Mulheres na liderança. “Não chega ensinar a agirem como homens”

Podem as mulheres ser líderes tão boas quanto os homens? Sim, mas o caminho para o sucesso é mais complexo do que o dos pares. Novo estudo deixa claro que, além de competentes, têm de ser empáticas.

Na liderança, como na vida, não há um caminho que sirva para todos. Um novo estudo da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE) mostra que, sim, tanto homens como mulheres podem atingir níveis de sucesso semelhantes em cargos de topo, mas a elas não basta serem competentes. Têm mesmo de ser empáticas e mostrar o seu “lado comunitário” para atingirem os níveis mais elevados de desempenho, explica a investigadora Jenny Hoobler.

“Estou muito interessada na falta contínua de mulheres em lugares de liderança. A nível mundial, só um em cada quatro cargos de gestão sénior é ocupado por mulheres“, salienta a também professora universitária.

Foi perante este cenário de escassez persistente de mulheres na liderança que Jenny Hoobler, a par de dois outros investigadores norte-americanos (Kayla Stajkovic, da University of California Davis, e Alex Stajkovic, da University of Wisconsin) decidiram estudar a forma como as mulheres são percecionadas nos lugares de topo.

Numa das análises conduzidas neste âmbito, 170 estudantes de mestrado da Universidade Nova de Lisboa foram confrontados com oito cenários com diferentes estilos de liderança: uns baseados em comportamentos agentes prescritivos (competência, diligência e independente), outros em comportamentos agentes proscritivos (domínio e ambição) e outros em comportamentos comunitários (empatia).

“Concluímos que as mulheres e os homens conseguem atingir os mesmos graus de eficácia na liderança, mas cumprindo comportamentos diferentes“, sublinha a investigadora, em conversa com o ECO.

No caso dos homens, os níveis mais elevados de desempenho enquanto líderes são atingidos quer adotem somente comportamentos agentes precristivos (ou seja, sejam competentes) quer combinem essas atitudes com comportamentos comunitários (ou seja, sejam, por exemplo, empáticos).

Já, no caso delas, a eficácia máxima enquanto líderes depende mesmo de combinarem essas duas esferas. Por outras palavras, não lhes basta serem competentes, têm de mostrar que se preocupam com as pessoas.

Não podemos simplesmente ensinar as mulheres a agirem como homens. Elas têm de mostrar a sua autenticidade e o seu lado comunitário. Mesmo que sejam competentes, têm de mostrar que são empáticas”, explica Jenny Hoobler.

E continua: “Os homens podem ser eles próprios para serem vistos como bons líderes. Mas as mulheres têm de se certificar que não são dominantes e que mostram que se preocupam com as pessoas. É mais complexo”.

Por outro lado, em “certos contextos”, a combinação de características que é exigida às mulheres pode mesmo ser uma vantagem face aos homens, levando a resultados excecionais que superam os de quem tem um estilo de liderança meramente baseado na competência.

Por exemplo, numa amostra de líderes dos Estados Unidos, concluiu-se que os esforços para combater os casos de pessoas em situação de sem abrigo foram mais bem-sucedidos (houve uma maior quebra da taxa) quando as organizações eram lideradas por mulheres com uma combinação de agência prescritiva e comunitária, face às organizações lideradas com outros estilos de liderança.

De acordo com Jenny Hoobler, estas conclusões podem agora servir para se avaliar a separação dos programas de formação em liderança em função do género.

A também professora universitária adianta que, de resto, as gerações mais novas parecem achar que a desigualdade de género na liderança “é algo do passado”, mas alerta que tal não é verdade. Basta olhar para os números, realça.

E atira que gosta das leis que ditam o número mínimo de mulheres, por exemplo, em cargos de topo, ainda que seja preciso ter cuidado. “Temos de garantir que as mulheres que chegam a esses lugares são altamente qualificadas. Caso contrário, só se sedimenta a opinião de que as mulheres não são boas o suficiente“, declara.

A investigadora avisa ainda que as quotas de género não são a bala de prata para resolver a persistente desigualdade de género na liderança. Antes, devem servir apenas de “penso rápido” para “corrigir as injustiças”, defende.

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Securitas Direct atinge os 200 mil clientes em Portugal

  • Servimedia
  • 13 Agosto 2024

A Securitas Direct lidera o mercado de alarmes em Portugal desde 2008 e tem na Fechadura Inteligente e no ZeroVision algumas das inovações introduzidas no mercado nacional.

A Securitas Direct atingiu a marca dos 200 mil clientes em Portugal. Desde 2001 no território nacional, a única empresa mundial 100% especializada em sistemas de alarmes conectados tem-se empenhado em aumentar o nível de proteção das casas e negócios dos portugueses.

A Securitas Direct lidera o mercado nacional de alarmes desde 2008 e, atualmente, chegou aos 200 mil clientes em Portugal.

A aposta em serviços e inovações nos sistemas de alarmes tem sido uma constante. Os alarmes baseados na tecnologia PreSenseTM, que permitem reduzir para menos de 20 segundos a reação a situações de risco e fazem parte do mercado português desde janeiro de 2023 são um exemplo desta inovação. Além disso, a Securitas Direct tem também sistemas anti-inibição, baseados na rede de transmissão de sinais ATN, um sistema de transmissão de sinais de alarme desenvolvido e utilizado em exclusivo pela Securitas Direct, que mantém sempre a ligação à Central Recetora de Alarmes (CRA), sem esquecer o alarme ZeroVision, um elemento diferenciador no mercado português. Quando os operadores da CRA detetam um assalto real, ativam o dispositivo que emite fumo denso para limitar a visibilidade do intruso até à chegada das autoridades.

"Alcançar a marca dos 200 mil clientes em Portugal é um marco muito importante. O nosso percurso em Portugal tem sido marcado pela constante vontade de contribuir cada vez mais para a segurança das propriedades, negócios e bens dos portugueses.”

Juan Antonio del Rio, Diretor Geral da Securitas Direct Portugal.

Por fim, e sendo o produto mais recente no mercado nacional, a Securitas Direct lançou a Fechadura Inteligente, que incorpora um dispositivo com alarme antirroubo resistente às técnicas de arrombamento mais avançadas, já que 8 em cada 10 assaltos acontecem pela porta principal. Para além disso, este produto permite a abertura da porta com recurso à aplicação ou a um código pessoal, deixando de exigir a presença de uma chave física. Esta evolução tecnológica permite que saia para fazer desporto sem ter de levar as chaves ou que abra a porta a terceiros, mesmo não estando em casa, sem ter de lhes dar uma cópia física das chaves de casa.

“Alcançar a marca dos 200 mil clientes em Portugal é um marco muito importante. O nosso percurso em Portugal tem sido marcado pela constante vontade de contribuir cada vez mais para a segurança das propriedades, negócios e bens dos portugueses. Somos uma entidade de confiança no país e queremos continuar este percurso de inovação para trazer as melhores soluções para o mercado português de alarmes e para os nossos clientes”, afirma Juan Antonio del Rio, Diretor Geral da Securitas Direct Portugal.

Um percurso pioneiro em Portugal

Com mais de duas décadas de presença no mercado nacional, a Securitas Direct assumiu a liderança do mercado de alarmes em Portugal desde 2008, após sete anos de presença no país. A empresa entrou no mercado português em 2001 e revolucionou-o com a sua tecnologia.

A tecnologia Verisure foi pioneira ao nível da verificação de voz, módulo GSM no painel de alarme, sistema de verificação de vídeo e imagem, serviços de segurança baseados em câmaras ligadas à Internet, Home Security e Home Control via telemóvel, através de uma rede própria com tecnologia de banda ultra estreita e sistemas anti-inibição. Os clientes têm a possibilidade de gerir o sistema de alarme instalado na sua casa ou empresa a partir de qualquer lado, através do seu telemóvel ou tablet, graças à App My Verisure.

Atualmente, a empresa conta com mais de 800 colaboradores, distribuídos pelos cerca de 30 escritórios no país, fator que permite uma grande capacidade para chegar a todas as zonas do país.

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Certificados de Aforro não reclamados renderam 2,9 milhões de euros ao Estado em 2023

  • ECO
  • 13 Agosto 2024

Herdeiros têm um prazo de dez anos para reclamar a posse ou a liquidação dos certificados de aforro após a morte do investidor. Passado esse período, o valor reverte para o FRDP.

O Estado ganhou cerca de 2,9 milhões de euros em 2023 com Certificados de Aforro que não foram reclamados por herdeiros no fim do prazo legal de dez anos, avança o Jornal de Negócios esta terça-feira. O montante representa um aumento face aos 2,56 milhões de euros que o Fundo de Regularização da Dívida Pública (FRDP) arrecadou pelo mesmo motivo no ano anterior, mas ficou abaixo dos valores registados em 2021 (6,06 milhões) e em 2020 (4,77 milhões), segundo os dados do relatório anual do fundo.

A lei em vigor dita que os herdeiros têm uma década para reclamar a posse ou a liquidação dos Certificados de Aforro de linhas vivas — incluindo a série F, atualmente em comercialização — após a morte do investidor. O processo de transmissão é efetuado através da instrução de um processo de habilitação de herdeiros, que decorre junto dos serviços da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), podendo ser entregue em qualquer loja CTT. Mas têm de ser os herdeiros a contactar a agência, o que pode não acontecer, caso, por exemplo, não tenham conhecimento da existência destes investimentos.

Se o processo não for feito dentro do prazo, o valor reverte para o FRDP, um fundo com o propósito de regular e estabilizar o mercado da dívida pública e ainda de arrecadar os fundos provenientes de processos de privatizações e prover a sua aplicação na diminuição da dívida pública e na reestruturação do setor produtivo do Estado através de novas aplicações de capital. Só em 2023, a receita orçamental do fundo ascendeu a 538,8 milhões de euros, em resultado, principalmente, dos 519,5 milhões em amortização de títulos de dívida pública, enquanto 16,4 milhões de euros eram provenientes do rendimento da sua carteira de títulos. É aqui que entram os 2.937.629,24 euros provenientes da prescrição de encargos de dívida pública (capital e juros) — ainda que o valor da prescrição líquida seja de 2.144.563,56 euros.

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Hoje nas notícias: Certificados, salários e corrupção

  • ECO
  • 13 Agosto 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Os herdeiros de certificados de aforro deixaram 2,9 milhões de euros nestes títulos de dívida por reclamar no ano passado. As 123 mil ofertas de emprego a tempo inteiro recebidas em 2023 nos centros de emprego de Portugal continental pagavam, em média, um salário de 909,64 euros. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Certificados não reclamados rendem 2,9 milhões ao Estado

O Estado ganhou cerca de 2,9 milhões de euros em 2023 com Certificados de Aforro que não foram reclamados por herdeiros no fim do prazo legal de dez anos, um montante acima dos 2,56 milhões que o Fundo de Regularização da Dívida Pública arrecadou no ano anterior, mas abaixo dos valores registados em 2021 (6,06 milhões) e em 2020 (4,77 milhões), segundo os dados do relatório anual do fundo. A lei em vigor dita que os herdeiros têm uma década para reclamar a posse ou a liquidação dos Certificados de Aforro após a morte do investidor.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Salário médio das ofertas do IEFP foi de 910 euros

As 123.111 ofertas de trabalho captadas em 2023 pelos centros de emprego de Portugal continental, que resultaram em 89 mil colocações, apresentaram, em média, um salário de 909,64 euros brutos por mês, de acordo com dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Em todo o país (127 mil ofertas que resultaram em 92 mil colocações), significa que cerca de 72% das ofertas recebidas no ano passado deram lugar a uma colocação, que foram mais frequentes em profissões que exigem menos qualificações, como a indústria extrativa, construção, indústria transformadora e transportes (13 mil colocados; 15% do total), trabalhadores dos serviços pessoais (7 mil colocações; 8%) e vendedores (5,9 mil; 7%).

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Mais portugueses acham que a corrupção aumentou e é “comum”

O mais recente Eurobarómetro sobre as “Atitudes dos cidadãos face à corrupção na União Europeia em 2024” coloca os portugueses inquiridos (78%) com uma perceção em relação à existência de corrupção muito acima da média dos inquiridos no bloco comunitário (41%). Enquanto 27% dos cidadãos europeus, em média, consideram que a corrupção é um problema “raro”, apenas 2% dos portugueses partilham essa opinião, já que a esmagadora maioria dos cidadãos nacionais inquiridos (96%) pensam que a corrupção é “comum” em Portugal — acima dos 93% de portugueses inquiridos em 2023.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Inflação nas rendas estabiliza em máximos de três décadas

Depois de três anos e meio de aceleração permanente, a taxa de inflação no valor das rendas pagas por inquilinos em Portugal parece estar finalmente a estabilizar, mas aos níveis mais altos desde pelo menos 1995: em julho, pelo quarto mês consecutivo, a inflação homóloga nas rendas situou-se em 7,1%, segundo mostram os dados publicados na segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A descida esperada em 2025 do coeficiente de atualização de rendas pode ajudar, ainda assim, a criar a expectativa de algum abrandamento de preços ao longo do próximo ano.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Empresas de componentes automóveis ponderam lay-off após travagem do primeiro semestre

A indústria automóvel e de componentes está entre as que mais sofreu no primeiro semestre com o abrandamento da economia global, com os dados do Instituto Nacional de Estatística a apontarem para quebras de 18,5% nas exportações na categoria de ‘material de transporte e acessórios’, de 9,2% nas ‘partes, peças e acessórios’, de 21,6% no ‘outro material de transporte’ e de 32,5% nos ‘automóveis para transporte de passageiros’. Diante deste cenário, o presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) não projeta uma segunda metade do ano favorável ao setor e admite que já há empresas a ponderar recorrer ao lay-off.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

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Prosegur Cash aumenta a sua participação na Minos Global e reafirma o seu compromisso com os criptoativos

  • Servimedia
  • 13 Agosto 2024

A Prosegur Cash anunciou a sua decisão de aumentar a sua participação na Minos Global no âmbito da ronda de financiamento levada a cabo por esta empresa.

De acordo com um comunicado, o objetivo é reforçar a posição atual desta aliança como fornecedor de serviços de criptoativos na Europa ao abrigo do Regulamento dos Mercados de Criptoativos da União Europeia (MiCA) e impulsionar a sua expansão geográfica na América Latina. Ao mesmo tempo, pretende alargar a cobertura à prestação de serviços sobre instrumentos financeiros tokenizados ao abrigo da Lei do Mercado de Valores Mobiliários.

Destaca-se também a abertura pela Prosegur Crypto de dois novos Crypto Bunkers. Segundo a empresa, trata-se de espaços únicos no mundo em termos de segurança para o armazenamento e gestão integral de ativos digitais, na Argentina e no Brasil, para além do existente em Espanha, com novas aberturas previstas para setembro.

A nova regulamentação permitirá que instituições de crédito e empresas de serviços de investimento ofereçam serviços de custódia e negociação de criptoativos a partir de janeiro de 2025, o que levará a uma maior adoção dessa nova classe de ativos. Para dar resposta a esta procura, a Prosegur Crypto e a Minos Global implementaram uma plataforma institucional para ativos tokenizados que permite a implementação destas capacidades de forma segura, ágil e eficiente.

José Ángel Fernández, presidente executivo da Prosegur Crypto e diretor corporativo de inovação da Prosegur Cash, afirmou que “este investimento não só reflete a convicção da Prosegur Crypto no modelo de negócio conjunto de ambas as empresas, mas também oferece a oportunidade de colaborar estreitamente no desenvolvimento de soluções de negociação e custódia para qualquer tipo de instrumento tokenizado ao abrigo da nova regulamentação”.

Por sua vez, o CEO da Minos Global, Alfonso Ayuso, disse que “a participação da Prosegur no processo de crescimento da empresa reforça a confiança na plataforma desenvolvida e nas capacidades de crescimento. Esta operação permitir-nos-á alargar as nossas capacidades a todo o espaço dos ativos digitais, tanto a nível técnico como regulamentar”.

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Urbas consolida a sua presença na Colômbia com projectos avaliados em mais de 220 milhões de euros

  • Servimedia
  • 13 Agosto 2024

A Urbas disse esta terça-feira que conseguiu consolidar a sua presença internacional na Colômbia, onde aspira a estabelecer-se como um pólo de desenvolvimento empresarial para a região.

A empresa espanhola anunciou no início do ano que irá desenvolver 1,67 milhões de metros quadrados que albergarão a cidade desportiva Urbas Estadio América, onde também irá construir o novo estádio do América de Cali, bem como um hotel, a sede do clube desportivo América de Cali, um hospital e outras infra-estruturas desportivas.

Este mega-projeto está avaliado em mais de 130 milhões de dólares (mais de 120 milhões de euros à taxa de câmbio atual) e a conclusão do estádio está prevista para 2027. Incluirá a construção de quatro torres com 450 suites, 92 escritórios, 30 lojas, 10 restaurantes e 4.000 lugares de estacionamento.

Para além da construção do estádio, a Urbas está a desenvolver uma ponte elevada na autoestrada Sur, no município de Itagüí, e mais de 50 quilómetros de ciclovias de duas vias na região de Cundinamarca, nos arredores de Bogotá.

Estes dois projetos de infra-estruturas públicas já estão em desenvolvimento e a Urbas terá um volume de negócios de cerca de 40 milhões de euros. Além disso, espera faturar mais de 200 milhões de dólares (mais de 180 milhões de euros) nos próximos três anos com o desenvolvimento da cidade desportiva Urbas América em Cali.

Desta forma, a empresa posiciona-se como um dos principais intervenientes na Colômbia e na região da América Latina e Caraíbas, que está a passar por um processo de transformação e desenvolvimento. A empresa tem também outros projetos de energias renováveis em países da região como o Panamá, a Bolívia e o Paraguai.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 13 de agosto

  • ECO
  • 13 Agosto 2024

Ao longo desta terça-feira, 13 de agosto, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Como as marcas aproveitaram os Jogos Olímpicos para pontuar nas redes sociais

Vários foram os atletas que chegaram ao pódio nos Jogos Olímpicos, mas muitas foram as marcas que também tentaram "conquistar medalhas" e consumidores com publicações nas redes sociais.

Além de ser uma celebração do melhor desporto a nível mundial, os Jogos Olímpicos são também uma oportunidade para as marcas chegarem até aos consumidores. Além do lançamento de campanhas – através de um investimento que foi reforçado este anomuitas foram as marcas que optaram por ir aproveitando o decorrer do evento para marcar pontos nas redes sociais.

Com destaque para o uso da criatividade e do humor, várias marcas portuguesas publicaram nas redes sociais tanto para se promoverem a si e aos seus produtos como para felicitar a prestação da comitiva e dos atletas portugueses. O evento desportivo foi ainda aproveitado por vários partidos políticos nacionais, que também não deixaram passar a oportunidade de comunicar e tentar alcançar os internautas.

Algumas marcas optaram por fazer publicações tendo o evento desportivo como pano de fundo, dando asas ao humor e à criatividade, como fizeram a Licor Beirão, Nicola Café, Sagres, Telepizza, Vodafone, Agriloja, Leroy Merlin, Paladin, Flying Tiger ou Control. A Bom Petisco, por exemplo, também publicou um reel.

Outras marcas optaram por celebrar as prestações portuguesas, como aconteceu no caso da Super Bock, Nicola Café, Fnac ou Pingo Doce.

Já a Rádio Popular optou por fazer um giveaway, tendo o evento desportivo como pano de fundo.

Dentro do quadrante político, vários partidos também aproveitaram os Jogos Olímpicos para comunicar. Enquanto o PSD, PS e Chega deram os parabéns aos atletas que representaram Portugal na competição, outros optaram por tentar passar outro tipo de mensagens. O Bloco de Esquerda, por exemplo, teceu críticas à banca, o PAN enalteceu o trabalho que tem desenvolvido no Parlamento, e a Iniciativa Liberal apresentou algumas das suas propostas para o país.

Entre as entidades institucionais, enquanto a GNR optou por dar os parabéns aos campeões olímpicos Iuri Leitão e Rui Oliveira, a PSP quis mostrar aos internautas um pouco do que foi a sua presença nos Jogos Olímpicos de Paris, no apoio às autoridades locais, no âmbito da cooperação internacional.

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Governo calendariza em setembro revisão das carreiras dos técnicos de reinserção e serviços prisionais

Técnicos de reinserção e serviços prisionais estão em greve. Negociação sobre as carreiras não revistas será feita em setembro nas reuniões de negociação geral.

O Governo vai avançar em setembro, no âmbito das reuniões de negociação geral, com a calendarização das revisões das carreiras não revistas dos técnicos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, que tem prevista uma greve para esta terça e quarta-feira, com uma vigília frente ao palácio de Belém.

O presidente do Sindicado dos Técnicos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (SINDGRSP), Miguel Gonçalves, disse este sábado à agência Lusa que a vigília terá uma duração de 16 horas, o número de anos que aguardam pela renovação das carreiras.

De acordo com o sindicalista, a greve em 13 e 14 de agosto, com garantia dos serviços mínimos, e a vigília frente ao palácio de Belém, servem para mostrar ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, os problemas que vivem estes técnicos e que “a reinserção social dos reclusos não pode ser só um chavão”. Em causa está a revisão e valorização salarial das carreiras em 2024 (numa Carreira Única Especial) e o pagamento dos suplementos (de ónus, risco e penosidade) a todos os trabalhadores.

Por seu lado, em informação remetida ao Parlamento, o Ministério da Justiça esclareceu que o tema foi já abordado em reuniões ocorridas com SINDGRSP, com a FESAP e com o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), na qual informou que “será no âmbito das reuniões de negociação geral a decorrer em setembro que serão calendarizadas pelo Governo as revisões das carreiras que ainda carecem de ser revistas”.

Em resposta a uma questão do grupo parlamentar do Chega, o Ministério tutelado por Rita Alarcão Júdice “reconhece a importância que a revisão das carreiras terá para a valorização da carreira, permitindo melhores condições para reter os trabalhadores que atualmente integram as carreiras, mas também para atrair novos trabalhadores”.

Na nota enviada na sexta-feira passada, o gabinete da ministra da Justiça, contudo, salienta que “o processo de revisão da carreira não será concluído sem o cumprimento da necessária fase de negociação com as estruturas sindicais representativas dos trabalhadores, onde serão naturalmente discutidas as opções tomadas e ponderados todos os contributos e eventuais contrapropostas que venham a ser apresentadas”.

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#7 As férias de Nuno Terras Marques. “Relaxar” antes de ir com CR7 para a Ásia

CEO do grupo Visabeira está “mais livre da responsabilidade diária da gestão”, mas não desliga dos negócios que aí vêm nas telecomunicações e energia, e também na Vista Alegre com o novo acionista.

  • Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “Férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.

Apesar de a “flexibilidade da estrutura” e o modelo de organização lhe permitir ter “um período mais livre da responsabilidade diária da gestão”, o CEO do grupo Visabeira reconhece que não conseguiria desligar totalmente durante as férias, que aproveita para “descontrair e relaxar com a família e amigos”. Na mente de Nuno Terras Marques estão já os próximos negócios nos EUA e no Reino Unido por parte da Constructel Visabeira, subsidiária do grupo de Viseu para os setores das telecomunicações e da energia, assim como a entrada da Vista Alegre na Ásia e Médio Oriente, em parceria com o novo acionista Cristiano Ronaldo.

Que livros, séries e podcasts vai levar na bagagem e porquê?

Para estar em sintonia com o mundo, levo os podcasts “The Economist” e o vosso “O Mistério das Finanças”.

Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?

Admito que não desligo totalmente e acho que nem conseguiria fazê-lo. No entanto, a flexibilidade da estrutura e o modelo de organização permite-nos ter um período mais livre da responsabilidade diária da gestão.

As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?

Este é um período que aproveito para descontrair e relaxar com a família e amigos, mas é inegável que normalmente aproveito também este período para alguns momentos de reflexão sobre decisões estratégicas.

Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?

A concretização de alguns negócios estratégicos e muito relevantes para a Constructel Visabeira, nomeadamente nos EUA e no Reino Unido.

Ao nível da Vista Alegre, o lançamento da nova empresa, em parceria com a CR7 SA, no Médio Oriente e Ásia, cujo objetivo é fazer crescer as marcas Vista Alegre e Bordallo Pinheiro naquelas geografias; e a celebração dos seus 200 anos, especialmente a inauguração da grande exposição no Palácio Nacional da Ajuda.

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Anterior júri do concurso da fibra nega ter originado atraso

Num direito de resposta, Mafalda Carmona, Steffen Hoernig e Carlos Oliveira Cruz recusam que a sua renúncia tenha originado o mais recente atraso no processo que visa instalar fibra no interior.

O anterior júri do concurso da fibra ótica rejeita que a sua renúncia, ainda no tempo do anterior Governo, tenha estado na origem do mais recente atraso no processo, contrariando o que disse fonte oficial do atual Ministério das Infraestruturas.

Num direito de resposta publicado na passada quinta-feira, na sequência de uma notícia do ECO divulgada a 15 de julho, Mafalda Carmona, Steffen Hoernig e Carlos Oliveira Cruz imputam o atraso a “equívocos” detetados nas peças do concurso que obrigaram ao reinício do prazo de apresentação das propostas.

“É falso o que vem noticiado: a renúncia do júri não foi causa do atraso no concurso. O atraso no concurso deveu-se à necessidade de alterar aspetos fundamentais nas peças do concurso, que foram publicados com vários equívocos. A alteração de aspetos fundamentais das peças implica, nos termos do Código dos Contratos Públicos, que se reinicie o prazo de apresentação das propostas”, explicam.

Segundo os mesmos, “as peças, na sua versão original, não foram elaboradas pelo júri, embora tenha sido o júri a identificar os problemas de que padeciam as peças”.

O atraso no concurso deveu-se à necessidade de alterar aspetos fundamentais nas peças do concurso, que foram publicados com vários equívocos.

Anterior júri do concurso da fibra ótica

Direito de resposta

A 15 de julho, o ECO publicou declarações de fonte oficial do Ministério das Infraestruturas que alegam que a “prorrogação do prazo para apresentação de propostas”, bem como “os prazos relativos aos pedidos de esclarecimento, identificação de erros e omissões e respetivas respostas”, se deu “na sequência da renúncia dos membros do júri” do procedimento, e da nomeação de um novo júri.

Mas, no direito de resposta, Mafalda Carmona, Steffen Hoernig e Carlos Oliveira Cruz dizem ter feito diligências para garantir que a sua renúncia não atrasasse mais este processo, que foi inicialmente anunciado em 2022 pelo então ministro Pedro Nuno Santos, atual líder da oposição.

“O júri apenas apresentou a sua renúncia depois de ter assegurado a alteração das peças, sabendo que se iria iniciar novo prazo para apresentar as propostas e, portanto, tempo suficiente para nomear novo júri sem que a sua renúncia fosse por si causadora de qualquer atraso”, garantem os anteriores responsáveis.

À luz destas informações, o ECO solicitou esclarecimentos ao Ministério das Infraestruturas, que é tutelado pelo ministro Miguel Pinto Luz. Porém, fonte oficial reiterou a resposta anterior, sem acrescentar mais comentários. Na sequência da resposta do anterior júri, o ECO também se mostrou disponível para esclarecimentos adicionais junto destes, nomeadamente qual o motivo que levou à renúncia, que ainda não foi explicado.

“Quanto às razões da renúncia, preferimos não tomar a iniciativa de as revelar, embora estejamos disponíveis para comentar qualquer eventual resposta que seja dada por fonte das entidades públicas”, responderam Mafalda Carmona, Steffen Hoernig e Carlos Oliveira Cruz. Desconhece-se também o teor dos erros detetados nas peças originais do concurso.

De acordo com um despacho publicado em abril no Diário da República, assinado pelo então secretário de Estado Mário Campolargo, o novo júri — que, segundo fonte oficial do Governo “ainda se mantém em funções na presente data” — é presidido por Maria José Leal Castanheira Neves, que foi diretora de serviços de Apoio Jurídico e à Administração Local na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro entre junho de 2009 até se aposentar em 30 de junho de 2023, tendo como vogais o professor catedrático Rui Luís Andrade Aguiar, da Universidade de Aveiro, e Joana Rita Pinho Resende, vice-reitora da Universidade do Porto.

Num comunicado divulgado em dezembro, o anterior Governo recordava que está em causa “um investimento global de 425 milhões de euros”, dos quais cerca de 150 milhões dos Programas Regionais do Portugal 2030, “sendo o restante proveniente de fundos nacionais”, para levar fibra ótica a “mais de 400 mil casas em diversas regiões do interior, resultando na cobertura da totalidade do território continental até 2026/2027”.

Os atrasos sucessivos neste processo deixam, potencialmente, milhares de famílias à espera de ter acesso a cobertura de redes de comunicações de alta velocidade que são, atualmente, praticamente ubíquas em boa parte do país, agravando deste modo as assimetrias territoriais.

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Investimento dos fundos Sifide arrisca ser ajuda de Estado

“A proposta de revisão dos fundos Sifide terá naturalmente em conta os devidos enquadramentos definidos pelas regras europeias de auxílios de Estado”, garante ao ECO o Ministério da Economia.

O Governo já anunciou que vai rever as regras dos benefícios fiscais que permitem deduzir em sede de IRC uma percentagem das despesas em Investigação & Desenvolvimento (I&D). Mas, ao permitir que os fundos Sifide apliquem 20% da sua dotação em investimentos de inovação produtiva, há o risco de estes serem classificados como auxílios de Estado.

“A possibilidade de aplicar 20% dos fundos SIFIDE em investimentos de inovação produtiva – com as devidas ressalvas, em concreto, a obrigatoriedade do projeto de I& D que antecede a fase produtiva, ter sido financiado por fundos Sifide ou outros programas de I&D nacionais/europeus – vai, naturalmente, beneficiar as empresas que endogenizam os resultados da I&D que realizam”, sublinham Pedro Deus e Verónica Fernandes, partner e diretor da PwC, respetivamente, num artigo para o ECO. “Fica por esclarecer, contudo, a compatibilidade da medida com as regras europeias de auxílios de Estado”, alertam.

“À data o Sifide não é um auxílio de Estado”, recorda Ana Margarida Santos. “Qualquer entidade se pode candidatar independentemente do setor ou da região onde se encontra ou da própria dimensão. Convém garantir que se mantenha assim”, diz a associate partner da Deloitte, no ECO dos Fundos, o podcast quinzenal do ECO sobre fundos europeus. “A nuance do investimento produtivo pode trazer algumas questões”, alerta.

Em causa está o facto de o investimento produtivo se reger por outras regras. Por exemplo, na região de Lisboa as grandes empresas não podem ser apoiadas, explica Ana Margarida Santos, sublinhando que o legislador terá de acautelar que este benefício fiscal – que tem uma taxa máxima de apoio de 82% e pode ser utilizado até 12 anos, caso não haja imposto a pagar – não colida com os limites de apoio.

O ECO questionou o Executivo sobre este risco. “A proposta de revisão dos fundos Sifide terá naturalmente em conta os devidos enquadramentos definidos pelas regras europeias de auxílios de Estado”, respondeu fonte oficial do Ministério da Economia.

Para já, a Comissão Europeia não tem quaisquer comentários a fazer sobre “a alteração legislativa nesta matéria”, que o Governo está a preparar, mas recorda que, “em geral, cabe aos Estados-membros decidirem se querem apoiar um setor ou uma empresa específica”.

“Caso decidam fazê-lo, cabe aos Estados-membros desenhar medidas em conformidade com o direito da UE e os objetivos de política dos Estados-membros e avaliar se uma medida envolve auxílio estatal”, explicou ao ECO um porta-voz da Comissão. “Se uma medida constituir um auxílio estatal na aceção do direito da UE, deve ser notificada pelo Estado-membro em causa à Comissão para avaliação, antes de qualquer concessão de auxílio aos beneficiários, a menos que esteja abrangida por isenções por categoria”, acrescentou o mesmo porta-voz.

O Sifide é um incentivo fiscal que permite deduzir no IRC uma percentagem das despesas de Investigação & Desenvolvimento, na parte não comparticipada a fundo perdido pelo Estado ou por fundos europeus. Desde 2011 passou a ser possível deduzir também as contribuições para um Fundo de Capital de Risco.

Em ambos os casos (via direta ou indireta) a dedução era feita através de uma taxa de base de 32,5% das despesas, realizadas no período em causa, e uma taxa incremental de 50% do acréscimo das despesas, realizadas naquele período em relação à média aritmética simples dos dois exercícios anteriores, até ao limite de 1,5 milhões de euros. Esta última deixou de se aplicar aos investimentos indiretos.

Este regime fiscal tinha sido alterado em maio de 2023, após longa discussão no Parlamento, para fortalecer o apoio na sua componente direta, mas por outro lado, endurecer as regras na componente indireta de modo a travar potenciais abusos que levaram o Fisco a realizar várias auditorias. Mas como os efeitos, na sua maioria, só se começaram a fazer sentir em janeiro de 2024, houve uma corrida às candidaturas de investidores em fundos Sifide.

Agora, no âmbito do “Programa Acelerar a Economia”, aprovado no início de julho em Conselho de Ministros, foram introduzidas novas alterações, nomeadamente reduzir os requisitos de despesa em I&D das empresas investidas de 7,5% para 5% do seu volume de negócios do ano anterior e dar mais dois anos para os fundos Sifide realizarem o investimento em empresas de I&D.

Permitir que os fundos Sifide passem a investir também em inovação produtiva, em fase mais avançada e reduzir para 5% do volume de negócios as despesas de I&D é dar uma nota de realismo” à medida, explicou na altura o ministro da Economia, Pedro Reis, e “permitir que mais empresas beneficiem deste tipo de incentivos”, acrescentou.

As alterações apresentadas ao Sifide visam “a maximização do impacto económico do capital já aplicado e ainda não investido”, lê-se no documento. Mas também “atrair mais investimento e uma maior inovação as empresas”, disse, por seu turno o ministro das Finanças.

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