Eurobic ajuda Abanca a alcançar lucro recorde de 1,2 mil milhões em 2024
Eurobic contribuiu com 350 milhões para o lucro recorde do Abanca no ano passado, que destaca sucesso da integração do banco português adquirido no verão passado.
O Abanca registou lucros recorde de 1.203,1 milhões de euros em 2024, subindo 69,2% em comparação com o ano anterior. Sem o Eurobic, adquirido no verão passado, o resultado teria sido de ‘apenas’ de 853,3 milhões de euros, segundo anunciou esta terça-feira.
O banco espanhol, que celebrou o décimo aniversário no ano passado, atingiu uma rentabilidade dos capitais próprios tangíveis (ROTE) de 16,5%, com este desempenho a ser novamente suportado pelo crescimento da margem financeira (diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos), que disparou 32,9% para 1,64 mil milhões de euros.
Já a margem bruta, que inclui a margem financeira, comissões, dividendos e outras receitas, somou 32,1% para mais de dois mil milhões de euros.
O Abanca destaca ainda que superou os 128 mil milhões de euros de volume de ativos, incluindo depósitos e empréstimos, graças à aquisição do Eurobic (o mercado português representa 20 mil milhões de volume de ativos). Registou um crescimento anual de 23,8% de novos empréstimos “com especial protagonismo em Portugal”, onde cresceu 237 pontos base no que toca à quota de mercado.
Ao todo, o banco galego gere uma carteira de crédito de 49,3 mil milhões de euros, enquanto os recursos de clientes (sobretudo depósitos) aumentaram 17% face a 2023, situando-se nos 79,1 mil milhões.
Integração do Eurobic concluída no final do ano
Quanto ao mercado português, depois da compra do Eurobic, que deu 350 milhões ao resultado do ano passado, o Abanca diz que se tornou no sétimo maior banco a operar no país. Entre os destaques da operação lusa, aponta o aumento de 5,1% do negócio, o rácio de capital de 18% e ainda o ROE de 11,1%.
Em dezembro, tal como o ECO avançou, o banco de Juan Carlos Escotet decidiu fundir as operações que já tinha em Portugal no Eurobic, fechando a sucursal e mantendo a marca Abanca, o que deverá ficar concluído no decurso deste ano.
“O processo de integração está em curso, terminará no final deste ano, no último trimestre concluiremos a integração tecnológica“, referiu Juan Carlos Escotet na conferência de imprensa de apresentação dos resultados, a partir da sede do banco, em Santiago de Compostela.
“Sempre dissemos que é uma operação complementar. Temos como fatores fundamentais para o crescimento futuro em Portugal é a rede atual e a qualidade da equipa que temos”, acrescentou.
Escotet sublinhou que se trata de um mercado estratégico, com Portugal a ‘pesar’ já 15% nas operações totais do Abanca. E questionado sobre uma nova aquisição, o responsável afastou qualquer hipótese: “Não temos previsto no horizonte em 2025 nenhuma integração adicional”.
“Somos um dos grupos mais sólidos da Península Ibérica”, salientou o CEO do Abanca Francisco Botas, destacando a “integração bem-sucedida do Eurobic”.
(Notícia atualizada às 10h04 com declarações do presidente do Abanca, Juan Carlos Escotet)
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