Autarca de Vila Real critica horários dos voos entre Trás-os-Montes e Algarve. “Serviços piorou”

  • Lusa
  • 19:35

O serviço é retomado em moldes que “não são os mais adequados”, diz autarca de Vila Real, uma vez que o avião da Sevenair não aterra às quartas e quintas-feiras nesta cidade.

O presidente da Câmara de Vila Real lamentou esta quinta-feira que a carreira área Trás-os-Montes/Algarve, que é retomada a 19 de fevereiro, não pare às quartas e quintas-feiras nesta cidade, considerando que o “serviço piorou” com este Governo.

Em reação ao regresso da ligação que une o Norte e o Sul do país, entre Bragança e Portimão e paragem em Vila Real, Viseu e Cascais, o socialista Rui Santos afirmou que “vale mais tarde do que nunca”. No entanto, considerou que o serviço é retomado em moldes que “não são os mais adequados”, já que o avião não aterra às quartas e quintas-feiras na cidade de Vila Real.

“E isso obviamente desagrada-nos e espero que, mais cedo do que tarde, essa situação possa ser retificada”, afirmou. A carreira aérea regional foi interrompida a 30 de setembro, altura em que terminou o último ajuste direto à empresa Sevenair, enquanto se esperava o desfecho do concurso público internacional.

Decorrente do novo contrato de concessão, válido por quatro anos, a Sevenair retoma na quarta-feira os voos diários de segunda a sábado até março, duplicando a frequência entre abril e outubro, reforçando assim a oferta de operação num período de maior procura. Rui Santos lembrou que Vila Real, Viseu e Bragança são as únicas capitais de distrito que não têm comboio e, “por isso, talvez se justifique mais uma linha aérea”.

“Mas lembro também que essa linha aérea devia funcionar todos os dias da semana, era assim que acontecia no passado recente e este concurso trouxe-nos a novidade de às quartas e quintas-feiras o avião não aterrar em Vila Real, nem em Viseu, nem em Cascais”, frisou.

Segundo os horários disponibilizados pela empresa concessionária do serviço aéreo, entre 19 de fevereiro e 29 de março há menos ligações, já que às quartas e quintas-feiras o avião só liga Bragança a Cascais. Depois de 31 de março e até 24 de outubro, os aviões passam a aterrar em todas as cidades e a frequência duplica também.

“Tudo serve de desculpa e de justificação. O facto é que o serviço público que tínhamos piorou com este Governo”, afirmou Rui Santos, considerando que a redução dos horários é “uma opção estranha e lesiva para os interesses quer da carreira aérea como um todo, quer dos cidadãos que insistem e resistem em viver neste território”.

O autarca socialista disse ainda que “estranhamente esta carreira aérea esteve encerrada entre 2011 e 2013 e agora e que estes momentos têm um denominador comum que é um Governo que olha para o Interior de forma muito pouco cuidada”. O anterior contrato entre o Estado e a empresa de serviços aéreos decorreu entre março de 2019 e fevereiro de 2022, tendo sido prorrogado até fevereiro de 2024, mês em que foi feito um ajuste direto e o número de voos diários foi reduzido.

Em setembro, a companhia área anunciou que o transporte iria parar até que fosse paga a verba que tinha a receber do Estado, por estar numa situação de “estrangulamento de tesouraria”. O resultado do concurso público foi conhecido no final de 2024, com a única concorrente – a Sevenair –, que presta o serviço desde 2009, a ser escolhida para continuar a operar nos próximos quatro anos.

Esta quinta, o Ministério das Infraestruturas e Habitação anunciou que o Tribunal de Contas (TdC) emitiu o visto prévio ao contrato de concessão para a ligação aérea regional entre Bragança e Portimão. Em comunicado explicou que o visto ao contrato, válido por quatro anos, assinado entre o Estado e a empresa Sevenair no final de 2024, permite que seja retomada a ligação aérea entre Bragança, em Trás-os-Montes, e Portimão, no Algarve.

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