Casa da Moeda afasta “ingerência política” no pedido de dividendos extra

  • Lusa
  • 11 Julho 2024

Dora Moita recordou que as Finanças pediram dividendo extra de 20 milhões. A posição da Casa da Moeda foi que tal "não era viável, porque punha em causa compromissos" que já tinham assumido.

A presidente da Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM), Dora Moita, considerou esta quinta-feira que não existiu ingerência política no pedido das Finanças, no final de 2023, para uma distribuição extraordinária de dividendos.

Não há aqui matéria de opinião, o acionista tem o direito a pedir distribuição de dividendos e o papel do Conselho de Administração é perceber se o montante está ajustado à estratégia para curto, médio e longo prazo”, explicou a presidente da INCM aos deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública.

Esta audição, a par com outras ao ex-presidente da Águas de Portugal e ao presidente da NAV, foram pedidas pelo CDS-PP, tendo em conta os dividendos extraídos destas empresas públicas e o seu impacto na redução da dívida pública, um tema que foi levantado na análise feita pela UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental) em abril deste ano.

Dora Moita recordou que o montante pedido inicialmente foi de 20 milhões de euros, a posição da Casa da Moeda foi que tal “não era viável, porque punha em causa compromissos” que já tinham assumido, pelo que foram apresentados dois novos cenários: uma distribuição de dividendos de 10 milhões de euros, que poderia levar a um “défice de tesouraria”, ou de cinco milhões de euros, que parecia “aceitável”.

Foi feita a transferência de dividendos extraordinários de cinco milhões, mas a decisão das Finanças foi revertida e acabaram por ser transferidos mais cinco milhões, para perfazer um total de 10 milhões. Para a responsável, esta foi “uma interação regular com o acionista”, sendo que a intervenção da empresa “termina quando se passa para o acionista a verba que é solicitada”.

A presidente do INCM salientou ainda que, apesar das previsões de que um dividendo de 10 milhões pudesse ter impacto nas contas da empresa, “não foi necessário recorrer a nenhum tipo de endividamento” neste ano. Isto foi possível porque alguns clientes de maior dimensão “pagaram dívidas vencidas numa verba que ascendeu a nove milhões de euros”, no início deste ano, o que permitiu libertar recursos suficientes.

Questionada pelo deputado do CDS-PP Paulo Núncio, a responsável adiantou também que, no tempo que esteve na empresa, não tinha havido nenhum outro pedido extraordinário de dividendos. A mesma questão tinha sido colocada ao presidente da NAV esta quinta, que também sinalizou que, do que era do seu conhecimento, foi a primeira vez que foi pedida uma distribuição extraordinária de dividendos.

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Economista Isabel Proença vai liderar nova unidade para avaliar benefícios fiscais

Unidade criada para avaliar os benefícios fiscais terá como primeira coordenadora Isabel Proença, economista e professora de econometria no ISEG. "É um desafio importante", afirmou ao ECO.

Isabel Proença vai liderar a nova Unidade Técnica de Avaliação Tributária e Aduaneira (U-Tax), criada para avaliar os benefícios fiscais. “Confirmo que recebi o convite por parte do Governo para presidir à U-Tax. É um desafio importante para a minha carreira”, afirmou ao ECO a economista do ISEG.

A U-Tax é a unidade que irá acompanhar a evolução dos benefícios fiscais em Portugal, sendo uma das reformas previstas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que está subjacente ao quinto pedido de desembolso da bazuca. A sua criação foi aprovada em Conselho de Ministros em dezembro, tendo o diploma sido promulgado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em janeiro deste ano, contudo, com avisos.

O objetivo passa por promover “um sistema fiscal mais simples e transparente, com um maior grau de exigência quanto à explicitação dos objetivos extrafiscais que presidam à criação ou manutenção de benefícios fiscais” e resulta das conclusões do Grupo de Trabalho para o Estudo dos Benefícios Fiscais (criado em 2018), que recomendou a sua criação.

Isabel Proença é professora de Econometria no ISEG, onde se licenciou em 1985 e concluiu o mestrado em Matemática Aplicada à Economia e à Gestão em 1990. De acordo com a sua nota curricular, em 1995 concluiu o doutoramento em Economia (com tese em econometria) pela Université Catholique de Louvain e em 2014 obteve o grau de “agregação” em Matemática Aplicada à Economia e à Gestão pelo ISEG, Universidade de Lisboa.

É investigadora do Centro de Matemática Aplicada e Economia do ISEG, onde já foi diretora e coordenadora científica do CEMAPRE. Os seus principais interesses de investigação são em microeconometria, dados em painel, métodos semiparamétricos e econometria espacial, com forte foco em aplicações a problemas de economia e gestão.

Segundo o diploma que cria a U-Tax, a unidade “goza de autonomia técnica e profissional na respetiva elaboração de estudos e pareceres, atuando nesse âmbito na dependência funcional do membro do Governo responsável pela área das finanças”.

Aquando da promulgação pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a unidade terá “competências que, aparentemente, podem ser consideradas próximas ou reconduzidas a algumas atualmente consagradas para o Centro de Estudos Fiscais (CEF)”.

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Basílio Horta eleito presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa

Autarca de Sintra sucede a Carla Tavares, eleita eurodeputada, e tem na sua lista a líder da câmara de Almada, Inês de Medeiros (PS), e o número dois do município de Mafra, Hugo Luís (PSD).

Conselho Metropolitano Lisboa11 julho, 2024

O presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, sucede agora à autarca Carla Tavares — eleita eurodeputada –, na liderança do Conselho Metropolitano de Lisboa, órgão deliberativo da Área Metropolitana de Lisboa (AML).

Depois de já ter ocupado o cargo entre 2015 e 2017, o autarca socialista foi eleito esta quinta-feira com 17 votos a favor e um voto branco, o que se traduz em cerca de 94% de votos favoráveis (em representação de cerca de 2,3 milhões de eleitores), calcula a AML num comunicado enviado às redações. “Os votos em branco foram cerca de 6%, em representação de 145.000 eleitores“, completa.

A lista do socialista Basílio Horta inclui ainda como vice-presidentes a líder da câmara de Almada, Inês de Medeiros (PS), e o número dois do município de Mafra, Hugo Luís (PSD). Os dois autarcas também sucedem aos vice-presidentes Hélder Sousa Silva (autarca de Mafra), igualmente eleito eurodeputado nas eleições europeias de 9 de junho deste ano, e Frederico Rosa, na liderança da câmara do Barreiro. A nova mesa de presidência entrará em funções ainda este mês.

Participaram na votação os 18 municípios que integram a Área Metropolitana de Lisboa (AML): Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.

Após a eleição para a liderança do Conselho Metropolitano de Lisboa, Basílio Horta elencou quatro desafios para a região: os resíduos sólidos urbanos, as concessões da distribuição da rede elétrica em baixa tensão, os financiamentos europeus para a região, nomeadamente aqueles que decorrem do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e as pessoas em situação de sem-abrigo.

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EDP e Fundação AIP criam maior comunidade de energia de Portugal. Vizinhos têm desconto de 35% na luz

Os vizinhos que fizerem parte deste projeto terão um desconto de até 35% na componente de eletricidade que consomem.

O Grupo Fundação AIP e a EDP Comercial assinaram um contrato para a instalação de uma central solar de 5,1 megawatts-pico (MWp) na cobertura dos quatro pavilhões da Feira Internacional de Lisboa (FIL). Esta central dará origem à maior comunidade de energia de Portugal.

Ao longo de uma área de 44 mil metros quadrados, que não é visível do exterior do edifício e acompanha a forma ondulada da cobertura, serão instalados mais de nove mil painéis fotovoltaicos que deverão produzir cerca de 6,8 gigawatts-hora por ano (GWh/ano), evitando anualmente 1.250 toneladas de dióxido de carbono, o equivalente às emissões de dióxido de carbono que seriam captadas por cerca de 57 mil árvores.

O Grupo Fundação AIP consumirá perto de um terço da energia produzida pela central, no âmbito da sua atividade de feiras, congressos e outros eventos que se realizam na FIL. Como a FIL irá utilizar apenas parte da energia que será produzida a partir dos painéis instalados na sua cobertura, cedeu o resto do espaço para que a EDP instalasse painéis cujos benefícios poderão ser partilhados com famílias e empresas que se encontrem num raio de quatro quilómetros e com ligação à mesma subestação da rede elétrica.

Esta parceria permite também ao Grupo Fundação AIP alcançar poupanças de mais de 60% no custo com eletricidade que consome na FIL, reduzir significativamente a sua pegada ambiental e promover o uso de eletricidade renovável na comunidade em que esta está inserida. Já os vizinhos que fizerem parte deste projeto terão um desconto de até 35% na componente de eletricidade que consomem (não em toda a fatura da luz, mas na parte que diz respeito à energia). As inscrições para aderir ao Bairro Solar FIL/EDP estarão brevemente disponíveis no site da EDP Comercial.

“A EDP foi pioneira na criação de bairros solares e estamos muito orgulhosos em criar, com a Fundação AIP, o maior destes bairros em Portugal”, declara Vera Pinto Pereira, administradora da EDP e presidente da EDP Comercial, que vê estes bairros como uma das prioridades para a elétrica portuguesa.

A EDP tem cerca de 3.400 comunidades de energia já contratadas com clientes, com um potencial de adicionarem mais de 100 MWp de capacidade solar a Portugal e de partilharem benefícios com até 90 mil vizinhos.

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Pedro Lourtie será chefe de gabinete de António Costa no Conselho Europeu

Pedro Lourtie é, desde janeiro de 2022, embaixador português na UE, em Bruxelas. O jornal Politico adianta que David Oppenheimer deverá ser o chefe de gabinete adjunto.

O embaixador português junto da União Europeia, Pedro Lourtie, deverá ser o chefe de gabinete de António Costa quando este tomar posse enquanto presidente do Conselho Europeu, a 1 de dezembro de 2024. A notícia avançada pelo Politico, esta quinta-feira, cita três fontes oficiais em Bruxelas que confirmam a escolha do diplomata. O ECO tentou confirmar a notícia junto da Representante Permanente de Portugal (REPER) junto da União Europeia que não quis prestar comentários.

Pedro Lourtie era representante português na UE, em Bruxelas, desde janeiro de 2022, tendo sido oficializado por decreto do Presidente da República. “É nomeado, sob proposta do Governo, o embaixador Pedro Manuel Carqueijeiro Lourtie para o cargo de Representante Permanente de Portugal junto da União Europeia – REPER, em Bruxelas”, lê-se no decreto publicado em Diário da República.

Além de já ter ocupado cargos na REPER, Lourtie foi representante da UE em Washington, nos EUA, e em 2015 foi nomeado representante diplomático de Portugal em Tunes, na Tunísia, tendo sido também conselheiro diplomático e chefe de gabinete de anteriores primeiros-ministros portugueses.

Enquanto Lourtie será o chefe de gabinete, o Politico adianta que David Oppenheimer, que foi assessor de Costa, em Portugal, deverá ser o chefe de gabinete adjunto.

No passado dia 27 de junho, António Costa foi nomeado para a presidência do Conselho Europeu, sucedendo ao belga Charles Michel. O mandato será de dois anos e meio mas é expectável que seja reconduzido por mais um período, para um total de cinco anos.

O nome do ex-primeiro-ministro foi o único proposto para a presidência do órgão que representa os 27 Estados-membros, tendo conseguido a maioria qualificada necessária para ser aprovado (apenas Giorgia Meloni, primeira-ministra italiana votou contra).

António Costa será o primeiro português e socialista no cargo desde de que foi criado no âmbito do Tratado de Lisboa.

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Sandro Raposo e Tiago Carvalho dos Santos integram administração da SATA

  • Lusa
  • 11 Julho 2024

Tiago Carvalho dos Santos esteve na Metropolitano de Lisboa, Carris, Transtejo e Soflusa. Já Sandro Raposo é funcionário da SATA há 28 anos.

O diretor de Gestão de Receita, Sandro Raposo, e o economista Tiago Carvalho dos Santos vão integrar o conselho de administração do grupo SATA, que será presidido por Rui Coutinho, anunciou esta quinta-feira o Governo dos Açores. A nova composição administrativa do grupo de aviação regional foi aprovada em Conselho de Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) e revelada pelo vice-presidente do executivo numa conferência de imprensa na Horta.

Tiago Carvalho dos Santos, economista, foi membro do conselho de administração e diretor financeiro da Metropolitano de Lisboa, Carris, Transtejo e Soflusa entre 2015 e 2016, funções que também ocupou na empresa Oitante, entre 2016 e 2018. Carvalho dos Santos foi ainda assessor do ministro da Saúde Paulo Macedo (2011 a 2015) e do secretário de Estado do Tesouro e Finanças (2010 e 2011) e administrador da consultora COBA.

Já Sandro Raposo, formado em Matemática e Tecnologia, é funcionário da SATA há 28 anos e assumia desde 2013 a direção da Gestão de Receita. A nova administração da SATA Holding, que vai ser presidida por Rui Coutinho, vai manter como administradores não executivos Bernardo Oliveira e João Crispim, adjuntos nas secretarias das Finanças e Infraestruturas do Governo Regional, respetivamente.

A 28 de junho, o Governo dos Açores anunciou a indicção de Rui Coutinho para a liderança da SATA, destacando que caberia ao novo presidente escolher o restante conselho de administração. As mudanças na administração da SATA acontecem numa altura em que o grupo de aviação está a cumprir um plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia, que inclui a privatização da Azores Airlines (responsável pelas ligações entre os Açores o exterior).

Aquela companhia foi alvo de um processo de privatização que foi cancelado em maio pelo executivo açoriano, que anunciou a intenção de lançar um novo concurso para alienar a maioria do capital social da empresa. O Conselho do Governo Regional formalizou ainda a nomeação de Isabel Dutra para presidente da Atlânticoline e de Ricardo Batista para vogal executivo da empresa responsável pelo transporte marítimo na região.

O anterior presidente da Atlânticoline, Francisco Bettencourt, foi nomeado diretor regional da Mobilidade. “Verifica-se, assim, a necessidade de garantir que o conselho de administração da Atlânticoline, SA tenha plenos poderes de administração para prosseguir a atividade essencial daquela empresa e, por conseguinte, proceder à nomeação do conselho de administração”, indica o executivo açoriano.

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Ok! seguros lança campanha focado nos segmentos auto, casa e viagem

  • + M
  • 11 Julho 2024

Com criatividade da Judas e produção da Trix, a campanha marca presença em TV, rádio, digital, outdoor e redes sociais. No offline o planeamento de meios é da Havas e no digital da Karma.

Tudo está ok! quando acaba em ok!” é o mote da nova campanha da seguradora do grupo Fidelidade vocacionada para a comercialização de seguros através dos canais diretos. “Sabemos que os imprevistos acontecem e que o mais importante é escolher uma seguradora que nos deixe tranquilos. Com esta campanha queremos mostrar como os clientes ok! se sentem confiantes e que os acidentes não chegam a ser um problema, seja qual for o cenário”, explica Marta Vicente, head of marketing & digital experience da ok! seguros, citada em comunicado.

Com criatividade da Judas e produção da Trix, a campanha marca presença em TV, rádio, digital, outdoor e redes sociais. No offline o planeamento de meios é da Havas e no digital da Karma. Auto, casa e viagem são os segmentos abordados na comunicação.

“A ok! seguros traz consigo o poder de uma das expressões mais utilizadas e positivas do mundo, transmitindo como quer estar ao lado de quem se quer sentir seguro”, resume a marca.

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Crédito da casa teve spread abaixo de 1% em 2023

Os contratos da casa celebrados no ano passado tiveram um spread médio inferior a 1% no ano passado. Renegociações dispararam com alta das taxas de juro.

A maioria dos contratos de crédito à habitação com taxa variável celebrados em 2023 passado teve spreads até 1%, num ano marcado pela alta dos juros que acelerou as renegociações.

Praticamente três quartos (73,7%) dos empréstimos celebrados no ano passado registou um spread (taxa comercial do banco) entre 0,5% e 1%, aumentando de forma significativa em relação a 2022 (45,4%), mostra o Relatório de Acompanhamento dos Mercados de Crédito divulgado esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

Em contrapartida diminuiu o peso dos spreads entre os 1% e os 1,5%, que passaram a representar 16,1% dos novos contratos de taxa variável, que compara com os 47,4% no ano anterior.

Em média, o spread dos novos contratos de crédito à habitação indexados à Euribor a três, seis e 12 meses foi de 0,93% no ano passado, abaixo dos 1,09% em 2022.

Renegociações disparam

O ano de 2023 ficou marcado pela alta das taxas de juro, o que levou as famílias a renegociar o crédito da casa com o banco, em muitas situações com uma baixa do spread.

Foram realizadas mais de 154 mil renegociações de contratos de empréstimo da casa no ano passado (mais 271,6% em comparação com 2022), envolvendo um montante de 17 mil milhões de euros (mais 300% face a 2022). Em mais de 60% das renegociações a condição renegociada foi apenas o spread, de acordo com o mesmo relatório.

O Banco de Portugal explica que a evolução das renegociações se deu “num contexto em que vigoraram medidas de apoio aos consumidores para mitigar os efeitos do aumento das taxas de juro de referência e prevenir o risco de incumprimento”.

Por outro lado, as famílias também estiveram mais ativas na procura de soluções para atenuar a subida das prestações mensais, sendo que a suspensão da comissão de reembolso antecipado também terá sido um fator promotor das renegociações, acrescenta o supervisor.

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Chega vai pedir ao Tribunal de Contas para analisar pedidos de dividendos do último governo

  • Lusa
  • 11 Julho 2024

"Vamos expor formalmente ao Tribunal de Contas, que analise a situação destas distribuições de dividendos e possa fazer uma análise sobre a sua legalidade", disse André Ventura.

O presidente do Chega disse esta quinta-feira que o partido vai pedir ao Tribunal de Contas que analise os pedidos do anterior governo para que empresas como a NAV ou a Águas de Portugal entregassem dividendo extraordinário.

“Dada a gravidade dos factos, nós vamos pedir ao Tribunal de Contas, e vamos expor formalmente ao Tribunal de Contas, que analise a situação destas distribuições de dividendos e possa fazer uma análise sobre a sua legalidade – e assumo tudo o que estou a dizer – e até os potenciais ilícitos criminais que aqui estejam envolvidos”, afirmou.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, André Ventura comentou as notícias que dão conta de que o anterior ministro das Finanças, Fernando Medina, pediu a empresas como a Águas de Portugal ou a NAV que entregassem dinheiro adicional ao acionista Estado no final do ano passado, com objetivo de descer a dívida pública.

“Há um dos factos que me parece especialmente grave, e esse facto é quando o governo do Partido Socialista, liderado então por António Costa, exigiu uma distribuição de dividendos com uma promessa de que este ano faria um aumento de capital exatamente no mesmo valor”, disse.

O líder do Chega considerou que “os atos parecem politicamente graves, parecem atos de gestão bastante gravosos” e afirmou ser “de duvidosa conformidade com a lei que isto tenha acontecido nestes termos”. “E por isso, o Tribunal de Contas é a entidade certa para se pronunciar sobre isto”, salientou.

André Ventura acusou o último governo de “maquilhagem contabilística e de maquilhagem de números”. O presidente do Chega criticou também a reação do secretário-geral do PS, que salientou que “o governo do PS deixou uma boa situação orçamental e financeira”. Ventura acusou Pedro Nuno Santos de “irresponsabilidade”.

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Guimarães está entre as três cidades finalistas a Capital Verde Europeia 2026

Guimarães disputa a final do título de Capital Verde Europeia 2026 juntamente com Heilbronn (Alemanha) e Klagenfurt (Áustria). O vencedor é conhecido a 24 de outubro.

Guimarães

 

Guimarães figura, pelo segundo ano consecutivo, na shortlist da corrida ao título de Capital Verde Europeia, juntamente com Heilbronn (Alemanha) e Klagenfurt (Áustria). A vencedora será anunciada a 24 de outubro, numa cerimónia que acontecerá em Valência (Espanha), Capital Verde Europeia em 2024.

Para a decisão do júri, detalha o município, pesaram “as práticas de gestão de resíduos e economia circular, proibindo materiais de utilização única em eventos da cidade e promovendo programas de prevenção de resíduos alimentares“. Além da otimização da eficiência hídrica mediante a “redução do consumo de água nos edifícios municipais, da deteção e reparação precoce de fugas, e da criação de estações de água públicas”, completa.

“As iniciativas e ações que temos vindo a realizar, ao longo dos últimos anos, fazem de Guimarães uma cidade referência para as outras cidades, portuguesas e europeias”, sustenta o autarca vimaranense, Domingos Bragança. Aliás, sublinha o edil, “é um enorme orgulho para o município de Guimarães ver novamente valorizado o trabalho que desenvolve em prol da sustentabilidade”.

As iniciativas e ações que temos vindo a realizar, ao longo dos últimos anos, fazem de Guimarães uma cidade referência para as outras cidades, portuguesas e europeias.

Domingos Bragança

Presidente da Câmara Municipal de Guimarães

Mas todo este desempenho do município tem a mais-valia de ter o contributo da comunidade. “O nosso compromisso com o desenvolvimento ambientalmente sustentável só é possível com o apoio das escolas e universidades, empresas e cidadãos, pois só dessa forma alcançaremos o objetivo comum de sensibilizar a população para a necessidade de proteger o ambiente e assim combater as alterações climáticas”, completa o autarca.

Para além de um troféu, a cidade vencedora recebe 600 mil euros com vista a apoiar ações-chave nas áreas de indicadores ambientais e a organizar eventos de sensibilização dos cidadãos.

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Aicep pode contratar pareceres a privados a título excecional

Aicep pode recorrer a privados, a título excecional e devidamente fundamentado, para obter estudos, pareceres, projetos e serviços de consultoria. Mas tem por limite 20 mil euros.

O ministro da Economia autorizou a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (Aicep) a encomendar estudos, pareceres, projetos e serviços de consultoria ao setor privado. O recurso aos privados tem de ser a título excecional e devidamente fundamentado, e tem por limite 20 mil euros.

O conselho de administração da Aicep está agora autorizado, a “título excecional e devidamente fundamentada”, a decidir “contratar a aquisição de serviços ao setor privado que tenham por objeto estudos, pareceres, projetos e serviços de consultoria ou outros trabalhos especializados, incluindo a renovação de eventuais contratos em vigor, desde que demonstrada a impossibilidade de satisfação das necessidades por via de recursos próprios da Aicep, até ao montante de 20 mil euros, acrescido dos impostos e encargos legais em vigor”, lê-se no despacho publicado esta quinta-feira em Diário da República.

O despacho especifica que são ratificadas todas as decisões deste tipo tomadas pela equipa liderada por Ricardo Arroja desde 20 de junho.

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Polícia Judiciária realiza novas buscas para a operação que envolve Manuel Serrão

Entre os visados destas novas buscas estão fornecedores de bens e serviços, principalmente ligados a eventos de moda, em conluio com o empresário Manuel Serrão.

A Polícia Judiciária (PJ) está a realizar esta quinta-feira cerca de duas dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias em diversas zonas do país, nomeadamente na área metropolitana do Porto e de Lisboa no âmbito da Operação Maestro, avança o Departamento Central de Instrução e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público em comunicado.

“As buscas têm a participação de três procuradores da República em funções no DCIAP, diversos inspetores, peritos informáticos e da Unidade de Perícia Financeira e Contabilística da Polícia Judiciária, bem como de quatro especialistas do Núcleo de Assessoria Técnica da Procuradoria-Geral da República”, lê-se no comunicado.

Segundo a CNN Portugal, entre os visados da operação desta quinta-feira estão fornecedores de bens e serviços, principalmente ligados a eventos de moda, que terão ficcionado ao longo de vários anos despesas de fornecimento, através de faturas falsas, em conluio com o empresário Manuel Serrão.

Nesta operação investiga-se um alegado esquema fraudulento de obtenção, desde 2015, de quase 39 milhões de euros para 14 projetos cofinanciados por fundos europeus. Em causa estão os crimes de fraude na obtenção de subsídio, fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais, associação criminosa e abuso de poder.

“Estão em causa esquemas organizados de fraude montados em proveito de um conjunto de pessoas, singulares e coletivas, e lesivos dos interesses financeiros da União Europeia e do Estado Português, quer em sede de financiamento através de apoios do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), quer através da subtração aos impostos devidos”, explicam.

No final de maio, o empresário Manuel Serrão foi constituído arguido na Operação Maestro. O Ministério Público (MP) considera o empresário portuense “o principal mentor” de um alegado esquema na obtenção de subsídios comunitários e que levou a PJ a realizar, em 19 de março, 78 buscas, na qual são também suspeitos o jornalista Júlio Magalhães, António Sousa Cardoso, que liderou a Associação de Jovens Empresários, e António Branco e Silva.

A investigação sustenta que, pelo menos desde 2015, Manuel Serrão, António Branco e Silva e António Sousa Cardoso, “conhecedores das regras de procedimentos que presidem à candidatura, atribuição, execução e pagamento de verbas atribuídas no âmbito de operações cofinanciadas por fundos europeus, decidiram captar, em proveito próprio e das empresas por si geridas, os subsídios atribuídos à Associação Selectiva Moda e às sociedades No Less e House of Project — Business Consulting”.

“No âmbito dessas operações cofinanciadas, através, designadamente, da apresentação e utilização como documentos de despesa aos projetos submetidos, com vista ao respetivo reembolso, faturas suspeitas de se tratar de negócios simulados, sem correspondência a serviços prestados nos projetos, ou, ainda faturas com valores sobrefaturados”, referiu o MP.

Segundo a investigação, as entidades beneficiárias controladas pelos suspeitos, “através da montagem de justificações contratuais, designadamente referentes a prestações de serviços e fornecimento de bens ou serviços”, obtiveram a aprovação e pagamento de incentivos no valor global de, pelo menos, 38.938.631,46 euros, através de 14 projetos, cofinanciados pelo FEDER.

O MP sustenta que os três suspeitos “obtiveram o comprometimento de pessoas da sua confiança, do seio do seu círculo de amizades”, como o jornalista Júlio Magalhães, “mas também do mundo empresarial, e em particular da área do setor têxtil, casos de Paulo Vaz, João Oliveira da Costa e Mário Genésio”.

(Notícia atualizada às 16h49)

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