “mais o país caminha para manter os níveis de estagnação”. Neste cenário, a IL não irá viabilizar a proposta do OE 2025.

Na próxima quinta-feira, 3 de outubro, o primeiro-ministro vai voltar a reunir-se com o líder do PS, Pedro Nuno Santos, em São Bento. Desta vez, Luís Montenegro deverá apresentar ao socialista uma proposta “irrecusável” que permita ao principal partido da oposição viabilizar o orçamento, depois de o PS ter avisado que só o fará se o IRS Jovem e a descida do IRC não estiverem previstos na proposta de OE2025, pelo menos da forma que o Governo quer.

Aos jornalistas, Rui Rocha garante não estar incomodado com o facto de a Iniciativa Liberal não ter sido chamada para um segundo encontro com o Governo, vincando que o partido não quer estar “envolvido em novelas orçamentais”.

“Ao contrário da Iniciativa Liberal, os dois partidos continuam envolvidos nestas questões das reuniões, ataques, avanços e recuos. Preferimos avançar com propostas”, assegurou durante uma conferência de imprensa esta quarta-feira de manhã.

E assim o fez. A Iniciativa Liberal entregou ao Governo um segundo conjunto de propostas para o OE 2025 que têm como objetivo “emagrecer o Estado” — ou, por outras palavras, cortar na despesa pública.

Entre elas, os liberais propõem reduzir a administração consultiva do Estado em pelo menos 25%; criar o “Programa Poupar Premiar” (PPP), que consiste em premiar as equipas do Estado que consigam implementar medidas que gerem poupanças às contas públicas; otimizar “posições administrativas e burocráticas”; pôr fim aos benefícios fiscais dos partidos e reduzir em cerca de 40% as subvenções públicas para financiamento dos mesmos.

Ademais, os liberais propõem 12 privatizações (entre as quais a TAP, a RTP, o Circuito do Estoril, a Companhia das Lezírias, a INAPA ou as ações do Novo Banco) e liquidações “imediatas”.

“Temos um conjunto de uns 30 organismos ou empresas para as quais temos propostas de privatização, liquidação ou de subconcessão nos serviços que eles fazem. É o caso da CP”, indicou Rui Rocha, sendo que, na lista apresentada pela IL, também se prevê a concessão do serviço da Transtejo.

Rocha calculou que, com a implementação destas propostas, o Estado passaria a ter uma “redução permanente de custos na ordem dos mil milhões de euros”, salientando que, entre 2021 e 2023, “a receita fiscal do Estado, já descontada a inflação, subiu sete mil milhões de euros”.

Interrogado se vai algumas destas propostas vai constituir uma linha vermelha, Rui Rocha disse que, mais do que avaliar individualmente cada proposta, o que lhe interessa no Orçamento do Estado é “o caminho” que vai ser trilhado.

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Israel declara António Guterres “persona non grata”

  • Lusa
  • 2 Outubro 2024

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita anunciou ter declarado o secretário-geral da ONU "persona non grata" no país, criticando-o por não ter condenado o ataque massivo do Irão a Israel.

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, anunciou esta quarta-feira ter declarado o secretário-geral da ONU, António Guterres, “persona non grata” no país, criticando-o por não ter condenado o ataque massivo do Irão a Israel na noite de terça-feira.

Qualquer pessoa que não possa condenar inequivocamente o ataque hediondo do Irão a Israel não merece pôr os pés em solo israelita. Estamos a lidar com um secretário-geral anti-Israel, que apoia terroristas, violadores e assassinos“, disse Katz num comunicado.

Terça-feira, Guterres condenou o alargamento do conflito no Médio Oriente “com escalada após escalada” e apelou a um cessar-fogo imediato após o Irão atacar Israel com mísseis.

Condeno o alargamento do conflito no Médio Oriente com escalada após escalada. Isso deve parar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo“, frisou o ex-primeiro-ministro português, através da rede social X.

A publicação de Guterres surgiu pouco depois do início de um ataque com mísseis do Irão contra Israel.

“Em resposta ao martírio de [Ismail] Haniye, de Hassan Nasrallah e do mártir [Abbas] Nilforushan (ex-comandante da Guarda Revolucionária iraniana morto na sexta-feira Beirute), atacámos o coração dos territórios ocupados”, declarou a Guarda Revolucionária do Irão num comunicado divulgado pela agência noticiosa estatal ISNA.

Este anúncio iraniano surgiu depois de o Exército israelita ter informado que tinham sido disparados mísseis do Irão, pouco depois das 19:30 locais (menos duas horas em Lisboa), e ordenado à população para procurar abrigo.

Guterres já se tinha manifestado “extremamente preocupado” com a escalada do conflito no Líbano, pedindo respeito pela “soberania e integridade territorial” deste país, horas depois de as Forças de Defesa de Israel (IDF) terem iniciado uma ofensiva terrestre para deter a ameaça da milícia xiita Hezbollah, cujo líder, Hassan Nasrallah, foi morto na sexta-feira num bombardeamento israelita em Beirute.

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Taxa de juro dos novos créditos à habitação cai para 3,43%

Há dez meses consecutivos que a taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação está em queda. Em agosto corrigiu 0,13 pontos percentuais para o valor mais baixo desde dezembro de 2022.

O custo financeiro da compra de casa continua a cair. De acordo com dados do Banco de Portugal divulgados esta quarta-feira, a taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação diminuiu 0,13 pontos percentuais, fixando-se em 3,43% em agosto. Trata-se da décima correção mensal consecutiva e o valor mais baixo desde dezembro de 2022.

O Banco de Portugal revela ainda que a taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação passou de 3,72%, em julho, para 3,53% em agosto.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Esta situação compara com uma queda de 0,01 pontos percentuais da taxa de juro média do conjunto dos países da área do euro, que foi fixada em 3,69%, colocando assim Portugal na sexta posição do ranking dos países da Zona Euro com a taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação mais baixas do bloco europeu.

O regulador revela que o montante de novos contratos de crédito à habitação aumentou 20%, atingindo o marco histórico de 1.545 milhões de euros, “o valor mais elevado desde março de 2022”, lê-se no comunicado do Banco de Portugal. É preciso recuar até maio do ano passado para se assistir a uma subida maior.

Em sentido contrário, verificou-se um decréscimo do montante de novos contratos nas finalidades de consumo (-46 milhões de euros, para 471 milhões) e outros fins (-53 milhões de euros, para 198 milhões).

O Banco de Portugal revela ainda que, em agosto, 80% dos novos empréstimos à habitação foram contratados a taxa mista e que os contratos a taxa mista representavam 28,3% do stock de crédito à habitação — em dezembro de 2022 correspondiam a apenas 6,4%.

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Juros dos depósitos descem pelo oitavo mês seguido

Os montantes aplicados em depósitos a prazo recuaram de um novo recorde registado no mês de julho. Remunerações pagas em Portugal são das mais baixas entre os países da Zona Euro.

Os bancos nacionais continuam a reduzir as remunerações pagas nos novos depósitos a prazo. Segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, a taxa de juro média nas novas aplicações baixou em agosto pelo oitavo mês consecutivo. No contexto do euro, apenas em quatro países se paga pior pelos depósitos dos particulares, cujo montante global recuou dos máximos registados um mês antes.

A taxa de juro média aplicada nos novos depósitos a prazo de particulares fixou-se em 2,57% em agosto, abaixo dos 2,63% oferecidos em julho, revelam os números do Banco de Portugal.

As remunerações pagas pelos bancos têm vindo a diminuir, desde o pico acima dos 3% registados em dezembro, perante as perspetivas de descidas de juros na Zona Euro. O Banco Central Europeu anunciou o primeiro corte de juros na região na reunião de setembro, tendo entretanto voltado a reduzir taxas em setembro e a expectativa aponta para uma nova redução na reunião agendada para dia 18 de outubro.

As expectativas de novas descidas também se têm refletivo nas Euribor, os indexantes do crédito à habitação, que têm renovado novos mínimos. Esta quarta-feira, a Euribor a três e a 12 meses baixaram para mínimos desde abril de 2023 e novembro de 2022, enquanto a taxa a seis meses se manteve em mínimos de março de 2023.

Apesar da quebra das taxas de juro nas novas aplicações, os montantes investidos mantêm-se em valores elevados. O montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares atingiu 11.564 milhões de euros em agosto, o que representa uma redução de 995 milhões de euros face ao novo recorde alcançado um mês antes.

“Apesar desta redução, o montante de novas operações manteve-se elevado, o que resulta, em grande medida, da reaplicação em novos depósitos a prazo de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo, e que atingiram a maturidade em agosto sem renovação automática”, explica o Banco de Portugal.

Portugal entre os que paga menos nos depósitos

Fonte: Banco de Portugal

Em comparação com outros países da Zona Euro, Portugal apresenta a quinta taxa de juro média dos depósitos a prazo mais baixa. Apenas Chipre, Croácia, Eslovénia e Grécia pagam menos pelos depósitos do que Portugal. A taxa de juro média dos novos depósitos do conjunto dos países da área do euro diminuiu 0,04 pontos percentuais (uma queda inferior à verificada em Portugal), fixando-se em 2,96%.

Olhando para os diferentes prazos, a taxa de juro média nos novos depósitos a prazo até um ano diminuiu 0,07 pontos percentuais (pp), para 2,58%. Segundo o Banco de Portugal, esta continuou a ser a classe de prazo com a remuneração média mais elevada e representou 97% dos novos depósitos em agosto. Pelo contrário, a remuneração média dos novos depósitos de 1 a 2 anos aumentou, de 1,99% para 2,23%, bem como a taxa de juro média dos novos depósitos a mais de 2 anos, que passou de 1,97% para 2,11%.

(Notícia atualizada às 11h40)

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Novo retail park de Évora abre esta quinta-feira e leva Mercadona ao Alentejo

  • ECO
  • 2 Outubro 2024

Com um investimento de 25 milhões de euros, a Heed Capital expande o espaço comercial para mais do dobro da área. Inauguração a 3 de outubro trará novas lojas a Évora.

A Mercadona, a Espaço Casa e a Fábrica dos Óculos serão três das novidades em Évora a partir desta quinta-feira, com a inauguração do renovado Retail Park da cidade.

Num investimento de 25 milhões de euros, a área coberta do espaço cresce de 6 mil metros quadrados (m2) para 14 mil m2, num terreno de cerca de 66 mil metros m2. A renovação abrange o espaço de estacionamento, agora de 800 lugares, e surge sob a égide do fundo de capital de risco fechado Aston Gold, da Heed Capital. A ligação ao retail park será feita por intermédio de uma nova via na cidade.

O espaço, adquirido em 2021 à Europar, contribuirá para a criação de emprego na região na ordem dos 200 postos de trabalho, revela, em comunicado, a empresa de gestão de ativos. A rede de supermercados Mercadona será um dos novos inquilinos, tendo já anunciado a abertura de portas às 9h00.

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+M

Armazéns do Chiado comemoram 25 anos com nova campanha publicitária

  • + M
  • 2 Outubro 2024

Data é celebrada com o lema "25 anos de Reencontros" através duma campanha digital e atividades dentro e fora do centro comercial que vão decorrer nos próximos meses.

“25 Anos de Reencontros”. É este o mote com o qual os Armazéns do Chiado estão a assinalar o 25º aniversário, que se celebra em outubro.

A iniciativa conta com a criatividade da WhyNote, agência que também assinou a campanha de Natal da marca, e aposta nos conteúdos digitais tanto nas redes sociais do centro comercial como no Google Ads. A divulgação da campanha também vai ser feita através dos canais dos Armazéns do Chiado.

“É uma comemoração de duas décadas e meia de tendências, experiências, cultura e, acima de tudo, ligação à comunidade”, destaca Ricardo Esteves, Diretor dos Armazéns do Chiado em comunicado. “Para a cidade, é o consolidar de um ponto de reencontro, onde o passado e o presente coexistem”, acrescenta.

Além da campanha, a celebração conta com atividades dentro e fora do centro comercial nos próximos meses, destacando o dia 25 de outubro, data para um evento que “promete ser memorável”.

Os Armazéns do Chiado, que contêm 50 lojas entre elas 15 restaurantes, é gerido pela Multi Ibéria. Esta empresa faz parte da Multi Corporation, grupo que gere mais de 160 centros comerciais na Europa em 15 países. Na Península Ibérica, com os Armazéns do Chiado, a empresa gere 16 ativos.

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Pharol perde recurso contra multa de 12,15 milhões da Comissão Europeia

Num acórdão datado desta quarta-feira, o Tribunal Geral nega o recurso da antiga holding da PT no caso da cláusula de não concorrência que assinou com a Telefónica em 2010 no âmbito da venda da Vivo.

A Pharol, antiga holding da Portugal Telecom, perdeu no tribunal europeu o recurso contra uma coima de 12,146 milhões de euros da Comissão Europeia que lhe tinha sido inicialmente aplicada em 2013. O acórdão data desta quarta-feira.

Em causa está um acordo de não concorrência nos respetivos mercados celebrado entre a antiga PT e a Telefónica quando, em 2010, a PT aceitou vender à telecom espanhola a sua parte da operadora móvel brasileira Vivo.

Na altura, Bruxelas considerou que a cláusula, incluída no acordo de compra de ações pela Telefónica, tinha por objeto limitar a concorrência no mercado interno, em violação do direito europeu da concorrência. Assim, multou a Pharol em 12,29 milhões de euros e a Telefónica em 66,894 milhões.

Em 2016, o Tribunal Geral confirmou a ilegalidade do acordo entre os dois operadores ibéricos, mas ordenou um recálculo das coimas. Mais recentemente, em janeiro de 2022, a Comissão adotou uma nova decisão que manteve o valor da multa à Telefónica, mas reduziu ligeiramente a coima aplicada à Pharol, para os já referidos 12,146 milhões.

Mesmo assim, a Pharol recorreu da coima da Comissão, só que não conseguiu convencer o Tribunal Geral, que assinalou no acórdão desta quarta-feira que a ex-holding da PT “não demonstrou que a Comissão cometeu erros” na sua última decisão nem “apresentou nenhum fundamento ou argumento” para justificar o pedido de redução do montante da coima.

A Pharol ainda pode recorrer do acórdão do Tribunal Geral para o Tribunal de Justiça. Entretanto, as ações da empresa estão a cair 1,35% na bolsa de Lisboa, valendo 0,044 euros.

Oi já pagou coima. Decisão com “impacto nulo” nas contas

Entretanto, em comunicado enviado à CMVM, a Pharol esclareceu que a Oi, a quem incumbe a responsabilidade pelo processo, já pagou em 2016 uma coima no valor de 13,1 milhões de euros, pelo que “o impacto financeiro desta decisão sobre a Pharol é nulo”.

“Em 2022, esse valor foi revisto em baixa, conforme comunicado ao mercado de dia 25 de janeiro desse ano. A Pharol, com o acordo da Oi, apresentou recurso por não se aceitar o montante corrigido em 2022. A decisão de não provimento do TGE que agora saiu é relativa a este recurso”, sublinha a empresa, acrescentando que irá “avaliar a necessidade de adotar novos procedimentos”.

(Notícia atualizada às 13h35 com comunicado da Pharol)

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Desemprego recua para 6,4% em agosto na Zona Euro

  • Lusa
  • 2 Outubro 2024

Taxa de desemprego fixou-se em 6,4% na Zona Euro e em 5,9% na União Europeia em agosto. Portugal, com uma taxa de 6,4%, superou o bloco comunitário, mas ficou em linha com a área da moeda única.

A taxa de desemprego corrigida de sazonalidade recuou em agosto para os 6,4% na Zona Euro e os 5,9% na União Europeia (UE), face ao mesmo mês de 2023, segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat.

Na comparação em cadeia, o desemprego manteve-se estável nos países do euro na comparação com julho e recuou, na média dos 27 Estados-membros, 0,1 pontos percentuais, de acordo com o serviço estatístico da UE.

O Eurostat estima que 13.027 milhões de pessoas estavam desempregadas em agosto na UE, das quais 10.925 na Zona Euro.

Espanha apresentou a maior taxa de desemprego, entre os Estados-membros, seguida pela Grécia (9,5%), e Suécia (8,4%).

As menores taxas de desemprego, por seu lado, foram registadas na República Checa (2,6%), na Polónia (2,9%) e em Malta (3,0%).

Portugal registou uma taxa de desemprego de 6,4%, estável na variação homóloga e ligeiramente abaixo dos 6,5% de julho.

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Euribor cai para novos mínimos a três e a 12 meses e mantém-se a seis meses

  • Lusa
  • 2 Outubro 2024

Com as alterações desta quarta-feira, a taxa a três meses, que baixou para 3,246%, continuou acima da taxa a seis meses (3,092%) e da taxa a 12 meses (2,745%).

A Euribor desceu esta quarta-feira a três e a 12 meses para níveis mínimos desde abril de 2023 e novembro de 2022 e manteve-se a seis meses em mínimos de março de 2023.

Com as alterações desta quarta-feira, a taxa a três meses, que baixou para 3,246%, continuou acima da taxa a seis meses (3,092%) e da taxa a 12 meses (2,745%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, manteve-se esta quarta-feira em 3,092%, o mesmo valor da sessão anterior e um mínimo desde 21 de março de 2023. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho mostram que a Euribor a seis meses representava 37,1% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,2% e 25,4%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2023, baixou esta quarta-feira, para 2,745%, menos 0,004 pontos do que na terça-feira.
  • Já a Euribor a três meses desceu esta quarta-feira, ao ser fixada em 3,246%, menos 0,006 pontos e um novo mínimo desde 26 de abril de 2023.

A média da Euribor em setembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em agosto e com menos intensidade nos prazos mais curtos.

A média da Euribor em setembro desceu 0,114 pontos para 3,434% a três meses (contra 3,548% em agosto), 0,167 pontos para 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 0,230 pontos para 2,936% a 12 meses (contra 3,166%).

Na mais recente reunião de política monetária, em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro diretoras.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Em 18 de setembro, foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 17 de outubro na Eslovénia.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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“Como é que as pessoas vão confiar na tecnologia?”

  • ECO
  • 2 Outubro 2024

A questão é colocada por Mafalda Rebordão, Executive Board Member da AI Talent Hub Lead, na primeira Prosegur Talk - Cipher Desafios Empresariais Séc. XXI, onde se debateu o futuro da cibersegurança.

Embora, o tema da inteligência artificial possa parecer novo, Mafalda Rebordão, Executive Board Member da AI Talent Hub Lead, relembra, na Talk Cipher: Desafios Empresariais do Século XXI, que este tipo de inteligência já existe há cerca de 68 anos e tem vindo a ser explorada pelas empresas e instituições de diferentes formas.

Uma das áreas em que está a ser aplicada este tipo de inteligência é a cibersegurança, onde já se começam a ver algumas vantagens desta união. Como em outros domínios, “a Inteligência Artificial pode sobretudo ajudar a automatizar processos que quando são realizados por pessoas tornam-se cansativos. Nas equipas de respostas a incidentes, por exemplo, é conhecido o facto de acontecerem muitos burnouts, fruto de tarefas repetitivas e pouco interessantes”, explica Pedro Xavier Mendonça, responsável pelo Observatório do Centro Nacional de Cibersegurança.

Ao encontro desta ideia vai Luís Martins, Diretor Geral da Cipher Portugal, refere que na Cipher foi desenvolvida uma plataforma própria para a deteção e resposta a incidentes. “Toda a parte de monitorização é uma parte de muito significativa dessas tarefas, que são executadas por seres humanos (…) e aquilo que nós notámos é que existe uma saturação ao fim de algum tempo a executar tarefas que são repetitivas”, afirma.

"A Inteligência Artificial pode sobretudo ajudar a automatizar processos que quando são realizados por pessoas tornam-se cansativos”

Pedro Xavier Mendonça, responsável pelo Observatório do Centro Nacional de Cibersegurança

Luís explica que o facto de aplicarem a inteligência artificial generativa a estes processos faz com que seja possível libertar essas pessoas para executar outras tarefas que sejam mais interessantes e, ao mesmo tempo, que também sejam de valor acrescentado para a organização.

Outro dos temas em destaque, trazido por Mafalda Rebordão, foi a confiança relativamente à tecnologia. “Como é que as pessoas vão confiar na adoção da tecnologia? Uma vez que esta tecnologia, no fundo, lhes lê e tem acesso aos seus dados, que é a única forma do algoritmo se tornar cada vez mais fiável. Eu acho que este é um tema com o qual nos devemos preocupar, em especial, como é que o fazemos de forma responsável”, afirma a especialista.

Além disso, durante esta Talk organizada pelo ECO em parceria com a Prosegur, destacou-se o papel da IA na proteção das redes empresariais, o desafio privacidade de dados, a falta de profissionais na área de cibersegurança, e o potencial de Portugal em atrair talento neste setor. A regulação e o impacto da IA na literacia digital também foram pontos essenciais da discussão.

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